Chegando mais um bom filme para curtirmos em família nesse fim de semana que antecede o Natal de nosso Senhor Jesus Cristo. Hoje vamos assistir um filme épico de 1961 chamado O Rei dos reis. O filme foi produzido nos EUA, dirigido pelo cineasta Nicholas Ray, com trilha sonora de Miklós Rózsa e Jeffrey Hunter no papel de Jesus Cristo. O Filme é baseado nos quatro Evangelhos (Mateus, Marcos, Lucas e João), além de relatos do escritor e senador romano Publio Cornélio Tácito, e narra a vida de Cristo desde o seu nascimento até a sua ressurreição.
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Cristo voltará!
Vivam intensamente o Advento!
Louvado seja o nosso Senhor Jesus Cristo! Para sempre seja louvado!
Hoje é dia da solenidade da Imaculada Conceição de Maria. Dia de celebrações e festas por todo os lugares, pois Nossa Senhora da Conceição é padroeira de diversas cidades aqui no Brasil e no mundo.
Em homenagem a essa tão grandiosa solenidade vou postar hoje aqui dois pequenos vídeos cheios de significados.
O primeiro é com Dom Henrique Soares da Costa, Bispo da Diocese de Palmares, Zona da Mata Sul do Estado de Pernambuco, nesse vídeo ele nos explica o que é o Dogma de Fé da Conceição Imaculada de Maria.
O Outro vídeo é bem curtinho, são somente 30 segundos, mas cheio de história e significado, pois aqui em Recife Nossa Senhora da Conceição não é a padroeira oficial da cidade (os padroeiros são Santo Antônio e Nossa Senhora do Carmo), mas o povo lhe dedica tanto carinho que ela é considerada a padroeira de coração do Recife. E antigamente, nos meus tempos de meninice, uma rede de lojas montava uns comerciais muito bacanas, dentre eles tinha um que fazia uma homenagem a Nossa Senhora da Conceição. Esse comercial é, mais precisamente, de 1978 (eu ainda nem tinha nascido!), foi veiculado durante muitos anos, foi um dos mais bonitos comerciais que já vi e vive na lembrança do povo pernambucano.
Vamos aprender e curtir!!!
Vídeo 1 - Dom Henrique Soares Explica o Dogma da Imaculada Conceição de Maria
Vídeo 2 - Propaganda das Casas José Araújo em Homenagem a Nossa Senhora da Conceição
Chegando mais um bom filme para curtirmos em família e aprendermos um pouco mais sobre a história dos santos e santas, hoje conheceremos a história de Policarpo, que foi bispo em Esmirna. Ele foi um dos grandes Padres Apostólicos, ou seja, pertencia ao número daqueles que conviveram com os primeiros apóstolos e serviram de elo entre a Igreja primitiva e a Igreja do mundo greco-romano.
Nascimento e Amizade Com Santo Inácio
Ele nasceu no ano de 69, no seio de uma família cristã da alta burguesia, em Esmirna, Ásia Menor, atual Turquia. Os registros sobre sua vida foram transmitidos pelo seu biógrafo e discípulo predileto, Irineu, venerado como o “Apóstolo da França” e sucessor de Timóteo em Lyon. Policarpo foi discípulo do apóstolo João, e teve a oportunidade de conhecer outros apóstolos que conviveram com o Jesus. Ele se tornou um exemplo íntegro de fé e vida, sendo respeitado inclusive pelos adversários. Dezesseis anos depois, sua dedicação e exemplo de santidade fizeram com que Policarpo fosse escolhido e consagrado para ser o bispo de Esmirna para a Ásia Menor, pelo próprio apóstolo João, o Evangelista. O bispo Policarpo foi amigo pessoal de Santo
Inácio Antioquia. Este mártir esteve em sua residência quando caminhava
para o martírio em Roma, no ano 107. Inácio escreveu cartas a Policarpo e
à Igreja de Esmirna antes de ser entregue às feras no Coliseu Romano.
Nessas cartas, ele enaltece as qualidades de Policarpo, zeloso bispo. Também foi companheiro de Papias de Hierápolis (a quem Eusébio de Cesareia chamava de Bispo de Hierápolis).
Policarpo e Papa Aniceto
No tempo do Papa Aniceto as Igrejas da Ásia diferiam das outras quanto à data de
celebração da Páscoa, São Policarpo, então, viajou a Roma, no intuito de sanar
essa dúvida com o Papa. Durante os debates eles não conseguiram convencer um ao outro. No entanto, a virtude que unia os
dois homens de Deus transpôs as barreiras teológicas. Concordaram em que
cada Igreja conservaria seus próprios costumes no tocante à data da
festa, e continuariam unidas na caridade. Para demonstrar seu apreço por
São Policarpo, Santo Aniceto lhe pediu que celebrassem juntos a
Eucaristia em Roma.
Policarpo Apostólico
São Policarpo foi um bispo menos interessado na administração
eclesiástica. Sua vocação era a de Pastor. Sua alegria era fortalecer a
fé das ovelhas de seu rebanho. Neste sentido, ele escreveu inúmeras
cartas. Mas, infelizmente, somente a carta que foi enviada aos filipenses, no ano 110 é que ficou preservada. Nela, São Policarpo exalta a fé em Jesus
Cristo, fé que precisa ser confirmada no trabalho árduo, diário e no
dia a dia dos cristãos. Ela também cita trechos da famosa Carta de São
Paulo aos Filipenses e os Santos Evangelhos. Policarpo repetiu ainda
nesta carta as muitas e preciosas informações que ele próprio recebera
diretamente dos apóstolos, especialmente de São João Evangelista. Por
isso, a Igreja concedeu a ele o título de "Padre Apostólico". Assim,
aliás, foram chamados os primeiros discípulos dos doze apóstolos.
A Perseguição de Marco Aurélio
Por volta do ano 154, época do imperador romano Marco Aurélio, desencadeou-se uma feroz perseguição contra o
Cristianismo na Ásia Menor. Além de tirar a vida aos cristãos
de Esmirna, os verdugos empenhavam-se de modo especial nos esforços para
capturar o seu bispo Policarpo. Em vão, pois este havia sido persuadido a deixar a
cidade durante algum tempo. Conseguiram, porém, capturar dois meninos
que conheciam o lugar onde ele se encontrava e os torturaram com tanta
crueldade que um deles o revelou. Três dias antes de ser preso Policarpo teve uma visão do martírio que o esperava: Viu seu travesseiro pegando fogo e avisou aos amigos que seria morto pelo fogo.
A Prisão de Policarpo
Era a tarde de sexta-feira antes da Páscoa, quando uma patrulha a cavalo
chegou à casa de campo onde Policarpo estava abrigado. Vendo-a, os cristãos que ali se encontravam o incentivaram a fugir, o que ele poderia ter feito com facilidade, mas se recusou,
dizendo: “Seja feita a vontade de Deus”. Policarpo ainda mandou
servir aos soldados comida e bebida à vontade e pediu-lhes apenas o prazo de uma
hora para rezar livremente. Tendo
eles consentido, Policarpo começou de pé a sua oração; a graça divina
transbordava nele de tal maneira que pelo espaço de duas horas ele ficou em oração sem que ninguém o interrompesse. Ao fim de sua oração Policarpo se entregou com mansidão a seus
captores. Não sem remorsos, e bastante embaraçados, eles o conduziram
num jumento ao estádio da cidade, onde seria julgado.
Julgamento e Morte do Bispo Policarpo
No estádio onde Policarpo foi julgado uma grande multidão de pagãos o esperava para mais uma sessão de sangrentos espetáculos, os gritos da multidão podiam ser ouvidos de longe. Quando Policarpo adentrou no estádio, uma poderosa voz foi ouvida por todos os Cristãos que se encontravam disfarçados ali, esperando o "espetáculo" acabar para recolher as "relíquias" do bispo mártir, ninguém via quem falou e a voz parecia vir do alto e dizia: "– Sê forte, Policarpo, e age como um homem!"
Policarpo foi julgado por Estácio Quadrado, este insistia raivosamente para que o santo renegasse a Jesus Cristo. Policarpo, porém, disse em alta voz no tribunal: "Eu tenho servido a Cristo por 86 anos e ele nunca me fez nada de mal. Como posso blasfemar contra meu Redentor? Ouça bem claro: eu sou cristão!" Com essa declaração Policarpo foi condenado à morte pelo fogo, ele mesmo fez questão de subir na fogueira e testemunhou para o povo: “Sede bendito para sempre, ó Senhor;
que o vosso nome adorável seja glorificado por todos os séculos”. O fogo foi acesso, e Policarpo se manteve em oração, ele estava no meio das chamas mas seu corpo não se consumia, um forte vento envolvia seu corpo por todos os lados e um forte odor como que de incenso podia ser sentido por todos. E de forma miraculosa a profecia de Policarpo não se cumpriu.
Vendo que o fogo não conseguia consumir o corpo do santo Bispo, seus algozes mandaram o executor transpassá-lo com o punhal. E quando isto foi feito,
saiu da ferida tal quantidade de sangue que apagou o fogo. Vendo o
centurião a oposição dos judeus, fez queimar publicamente o corpo,
conforme o costume pagão. Enquanto o seu corpo queimava um forte cheiro odor de pão cozido era percebido pelos espectadores.
São Policarpo foi formado por São João Evangelista. E por sua vez, Policarpo formou um
discípulo de grande estatura espiritual: Santo Irineu de Lyon. Também
este, fiel ao carisma e aos exemplos de virtude dados por seu mestre,
empenhou- se em formar sucessores que tivessem o mesmo espírito e
transmitissem essa preciosa herança de santidade, cuja raiz é o próprio
Jesus Cristo Nosso Senhor.
Sua festa litúrgica é celebrada no dia 23 de fevereiro.
Chegando mais um bom filme, ei..., não..., peraí! Essa semana não vamos ver um filme, mas sim uma entrevista do Padre Reginaldo Manzotti, mas não qualquer entrevista, e sim uma grande entrevista onde ele consegue mostrar ao mundo um pouco da igreja fundada por Nosso Senhor Jesus Cristo, a Igreja Católica Apostólica Romana.
A entrevista cedida pelo sacerdote ao programa "The Noite" de Danilo Gentili tinha como tema principal o livro "Batalha Espiritual" escrito pelo padre, mas durante a entrevista ele também abordou, brilhantemente, os seguintes temas: Ateísmo, Existência do Diabo, Morte, A ressurreição de Jesus, Como atua o Diabo. Os pecados como brecha para o mal, O aborto, Pacto com o Diabo, Macumba, Magia Negra, Bruxaria, Ideologia de Gênero, Vícios, Santíssimo, Objetos Sagrados, Confissão dos pecados, Deprecação, Possessão demoníaca, Por que Deus permite o mal, Exorcismo feito por São João Paulo II, Nossas armas contra o Diabo: Oração, Eucaristia e a Palavra de Deus, Referência às seitas e falsas doutrinas, Espiritismo, Os Santos, Inveja, Mulher Briguenta, Vaidade, ganância, palavrões, blasfêmias, mentira, orgulho e rancor. Gostei muito da entrevista, aprendi muito com ela, por isso resolvi postar, fiquei tão tocado com o exposto que até resolvi comprar o livro pra estudar sobre o tema.
Sobre o Padre
O Padre Reginaldo Manzotti (além de sacerdote) é escritor, músico, compositor, cantor e apresentador de rádio e TV. É descendente de italianos, e natural de Paraíso do Norte, no Paraná, foi ordenado sacerdote aos 25 anos e atualmente é pároco do Santuário Nossa Senhora de Guadalupe, em Curitiba, Paraná. Ele também Coordena a associação Evangelizar é Preciso, com milhares de membros em todo o país. A associação tem o objetivo de evangelizar pelos meios de comunicação, além de ajudar cristãos a despertar seus interesses pela prática religiosa de forma autêntica, buscando sempre uma aprendizagem através da mensagem de Deus e vive das doações dos seus associados.
Sobre o livro
No livro "Batalha Espiritual - Entre Anjos e Demônios", o padre Reginaldo Manzotti desfaz todos os mitos que rodeiam esse combate crucial, revelando-nos, com detalhes, tanto a natureza do adversário quanto as armas humanas e sobrenaturais de que podemos nos valer para assegurarmos a vitória que Cristo nos conquistou. O livro é impresso pela Editora Petra, está em sua quarta edição e é sucesso de vendas em todo o País na categoria Autoajuda e Esoterismo, de acordo com a revista Veja, e o terceiro lugar da lista geral, segundo o site PublishNews.
Chegando mais um bom filme para curtirmos em família, hoje vamos mostrar um pouco da história do paladino da verdadeira caridade, o santo caridoso, aquele a quem São Francisco de Sales chamou de "o padre mais santo do século" : São Vicente de Paulo.
Nascimento e Início dos Estudos
O dia 24 de abril de 1581, uma terça-feira de páscoa, foi um dia especial na vida do casal João de Paulo (Jean de Paul) e Bertranda de Moras (Bertrande de Moras), pois nascia Vincent de Paul (ou Vincent Depaul), o terceiro dos seis filhos do casal de camponeses pobres e muito católicos, que moravam no Sul da França, na Aldeia Pouy. Como era o costume do lugar, recebeu o batismo no mesmo dia que nasceu, e recebeu de sua mãe os ensinamentos religiosos. De infância difícil, foi um simples guardador de porcos e ajudava a pastorear o rebanho do pai. Iniciou seus estudos em Dax, onde, após 4 anos, tornou-se professor, o que lhe permitiu concluir os estudos de teologia na Universidade de Toulouse. Foi ordenado sacerdote, aos dezenove anos, em setembro de 1600.
Naufrágio e Vida de Escravo
Na época em que se tornou sacerdote uma viúva que gostava de ouvir suas pregações, ciente de que ele era pobre, deixou para ele sua herança: uma pequena propriedade e determinada importância em dinheiro, que estava com um comerciante em Marselha. Porém, ao retornar da viagem em 1605, o navio em que se encontrava foi atacado por piratas turcos. Vicente sobreviveu ao ataque, mas foi feito prisioneiro. Os turcos o conduziram a Túnis, onde foi vendido como escravo para um pescador e depois para um químico; com a morte deste, foi herdado pelo sobrinho do químico, que o vendeu para um fazendeiro, que antes era católico, mas por medo da escravidão, adotara a religião muçulmana. Ele tinha três esposas: uma era turca e esta, ouvindo os cânticos do escravo, sensibilizou-se e quis saber o significado do que ele cantava. Ciente da história, ela censurou o marido por ter abandonado uma religião que para ela parecia tão bonita. O patrão de Padre Vicente arrependeu-se e propôs a ele uma fuga para a França, que só se realizou dez meses depois, já em 1607. Escondidos dos Muçulmanos, eles atravessaram o Mar Mediterrâneo em uma pequena embarcação e chegaram à costa francesa. De Aigues-Mortes seguiram para Avinhão, onde encontraram o Vice-Legado do Papa. Vicente voltou à condição de padre e o seu patrão renunciou publicamente a fé muçulmana e voltou à Igreja Católica. Eles viveram foram levados à Roma, onde Padre Vicente voltou a estudar e se formou em Direito canônico, já o seu patrão foi admitido em um mosteiro, onde se tornou monge.
Capelão, Tutor e Criador de Obras de Caridade
Mais tarde foi enviado à França em missão em nome do Papa para entregar um documento sigiloso ao Rei Henrique IV. Devido a sua presteza, o Rei o nomeou Capelão da Rainha Margarida de Valois, a rainha Margot, ficando o Padre Vicente encarregado da distribuição de esmolas aos pobres, além de realizar visitas aos enfermos no hospital de caridade em nome da rainha. Após o assassinato de Henrique IV da França, em 1610, Vicente passou um ano na Sociedade do Oratório. Mais tarde, foi indicado pelo Padre Pierre de Bérulle, Bispo de Paris, para vigário de Clichy, subúrbio de Paris, onde ele fundou a Confraria do Rosário e todos os dias visitava os doentes.
Por solicitação do padre Berulle, partiu e foi ser o preceptor dos filhos do general das galés e residir no Palácio dos Gondi. As propriedades da família dos Gondi eram muito grandes e Padre Vicente e a senhora de Gondi faziam visitas às famílias que residiam nestas propriedades, numa dessas visitas foi chamado para atender um agonizante e ouvir sua confissão, o doente disse à senhora De Gondi, que, se não fosse a presença do sacerdote, iria morrer em grandes faltas e iria permanecer no fogo eterno. Foi assim que o Padre Vicente percebeu como era necessária a confissão deste povo. Na missa dominical, ele fazia com o povo a confissão comunitária. Conseguiu outros padres para as confissões, pois eram muitos os que queriam esse sacramento. Padre Vicente esteve nas terras da família Gondi por cinco anos. Foi a Paris e, mais tarde, a pedido do Padre Berulle, voltou para a casa dos Gondi por mais oito anos.
Em reconhecimento a sua piedade foi eleito Capelão Geral e Real da França. Vendo o abandono espiritual dos camponeses fundou, com a ajuda da senhora De Gondi, a Confraria da Caridade em 1618, com o objetivo de dar assistência espiritual e corporal aos doentes menos favorecidos. Mais tarde, em 1625, criou a Congregação da Missão (os Padres Lazaristas), para evangelização do "pobre povo do interior". A Congregação da Missão demorou até 12 de janeiro de 1633 para receber a Bula do Papa Urbano VIII, reconhecendo-a.
Em 1633, com a ajuda da viúva Luísa de Marilac, ele fundou a Confraria das Irmãs da Caridade. Muitas damas da sociedade aderiram a nova ordem, e juntas formaram um exército de voluntárias que saíam pelas ruas, para visitar os presos, os idosos desamparados e principalmente as crianças jogadas nas ruas e nas sarjetas. O Serviço Social nasceu de ideais de Padre Vicente e Luísa de Marilac, que juntos recolhem fortunas dos ricos e as distribuem para necessidades dos seus assistidos
Em 1648 Padre Vicente enviou seus coirmãos, para as primeiras missões em Madagascar, ele dizia que: “Jamais devemos perder de vista o divino modelo! É preciso ver Jesus Cristo no pobre, e ver no pobre a imagem de Cristo.”
Morte e Canonização
Padre Vicente faleceu em 27 de setembro de 1660 e foi sepultado na capela-mãe da Igreja de São Lázaro, em Paris. Foi canonizado pelo Papa Clemente XII em 16 de junho de 1737. Em 12 de maio de 1885 foi declarado patrono de todas as obras de caridade da Igreja Católica, pelo Papa Leão XIII.
Sobre o Filme
O Filme "São Vicente de Paulo - O Capelão das Galés" (título original "Monsieur Vincent"), é um filme francês, de 1947, dirigido por Maurice Cloche e traz Pierre Fresnay no papel do Padre Vicente.
Sua festa litúrgica é celebrada no dia 27 de Setembro.
Essa semana a Igreja de Cristo está em festa no Brasil, é que foram comemorados os 300 anos do encontro da imagem de Nossa Senhora nas águas do Rio Paraíba (em Guaratinguetá, São Paulo), e nós vamos conhecer um pouco dessa história no filme de hoje.
O Encontro Nas Águas e a Pesca Milagrosa
A história de Nossa Senhora da Conceição Aparecida (popularmente chamada Nossa Senhora Aparecida) começa ainda no Brasil colonial, mais precisamente em outubro de 1717, quando Pedro Miguel de Almeida Portugal e Vasconcelos, o Conde de Assumar, governante da capitania de São Paulo e Minas de Ouro, estava chegando à Vila de Guaratinguetá, no vale do Paraíba, durante uma viagem até Vila Rica. Ao saber da notícia a Câmara quis fazer uma festa para agradá-lo, separando as tarefas coube aos pescadores trazer peixes para servir o conde e sua comitiva, só que havia um problema: Não era época de boa pescaria no rio! Mesmo assim, dentre muitos outros pescadores da região, saíram juntos para cumprir o solicitado os amigos: Domingos Garcia, João Alves e Filipe Pedroso. Eles rezaram a Virgem Maria e pediram a ajuda de Deus, pois sabiam que não seria uma tarefa fácil de ser realizada e precisariam dessa ajuda. Eles desceram o rio e depois de tentar várias vezes sem sucesso, na altura do Porto Itaguaçu, já desistindo da pescaria, João Alves lançou a rede novamente. Não pegou nenhum peixe, mas apanhou a imagem de Nossa Senhora da Conceição. Porém, faltando a cabeça. Emocionado, lançou de novo a rede e, desta vez, pegou a cabeça que se encaixou perfeitamente na pequena imagem. Só este fato, já foi um grande milagre. Mas, após esse achado, eles apanharam tamanha quantidade de peixes que tiveram que retornar ao porto com medo da canoa virar. Os pescadores chegaram a Guaratinguetá eufóricos e emocionados com o que presenciaram e toda a população entendeu o fato como intervenção divina. Assim aconteceu o primeiro de muitos milagres pela ação de Nossa Senhora Aparecida.
A Peregrinação nas Casas e o Primeiro Oratório
Entre 1717 e 1732 a imagem, que havia ficado sob a guarda de Filipe Pedroso, peregrinou pelas regiões de Ribeirão do Sá, Ponte Alta e Itaguassú passando de casa em casa. Por onde passava a imagem as pessoas se reuniam para rezar à Nossa Senhora da Conceição. Graças e mais graças começaram a acontecer e a história se espalhava Brasil a fora. Em 1732 Filipe Pedroso presenteou seu filho com a imagem de Nossa Senhora Aparecida, o qual num gesto de amor à Virgem fez um oratório simples, onde as pessoas passaram a se reunir para rezar aos sábados, Por várias vezes, à noite, ao rezarem junto à imagem, as pessoas viam que as velas se apagavam e depois acendiam misteriosamente. Então, todo o povo da vizinhança passou a rezar aos pés da imagem, a fama dos poderes extraordinários de Nossa Senhora foi se espalhando pelas regiões do Brasil e logo o espaço do oratório ficou pequeno para tanta gente.
A Primeira Capela
Devido ao grande número de fiéis que procuravam o oratório para rezar diante da imagem aparecida nas águas, por volta de 1734, o Vigário de Guaratinguetá, José Alves Vilela, construiu uma Capela onde rezavam o terço e as ladainhas, mas não se celebrava a Santa Eucaristia. Em 1743 Padre Vilela fez um relatório dos milagres e da devoção do povo para com Nossa Senhora Aparecida e enviou ao Bispo do Rio Janeiro, Dom Frei João da Cruz, para que ele aprovasse o culto e autorizasse a construção da primeira igreja para abrigar a imagem que ficou conhecida como Mãe Aparecida. A aprovação aconteceu em 5 de maio em 1743.
A Primeira Igreja, a Matriz Basílica e o Santuário
A igreja foi construída no Morro dos Coqueiros, atual colina onde está localizado o centro da cidade de Aparecida, em terra doada pela viúva Margarida Nunes Rangel, com escritura passada em 6 de maio de 1744. A inauguração da igreja, que deu também origem ao Santuário, aconteceu na festa de Sant'Ana em julho de 1745, no dia 25, a imagem foi levada em solene procissão a nova igreja e colocada no nicho do altar, no dia 26 aconteceu a benção da imagem e a celebração da primeira missa. Nesta ocasião foi inaugurado também, o povoado com o nome de ‘Capela de Aparecida’.
Em 1834 deu-se início a construção de uma nova igreja, ainda maior, pois o número de fiéis não parava de crescer, esta nova igreja foi consagrada no dia 8 de dezembro do ano de 1888 e ficou conhecida como ‘Igreja de Monte Carmelo’ (Atual Basílica Velha). Essa construção teve como personagem principal Frei Joaquim do Monte Carmelo, pois foi ele quem se dedicou integralmente aos projetos dessa obra. Em 1893 foi criada a Paróquia de Aparecida e a concessão do título de Episcopal Santuário de Nossa Senhora da Conceição Aparecida, assinada por Dom Lino Deodato Rodrigues, Bispo de São Paulo em 28 de novembro.
Visitas e Presentes Imperiais
Em Agosto de 1822, em viagem pelo Vale do Paraíba, o então Príncipe Regente do Brasil, Dom Pedro I e sua comitiva, visitaram a igreja e conheceram a imagem de Nossa Senhora Aparecida. O príncipe regente rezou diante da imagem, e prometeu a Nossa Senhora lhe consagrar o Brasil caso conseguisse resolver a sua situação política, que àquela época, lhe era muito desfavorável. O imperador Dom Pedro II e a imperatriz Teresa Cristina também estiveram, em 1843 e em 1865, na igreja de Aparecida para rezar diante da imagem.
A festa da Aparecida no ano de 1868, até então celebrada em 8 de dezembro, dia da Imaculada Conceição, foi encerrada com a participação especial da Princesa Isabel, herdeira do trono brasileiro, ela quis participar das celebrações ao lado de seu marido, o Conde d'Eu, na esperança de obterem da Senhora Aparecida a graça de um herdeiro, como forma de manifestar sua devoção, a princesa doou à imagem um manto ornado com 21 brilhantes, representando as 20 Províncias do Império mais a capital. Anos depois, em 1884, a princesa Isabel voltou a Aparecida em reconhecimento pela graça recebida. Feliz, veio acompanhada não só do esposo, mas dos três herdeiros, os príncipes Dom Pedro, Dom Luís e Dom Antonio A princesa novamente quis honrar a imagem da Senhora Aparecida oferecendo-lhe dessa vez, uma coroa de ouro 24 quilates, 300 gramas, cravejada de brilhantes.
Milagres Por Intercessão de Nossa Senhora
Muitos milagres foram atribuídos a intercessão de Nossa Senhora Aparecida durante esses 300 anos, mas alguns se destacaram em sua história, entre eles:
A Menina Cega: Em 1874 Gertrudes Vaz e sua filha, que havia nascido cega, viajaram durante 03 meses, de Jaboticabal a Aparecida (Ambos em São Paulo). A menina tinha ouvido falar da história da “pesca milagrosa” e queria muito visitar Nossa Senhora Aparecida. Ao se aproximarem da igreja, ainda na estrada, a menina olhou o horizonte e exclamou: “Olhe, mamãe, a capela da Santa!”. Dona Gertrudes percebeu que tanto sacrifício tinha valido a pena. Mãe e filha, agora curada, foram rezar agradecidas, ajoelhadas aos pés da Senhora Aparecida.
O Escravo Zacarias: Naquele tempo de escravidão, o escravo Zacarias voltava acorrentado com o seu feitor para a fazenda de onde havia fugido. Ao passar pelo Santuário, pediu para rezar aos pés da Mãe Aparecida. Zacarias, com muita fé, fez suas orações, e o milagre aconteceu: as correntes se soltaram e Zacarias ficou livre.
O Cavaleiro Incrédulo: Há muito tempo, havia em Cuiabá (MT) um cavaleiro que não tinha fé. Zombava dos devotos de Nossa Senhora Aparecida e não acreditava no poder de sua intercessão. Um dia, o cavaleiro, subiu em seu cavalo e quis entrar na igreja de Aparecida e as patas do animal ficaram presas no primeiro degrau da escada.
A Chegada dos Redentoristas
Em 1732, em Scala, na Itália, Santo Afonso Maria de Ligório e outros cinco companheiros fundaram a Congregação do Santíssimo Redentor (Missionários Redentoristas), que tem como carisma a pregação das missões populares para as comunidades mais pobres e abandonadas. Rapidamente ela se expandiu para o norte da Europa e depois Américas, Ásia, África e Oceania.
Em 1894, Dom Eduardo Duarte da Silva, bispo de Goiás viajou a Europa em busca de padres para atender a romaria do Divino Pai Eterno do Barro Preto, realizar as santas missões na região sul da diocese, e cuidar da Paróquia de Nossa Senhora da Conceição de Campininhas de Goiás. Ele visitou diversos superiores de congregações religiosas, dentre eles o superior-geral dos redentoristas, Padre Matias Raus, mas não obteve resposta positiva. Na mesma noite em que conversou com Dom Eduardo, o Padre Matias teve um sonho com o fundador da congregação, Santo Afonso Maria de Ligório. E no dia seguinte, procurou por Dom Eduardo, e recomendou que fosse a Baviera (Alemanha), e lá conversasse com o superior provincial que iria enviar o grupo de missionários para Goiás. Dom Eduardo foi à Alemanha e acertou os detalhes da viagem ao Brasil. Logo tomou conhecimento que metade daquele grupo deveria ficar em São Paulo, para cuidar do Santuário de Nossa Senhora Aparecida, atendendo a um pedido do bispo de São Paulo, Dom Joaquim Arcoverde.
Em 28 de outubro de 1894, chegou a Aparecida um grupo de padres e irmãos dos Missionários Redentoristas, para trabalhar no atendimento aos romeiros que acorriam aos pés da imagem para rezar com a Senhora Aparecida.
Coroação da Imagem
Em 1904 o Papa Pio X deu ordem para que a imagem fosse coroada de forma solene, o que aconteceu no dia 8 de setembro de 1904. Para a coroação foram utilizados o manto e a coroa doada pela Princesa Isabel símbolos de sua realeza e patrono. A celebração solene foi dirigida por D. José Camargo Barros, com a presença do núncio apostólico, muitos bispos, o presidente da República Rodrigues Alves e numeroso povo. Depois da coroação o papa concedeu ao santuário de Aparecida mais outros favores: ofício e missa própria de Nossa Senhora Aparecida, e indulgências para os romeiros que vêm em peregrinação ao Santuário.
Aparecida: A Basílica e o Novo Município
Em 29 de abril de 1908, a igreja recebeu o título de Basílica Menor, sagrada a 5 de setembro de 1909 e recebeu os ossos de são Vicente Mártir, trazidos de Roma com permissão do Papa Pio X. No dia 17 de dezembro de 1928, a vila que crescera em volta da Basílica e que pertencia ao município de Guaratinguetá, se tornou independente, formando o município de Aparecida do Norte
Aparecida: Rainha e Padroeira do Brasil
Em 16 de julho de 1930 Nossa Senhora da Conceição Aparecida foi proclamada Rainha do Brasil e sua Padroeira Principal, por decreto do papa Pio XI, com estes objetivos: o bem espiritual do povo e o aumento cada vez maior de devotos à Imaculada Mãe de Deus. Mais tarde, em 30 de junho de 1980, através da Lei nº 6 802, João Figueiredo, então presidente do Brasil, decretou oficialmente feriado o dia 12 de outubro, dedicando-se este dia à devoção. Também nesta lei, a República Federativa do Brasil reconhece oficialmente Nossa Senhora Aparecida como padroeira do Brasil.
Rosas de Ouro
Em 1967, ao completar-se 250 anos da devoção, o Papa Paulo VI ofereceu ao Santuário a “Rosa de Ouro”, gesto repetido pelo Papa Bento XVI que ofereceu outra rosa, em 2007, em decorrência da sua viagem apostólica ao país nesse mesmo ano, reconhecendo a importância da santa devoção. Recentemente ( 9 de outubro de 2017), o Papa Francisco repetiu o gesto, concedendo a terceira rosa em comemoração aos 300 anos da aparição da imagem.
A Basílica de Nossa Senhora Aparecida
Com o passar do tempo, a devoção a Nossa Senhora da Conceição Aparecida foi crescendo e o número de romeiros foi aumentando cada vez mais. A primeira Basílica tornou-se pequena. Era necessário construir outro templo, bem maior, que pudesse acomodar tantos romeiros. A primeira ideia de construção surgiu em 1917, por ocasião das celebrações do bicentenário do Encontro da Imagem. O projeto tomou forma ainda sob o arcebispado de Dom Duarte Leopoldo e Silva em São Paulo, mas sua realização estava condicionada à conclusão das obras da Catedral da Sé. O projeto da nova Basílica foi encomendado pelo Cardeal Dom Carlos Carmelo de Vasconcelos Motta, em setembro de 1947, ao arquiteto Benedito Calixto de Jesus. A estrutura e os cálculos do concreto armado eram do engenheiro civil Paulo Franco Rocha. A primeira missa no local aconteceu no dia 11 de setembro de 1946, presidida pelo Cardeal Motta. Em agosto de 1954, foi realizado o ato da Bênção da pedra fundamental. O Cardeal Legado Dom Giovani Piazza celebrou missa às 10:30h e, após a missa, O início efetivo da construção ocorreu em 11 de novembro de 1955. O prédio central da Basílica foi construído em estilo Neorromânico e tem o formato de uma cruz grega (possui os 4 braços do mesmo tamanho e forma um quadrado no centro). A Basílica foi consagrada em 4 de julho de 1980 pelo papa João Paulo II, durante sua visita ao Brasil e recebeu o título de Basílica Menor. As atividades no santuário só se iniciaram em 03 de Outubro de 1982, com a entrega oficial do templo pelo Arcebispo de Aparecida, Dom Geraldo Maria de Moraes Penido, ao redentorista e vigário da cidade Padre Elpídio Tabarro DalBó. Nesse dia também foi feito o translado da imagem para a Basílica Nova em um carro do Corpo de Bombeiros e levada em cortejo pela cidade até o altar montado na Esplanada do Santuário, para uma celebração eucarística. Atualmente a Basílica é o maior santuário mariano do mundo, é o maior templo católico do Brasil e o segundo maior templo católico do mundo (menor somente que a catedral de São Pedro, em Roma).
Sobre o filme
O filme se chama "O Milagre das Águas - A História de Nossa Senhora Aparecida". É um filme nacional (em alguns momentos em tom de musical), de 1987 e ambientado em 1904, ocasião da coroação da imagem e mostra a história de um senhor paraplégico, em consequência de um acidente, que é levado por seu filho João, a Aparecida do Norte. A contra gosto por já não ter fé, Pai José, como é chamado pelo menino, consente na viagem; e no caminho vai contando a história da Santa nascida nas águas.
Nossa Senhora da Conceição Aparecida é considerada a padroeira, entre outras coisas, das grávidas e recém-nascidos, rios e mares, do ouro, do mel, da beleza, dos rodeios e dos peões.
Sua festa litúrgica é celebrada no dia 12 de Outubro.
Chegando mais um bom filme para curtirmos em família nesse fim de semana, hoje trago mais um filme épico de 1955 chamado O Filho Pródigo, dirigido por Richard Thorpe. O filme retrata a parábola de mesmo nome, contado por Cristo e narrada no Evangelho Segundo Lucas, capítulo 15, versículos de 11 a 32, onde um filho pede ao pai a sua parte na herança e sai pelo mundo, gastando tudo de forma descontrolada, após chegar a um estado penoso de fome e miséria, ele decide voltar para a casa de seu pai, esperando tornar-se servo de seu pai. É preciso saber, antes de assistir ao filme, que o mesmo introduz em seu enredo elementos que não estão no Livro Sagrado, mas conserva a essência da parábola. O filme traz em seu elenco a atriz Lana Turner e os atores Edmund Purdom e James Mitchell.
Que o Senhor Jesus abençoe a cada um de nós e que Nossa Senhora nos cubra com seu manto sagrado!!!
Você alguma vez já foi menosprezado por não ser tão inteligente, ou por ser pobre, ou por não saber ler? Ignoraram você, Tinham vergonha de você? Alguma vez você achou que não merecia o amor de Deus? Ou que não poderia ser santo? Pois bem, o filme de hoje vai lhe mostrar a história de um santo que viveu tudo isso, mas que nada disso impediu que a vontade de Deus se manifestasse em sua vida, vamos falar hoje de São José de Cupertino.
Nascimento Semelhante a Cristo
Ele nasceu no dia 17 de junho de 1603, em Copertino (Cupertino em Português), no Reino de Nápoles, Itália. Foi batizado com o nome Giuseppe Desa, de família muito pobre, foi o sexto filho dos seus pais (não encontrei os nomes do casal), seu pai era carpinteiro e, segundo uma das fontes faleceu pouco antes do nascimento de José, deixando sua mãe afundada em dívidas, o que fez com que ela fosse despejada da casa onde morava às vésperas do nascimento de José, com isso ele acabou nascendo em um estábulo, assim como nosso Senhor. José cresceu com dificuldades intelectuais severas, era muito atrapalhado e tinha dificuldade para aprender até mesmo trabalhos manuais, como o ofício de carpinteiro. Quando estava um pouco mais crescido, começou a trabalhar como aprendiz de sapateiro.
José, o Irmão Burro
Aos 17 anos tentou ingressar em um convento Franciscano e depois em um Capuchinho, mas nas duas vezes o recusaram por considerá-lo um "inútil". Chegou ainda a procurar abrigo na casa de um tio que tinha algumas posses, mas após algum tempo, este o declarou “completamente inútil” e o pôs na rua. Acabou, então, voltando para a casa de sua mãe, que recorreu, ainda a um parente franciscano, por cujo intermédio o jovem acabou sendo aceito no convento de La Grotella, como ajudante leigo, nos trabalhos do estábulo. Por conta do seu jeito estabanado e de sua pouca inteligência era motivo de gozação por onde passava e no convento não foi diferente, logo, ganhou o apelido de "Irmão Burro".
Nasce o Frei José
José mal sabia ler e escrever, mas ele queria ser sacerdote e todos duvidavam de sua capacidade, com muito esforço ele seguiu estudando e conseguiu alguns poucos progressos, sua dificuldade em aprender era tamanha que ele não conseguia aprender quase nada, do evangelho por exemplo, a única coisa que aprendeu foi "Bendito é o fruto do teu ventre!" do Evangelho Segundo Lucas. Durante os testes chegava a ficar tão inseguro que, às vezes não conseguia responder. Mas a Providência não o desamparava. Quando seu mestre começava a ficar impaciente, José lhe dizia: “Tenha paciência, assim será mais meritório”.
Chegando o dia do seu teste para ser admitido como Diácono José entregou-se a Virgem Maria. Durante o teste o Bispo de Nardo lhe disse: “Vou abrir a esmo o Evangelho, e a primeira frase que me cair sob os olhos, essa terás de me explicar”. Em seguida, abriu o livro santo na página da visita a Santa Isabel, e mandou Frei José dissertar sobre a frase: “Bendito é o fruto de teu ventre”. Era o único trecho que José sabia explicar e o fez de forma admirável e foi aprovado, para o espanto de todos.
Após mais um tempo de estudos e dificuldades imensas, chegou o momento do exame oral, diante do Bispo de Castro. José de Cupertino foi juntamente com outros confrades. Mais uma vez ele confiou-se a Nossa Senhora, pois sabia que, humanamente, não passaria. O bispo, porém, interrogou alguns e ficou tão admirado com as respostas precisas e sábias destes, que decidiu aprovar todos os outros sem examiná-los. Dentre eles estava São José de Cupertino.
Êxtase, Conselho, Visões e Levitação
Se seu intelecto era muito baixo, o seu poder de oração e intimidade com Deus surpreendia a todos, durante os momentos de oração era acometido por acontecimentos espirituais e frequentemente entrava em êxtase (um estado de elevação da alma ao plano sobrenatural, onde a pessoa fica momentaneamente desapegada dos sentidos e entregue totalmente numa contemplação daquilo que é Divino). Gritos, beliscões, queimaduras, agulhadas, nada o trazia de volta em seus momentos de êxtase; mas ele voltava na hora com a ordem do seu superior.
A sabedoria divina lhe ultrapassava o comum aos homens, em certa ocasião, um professor da Universidade Franciscana de São Boaventura disse: “Escutei-o discorrer tão profundamente sobre os mistérios da teologia, como não o poderiam fazer os melhores teólogos do mundo”.
Ele era capaz de perceber na alma das pessoas o que elas mais precisavam, e as aconselhava com exatidão. Através de suas manifestações, Deus curava o coração de muitos que o procuravam. Acabava com desavenças, reconciliava inimigos e levava a misericórdia de Deus.
Ele também tinha visões, dizia com simplicidade que em algumas vezes ficava conversando com alguns apóstolos e as vezes com Jesus e a Virgem Maria. Ele via as pessoas freqüentemente sob a forma do animal que representava o estado de sua alma. Ele sentia também os odores do pecado ou da virtude, de maneira que, chegando-se a um pecador, dizia: “Cheiras mal. Vai te confessar”. Ainda tinha o dom de se fazer entender pelos animais, certa vez pediu a um passarinho que ensinasse as freiras de um mosteiro cantar o Ofício. E todos os dias, à hora das Matinas e da Noa, eis que o pássaro aparecia à janela do coro, animando o cântico das religiosas.
Além disso, ele também possuía o dom da levitação, que se manifestava quase constantemente quando celebra a santa missa e quando rezava. Bastava ouvir o nome de Jesus ou de Maria que ele, literalmente, começava a levitar (Elevar-se do chão, como que voando). Se estava na igreja, voava para junto do altar da Virgem ou do Santíssimo. Se no jardim, para o cume de uma árvore, permanecendo ajoelhado na ponta de um de seus galhos como se fosse o mais leve passarinho.
E esses mistérios lhe trouxeram fama de santidade, que logo se espalhou por toda Itália e outros países da Europa fazendo com que príncipes, reis e até mesmo o Papa Urbano VIII foi encontrar-se com o Frei José.
O Frei José e a Inquisição
Mas esses mistérios lhe trouxeram também grandes problemas, diante de denúncias ao Tribunal do Santo Ofício, popularmente conhecido como Inquisição, o Frei José passou a ser investigado sob a acusação de serem manifestações demoníacas os seus dons extraordinários, O processo terminou reconhecendo a inocência do religioso, impondo-lhe, porém, a reclusão obrigatória e a transferência para conventos afastados. Em 1653, por ordem do Santo Ofício, passou a ser transferido para vários conventos com a intenção de o deixar isolado de todos, inclusive da comunidade religiosa, passou por Assis, Petra Rúbia e Fossombrone. Mas todo esse esforço foi em vão, pois por onde ele andava a multidão o acompanhava.
Morte, Beatificação e Canonização
E assim de convento em convento, ele chegou ao Osimo (Província de Ancona, Itália), e ao chegar, exclamou: “Este é o lugar de meu descanso”. Ali ele viveu mais 6 anos e em 18 de setembro de 1663 ele faleceu aos 60 anos, vítima de uma severa febre e foi enterrado na igreja de Osimo. Logo após o seu sepultamento se iniciaram as peregrinações ao seu túmulo e muitas graças foram alcançadas através de sua intercessão. O Frei José de Cupertino foi beatificado em 1753 pelo Papa Bento XIV, e canonizado em 1767 pelo Papa Clemente XIII.
Sobre o Filme
O filme que vamos assistir se chama "O Santo Relutante", é uma produção italiana, de 1962, dirigida por Edward Dmytryk, com Maximilian Schell interpretando São José de Cupertino. Caso você deseje comprar o filme, eu achei ele à venda na amazon, e você pode encontrar clicando nesse link: https://amzn.to/46uXUhs
Ele é considerado o padroeiro dos estudantes, tripulantes e passageiros de aeronaves, astronautas e pilotos aviadores, pilotos de asa delta, ultra leves, etc.
Sua festa litúrgica é celebrada no dia 18 de Setembro.
Essa semana a Igreja celebrou a Memória do Martírio de São João Batista e, justamente, no dia do seu martírio eu consegui achar um filme que conta a história dele, o último dos profetas, o precursor de Cristo, aquele que anunciou a chegada do Messias, o primeiro mártir da Igreja,.
O filme se chama Salomé, é de 1953 e claro tem como personagem principal aquela que pediu a cabeça de João Batista (Conferir em Mateus 14:1-12. Marcos 6:14-29 e Lucas 9:7-9) em uma bandeja, orientada por sua mãe Herodíades. Mas o filme mostra também um pouco da vida de João Batista, suas pregações, sua prisão, os momentos que antecederam sua morte e também a decapitação. Caso você queira saber um pouco mais sobre João Batista, pode acessar nossa primeira postagem sobre ele, clicando AQUI.
Alguns detalhes são necessário dizer antes de se assistir o filme: o áudio do filme, em alguns momentos, não é tão bom, mas as falhas não acontecem em momentos de conversação; no filme quem pede a cabeça de João Batista em uma bandeja é Herodíades, na bíblia quem faz o pedido é a própria Salomé, mas sob orientação de sua mãe, Herodíades.
O filme é de 1953, produzido nos EUA, pela Columbia, dirigido por William Dieterle e conta com nomes de peso como Rita Hayworth (Salomé), Sir Cedric Hardwicke (Tiberius Caesar), Stewart Granger (Claudius) e Alan Badel (João Batista).
A festa litúrgica do nascimento de São João Batista é celebrada no dia 24 de Junho e a memória litúrgica de seu martírio se celebra no dia 29 de Agosto.
Vamos chegando com mais um bom filme para curtirmos em família, hoje contaremos um pouco da história de São Josemaria Escrivá, um servo de Deus, que fundou o Opus Dei uma prelazia católica que prega que somos todos chamados a ser santos e evangelizar em todos os ambientes e fazer do trabalho um encontro pessoal com Deus.
Nascimento e Primeiros Anos
Josemaría Escrivá de Balaguer nasceu em 9 de janeiro de 1902 em Barbastro, Espanha. Foi o segundo filho, entre os seis, do casal José Escrivá de Balaguer Corzán e de Maria de los Dolores Albás y Blanc. Josemaria foi batizado no mesmo mês de seu nascimento, dia 13, os seus pais eram católicos fervorosos e transmitiram-lhe desde cedo os fundamentos da fé e as virtudes cristãs: o amor à Confissão e à Comunhão frequentes, o recurso confiado à oração, a devoção a Nossa Senhora, a ajuda aos mais necessitados. Desde cedo conviveu com as dores e dificuldades da vida, entre 1910 e 1914 morreram as suas três irmãs mais novas, e sua família chegou a ruína econômica, com a falência de uma pequena fábrica que o seu pai possuía. Estas experiências temperaram o seu caráter, naturalmente alegre e expansivo, e o fizeram amadurecer mais rapidamente. Em 1915, a família Escrivá mudou-se para Logronho, onde o pai conseguiu um emprego que lhe permitira sustentar a família de forma mais modesta.
As Pegadas na Neve
O natal de 1917-1918 foi extremamente frio, com temperaturas que chegavam a 14°C negativos, e foi nesse frio que algo inesperado aqueceu o seu coração e transformou sua vida para sempre: após uma forte nevasca, ele observou umas pegadas na neve, eram de um frade carmelita que caminhava descalço. Diante dessa imagem interrogou a si mesmo: se há pessoas que fazem tantos sacrifícios por Deus e pelo próximo, não serei eu capaz de Lhe oferecer alguma coisa? Então ele começou a sentir que precisava entender direito o que Deus queria dele e optou pelo sacerdócio, pois assim estaria mais disponível para atender a vontade de Deus.
Iniciou sua formação eclesiástica no seminário de Logronho, em 1920 seguiu para seminário diocesano de Saragoça, onde também cursou direito, por sugestão do seu pai e com a permissão dos seus superiores. Em 1925 recebeu o sacramento da Ordem e sua primeira missa foi celebrada no dia 30 de março de 1925, em sufrágio pela alma de seu pai, José Escrivá, que havia falecido em novembro de 1924. Iniciou seu ministério em paróquias rurais, depois regressou a Saragoça, onde exerceu o seu ministério e terminou a licenciatura em Direito. Em 1927, acompanhado de sua mãe, de sua irmã e seu irmão, mudou-se para Madrid para obter o doutorado em Direito, desenvolveu um intenso serviço sacerdotal, principalmente entre os pobres, doentes e crianças. Ao mesmo tempo, sustentava-se e mantinha a sua família dando aulas de Direito.
A Criação do Opus Dei
No dia 2 de Outubro de 1928, durante um retiro espiritual, Josemaría, enquanto pedia que Deus lhe mostrasse claramente o que era preciso ser feito pela Igreja, ele vê (essa é a palavra utilizada por ele) a missão que Cristo lhe quer confiar: abrir na Igreja um novo caminho vocacional, orientado a difundir a procura da santidade e a realização do apostolado mediante a santificação do trabalho cotidiano no meio do mundo, sem mudar de estado, surgindo assim a Opus Dei (Obra de Deus em Latim). Poucos tempo depois, em fevereiro de 1930, Nosso Senhor dá-lhe a entender que o Opus Dei deve estender-se também às mulheres colocando sempre a mulher, como cidadã e como cristã, frente à sua pessoal responsabilidade, nem maior nem menor que a do homem, na construção da sociedade civil e da Igreja. A partir de então Josemaría se dedica totalmente a esta grande obra de Deus, apesar de não se considerar um inovador, pois sabe que Cristo é a eterna novidade e que o Espírito Santo rejuvenesce continuamente a Igreja. Em 1933 ele percebe que o mundo da ciência e da cultura é um ponto crucial para a evangelização de toda a sociedade e assim, promove a abertura de uma Academia Universitária. Em 1934 ele publica, com o título Consideraciones Espirituales, a primeira edição de Caminho, o seu livro mais conhecido que atualmente já está difundido em mais de quatro milhões e meio de exemplares, com 372 edições, em 44 línguas.
A Guerra Civil Espanhola e o Massacre de Católicos
O Opus Dei dava os seus primeiros passos quando, em 1936, se iniciou uma das maiores perseguições à igreja feita pelos comunistas: A guerra civil espanhola. Fruto do ódio marxista contra a religião, ela se assemelhou a perseguição que aconteceu no México na mesma época, e era reflexo da revolução comunista que aconteceu na Rússia em 1917. Em 1931 os republicanos (de ideologia comunista, apoiados pelos socialistas e anarquistas), com a promessa de realizar reformas sociais e rurais, coletivizar fábricas e terras, saíram vitoriosos das eleições no país, com isso o Rei Afonso XIII renunciou ao trono, assim foi proclamada a república e extinta a monarquia na Espanha. Mas assim que assumiram o poder, os comunistas elaboraram uma nova Constituição, que negava os direitos da Igreja. A nova constituição continha artigos como o fim das escolas confessionais, a retirada de símbolos religiosos em lugares públicos, a proibição do culto público, fim da disciplina "religião" nos centros de ensino e a supressão das ordens religiosas. Milícias armadas pelo governo, conhecidas como “incontroláveis” avançaram sobre as igrejas, mosteiros e conventos, que foram saqueados e incendiados sem que as forças de segurança do governo ou a Guarda Civil interviessem. Os sacerdotes e religiosos foram considerados inimigos do povo e foi dado ordem para que fossem todos detidos, aqueles que não conseguiram fugir ou esconder-se foram presos e torturados antes de serem mortos, não se levou em consideração a idade ou o sexo dos presos. Homens e mulheres, jovens e idosos eram espancados, tinham os olhos vazados, sofriam queimaduras, choques elétricos, as monjas sofriam abusos sexuais, etc. Até 1936, 411 igrejas já haviam sido destruídas. A declaração do ministro da guerra, Manuel Azaña, demonstrava a posição do governo diante do vandalismo generalizado: “Todos os conventos da Espanha não valem a vida de um único republicano”.
Embora a perseguição aos católicos tenha começado logo no início do governo comunista, as reformas prometidas na campanha não começaram logo, e isso fez com que a tensão entre republicanos (Comunistas) e Nacionalistas (Conservadores) aumentasse ainda mais, com isso em 18 de julho de 1936, o general Francisco Franco comandou o exército espanhol contra os republicanos, numa tentativa de retomada do poder para os nacionalistas. O Exercito falhou em sua ação e acabou dando início a uma guerra entre nacionalistas e republicanos. A guerra civil provocou milhares de mortos e muita destruição, acabando somente em 1939 com a vitória dos nacionalistas e o fim da perseguição aos católicos.
Diante de tanta barbárie só restou uma alternativa a Josemaría: Sair de Madrid. Por diversas vezes ele esteve a ponto de ser capturado pelos comunistas, durante a fuga ele exercia seu ministério às escondidas, auxiliado por amigos ele conseguiu atravessar os Pireneus até o sul da França, e instalou-se em Burgos, onde permaneceu até o fim da guerra em 1939.
Expansão Apostólica do Opus Dei
De volta a Madri Josemaría conseguiu o doutorado em Direito. Nos anos seguintes, dirigiu vários retiros destinados a leigos, padres e religiosos, mas o início da Segunda Guerra Mundial o impede de iniciar seus trabalhos em outros países. Em fevereiro de 1943, foi fundada, dentro do Opus Dei, a Sociedade Sacerdotal da Santa Cruz com isso o Opus Dei começou também a receber sacerdotes. Em 1946 passou a viver em Roma, a fim de preparar o reconhecimento pontifício do Opus Dei. Em 24 de Fevereiro de 1947, o Papa Pio XII concede o decretum laudis, e a aprovação definitiva a 16 de Junho de 1950. Em 1948, funda, em Roma, o Colégio Romano de Santa Cruz, destinado à formação de homens do Opus Dei provenientes de todas as partes do mundo. Em 1953, funda o Colégio Romano de Santa Maria, centro internacional para a formação espiritual, teológica e apostólica de mulheres do Opus Dei. Josemaría passou a realizar numerosas viagens a diversos países europeus para impulsionar o estabelecimento e a consolidação do Opus Dei nesses lugares, entre 1970 e 1975 passou a realizar também longas viagens até o México, a Península Ibérica, a América do Sul e Guatemala, e nelas reunia em catequese grupos numerosos de homens e mulheres.
Morte, Beatificação e Canonização
No dia 26 de junho de 1975, por volta do meio-dia, enquanto estava em seu escritório de trabalho, aos pés de uma pintura emoldurada de Nossa Senhora, ele sofreu uma parada cardíaca e faleceu aos 73 anos. A essa altura, o Opus Dei já estava presente nos cinco continentes. Tinha mais de sessenta mil membros em oitenta países. Os livros de espiritualidade do Monsenhor Escrivá (Caminho, Santo Rosário, Temas Atuais do Cristianismo, Cristo que passa, Amigos de Deus, Amar a Igreja, Via Sacra, Sulco, Forja) difundiram-se pelo mundo com milhões de exemplares. O seu corpo foi sepultado na Igreja Prelatícia de Santa Maria da Paz, na sede central da Prelazia, em Roma.
Cerca de 69 cardeais, 1300 bispos de todo o mundo e 41 superiores de congregações religiosas, entre outras personalidades, solicitaram ao Papa o início da causa de sua beatificação e canonização. Em 12 de maio de 1981 foi aberto o processo de beatificação de Josemaría Escrivá. Em 9 de abril de 1990 o Papa João Paulo II declarou a heroicidade de suas virtudes cristãs, em 6 de julho de 1991 decretou o caráter milagroso de uma cura atribuída à sua intercessão. Foi beatificado em 17 de maio de 1992. Em 20 de Dezembro de 2001 um decreto pontifício reconheceu o carácter milagroso de uma cura atribuída à intercessão do Beato Josemaría e em 6 de outubro de 2002 foi canonizado pelo Papa João Paulo II.
Na homilia da missa de canonização o Papa João Paulo II disse o seguinte sobre Josemaría: São Josemaría foi um mestre na prática da oração, o que considerava uma extraordinária "arma" para redimir o mundo. Recomendava sempre: ""Primeiro, oração; depois expiação; em terceiro lugar, muito "em terceiro lugar", ação"" (Caminho, n. 82). Não é um paradoxo, se não uma verdade perene: a fecundidade do apostolado reside, antes de tudo, na oração e numa vida sacramental intensa e constante. Este é, no fundo, o segredo da santidade e do verdadeiro êxito dos santos. (Da homilia na missa de canonização).
Sua festa litúrgica é celebrada no dia 26 de junho.
Chegando mais um bom filme para assistirmos em família, hoje trazemos a impressionante história de Maria Bertilla, uma simples camponesa que conseguiu demonstrar com suas atitudes do dia-a-dia que o ser humano traz dentro de si a marca de Deus em sua vida, mesmo que não demonstremos isso em milagres e grande feitos.
Nasce Ana, a Pobre Camponesa.
Nasceu no dia 6 de outubro de 1888 na paróquia de Gioia di Brendola (Vicenza, Itália), foi batizada com o nome de Ana Francisca Boscardin, era a mais velha de três filhos, e seus pais eram pobres camponeses, ela passou sua infância e adolescência trabalhando nas lavouras, ajudando seus pais. Além disso, trabalhava também como empregada doméstica para ajudar a família. Sua família era muito católica, desde pequena desenvolveu um grande amor por Nossa Senhora. Sempre que podia, dedicava-se à oração.
Aos nove anos fez sua Primeira Comunhão e aos treze fez voto de castidade. Ela era muito tímida, com inteligência lenta e fraca memória, na aldeia todos a chamavam de "ignorante" e "pata", mas ela não se ofendia e estava sempre cheia de boa vontade. Quando manifestou ao pároco o desejo de se tornar religiosa, este lhe respondeu: “Aninha, tu não serves para nada. Quaisquer religiosas não saberiam que fazer duma aldeã ignorante como tu és”. Mas, arrependido, o padre a chamou no dia seguinte.
Nasce Irmã Maria Bertilla, A Humilde Servidora.
Em 8 de Abril de 1905, então com 17 anos, Ana deixou a casa de seus pais para ingressar no Convento das Irmãs Mestras de Santa Doroteia, adotando o nome de Maria Bertilla. Como era forte e robusta, os trabalhos mais pesados lhe foram designados e, assim, durante muito tempo ela ficou trabalhando na cozinha e na lavanderia do convento.
O segundo ano de seu noviciado foi feito no Hospital de Treviso. A Superiora Geral a destinou para para o cargo de enfermeira, mas a superiora do hospital, Irmã Margarida, pensou diferentemente: que esperar de bom dessa noviça tímida, com rosto pastoso e inexpressivo? E a colocou na cozinha como ajudante de uma freira idosa e enferma, encarregada de a vigiar e formar. A Superiora geral decidiu pela segunda vez que ela seria enfermeira e mandou-a de novo para o hospital de Treviso. Ao vê-la novamente na enfermaria do hospital a Irmã Margarida exclamou: “Tu de novo aqui! Preciso de enfermeiras para a cirurgia e para as doenças contagiosas, e mandam-me gente desta!” Fazendo com que a Irmã Maria Bertilla voltasse às suas panelas. Em 8 de Dezembro de 1907, fez a sua profissão solene, com a presença dos pais na casa-mãe de Vicenza.
Irmã Maria Bertilla, A Enfermeira Incansável.
Certo dia, por falta de pessoal, foi preciso colocá-la na secção de crianças atacadas de difteria (à época, também conhecida como garrotilho), como por milagre toda a sua imperícia desapareceu de um momento para o outro, tornando-se enfermeira inteligente e hábil, ganhando o respeito e a confiança de todos. Foi então que descobriu sua vocação e realizou-se como pessoa dedicando-se a cuidar dos doentes. Embora só tivesse cursado somente três anos de escola primária, ela estudou muito e diplomou-se como enfermeira, de modo que pôde tratar os doentes com ciência e fé, assistindo-os com carinho de irmã e mãe, qualidades que se manifestaram durante a Primeira Guerra Mundial. Irmã Maria Bertila surpreendeu a todos com sua incansável disposição e solidariedade de religiosa e enfermeira no tratamento dos feridos de guerra.
A guerra forneceu à Irmã Bertilla outras ocasiões para se dedicar como enfermeira aos soldados feridos. Mas foi preciso sair de Treviso, que se encontrava na frente das operações militares. Muito teve de sofrer nessa altura, devido à incompreensão de sua nova superiora que até para a lavanderia a mandou de volta. Mas aceitou esta prova com alegria e fé, como as outras provas precedentes.
Doença, Morte, Beatificação e Canonização
Aos vinte e dois anos de idade quando, além de enfrentar a doença no próximo, teve que enfrentá-la em si mesma: foi operada de um tumor e antes que pudesse recuperar-se totalmente já estava junto de seus doentes. As humilhações pessoais continuavam associadas às dores físicas. Seu mal se agravou e aos trinta e quatro anos sofreu uma segunda cirurgia, a qual não obteve sucesso e Irmã Maria não mais resistiu e faleceu no dia 20 de outubro de 1922, no hospital de Treviso.
Irmã Maria Bertilla foi sepultada na Casa-mãe da Congregação em Vicenza e junto ao seu túmulo há sempre alguém rezando. Muitos milagres foram realizados junto ao seu túmulo e creditados à sua intercessão. Foi beatificada em 8 de junho de 1952 pelo Papa Pio XII e canonizada em 11 de maio de 1961, festa da Ascenção de Nosso Senhor, pelo Papa João XXIII.
Ela é invocada como protetora contra o câncer.
Sua Festa litúrgica é celebrada dia 20 de outubro.
Chegando mais um bom filme para assistirmos em família, hoje vou trazer a história de uma grande mulher da igreja do Senhor, que mesmo antes de assistir o filme eu já a conhecia, pois minha mãe sempre falava dela e a tem grande admiração, pois em sua juventude estudou em um colégio de freiras que levava o seu nome: Santa Maria Mazzarello.
Nascimento e Juventude
Nascida no dia 09 de Maio de 1837, em Mornese, norte da Itália, na região do Monferrato. Maria Domingas Mazzarello, era filha de José Mazzarello e de Maria Madalena Calcagno. Foi a primeira de dez filhos. Desde muito cedo, Maria (ou Main como era comumente chamada) ajudou a cuidar de seus irmãos menores e dos afazeres domésticos. Como primogênita, ela começou desde muito cedo a ajudar o pai nos vinhedos e a mãe no cuidado dos irmãos menores e dos afazeres domésticos. Os tempos eram muito difíceis para os camponeses e tecelões daquela região. Todos eram muito pobres, porém o que tinham de mais precioso e valoroso era a fé e a vida de oração.
Em 1850, fez a primeira comunhão. Aos 15 anos ingressou na Associação das Filhas de Maria Imaculada, grupo fundado pelo vigário local, Pe. Domingos Pestarinoque, que não pensava em formar um instituto religioso, ainda não possuía um regulamento escrito, haviam somente 15 moças, que se reuniam na casa de uma delas, para fazer leitura espiritual e planejar suas atividades como obras de caridade e cuidado das crianças. Maria também era assistente em sua paróquia: ensinava o catecismo para crianças e ajudava os doentes. Quase todos os dias, bem cedo, Maria percorria um difícil e perigoso caminho para participar da missa. No inverno, esse percurso ficava ainda mais difícil, devido ao frio e à neve.
A Doença e a Esperança em Deus
Em 1860, quando Maria tinha 23 anos, uma epidemia de tifo negro se abateu sobre o povoado de Mornese. Todos fugiam das famílias infectadas. Uma dessas era a de Orestes Mazzarello, tio de Maria: ele, sua esposa e seus filhos, todos vitimados pela terrível peste e não tinham quem os ajudasse. O diretor espiritual de Maria, padre Domenico Pasquale Pestarino, pediu-lhe fazer esse ato de caridade: cuidar dos enfermos. Ela teve medo, mas ao mesmo tempo, em sua alma algo a chamava a se sacrificar pelos outros para estar mais unida ao Senhor. Seguiu para a casa do tio e, em uma semana, até os enfermos mais graves começaram a se recuperar. Maria, porém, contraiu a doença e seu estado se agravou a ponto de ela se recusar a tomar remédios. Esperava apenas que Deus viria levá-la ao Paraíso. Porém, mesmo sem ajuda de medicamentos, ela recuperou a saúde e levantou-se disposta a retomar a vida anterior. Mas a enfermidade lhe deixou sequelas e Maria não podia mais trabalhar no campo como antes.
O Pedido de Nossa Senhora e Início de uma Grande Obra
Certa vez, ao caminhar pela colina de Bargo Alto, viu diante de si um alto edifício com muitas meninas correndo, brincando num grande pátio interno e ouviu nitidamente estas palavras: “Tome conta destas meninas! A ti as confio!” Maria relatou o acontecido ao padre Pestarino. Este lhe disse que era pura imaginação e recomendou-lhe esquecer a visão e não contá-la a ninguém. Como ainda sentia algo em seu coração, Maria revelou à jovem Petronila Mazzarello (apesar do mesmo sobrenome elas não eram parentes, mas amigas) sua intenção de montar uma oficina de costura para ensinar às meninas pobres esse ofício. Maria ainda explicou a Petronila que seu desejo era, além de ensinar-lhes a profissão, falar-lhes de Deus. E convidou-a a se juntar a ela nesse nobre desígnio, Petronila aceitou o convite e as duas se instalaram numa pequena sala, inicialmente elas tiveram de buscar as crianças que teriam que "tomar conta", mas logo as famílias de Mornese começaram a mandar-lhe as filhas e as aulas de costura tornaram-se aulas de treinamento na virtude. Um dia, um senhor viúvo, entregou-lhe suas filhas para que as educasse. Assim, a oficina passou a ser um novo lar para as várias meninas, que viam em Maria sua segunda mãe. Aos domingos, após a missa, na praça da igreja, outras crianças se uniam a Maria e a Petronilla, para brincar e divertir-se.
As dificuldades eram muitas, mas a boa vontade do povo também, logo que a notícia se espalhou começou a chegar ajuda de todas as partes: lenha, cobertores, farinha e outros mantimentos. O padre Pestarino as incentivava, dizendo que Deus é quem lhes mandava essas pequenas criaturas necessitadas. Logo duas outras moças da Pia União das Filhas de Maria ofereceram-se para ajudar nos trabalhos da casa. Consultado, o padre Pestarino aceitou sua participação e elas formaram uma pequena comunidade: as “Quatro Filhas”, como eram chamadas na aldeia.
Nascem as Filhas de Maria Auxiliadora
Em 1864 Dom Bosco chegou a Mornese com seus meninos. Todos queriam vê-lo e ouvi-lo, Maria também estava lá. Dom Bosco expôs ao Pe. Pestarino seu projeto: construir um colégio para os meninos. Antes de partir, ficou conhecendo as iniciativas de Maria e Petronilla: a oficina de costura, o orfanato e a recreação aos domingos para todas as crianças do povoado. O projeto inicial de Dom Bosco era uma escola para meninos, mas empolgado com o trabalho das "Quatro Filhas", seguindo a orientação do Papa Pio IX, que o havia sugerido a fundação de um instituto feminino que“fizesse pelas meninas o que os salesianos fazem em favor dos meninos” e a orientação de um sonho em que ele via uma multidão de meninas junto à colina de Bargo Alto, que lhe pediam: “Nós meninas não temos também uma alma a salvar, como têm os meninos?” e Maria Auxiliadora que lhe dizia: “Te confio estas jovens; elas também são minhas filhas”, Dom Bosco decidiu fazer da escola um colégio para meninas, uma congregação feminina dos Salesianos.
Em janeiro de 1872, as “Filhas” se reuniram em capítulo e elegeram sua primeira superiora: Maria Mazzarello. Julgando-se indigna, ela procurou esquivar-se, mas o padre Pestarino levou o caso a Dom Bosco e este, conhecendo a virtude e a capacidade da eleita, confirmou-a na delicada função.
Oito meses mais tarde, na festa de Nossa Senhora das Neves, em presença de Dom Giuseppe Maria Sciandra, bispo de Ácqui, e de Dom Bosco, realizou- se a primeira tomada de hábito, de quinze jovens. Estava fundada a nova congregação, que Dom Bosco batizou em termos proféticos: “Usareis o nome que há muito o meu coração vos reserva: Filhas de Maria Auxiliadora. Por vosso intermédio Nossa Senhora quer ir em auxílio das meninas pobres. Sois pobres e pouco numerosas. Mas haveis de ter tantas alunas que não sabereis mais onde as meter…”
No começo do novo trabalho as dificuldades foram enormes, pois a comunidade se sentiu traída por Dom Bosco e por Madre Mazzarello, pois a proposta era de uma escola para os meninos, todos ajudaram na construção da escola e quando ela, enfim, ficou pronta, tornou-se uma escola para meninas e isso revoltou muita gente. Mas logo a congregação cresceu e as oficinas se tornaram um referencial em Mornese e por toda a Itália. O crescimento foi tão rápido que em 1874 outras casas foram criadas pela Itália e Madre Mazzarello acabou sendo eleita Superiora Geral da Ordem ( Todos os votos, menos o seu próprio, recaíram sobre ela). Em 1876 seis freiras foram enviadas a América Latina para fundar uma nova casa e em pouco tempo, as Filhas de Maria Auxiliadora constituíam uma grande família espalhada por várias partes do mundo, Em 1881 já eram 139 irmãs, 50 noviças em 27 casas, sendo 18 na Itália, 3 na França, 6 na América do Sul, cuidando de 5.000 jovens.
Morte, Beatificação e Canonização
Irmã Maria Mazzarello era mais do que a superiora geral da congregação, ela era o coração da congregação, seus olhos brilham de entusiasmo e seu coração pulsa de alegria e júbilo pelo que o Senhor tem feito pelas Filhas de Maria Auxiliadora. Mas sua saúde começou a declinar e já caminhava com dificuldade, em 1881, estando em Saint-Cyr, na França, foi diagnosticada com uma pleurisia em estado muito avançado. Como, naquele tempo, o tratamento era feito à base de ventosas logo suas costas transformaram-se numa ferida, mas ela nada reclamava e só dava bons exemplos às suas irmãs de religião. Diante do prognóstico médico ela decidiu voltar para Nizza Monferrato (o médico havia lhe dado mais dois meses de vida), para onde se tinha trasladado anos antes a Casa-Mãe da Congregação. Encontrou-se ainda com Dom Bosco que a confortou. E ali faleceu em 14 de maio de 1881. Suas últimas palavras às suas filhas, que choravam, foram: “Adeus! Até o Céu…”
Madre Mazzarello foi beatificada em 1938 pelo Papa Pio XI, que também a declarou cofundadora do Instituto Filhas de Maria Auxiliadora, foi canonizada em 24 de junho de 1951 pelo Papa Pio XII. Seu corpo está ao lado de São João Bosco no altar da grandiosa basílica de Nossa Senhora Auxiliadora, em Turim, na Itália.
Sua festa litúrgica é celebrada no dia 13 de Maio.