Chegando mais um bom filme para curtirmos em família nesse fim de semana que antecede o Natal de nosso Senhor Jesus Cristo. Hoje vamos assistir um filme épico de 1961 chamado O Rei dos reis. O filme foi produzido nos EUA, dirigido pelo cineasta Nicholas Ray, com trilha sonora de Miklós Rózsa e Jeffrey Hunter no papel de Jesus Cristo. O Filme é baseado nos quatro Evangelhos (Mateus, Marcos, Lucas e João), além de relatos do escritor e senador romano Publio Cornélio Tácito, e narra a vida de Cristo desde o seu nascimento até a sua ressurreição.
Se você desejar comprar o filme ele está disponível so site da Amazon neste link: https://amzn.to/3GaOBID
Cristo voltará!
Vivam intensamente o Advento!
Louvado seja o nosso Senhor Jesus Cristo! Para sempre seja louvado!
Hoje é dia da solenidade da Imaculada Conceição de Maria. Dia de celebrações e festas por todo os lugares, pois Nossa Senhora da Conceição é padroeira de diversas cidades aqui no Brasil e no mundo.
Em homenagem a essa tão grandiosa solenidade vou postar hoje aqui dois pequenos vídeos cheios de significados.
O primeiro é com Dom Henrique Soares da Costa, Bispo da Diocese de Palmares, Zona da Mata Sul do Estado de Pernambuco, nesse vídeo ele nos explica o que é o Dogma de Fé da Conceição Imaculada de Maria.
O Outro vídeo é bem curtinho, são somente 30 segundos, mas cheio de história e significado, pois aqui em Recife Nossa Senhora da Conceição não é a padroeira oficial da cidade (os padroeiros são Santo Antônio e Nossa Senhora do Carmo), mas o povo lhe dedica tanto carinho que ela é considerada a padroeira de coração do Recife. E antigamente, nos meus tempos de meninice, uma rede de lojas montava uns comerciais muito bacanas, dentre eles tinha um que fazia uma homenagem a Nossa Senhora da Conceição. Esse comercial é, mais precisamente, de 1978 (eu ainda nem tinha nascido!), foi veiculado durante muitos anos, foi um dos mais bonitos comerciais que já vi e vive na lembrança do povo pernambucano.
Vamos aprender e curtir!!!
Vídeo 1 - Dom Henrique Soares Explica o Dogma da Imaculada Conceição de Maria
Vídeo 2 - Propaganda das Casas José Araújo em Homenagem a Nossa Senhora da Conceição
Chegando mais um bom filme para curtirmos em família e aprendermos um pouco mais sobre a história dos santos e santas, hoje conheceremos a história de Policarpo, que foi bispo em Esmirna. Ele foi um dos grandes Padres Apostólicos, ou seja, pertencia ao número daqueles que conviveram com os primeiros apóstolos e serviram de elo entre a Igreja primitiva e a Igreja do mundo greco-romano.
Nascimento e Amizade Com Santo Inácio
Ele nasceu no ano de 69, no seio de uma família cristã da alta burguesia, em Esmirna, Ásia Menor, atual Turquia. Os registros sobre sua vida foram transmitidos pelo seu biógrafo e discípulo predileto, Irineu, venerado como o “Apóstolo da França” e sucessor de Timóteo em Lyon. Policarpo foi discípulo do apóstolo João, e teve a oportunidade de conhecer outros apóstolos que conviveram com o Jesus. Ele se tornou um exemplo íntegro de fé e vida, sendo respeitado inclusive pelos adversários. Dezesseis anos depois, sua dedicação e exemplo de santidade fizeram com que Policarpo fosse escolhido e consagrado para ser o bispo de Esmirna para a Ásia Menor, pelo próprio apóstolo João, o Evangelista. O bispo Policarpo foi amigo pessoal de Santo
Inácio Antioquia. Este mártir esteve em sua residência quando caminhava
para o martírio em Roma, no ano 107. Inácio escreveu cartas a Policarpo e
à Igreja de Esmirna antes de ser entregue às feras no Coliseu Romano.
Nessas cartas, ele enaltece as qualidades de Policarpo, zeloso bispo. Também foi companheiro de Papias de Hierápolis (a quem Eusébio de Cesareia chamava de Bispo de Hierápolis).
Policarpo e Papa Aniceto
No tempo do Papa Aniceto as Igrejas da Ásia diferiam das outras quanto à data de
celebração da Páscoa, São Policarpo, então, viajou a Roma, no intuito de sanar
essa dúvida com o Papa. Durante os debates eles não conseguiram convencer um ao outro. No entanto, a virtude que unia os
dois homens de Deus transpôs as barreiras teológicas. Concordaram em que
cada Igreja conservaria seus próprios costumes no tocante à data da
festa, e continuariam unidas na caridade. Para demonstrar seu apreço por
São Policarpo, Santo Aniceto lhe pediu que celebrassem juntos a
Eucaristia em Roma.
Policarpo Apostólico
São Policarpo foi um bispo menos interessado na administração
eclesiástica. Sua vocação era a de Pastor. Sua alegria era fortalecer a
fé das ovelhas de seu rebanho. Neste sentido, ele escreveu inúmeras
cartas. Mas, infelizmente, somente a carta que foi enviada aos filipenses, no ano 110 é que ficou preservada. Nela, São Policarpo exalta a fé em Jesus
Cristo, fé que precisa ser confirmada no trabalho árduo, diário e no
dia a dia dos cristãos. Ela também cita trechos da famosa Carta de São
Paulo aos Filipenses e os Santos Evangelhos. Policarpo repetiu ainda
nesta carta as muitas e preciosas informações que ele próprio recebera
diretamente dos apóstolos, especialmente de São João Evangelista. Por
isso, a Igreja concedeu a ele o título de "Padre Apostólico". Assim,
aliás, foram chamados os primeiros discípulos dos doze apóstolos.
A Perseguição de Marco Aurélio
Por volta do ano 154, época do imperador romano Marco Aurélio, desencadeou-se uma feroz perseguição contra o
Cristianismo na Ásia Menor. Além de tirar a vida aos cristãos
de Esmirna, os verdugos empenhavam-se de modo especial nos esforços para
capturar o seu bispo Policarpo. Em vão, pois este havia sido persuadido a deixar a
cidade durante algum tempo. Conseguiram, porém, capturar dois meninos
que conheciam o lugar onde ele se encontrava e os torturaram com tanta
crueldade que um deles o revelou. Três dias antes de ser preso Policarpo teve uma visão do martírio que o esperava: Viu seu travesseiro pegando fogo e avisou aos amigos que seria morto pelo fogo.
A Prisão de Policarpo
Era a tarde de sexta-feira antes da Páscoa, quando uma patrulha a cavalo
chegou à casa de campo onde Policarpo estava abrigado. Vendo-a, os cristãos que ali se encontravam o incentivaram a fugir, o que ele poderia ter feito com facilidade, mas se recusou,
dizendo: “Seja feita a vontade de Deus”. Policarpo ainda mandou
servir aos soldados comida e bebida à vontade e pediu-lhes apenas o prazo de uma
hora para rezar livremente. Tendo
eles consentido, Policarpo começou de pé a sua oração; a graça divina
transbordava nele de tal maneira que pelo espaço de duas horas ele ficou em oração sem que ninguém o interrompesse. Ao fim de sua oração Policarpo se entregou com mansidão a seus
captores. Não sem remorsos, e bastante embaraçados, eles o conduziram
num jumento ao estádio da cidade, onde seria julgado.
Julgamento e Morte do Bispo Policarpo
No estádio onde Policarpo foi julgado uma grande multidão de pagãos o esperava para mais uma sessão de sangrentos espetáculos, os gritos da multidão podiam ser ouvidos de longe. Quando Policarpo adentrou no estádio, uma poderosa voz foi ouvida por todos os Cristãos que se encontravam disfarçados ali, esperando o "espetáculo" acabar para recolher as "relíquias" do bispo mártir, ninguém via quem falou e a voz parecia vir do alto e dizia: "– Sê forte, Policarpo, e age como um homem!"
Policarpo foi julgado por Estácio Quadrado, este insistia raivosamente para que o santo renegasse a Jesus Cristo. Policarpo, porém, disse em alta voz no tribunal: "Eu tenho servido a Cristo por 86 anos e ele nunca me fez nada de mal. Como posso blasfemar contra meu Redentor? Ouça bem claro: eu sou cristão!" Com essa declaração Policarpo foi condenado à morte pelo fogo, ele mesmo fez questão de subir na fogueira e testemunhou para o povo: “Sede bendito para sempre, ó Senhor;
que o vosso nome adorável seja glorificado por todos os séculos”. O fogo foi acesso, e Policarpo se manteve em oração, ele estava no meio das chamas mas seu corpo não se consumia, um forte vento envolvia seu corpo por todos os lados e um forte odor como que de incenso podia ser sentido por todos. E de forma miraculosa a profecia de Policarpo não se cumpriu.
Vendo que o fogo não conseguia consumir o corpo do santo Bispo, seus algozes mandaram o executor transpassá-lo com o punhal. E quando isto foi feito,
saiu da ferida tal quantidade de sangue que apagou o fogo. Vendo o
centurião a oposição dos judeus, fez queimar publicamente o corpo,
conforme o costume pagão. Enquanto o seu corpo queimava um forte cheiro odor de pão cozido era percebido pelos espectadores.
São Policarpo foi formado por São João Evangelista. E por sua vez, Policarpo formou um
discípulo de grande estatura espiritual: Santo Irineu de Lyon. Também
este, fiel ao carisma e aos exemplos de virtude dados por seu mestre,
empenhou- se em formar sucessores que tivessem o mesmo espírito e
transmitissem essa preciosa herança de santidade, cuja raiz é o próprio
Jesus Cristo Nosso Senhor.
Sua festa litúrgica é celebrada no dia 23 de fevereiro.
Chegando mais um bom filme, ei..., não..., peraí! Essa semana não vamos ver um filme, mas sim uma entrevista do Padre Reginaldo Manzotti, mas não qualquer entrevista, e sim uma grande entrevista onde ele consegue mostrar ao mundo um pouco da igreja fundada por Nosso Senhor Jesus Cristo, a Igreja Católica Apostólica Romana.
A entrevista cedida pelo sacerdote ao programa "The Noite" de Danilo Gentili tinha como tema principal o livro "Batalha Espiritual" escrito pelo padre, mas durante a entrevista ele também abordou, brilhantemente, os seguintes temas: Ateísmo, Existência do Diabo, Morte, A ressurreição de Jesus, Como atua o Diabo. Os pecados como brecha para o mal, O aborto, Pacto com o Diabo, Macumba, Magia Negra, Bruxaria, Ideologia de Gênero, Vícios, Santíssimo, Objetos Sagrados, Confissão dos pecados, Deprecação, Possessão demoníaca, Por que Deus permite o mal, Exorcismo feito por São João Paulo II, Nossas armas contra o Diabo: Oração, Eucaristia e a Palavra de Deus, Referência às seitas e falsas doutrinas, Espiritismo, Os Santos, Inveja, Mulher Briguenta, Vaidade, ganância, palavrões, blasfêmias, mentira, orgulho e rancor. Gostei muito da entrevista, aprendi muito com ela, por isso resolvi postar, fiquei tão tocado com o exposto que até resolvi comprar o livro pra estudar sobre o tema.
Sobre o Padre
O Padre Reginaldo Manzotti (além de sacerdote) é escritor, músico, compositor, cantor e apresentador de rádio e TV. É descendente de italianos, e natural de Paraíso do Norte, no Paraná, foi ordenado sacerdote aos 25 anos e atualmente é pároco do Santuário Nossa Senhora de Guadalupe, em Curitiba, Paraná. Ele também Coordena a associação Evangelizar é Preciso, com milhares de membros em todo o país. A associação tem o objetivo de evangelizar pelos meios de comunicação, além de ajudar cristãos a despertar seus interesses pela prática religiosa de forma autêntica, buscando sempre uma aprendizagem através da mensagem de Deus e vive das doações dos seus associados.
Sobre o livro
No livro "Batalha Espiritual - Entre Anjos e Demônios", o padre Reginaldo Manzotti desfaz todos os mitos que rodeiam esse combate crucial, revelando-nos, com detalhes, tanto a natureza do adversário quanto as armas humanas e sobrenaturais de que podemos nos valer para assegurarmos a vitória que Cristo nos conquistou. O livro é impresso pela Editora Petra, está em sua quarta edição e é sucesso de vendas em todo o País na categoria Autoajuda e Esoterismo, de acordo com a revista Veja, e o terceiro lugar da lista geral, segundo o site PublishNews.
Chegando mais um bom filme para curtirmos em família, hoje vamos mostrar um pouco da história do paladino da verdadeira caridade, o santo caridoso, aquele a quem São Francisco de Sales chamou de "o padre mais santo do século" : São Vicente de Paulo.
Nascimento e Início dos Estudos
O dia 24 de abril de 1581, uma terça-feira de páscoa, foi um dia especial na vida do casal João de Paulo (Jean de Paul) e Bertranda de Moras (Bertrande de Moras), pois nascia Vincent de Paul (ou Vincent Depaul), o terceiro dos seis filhos do casal de camponeses pobres e muito católicos, que moravam no Sul da França, na Aldeia Pouy. Como era o costume do lugar, recebeu o batismo no mesmo dia que nasceu, e recebeu de sua mãe os ensinamentos religiosos. De infância difícil, foi um simples guardador de porcos e ajudava a pastorear o rebanho do pai. Iniciou seus estudos em Dax, onde, após 4 anos, tornou-se professor, o que lhe permitiu concluir os estudos de teologia na Universidade de Toulouse. Foi ordenado sacerdote, aos dezenove anos, em setembro de 1600.
Naufrágio e Vida de Escravo
Na época em que se tornou sacerdote uma viúva que gostava de ouvir suas pregações, ciente de que ele era pobre, deixou para ele sua herança: uma pequena propriedade e determinada importância em dinheiro, que estava com um comerciante em Marselha. Porém, ao retornar da viagem em 1605, o navio em que se encontrava foi atacado por piratas turcos. Vicente sobreviveu ao ataque, mas foi feito prisioneiro. Os turcos o conduziram a Túnis, onde foi vendido como escravo para um pescador e depois para um químico; com a morte deste, foi herdado pelo sobrinho do químico, que o vendeu para um fazendeiro, que antes era católico, mas por medo da escravidão, adotara a religião muçulmana. Ele tinha três esposas: uma era turca e esta, ouvindo os cânticos do escravo, sensibilizou-se e quis saber o significado do que ele cantava. Ciente da história, ela censurou o marido por ter abandonado uma religião que para ela parecia tão bonita. O patrão de Padre Vicente arrependeu-se e propôs a ele uma fuga para a França, que só se realizou dez meses depois, já em 1607. Escondidos dos Muçulmanos, eles atravessaram o Mar Mediterrâneo em uma pequena embarcação e chegaram à costa francesa. De Aigues-Mortes seguiram para Avinhão, onde encontraram o Vice-Legado do Papa. Vicente voltou à condição de padre e o seu patrão renunciou publicamente a fé muçulmana e voltou à Igreja Católica. Eles viveram foram levados à Roma, onde Padre Vicente voltou a estudar e se formou em Direito canônico, já o seu patrão foi admitido em um mosteiro, onde se tornou monge.
Capelão, Tutor e Criador de Obras de Caridade
Mais tarde foi enviado à França em missão em nome do Papa para entregar um documento sigiloso ao Rei Henrique IV. Devido a sua presteza, o Rei o nomeou Capelão da Rainha Margarida de Valois, a rainha Margot, ficando o Padre Vicente encarregado da distribuição de esmolas aos pobres, além de realizar visitas aos enfermos no hospital de caridade em nome da rainha. Após o assassinato de Henrique IV da França, em 1610, Vicente passou um ano na Sociedade do Oratório. Mais tarde, foi indicado pelo Padre Pierre de Bérulle, Bispo de Paris, para vigário de Clichy, subúrbio de Paris, onde ele fundou a Confraria do Rosário e todos os dias visitava os doentes.
Por solicitação do padre Berulle, partiu e foi ser o preceptor dos filhos do general das galés e residir no Palácio dos Gondi. As propriedades da família dos Gondi eram muito grandes e Padre Vicente e a senhora de Gondi faziam visitas às famílias que residiam nestas propriedades, numa dessas visitas foi chamado para atender um agonizante e ouvir sua confissão, o doente disse à senhora De Gondi, que, se não fosse a presença do sacerdote, iria morrer em grandes faltas e iria permanecer no fogo eterno. Foi assim que o Padre Vicente percebeu como era necessária a confissão deste povo. Na missa dominical, ele fazia com o povo a confissão comunitária. Conseguiu outros padres para as confissões, pois eram muitos os que queriam esse sacramento. Padre Vicente esteve nas terras da família Gondi por cinco anos. Foi a Paris e, mais tarde, a pedido do Padre Berulle, voltou para a casa dos Gondi por mais oito anos.
Em reconhecimento a sua piedade foi eleito Capelão Geral e Real da França. Vendo o abandono espiritual dos camponeses fundou, com a ajuda da senhora De Gondi, a Confraria da Caridade em 1618, com o objetivo de dar assistência espiritual e corporal aos doentes menos favorecidos. Mais tarde, em 1625, criou a Congregação da Missão (os Padres Lazaristas), para evangelização do "pobre povo do interior". A Congregação da Missão demorou até 12 de janeiro de 1633 para receber a Bula do Papa Urbano VIII, reconhecendo-a.
Em 1633, com a ajuda da viúva Luísa de Marilac, ele fundou a Confraria das Irmãs da Caridade. Muitas damas da sociedade aderiram a nova ordem, e juntas formaram um exército de voluntárias que saíam pelas ruas, para visitar os presos, os idosos desamparados e principalmente as crianças jogadas nas ruas e nas sarjetas. O Serviço Social nasceu de ideais de Padre Vicente e Luísa de Marilac, que juntos recolhem fortunas dos ricos e as distribuem para necessidades dos seus assistidos
Em 1648 Padre Vicente enviou seus coirmãos, para as primeiras missões em Madagascar, ele dizia que: “Jamais devemos perder de vista o divino modelo! É preciso ver Jesus Cristo no pobre, e ver no pobre a imagem de Cristo.”
Morte e Canonização
Padre Vicente faleceu em 27 de setembro de 1660 e foi sepultado na capela-mãe da Igreja de São Lázaro, em Paris. Foi canonizado pelo Papa Clemente XII em 16 de junho de 1737. Em 12 de maio de 1885 foi declarado patrono de todas as obras de caridade da Igreja Católica, pelo Papa Leão XIII.
Sobre o Filme
O Filme "São Vicente de Paulo - O Capelão das Galés" (título original "Monsieur Vincent"), é um filme francês, de 1947, dirigido por Maurice Cloche e traz Pierre Fresnay no papel do Padre Vicente.
Sua festa litúrgica é celebrada no dia 27 de Setembro.
Essa semana a Igreja de Cristo está em festa no Brasil, é que foram comemorados os 300 anos do encontro da imagem de Nossa Senhora nas águas do Rio Paraíba (em Guaratinguetá, São Paulo), e nós vamos conhecer um pouco dessa história no filme de hoje.
O Encontro Nas Águas e a Pesca Milagrosa
A história de Nossa Senhora da Conceição Aparecida (popularmente chamada Nossa Senhora Aparecida) começa ainda no Brasil colonial, mais precisamente em outubro de 1717, quando Pedro Miguel de Almeida Portugal e Vasconcelos, o Conde de Assumar, governante da capitania de São Paulo e Minas de Ouro, estava chegando à Vila de Guaratinguetá, no vale do Paraíba, durante uma viagem até Vila Rica. Ao saber da notícia a Câmara quis fazer uma festa para agradá-lo, separando as tarefas coube aos pescadores trazer peixes para servir o conde e sua comitiva, só que havia um problema: Não era época de boa pescaria no rio! Mesmo assim, dentre muitos outros pescadores da região, saíram juntos para cumprir o solicitado os amigos: Domingos Garcia, João Alves e Filipe Pedroso. Eles rezaram a Virgem Maria e pediram a ajuda de Deus, pois sabiam que não seria uma tarefa fácil de ser realizada e precisariam dessa ajuda. Eles desceram o rio e depois de tentar várias vezes sem sucesso, na altura do Porto Itaguaçu, já desistindo da pescaria, João Alves lançou a rede novamente. Não pegou nenhum peixe, mas apanhou a imagem de Nossa Senhora da Conceição. Porém, faltando a cabeça. Emocionado, lançou de novo a rede e, desta vez, pegou a cabeça que se encaixou perfeitamente na pequena imagem. Só este fato, já foi um grande milagre. Mas, após esse achado, eles apanharam tamanha quantidade de peixes que tiveram que retornar ao porto com medo da canoa virar. Os pescadores chegaram a Guaratinguetá eufóricos e emocionados com o que presenciaram e toda a população entendeu o fato como intervenção divina. Assim aconteceu o primeiro de muitos milagres pela ação de Nossa Senhora Aparecida.
A Peregrinação nas Casas e o Primeiro Oratório
Entre 1717 e 1732 a imagem, que havia ficado sob a guarda de Filipe Pedroso, peregrinou pelas regiões de Ribeirão do Sá, Ponte Alta e Itaguassú passando de casa em casa. Por onde passava a imagem as pessoas se reuniam para rezar à Nossa Senhora da Conceição. Graças e mais graças começaram a acontecer e a história se espalhava Brasil a fora. Em 1732 Filipe Pedroso presenteou seu filho com a imagem de Nossa Senhora Aparecida, o qual num gesto de amor à Virgem fez um oratório simples, onde as pessoas passaram a se reunir para rezar aos sábados, Por várias vezes, à noite, ao rezarem junto à imagem, as pessoas viam que as velas se apagavam e depois acendiam misteriosamente. Então, todo o povo da vizinhança passou a rezar aos pés da imagem, a fama dos poderes extraordinários de Nossa Senhora foi se espalhando pelas regiões do Brasil e logo o espaço do oratório ficou pequeno para tanta gente.
A Primeira Capela
Devido ao grande número de fiéis que procuravam o oratório para rezar diante da imagem aparecida nas águas, por volta de 1734, o Vigário de Guaratinguetá, José Alves Vilela, construiu uma Capela onde rezavam o terço e as ladainhas, mas não se celebrava a Santa Eucaristia. Em 1743 Padre Vilela fez um relatório dos milagres e da devoção do povo para com Nossa Senhora Aparecida e enviou ao Bispo do Rio Janeiro, Dom Frei João da Cruz, para que ele aprovasse o culto e autorizasse a construção da primeira igreja para abrigar a imagem que ficou conhecida como Mãe Aparecida. A aprovação aconteceu em 5 de maio em 1743.
A Primeira Igreja, a Matriz Basílica e o Santuário
A igreja foi construída no Morro dos Coqueiros, atual colina onde está localizado o centro da cidade de Aparecida, em terra doada pela viúva Margarida Nunes Rangel, com escritura passada em 6 de maio de 1744. A inauguração da igreja, que deu também origem ao Santuário, aconteceu na festa de Sant'Ana em julho de 1745, no dia 25, a imagem foi levada em solene procissão a nova igreja e colocada no nicho do altar, no dia 26 aconteceu a benção da imagem e a celebração da primeira missa. Nesta ocasião foi inaugurado também, o povoado com o nome de ‘Capela de Aparecida’.
Em 1834 deu-se início a construção de uma nova igreja, ainda maior, pois o número de fiéis não parava de crescer, esta nova igreja foi consagrada no dia 8 de dezembro do ano de 1888 e ficou conhecida como ‘Igreja de Monte Carmelo’ (Atual Basílica Velha). Essa construção teve como personagem principal Frei Joaquim do Monte Carmelo, pois foi ele quem se dedicou integralmente aos projetos dessa obra. Em 1893 foi criada a Paróquia de Aparecida e a concessão do título de Episcopal Santuário de Nossa Senhora da Conceição Aparecida, assinada por Dom Lino Deodato Rodrigues, Bispo de São Paulo em 28 de novembro.
Visitas e Presentes Imperiais
Em Agosto de 1822, em viagem pelo Vale do Paraíba, o então Príncipe Regente do Brasil, Dom Pedro I e sua comitiva, visitaram a igreja e conheceram a imagem de Nossa Senhora Aparecida. O príncipe regente rezou diante da imagem, e prometeu a Nossa Senhora lhe consagrar o Brasil caso conseguisse resolver a sua situação política, que àquela época, lhe era muito desfavorável. O imperador Dom Pedro II e a imperatriz Teresa Cristina também estiveram, em 1843 e em 1865, na igreja de Aparecida para rezar diante da imagem.
A festa da Aparecida no ano de 1868, até então celebrada em 8 de dezembro, dia da Imaculada Conceição, foi encerrada com a participação especial da Princesa Isabel, herdeira do trono brasileiro, ela quis participar das celebrações ao lado de seu marido, o Conde d'Eu, na esperança de obterem da Senhora Aparecida a graça de um herdeiro, como forma de manifestar sua devoção, a princesa doou à imagem um manto ornado com 21 brilhantes, representando as 20 Províncias do Império mais a capital. Anos depois, em 1884, a princesa Isabel voltou a Aparecida em reconhecimento pela graça recebida. Feliz, veio acompanhada não só do esposo, mas dos três herdeiros, os príncipes Dom Pedro, Dom Luís e Dom Antonio A princesa novamente quis honrar a imagem da Senhora Aparecida oferecendo-lhe dessa vez, uma coroa de ouro 24 quilates, 300 gramas, cravejada de brilhantes.
Milagres Por Intercessão de Nossa Senhora
Muitos milagres foram atribuídos a intercessão de Nossa Senhora Aparecida durante esses 300 anos, mas alguns se destacaram em sua história, entre eles:
A Menina Cega: Em 1874 Gertrudes Vaz e sua filha, que havia nascido cega, viajaram durante 03 meses, de Jaboticabal a Aparecida (Ambos em São Paulo). A menina tinha ouvido falar da história da “pesca milagrosa” e queria muito visitar Nossa Senhora Aparecida. Ao se aproximarem da igreja, ainda na estrada, a menina olhou o horizonte e exclamou: “Olhe, mamãe, a capela da Santa!”. Dona Gertrudes percebeu que tanto sacrifício tinha valido a pena. Mãe e filha, agora curada, foram rezar agradecidas, ajoelhadas aos pés da Senhora Aparecida.
O Escravo Zacarias: Naquele tempo de escravidão, o escravo Zacarias voltava acorrentado com o seu feitor para a fazenda de onde havia fugido. Ao passar pelo Santuário, pediu para rezar aos pés da Mãe Aparecida. Zacarias, com muita fé, fez suas orações, e o milagre aconteceu: as correntes se soltaram e Zacarias ficou livre.
O Cavaleiro Incrédulo: Há muito tempo, havia em Cuiabá (MT) um cavaleiro que não tinha fé. Zombava dos devotos de Nossa Senhora Aparecida e não acreditava no poder de sua intercessão. Um dia, o cavaleiro, subiu em seu cavalo e quis entrar na igreja de Aparecida e as patas do animal ficaram presas no primeiro degrau da escada.
A Chegada dos Redentoristas
Em 1732, em Scala, na Itália, Santo Afonso Maria de Ligório e outros cinco companheiros fundaram a Congregação do Santíssimo Redentor (Missionários Redentoristas), que tem como carisma a pregação das missões populares para as comunidades mais pobres e abandonadas. Rapidamente ela se expandiu para o norte da Europa e depois Américas, Ásia, África e Oceania.
Em 1894, Dom Eduardo Duarte da Silva, bispo de Goiás viajou a Europa em busca de padres para atender a romaria do Divino Pai Eterno do Barro Preto, realizar as santas missões na região sul da diocese, e cuidar da Paróquia de Nossa Senhora da Conceição de Campininhas de Goiás. Ele visitou diversos superiores de congregações religiosas, dentre eles o superior-geral dos redentoristas, Padre Matias Raus, mas não obteve resposta positiva. Na mesma noite em que conversou com Dom Eduardo, o Padre Matias teve um sonho com o fundador da congregação, Santo Afonso Maria de Ligório. E no dia seguinte, procurou por Dom Eduardo, e recomendou que fosse a Baviera (Alemanha), e lá conversasse com o superior provincial que iria enviar o grupo de missionários para Goiás. Dom Eduardo foi à Alemanha e acertou os detalhes da viagem ao Brasil. Logo tomou conhecimento que metade daquele grupo deveria ficar em São Paulo, para cuidar do Santuário de Nossa Senhora Aparecida, atendendo a um pedido do bispo de São Paulo, Dom Joaquim Arcoverde.
Em 28 de outubro de 1894, chegou a Aparecida um grupo de padres e irmãos dos Missionários Redentoristas, para trabalhar no atendimento aos romeiros que acorriam aos pés da imagem para rezar com a Senhora Aparecida.
Coroação da Imagem
Em 1904 o Papa Pio X deu ordem para que a imagem fosse coroada de forma solene, o que aconteceu no dia 8 de setembro de 1904. Para a coroação foram utilizados o manto e a coroa doada pela Princesa Isabel símbolos de sua realeza e patrono. A celebração solene foi dirigida por D. José Camargo Barros, com a presença do núncio apostólico, muitos bispos, o presidente da República Rodrigues Alves e numeroso povo. Depois da coroação o papa concedeu ao santuário de Aparecida mais outros favores: ofício e missa própria de Nossa Senhora Aparecida, e indulgências para os romeiros que vêm em peregrinação ao Santuário.
Aparecida: A Basílica e o Novo Município
Em 29 de abril de 1908, a igreja recebeu o título de Basílica Menor, sagrada a 5 de setembro de 1909 e recebeu os ossos de são Vicente Mártir, trazidos de Roma com permissão do Papa Pio X. No dia 17 de dezembro de 1928, a vila que crescera em volta da Basílica e que pertencia ao município de Guaratinguetá, se tornou independente, formando o município de Aparecida do Norte
Aparecida: Rainha e Padroeira do Brasil
Em 16 de julho de 1930 Nossa Senhora da Conceição Aparecida foi proclamada Rainha do Brasil e sua Padroeira Principal, por decreto do papa Pio XI, com estes objetivos: o bem espiritual do povo e o aumento cada vez maior de devotos à Imaculada Mãe de Deus. Mais tarde, em 30 de junho de 1980, através da Lei nº 6 802, João Figueiredo, então presidente do Brasil, decretou oficialmente feriado o dia 12 de outubro, dedicando-se este dia à devoção. Também nesta lei, a República Federativa do Brasil reconhece oficialmente Nossa Senhora Aparecida como padroeira do Brasil.
Rosas de Ouro
Em 1967, ao completar-se 250 anos da devoção, o Papa Paulo VI ofereceu ao Santuário a “Rosa de Ouro”, gesto repetido pelo Papa Bento XVI que ofereceu outra rosa, em 2007, em decorrência da sua viagem apostólica ao país nesse mesmo ano, reconhecendo a importância da santa devoção. Recentemente ( 9 de outubro de 2017), o Papa Francisco repetiu o gesto, concedendo a terceira rosa em comemoração aos 300 anos da aparição da imagem.
A Basílica de Nossa Senhora Aparecida
Com o passar do tempo, a devoção a Nossa Senhora da Conceição Aparecida foi crescendo e o número de romeiros foi aumentando cada vez mais. A primeira Basílica tornou-se pequena. Era necessário construir outro templo, bem maior, que pudesse acomodar tantos romeiros. A primeira ideia de construção surgiu em 1917, por ocasião das celebrações do bicentenário do Encontro da Imagem. O projeto tomou forma ainda sob o arcebispado de Dom Duarte Leopoldo e Silva em São Paulo, mas sua realização estava condicionada à conclusão das obras da Catedral da Sé. O projeto da nova Basílica foi encomendado pelo Cardeal Dom Carlos Carmelo de Vasconcelos Motta, em setembro de 1947, ao arquiteto Benedito Calixto de Jesus. A estrutura e os cálculos do concreto armado eram do engenheiro civil Paulo Franco Rocha. A primeira missa no local aconteceu no dia 11 de setembro de 1946, presidida pelo Cardeal Motta. Em agosto de 1954, foi realizado o ato da Bênção da pedra fundamental. O Cardeal Legado Dom Giovani Piazza celebrou missa às 10:30h e, após a missa, O início efetivo da construção ocorreu em 11 de novembro de 1955. O prédio central da Basílica foi construído em estilo Neorromânico e tem o formato de uma cruz grega (possui os 4 braços do mesmo tamanho e forma um quadrado no centro). A Basílica foi consagrada em 4 de julho de 1980 pelo papa João Paulo II, durante sua visita ao Brasil e recebeu o título de Basílica Menor. As atividades no santuário só se iniciaram em 03 de Outubro de 1982, com a entrega oficial do templo pelo Arcebispo de Aparecida, Dom Geraldo Maria de Moraes Penido, ao redentorista e vigário da cidade Padre Elpídio Tabarro DalBó. Nesse dia também foi feito o translado da imagem para a Basílica Nova em um carro do Corpo de Bombeiros e levada em cortejo pela cidade até o altar montado na Esplanada do Santuário, para uma celebração eucarística. Atualmente a Basílica é o maior santuário mariano do mundo, é o maior templo católico do Brasil e o segundo maior templo católico do mundo (menor somente que a catedral de São Pedro, em Roma).
Sobre o filme
O filme se chama "O Milagre das Águas - A História de Nossa Senhora Aparecida". É um filme nacional (em alguns momentos em tom de musical), de 1987 e ambientado em 1904, ocasião da coroação da imagem e mostra a história de um senhor paraplégico, em consequência de um acidente, que é levado por seu filho João, a Aparecida do Norte. A contra gosto por já não ter fé, Pai José, como é chamado pelo menino, consente na viagem; e no caminho vai contando a história da Santa nascida nas águas.
Nossa Senhora da Conceição Aparecida é considerada a padroeira, entre outras coisas, das grávidas e recém-nascidos, rios e mares, do ouro, do mel, da beleza, dos rodeios e dos peões.
Sua festa litúrgica é celebrada no dia 12 de Outubro.