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sábado, 4 de julho de 2020

Aparições de Nossa Senhora em Garabandal - Espanha

Olá!!!
Paz e Benção!!!

Chegando mais um ótimo filme pra gente curtir em família, então chama o povo, prepara o lanche arruma a sala e deixa o filme por minha conta. Hoje nós vamos conhecer uma maravilhosa história de possíveis aparições de Nossa Senhora em Garabandal, na Espanha.


San Sebastián de Garabandal
São Sebastião de Garabandal é uma vila rural, situada na montanha de Peña Sagrada, região norte da Espanha, na Diocese de Santander (não é o banco, é um lugar!), a cerca de 400 km da capital espanhola, Madrid. Foi nessa pequena vila, de cerca de 80 moradias, que em 18 de junho de 1961, no fim da tarde as 4 jovens: Conchita González (12 anos), Maria Loli Mazon González (12 anos), Jacinta González (12 anos) e Maria Cruz González (11 anos), que se achavam no campo, ouviram um barulho como que o de um trovão e viram uma figura, que elas descreveram como "muito bela, cercada de luz e que não ofuscava os olhos". Essa aparição se seguiu por alguns dias, sempre no mesmo lugar e declarou ser São Miguel Arcanjo, ele anunciou o aparecimento da Virgem Maria, que seria no domingo dia 2 de julho, festa da visitação de Maria à Santa Isabel. 

Rapidamente a notícia das aparições do anjo se espalhou, bem como a da aparição de Nossa Senhora. No dia marcado, muitas pessoas se fizeram presentes, tanto padres como pessoas de outras aldeias da região, juntaram-se para testemunhar esse acontecimento. Por volta das 6 horas da tarde, as meninas se encaminhavam para o local onde o anjo lhes havia aparecido, mas pouco antes de chegarem Nossa Senhora lhes apareceu, junto com São Miguel Arcanjo e outros anjos. Elas falavam abertamente à Virgem e rezavam o terço em sua presença. As aparições aconteceram durante 4 anos (1961 à 1965), as aparições eram bastante frequentes, cerca de umas 2.000 durante o período, chegando às vezes a acontecerem até mais de uma vez no mesmo dia.

As Mensagens 
Durante o período das aparições duas grandes mensagens foram tornadas públicas, a primeira foi em julho de 1961, mas a pedido da Virgem, ela só foi divulgada em 18 de outubro de 1961, ela convidava o povo a fazer sacrifícios, à penitência e a conversão, dizia a mensagem: "Há que fazer muitos sacrifícios; muita penitência; visitar o Santíssimo; mas antes, temos de ser muito bons. E se não o fizermos virá um castigo. Já se está enchendo a taça, e, se não mudarmos, vir-nos-á um castigo muito grande".
A segunda mensagem pública foi enviada por São Miguel Arcanjo no dia 18 de junho de 1965 e dizia:  "Já que a Minha mensagem do dia 18 de Outubro não foi atendida, e não foi muito divulgada ao mundo, Eu digo-vos que esta é a última. Antes, o cálice estava enchendo, agora está derramando. Muitos Cardeais, muitos bispos e muitos padres estão no caminho da perdição e levam com eles muitas almas. À Eucaristia é dada cada vez menos e menos importância. Nós devemos evitar a ira de Deus através dos nossos esforços. Se pedirdes perdão com sinceridade de alma, Deus perdoar-lhes-á. Sou eu, a vossa Mãe, que por intercessão de São Miguel, quer vos dizer para vos emendardes, que já são os últimos avisos e que Eu vos amo muito e não quero a vossa condenação. Pedi-nos com sinceridade e nós vos daremos. Devem sacrificar-se mais. Pensem na Paixão de Jesus".

O Aviso, o Milagre e o Castigo

Também foi predito em Garabandal pela Virgem 3 acontecimentos futuros. O Primeiro será um aviso mundial que deve ser visto e sentido por todos na terra, todos verão e terão a certeza que esse sinal veio de Deus. Este aviso servirá para purificar a humanidade e prepará-la para o Grande Milagre que acontecerá pouco depois do aviso, no período máximo de 1 ano, num pequeno bosque de Garabandal. Conchita sabe a data do milagre e o anunciará 8 dias antes, os doentes ficarão curados, os pecadores serão convertidos e os incrédulos acreditarão, um sinal sobrenatural permanecerá nos pinheiros depois do milagre. Porém se depois do aviso e do milagre o mundo não mudar, então virá o castigo. Esse castigo parece ter sido revelado às videntes, Maria Loli, assim o descreveu: “Era horrível aos meus olhos. Ficamos totalmente apavoradas. Não tenho palavras para o explicar. Víamos a água dos rios transformar-se em sangue… Caia fogo do céu… E algo de ainda pior, que não posso revelar por ora”. 

Outros Fenômenos
Muitos outros fenômenos aconteceram em Garabandal, como, por exemplo: 

Caminhadas em êxtases das videntes - As meninas caminhavam juntas em direção ao local das aparições a uma velocidade que era difícil até para os homens acompanhá-las;

Quedas Estáticas - As videntes caíam de costas no chão pedregoso e irregular e não se machucavam;

Insensibilidade - As meninas ficavam insensíveis a dor, chegavam até mesmo a jogar areia em seus olhos, beliscavam, ou apontavam fortes luzes em direção a seus olhos, mas elas permaneciam sem reação;

A Hóstia visível - Na madrugada do dia 19 de julho de 1962, por volta de 1:30h, Conchita saiu de casa em êxtase, uma multidão a acompanhava, pois esse milagre havia sido anunciado que aconteceria, após caminhar um pouco caiu de joelhos, olhou para o céu e colocou a língua para fora, então uma hóstia branca e muito brilhante apareceu em sua língua. esse fato, além de visto pelas pessoas que estavam mais próximas foi filmado por um empresário, com uma câmera amadora e a ajuda de uma lanterna.

Posição da Igreja Católica
As possíveis aparições em Garabandal ainda não foram confirmadas pela igreja, mas também não foram negadas, assim todo aquele que deseja propagar a mensagem está livre para fazê-lo, até que tudo esteja claramente estabelecido. Segundo o site do Apostolado Garabandal, link ao final da postagem, a Congregação para Doutrina da Fé mantém a investigação das aparições nas mãos dos Bispos de Santander, e aguarda para ver os resultados. Os Bispos de Santander afirmam, através de estudos solicitados a dois comitês, que não houve fenômeno capaz de autenticar as aparições, nem tampouco que invalidem a mensagem.
o Papa Paulo VI, em junho de 1966 afirmou que: "É a história mais bela da Humanidade desde o Nascimento de Cristo. É como a segunda vida da Santíssima Virgem na terra, e não há palavras para agradecê-lo."
O Padre Pio garantiu a autenticidade das aparições de Garabandal, tendo se encontrado com Conchita em San Giovanni Rotondo em 1966. Mas já em 1962 Nossa Senhora havia prometido que ele veria, por antecipação, o Milagre de Garabandal.
Dom João Pereira Venâncio, Bispo de Leiria (Fátima - Portugal), entre 1958 e 1972, afirmou: "A Mensagem, dada por Nossa Senhora, em Garabandal, é a mesma que Ela deu em Fátima, mais atualizada e apropriada aos nossos tempos."

Sobre o Filme
O filme que você assistirá se chama "Garabandal, só Deus sabe" ele foi produzido pela Mater Spei, entidade espanhola, constituída em 2017. Se você desejar fazer uma doação ao Apostolado Garabandal pode fazê-lo no site oficial do filme: Garabandal, Só Deus Sabe.

Nossa Senhora de Fátima, rogai por nós! 



Fontes Pesquisadas:
Wikipedia, acesso em 04/07/2020;
Últimas e Derradeiras Graças, acesso em 04/07/2020;
Sinais dos Tempos, acesso em 04/07/2020;
Cléofas, acesso em 04/07/2020;
Exército de Maria, acesso em 04/07/2020;
Apostolado Garabandal (Sobre o milagre da Hóstia), acesso em 04/07/2020;
Apostolado Garabandal (Sobre a posição da Igreja), acesso em 04/07/2020.


sábado, 28 de setembro de 2019

A História de Noé.

Olá!!!
Paz e Benção!!!

Chegando mais um bom filme aqui no blog, então, reúne o povo, prepara o lanche, que o filme é por minha conta!  O filme de hoje é curtinho e mostra mais uma grande história de fé que vem do Velho Testamento: A história de Noé!
A história de Noé é contada no Livro do Gênesis, nos capítulos 6 a 9. Segundo a bíblia, os homens haviam se afastado de Deus e pervertido o seu coração, Noé e sua família, porém, mantinham-se justos e firmes na fé. Deus observando o comportamento de todos, decide enviar um dilúvio para exterminar os infiéis, decidido a preservar a vida na terra e conservar a família de Noé, Ele pede que Né construa uma arca para abrigar um casal de cada animal e a família de Noé.
O dilúvio durou cerca de quarenta dias e quarenta noites, mas a estadias deles na arca durou ainda mais tempo. A família de Noé foi preservada pela vontade de Deus.

Espero que gostem do filme.




sábado, 2 de março de 2019

Santa Joana D'Arc - 1948

Olá!!!
Paz e Benção!!!

Chegando mais um boa postagem aqui no blog hoje trazemos mais um filme sobre a história de Santa Joana D'Arc. Dessa vez eu encontrei uma produção de dos EUA, de 1948, dirigida por Victor Fleming, com Ingrid Bergman no papel de Joana D'Arc. A história de Joana nós já postamos por aqui é só clicar e conferir.
A todos um bom carnaval, quem for ficar em casa e quiser fazer do Blog uma companhia poderá encontrar diversos filmes para assistir em família, que for fazer retiros que tenham um ótimo e restaurador retiro e quem for cair na folia tenham cuidado e não esqueçam: devemos ser católicos em todos os lugares e circunstâncias! 

Joana D'Arc foi proclamada padroeira da França junto com Santa Teresinha.
Sua festa litúrgica é celebrada no dia 30 de maio.
Santa Joana D'Arc, rogai por nós!


sábado, 19 de maio de 2018

Santo Afonso Maria de Ligório, Fundador dos Redentoristas

Olá!!!
Paz e Benção!!!
Que tal aprendermos hoje sobre um grande santo e doutor da igreja, que foi grande estudioso, jurista, escritor, músico e fundador da Congregação dos Redentoristas? Pois bem, junta a família toda e vamos conhecer um pouco da vida de Santo Afonso Maria de Ligório.

Afonso de Ligório, o Grande Estudioso
Nascido Alphonsus Maria de' Liguori, no dia 27 de Setembro de 1696, em em Marianella, perto de Nápoles, que na época era território do Reino de Nápoles. Foi o primogênito de sete irmãos nascidos numa das mais antigas e nobres famílias de Nápoles. Seu pai, Joseph de Ligório, era Capitão da Marinha Real e sua mãe Ana Cavalieri era uma católica fervorosa. Seus pais perceberam logo que Afonso tinha uma inteligência privilegiada. Por isso, fizeram questão de dar a ele as condições para ele estudar nas melhores escolas e universidades. Seu pai dedicava-se a prepara-lo nos estudos e sua mãe ocupava-se em formá-lo na fé cristã. E, de fato, sua mãe fez dele um cristão fervoroso. Além disso, Afonso destacou-se como escritor, poeta e músico. Aos 12 anos ingressou na faculdade de direito onde se formou doutor direito civil e eclesiástico aos 16 anos e começou seu trabalho como advogado no fórum de Nápoles.

Afonso de Ligório, o Grande Advogado 
Em pouco tempo Afonso tornou-se um advogado renomado por toda Itália, em sua carreira ele decidiu não advogar em favor da corte, por enxergar a corrupção entre os detentores do poder, e fazia questão de atender aos pobres que não poderiam pagar pelos honorários advocatícios. Há um bom tempo ele já estudava abandonar a carreira jurídica, refletia e escrevia sobre isso, porém aos 27 anos, então, com 10 anos de carreira, ele recebeu uma causa de grande importância do Duque Orsini contra o grão-duque de Toscana. Afonso havia estudado o processo cuidadosamente, reviu os autos, conferiu documentos, fez uma brilhante defesa no foro. A vitória parecia mais que garantida, mas uma jogada política o fez perder a primeira causa em sua carreira, gerando uma grande repercussão e prejudicando uma classe menos favorecida. Esse acontecimento determinou a reviravolta mais profunda de sua vida: o jovem e brilhante advogado Afonso abandonou definitivamente a advocacia para dedicar-se à vida religiosa.

De Advogado a Religioso
Afonso renunciou de nobreza e à rica herança e ingressou como noviço no Oratório de São Filipe Néri, para completar seus estudos em teologia. Essas mudanças lhe causaram grandes desavenças com seu pai, que não se conformava com as escolhas de seu filho, mas ao ver a alegria do filho logo essas desavenças se extinguiram. Afonso foi ordenado sacerdote aos trinta anos, no dia 21 de dezembro de 1726, nessa ocasião, acrescentou o nome de Maria ao seu sobrenome, como forma de prestar homenagem a Jesus Cristo, através de Nossa Senhora. Em seus primeiros anos de sacerdócio viveu entre os mendigos e marginalizados de Nápoles. Logo destacou-se sua caridade e bondade para com os pobres. Tinha especial apreço em levar conforto espiritual a todos. Tornou-se também um grande pregador, suas homilias e pregações eram uma mistura da ciência da oratória e do poder de Deus, e eram capaz de reconciliar inimigos, consolava os aflitos, orientava os desnorteados e curava os corações. Em 1729 uma epidemia o levou a trabalhar no Hospital dos Incuráveis dedicando-se aos doentes de Nápoles.

A Congregação Redentorista
Em 1731 Afonso estava doente e precisando de repouso, ele foi levado para um convento de irmãs em Scala, perto de Amalfi, nesse convento uma irmã chamada Irmã Maria Celeste Crostarosa o revelou a visão que tivera no dia 3 de outubro de 1731: "Afonso estava designado por Deus para fundar uma Congregação". Com efeito, em 9 de novembro de 1732 foi fundada por Afonso a "Congregação do Santíssimo Redentor" cujo carisma era muito claro e pertinente: trabalhar especialmente junto dos mais abandonados. A nova congregação ensinava e pregava nas favelas das cidades maiores e em regiões empobrecidas. Além disso, os redentoristas se dedicavam a combater o jansenismo, uma heresia que, por seu excessivo rigor moral, impedia muitos católicos de receberem a Eucaristia. O próprio Afonso dedicou-se de corpo e alma à nova missão e, para ajudá-lo, irmã Maria Celeste fundou simultaneamente a ordem das irmãs redentoristas, tendo como diretor espiritual Afonso Maria. Em 1749 o Papa Bento XIV aprovou as Regras da nova congregação. 

Afonso é Sagrado Bispo
Em 1762 foi nomeado Bispo de Santa Ágata dos Godos, perto de Nápoles. Ele tentou recusar a nomeação, alegando que sua idade e saúde não permitiriam que fizesse um bom trabalho, sem sucesso. Durante seu episcopado, escreveu sermões, livros e artigos para encorajar a devoção ao Santíssimo Sacramento e à Virgem Maria, fez das visitas pastorais um ato contínuo em sua diocese, pregando em todas as paróquias, reformando o clero, convertendo pecadores, reformando costumes, santificando as famílias. Ele continuou a dirigir seu Instituto e o das religiosas que tinha fundado para servir de apoio, por sua oração contemplativa, a seus filhos missionários. 

O Grande Escritor
Em 1775, recebeu permissão para se aposentar e foi viver numa comunidade redentorista em Pagani, foi acometido por uma artrite degenerativa deformante, mas mesmo assim não parou, no convento, já quase cego, e paralítico, completou sua obra literária, extensa e importantíssima. Ele escreveu nada menos que cento e vinte livros e tratados. Entre os mais conhecidos, destacam-se: "Glórias de Maria", "Teologia moral"; "Visitas ao Santíssimo Sacramento" e o "Tratado sobre a oração". 

Morte, Beatificação e Canonização
Santo Afonso Maria de Ligório viveu ainda doze anos, passando por muito sofrimento físico e no dia 1 de Agosto de 1787, na cidade de Salerno, Itália, aos 91 anos, entregou sua alma ao Senhor. Ele foi beatificado em 15 de setembro de 1816 pelo papa Pio VII e canonizado em 26 de maio de 1839 por Gregório XVI. Pio IX o declarou Doutor da Igreja e o Papa Pio XII declarou-o santo padroeiro dos confessores e moralistas em 26 de abril de 1950 e escreveu a encíclica Haurietis Aquas sobre ele. 
Santo Afonso é, também, padroeiro de Nápoles e dos doentes de artrite.

Sua festa litúrgica é celebrada no dia 1 de agosto.

Santo Afonso Maria de Ligório, rogai por nós





Fontes Pesquisadas:
Wikipedia, acesso em 19/05/2018;
Cruz Terra Santa,  acesso em 19/05/2018;
E-Biografia,  acesso em 19/05/2018;
A12.com,  acesso em 19/05/2018;
Arautos do Evangelho,  acesso em 19/05/2018.

sábado, 17 de março de 2018

Dom Expedito Lopes - O Mártir de Garanhuns

Olá!!!
Paz e Benção!!!
Hoje vou trazer mais uma história esquecida pelo tempo, pouco divulgada e pouco conhecida. A história de coragem, fé e amor de um bispo que dá nome a diversas ruas (inclusive uma rua aqui perto de onde moro!) e bairros pelo Brasil, e até uma cidade do interior do Piauí. A história de Dom Expedito Lopes, o Bispo mártir de Garanhuns.

Francisco Expedito Lopes 
Nasceu no Sítio Jerusalém, na Vila de Meruoca, cidade de Sobral, no Ceará, no dia 08 de Julho de 1914, filho do pedreiro Edésio e de Noemi Lopes. Expedito era de família pobre e recebeu forte educação cristã desde sua infância. Foi recebido no seminário pelo, então, Bispo de Sobral Dom José Tupinambá de Frota. Logo após o curso preparatório, foi estudar filosofia no seminário de Fortaleza. Três anos depois, iniciou o curso teológico onde, já no primeiro ano, impressionou por sua rara inteligência, e isso fez com que ele fosse enviado a Roma para continuar seus estudos na Universidade Gregoriana, onde chegou em 1936. Lá, além dos estudos teológicos, especializou-se em Direito Canônico e foi ordenado sacerdote em Roma, no dia 30 de outubro de 1938. De volta a Sobral atuou durante dez anos como secretário do bispado e professor do seminário .

Padre Expedito foi escolhido pelo Papa Pio XII para a recém criada diocese de Oeiras, no Piauí, para ser o primeiro bispo diocesano. E assim, no dia 12 de dezembro de 1948, na Catedral de Sobral, Dom Expedito recebeu as insígnias pontificais. Foi, durante seis anos, grande servidor dos pobres, com profundo ardor missionário comprovado no seu ministério pastoral. 
No dia 24 de agosto de 1954 Dom Expedito foi  transferido para a diocese de Garanhuns, no Agreste, do Estado de Pernambuco, mas só tomou posse em 11 de fevereiro de 1955, se tornando o quinto Bispo a assumir essa Diocese. Fundou o Instituto das Missionárias de Nossa Senhora de Fátima no Brasil, seu ministério era exercido com sabedoria e amor, tanto que ficou conhecido como: “ o bispo dos Pobres, o bispo do coração mariano, o bispo do perdão".

A Chegada Em Garanhuns e o Encontro com Padre Hosana
Uma das missões que foram confiadas a Dom expedito era resolver problemas relacionados a quatro padres locais que, segundo relatos, estariam envolvidos com política partidária e relacionamentos indevidos com mulheres. Seus escritos mostravam que ele batalhava pelo cumprimento desta missão, pondo em prática local o que tinha aprendido em Roma. E se surpreendia com a tolerância que existia com os desvios do clero. Foi no exercer desta missão que entrou em sua vida o Padre Hosana de Siqueira e Silva, pároco da cidade de Quipapá, subordinada a Diocese de Garanhuns.

Padre Hosana tinha fama de ter temperamento forte e andar armado, além disso, era acusado de cobrar altíssimas taxas para realização de sacramentos; Não cuidar devidamente de sua paróquia,  chegando a, algumas vezes, deixar de rezar missa na matriz e nas capelas por estar ocupado cuidando de uma fazenda que mantinha em um município vizinho; Deixar de dar assistência às escolas, o que era costume na época e, o mais grave, ter um relacionamento amoroso com Maria José Martins, prima do Padre Hosana e funcionária doméstica na casa paroquial, que ele teria obrigado Maria José a abortar um filho dele e que ela estava novamente gestante do padre e que ele a proibia de se confessar com outros sacerdotes, ficando ele mesmo como confessor dela. Os outros três padres que eram acusados de conduta indevida ajustaram-se às orientações de Dom Expedito, Padre Hosana, porém, não admitia a culpa e dizia sempre que era vítima de perseguição e calúnias.
Segundo algumas fontes pesquisadas, quando Dom Expedito assumiu a diocese de Garanhuns o Padre Hosana já havia afastado Maria José da casa paroquial e a tinha enviado para outra cidade, porém havia contratado para doméstica uma garota conhecida por Quitéria Marques, ainda mais jovem e bonita que Maria José e que era, também, amante do sacerdote. Ao toma conhecimento da situação o Bispo Dom Expedito Lopes exigiu que o Padre Hosana demitisse Quitéria da casa paroquial e deu a ele um prazo para isso. Ao final do prazo o Padre não obedeceu o Bispo e continuou com Quitéria em sua casa.

O Martírio de Dom Expedito Lopes
Em virtude da desobediência do padre, Dom Expedito consultou a Santa Sé e pediu orientações sobre como agir, como resposta recebeu autorização para suspender o sacerdote. No dia 01 de Julho de 1957, Padre Hosana dirigiu-se à Rádio Difusora de Garanhuns na intenção de se defender publicamente das acusações, mas sua entrada na rádio não foi autorizada, então ele seguiu até o palácio episcopal armado com um revólver calibre 32. Quem abre a porta do palácio episcopal para o Padre Hosana é o próprio Dom Expedito, o Padre Hosana, então, dispara três tiros contra o Bispo, dois tiros acertam o peito e um acerta o braço do Bispo. Padre Hosana foge em seguida e esconde-se no Mosteiro de São Bento, lá mesmo em Garanhuns, onde confessa o crime.

Ferido Dom Expedito é socorrido pelos médicos da cidade, como não havia ambulâncias na cidade, ele é transferido em sua cama, que foi colocada sobre uma caminhonete e transferido para o hospital da cidade, mas não era possível fazer exames para localizar as balas, fazendo com que o Bispo sangrasse sem parar, ainda chegou a receber algumas transfusões de sangue. Dom Expedito sofreu por, aproximadamente, oito horas vindo a falecer na madrugada do dia seguinte, 02 de julho de 1957. Em seu leito de morte Dom Expedito perdoou o Padre que o matou, e pedia insistentemente para que todos perdoassem e rezassem pelo Padre Hosana.
Padre Hosana que, mais tarde, teria sua excomunhão confirmada pela Santa Sé, foi entregue pelo prior do mosteiro ao prefeito da cidade, este o entregou às autoridades policiais, que o transferiram para a Casa de Detenção do Recife, atual Casa da Cultura. Hosana foi condenado a 19 anos de cadeia em seu terceiro julgamento no ano de 1963. Cumpriu a pena em regime fechado até 1968, quando ganhou liberdade condicional, e foi viver em um sítio da família na cidade de Correntes. Porém no dia 07 de Novembro de 1997, aos 84 anos, Hosana foi encontrado morto, o mesmo havia sido morto a golpes de madeira na cabeça, ali mesmo no sítio, o crime nunca foi esclarecido, e acredita-se que teria sido motivado por disputa de terras.

O Processo de Canonização
Logo após a morte de Dom Expedito começaram a acontecer relatos de milagres acontecidos pela interseção do Bispo. Relatos como o de um dentista que ajudou a socorrer o bispo e teve suas calças molhadas com o sangue do bispo, tendo guardado suas vestes como relíquias, utilizou-as no parto de sua esposa que corria risco de morte e se salvou. um outro caso, ainda mais famoso, foi o de um menino alagoano que atribui a cura de uma deficiência no pé a interseção de Dom Expedito. Os constantes relatos de milagres fizeram com que o processo de canonização fosse aberto em favor de Dom Expedito, mas ele ficou parado durante anos, e foi reaberto em 2003, tendo como eixo principal a via do martírio, por morrer em defesa da fé católica. Desde 2006 o processo está nas mãos do Tribunal do Santo Ofício.

Veremos abaixo dois vídeos, o primeiro é de uma palestra do Padre Paulo Ricardo, na Canção Nova, onde o mesmo fala sobre o caso, e foi a primeira vez que ouvi falar de Dom Expedito. No Segundo vídeo temos o documentário Batinas Tintas de Sangue, produzido em 2005 pelos jornalistas: Ulisses Brandão, Kele Gualberto e Marcos Leandro, e que recebeu o Prêmio Cristina Tavares de Jornalismo, naquele mesmo ano.

Muitas das fontes pesquisadas por mim usaram como referência um livro escrito sobre Dom Expedito, chamado: "VIDA DE DOM EXPEDITO LOPES - BISPO MÁRTIR DE GARANHUNS" e pode ser adquirido pelo site da Editora Bagaço.


Vídeo 1: Trecho de uma palestra do Padre Paulo Ricardo, onde ele fala sobre Dom Expedito.

Vídeo 2: Documentário Batinas Tintas de Sangue.

Fontes Pesquisadas: 
Blog do Anchieta Gueiros, acesso entre os dias 14 e 17/03/2018;
Wikipedia, acesso entre os dias 14 e 17/03/2018;
Câmara Municipal de Dom Expedito Lopes, acesso entre os dias 14 e 17/03/2018;
Diário do Nordeste, acesso entre os dias 14 e 17/03/2018;
Folha de Pernambuco, acesso entre os dias 14 e 17/03/2018;
Década de 50, acesso entre os dias 14 e 17/03/2018;
Blog do Antonio Morais, acesso entre os dias 14 e 17/03/2018;
Jornal Correio da Semana, acesso entre os dias 14 e 17/03/2018.

sábado, 14 de outubro de 2017

Nossa Senhora Aparecida - Rainha e Padroeira do Brasil

Olá!!!
Paz e Benção!!!
Essa semana a Igreja de Cristo está em festa no Brasil, é que foram comemorados os 300 anos do encontro da imagem de Nossa Senhora nas águas do Rio Paraíba (em Guaratinguetá, São Paulo), e nós vamos conhecer um pouco dessa história no filme de hoje.

O Encontro Nas Águas e a Pesca Milagrosa
A história de Nossa Senhora da Conceição Aparecida (popularmente chamada Nossa Senhora Aparecida) começa ainda no Brasil colonial, mais precisamente em outubro de 1717, quando Pedro Miguel de Almeida Portugal e Vasconcelos, o Conde de Assumar, governante da capitania de São Paulo e Minas de Ouro, estava chegando à Vila de Guaratinguetá, no vale do Paraíba, durante uma viagem até Vila Rica. Ao saber da notícia a Câmara quis fazer uma festa para agradá-lo, separando as tarefas coube aos pescadores trazer peixes para servir o conde e sua comitiva, só que havia um problema: Não era época de boa pescaria no rio! Mesmo assim, dentre muitos outros pescadores da região, saíram juntos para cumprir o solicitado os amigos: Domingos Garcia, João Alves e Filipe Pedroso. Eles rezaram a Virgem Maria e pediram a ajuda de Deus, pois sabiam que não seria uma tarefa fácil de ser realizada e precisariam dessa ajuda. Eles desceram o rio e depois de tentar várias vezes sem sucesso, na altura do Porto Itaguaçu, já desistindo da pescaria, João Alves lançou a rede novamente. Não pegou nenhum peixe, mas apanhou a imagem de Nossa Senhora da Conceição. Porém, faltando a cabeça. Emocionado, lançou de novo a rede e, desta vez, pegou a cabeça que se encaixou perfeitamente na pequena imagem. Só este fato, já foi um grande milagre. Mas, após esse achado, eles apanharam tamanha quantidade de peixes que tiveram que retornar ao porto com medo da canoa virar. Os pescadores chegaram a Guaratinguetá eufóricos e emocionados com o que presenciaram e toda a população entendeu o fato como intervenção divina. Assim aconteceu o primeiro de muitos milagres pela ação de Nossa Senhora Aparecida.

A Peregrinação nas Casas e o Primeiro Oratório
Entre 1717 e 1732 a imagem, que havia ficado sob a guarda de Filipe Pedroso, peregrinou pelas regiões de Ribeirão do Sá, Ponte Alta e Itaguassú passando de casa em casa. Por onde passava a imagem as pessoas se reuniam para rezar à Nossa Senhora da Conceição. Graças e mais graças começaram a acontecer e a história se espalhava Brasil a fora. Em 1732 Filipe Pedroso presenteou seu filho com a imagem de Nossa Senhora Aparecida, o qual num gesto de amor à Virgem fez um oratório simples, onde as pessoas passaram a se reunir para rezar aos sábados, Por várias vezes, à noite, ao rezarem junto à imagem, as pessoas viam que as velas se apagavam e depois acendiam misteriosamente. Então, todo o povo da vizinhança passou a rezar aos pés da imagem, a fama dos poderes extraordinários de Nossa Senhora foi se espalhando pelas regiões do Brasil e logo o espaço do oratório ficou pequeno para tanta gente.

A Primeira Capela
Devido ao grande número de fiéis que procuravam o oratório para rezar diante da imagem aparecida nas águas, por volta de 1734, o Vigário de Guaratinguetá, José Alves Vilela, construiu uma Capela onde rezavam o terço e as ladainhas, mas não se celebrava a Santa Eucaristia. Em 1743 Padre Vilela fez um relatório dos milagres e da devoção do povo para com Nossa Senhora Aparecida e enviou ao Bispo do Rio Janeiro, Dom Frei João da Cruz, para que ele aprovasse o culto e autorizasse a construção da primeira igreja para abrigar a imagem que ficou conhecida como Mãe Aparecida. A aprovação aconteceu em 5 de maio em 1743.

A Primeira Igreja, a Matriz Basílica e o Santuário
A igreja foi construída no Morro dos Coqueiros, atual colina onde está localizado o centro da cidade de Aparecida, em terra doada pela viúva Margarida Nunes Rangel, com escritura passada em 6 de maio de 1744. A inauguração da igreja, que deu também origem ao Santuário, aconteceu na festa de Sant'Ana em julho de 1745, no dia 25, a imagem foi levada em solene procissão a nova igreja e colocada no nicho do altar, no dia 26 aconteceu a benção da imagem e a celebração da primeira missa. Nesta ocasião foi inaugurado também, o povoado com o nome de ‘Capela de Aparecida’. 
Em 1834 deu-se início a construção de uma nova igreja, ainda maior, pois o número de fiéis não parava de crescer, esta nova igreja foi consagrada no dia 8 de dezembro do ano de 1888 e ficou conhecida como ‘Igreja de Monte Carmelo’ (Atual Basílica Velha). Essa construção teve como personagem principal Frei Joaquim do Monte Carmelo, pois foi ele quem se dedicou integralmente aos projetos dessa obra. Em 1893 foi criada a Paróquia de Aparecida e a concessão do título de Episcopal Santuário de Nossa Senhora da Conceição Aparecida, assinada por Dom Lino Deodato Rodrigues, Bispo de São Paulo em 28 de novembro.

Visitas e Presentes Imperiais
Em Agosto de 1822, em viagem pelo Vale do Paraíba, o então Príncipe Regente do Brasil, Dom Pedro I e sua comitiva, visitaram a igreja e conheceram a imagem de Nossa Senhora Aparecida. O príncipe regente rezou diante da imagem, e prometeu a Nossa Senhora lhe consagrar o Brasil caso conseguisse resolver a sua situação política, que àquela época, lhe era muito desfavorável. O imperador Dom Pedro II e a imperatriz Teresa Cristina também estiveram, em 1843 e em 1865, na igreja de Aparecida para rezar diante da imagem. 
A festa da Aparecida no ano de 1868, até então celebrada em 8 de dezembro, dia da Imaculada Conceição, foi encerrada com a participação especial da Princesa Isabel, herdeira do trono brasileiro, ela quis participar das celebrações ao lado de seu marido, o Conde d'Eu, na esperança de obterem da Senhora Aparecida a graça de um herdeiro, como forma de manifestar sua devoção, a princesa doou à imagem um manto ornado com 21 brilhantes, representando as 20 Províncias do Império mais a capital. Anos depois, em 1884, a princesa Isabel voltou a Aparecida em reconhecimento pela graça recebida. Feliz, veio acompanhada não só do esposo, mas dos três herdeiros, os príncipes Dom Pedro, Dom Luís e Dom Antonio A princesa novamente quis honrar a imagem da Senhora Aparecida oferecendo-lhe dessa vez, uma coroa de ouro 24 quilates, 300 gramas, cravejada de brilhantes.

Milagres Por Intercessão de Nossa Senhora
Muitos milagres foram atribuídos a intercessão de Nossa Senhora Aparecida durante esses 300 anos, mas alguns se destacaram em sua história, entre eles:
A Menina Cega: Em 1874 Gertrudes Vaz e sua filha, que havia nascido cega, viajaram durante 03 meses, de Jaboticabal a Aparecida (Ambos em São Paulo). A menina tinha ouvido falar da história da “pesca milagrosa” e queria muito visitar Nossa Senhora Aparecida. Ao se aproximarem da igreja, ainda na estrada, a menina olhou o horizonte e exclamou: “Olhe, mamãe, a capela da Santa!”. Dona Gertrudes percebeu que tanto sacrifício tinha valido a pena. Mãe e filha, agora curada, foram rezar agradecidas, ajoelhadas aos pés da Senhora Aparecida.
O Escravo Zacarias: Naquele tempo de escravidão, o escravo Zacarias voltava acorrentado com o seu feitor para a fazenda de onde havia fugido. Ao passar pelo Santuário, pediu para rezar aos pés da Mãe Aparecida. Zacarias, com muita fé, fez suas orações, e o milagre aconteceu: as correntes se soltaram e Zacarias ficou livre.
O Cavaleiro Incrédulo: Há muito tempo, havia em Cuiabá (MT) um cavaleiro que não tinha fé. Zombava dos devotos de Nossa Senhora Aparecida e não acreditava no poder de sua intercessão. Um dia, o cavaleiro, subiu em seu cavalo e quis entrar na igreja de Aparecida e as patas do animal ficaram presas no primeiro degrau da escada.

A Chegada dos Redentoristas
Em 1732, em Scala, na Itália, Santo Afonso Maria de Ligório e outros cinco companheiros fundaram a Congregação do Santíssimo Redentor (Missionários Redentoristas), que tem como carisma a pregação das missões populares para as comunidades mais pobres e abandonadas. Rapidamente ela se expandiu para o norte da Europa e depois Américas, Ásia, África e Oceania.
Em 1894, Dom Eduardo Duarte da Silva, bispo de Goiás viajou a Europa em busca de padres para atender a romaria do Divino Pai Eterno do Barro Preto, realizar as santas missões na região sul da diocese, e cuidar da Paróquia de Nossa Senhora da Conceição de Campininhas de Goiás. Ele visitou diversos superiores de congregações religiosas, dentre eles o superior-geral dos redentoristas, Padre Matias Raus, mas não obteve resposta positiva. Na mesma noite em que conversou com Dom Eduardo, o Padre Matias teve um sonho com o fundador da congregação, Santo Afonso Maria de Ligório. E no dia seguinte, procurou por Dom Eduardo, e recomendou que fosse a Baviera (Alemanha), e lá conversasse com o superior provincial que iria enviar o grupo de missionários para Goiás. Dom Eduardo foi à Alemanha e acertou os detalhes da viagem ao Brasil. Logo tomou conhecimento que metade daquele grupo deveria ficar em São Paulo, para cuidar do Santuário de Nossa Senhora Aparecida, atendendo a um pedido do bispo de São Paulo, Dom Joaquim Arcoverde.
Em 28 de outubro de 1894, chegou a Aparecida um grupo de padres e irmãos dos Missionários Redentoristas, para trabalhar no atendimento aos romeiros que acorriam aos pés da imagem para rezar com a Senhora Aparecida. 

Coroação da Imagem
Em 1904 o Papa Pio X deu ordem para que a imagem fosse coroada de forma solene, o que aconteceu no dia 8 de setembro de 1904. Para a coroação foram utilizados o manto e a coroa doada pela Princesa Isabel símbolos de sua realeza e patrono. A celebração solene foi dirigida por D. José Camargo Barros, com a presença do núncio apostólico, muitos bispos, o presidente da República Rodrigues Alves e numeroso povo. Depois da coroação o papa concedeu ao santuário de Aparecida mais outros favores: ofício e missa própria de Nossa Senhora Aparecida, e indulgências para os romeiros que vêm em peregrinação ao Santuário.

Aparecida: A Basílica e o Novo Município 
Em 29 de abril de 1908, a igreja recebeu o título de Basílica Menor, sagrada a 5 de setembro de 1909 e recebeu os ossos de são Vicente Mártir, trazidos de Roma com permissão do Papa Pio X. No dia 17 de dezembro de 1928, a vila que crescera em volta da Basílica e que pertencia ao município de Guaratinguetá, se tornou independente, formando o município de Aparecida do Norte

Aparecida: Rainha e Padroeira do Brasil
Em 16 de julho de 1930 Nossa Senhora da Conceição Aparecida foi proclamada Rainha do Brasil e sua Padroeira Principal, por decreto do papa Pio XI, com estes objetivos: o bem espiritual do povo e o aumento cada vez maior de devotos à Imaculada Mãe de Deus. Mais tarde, em 30 de junho de 1980, através da Lei nº 6 802, João Figueiredo, então presidente do Brasil, decretou oficialmente feriado o dia 12 de outubro, dedicando-se este dia à devoção. Também nesta lei, a República Federativa do Brasil reconhece oficialmente Nossa Senhora Aparecida como padroeira do Brasil. 

Rosas de Ouro
Em 1967, ao completar-se 250 anos da devoção, o Papa Paulo VI ofereceu ao Santuário a “Rosa de Ouro”, gesto repetido pelo Papa Bento XVI que ofereceu outra rosa, em 2007, em decorrência da sua viagem apostólica ao país nesse mesmo ano, reconhecendo a importância da santa devoção. Recentemente ( 9 de outubro de 2017), o Papa Francisco repetiu o gesto, concedendo a terceira rosa em comemoração aos 300 anos da aparição da imagem.

A Basílica de Nossa Senhora Aparecida
Com o passar do tempo, a devoção a Nossa Senhora da Conceição Aparecida foi crescendo e o número de romeiros foi aumentando cada vez mais. A primeira Basílica tornou-se pequena. Era necessário construir outro templo, bem maior, que pudesse acomodar tantos romeiros. A primeira ideia de construção surgiu em 1917, por ocasião das celebrações do bicentenário do Encontro da Imagem. O projeto tomou forma ainda sob o arcebispado de Dom Duarte Leopoldo e Silva em São Paulo, mas sua realização estava condicionada à conclusão das obras da Catedral da Sé. O projeto da nova Basílica foi encomendado pelo Cardeal Dom Carlos Carmelo de Vasconcelos Motta, em setembro de 1947, ao arquiteto Benedito Calixto de Jesus. A estrutura e os cálculos do concreto armado eram do engenheiro civil Paulo Franco Rocha. A primeira missa no local aconteceu no dia 11 de setembro de 1946, presidida pelo Cardeal Motta. Em agosto de 1954, foi realizado o ato da Bênção da pedra fundamental. O Cardeal Legado Dom Giovani Piazza celebrou missa às 10:30h e, após a missa, O início efetivo da construção ocorreu em 11 de novembro de 1955. O prédio central da Basílica foi construído em estilo Neorromânico e tem o formato de uma cruz grega (possui os 4 braços do mesmo tamanho e forma um quadrado no centro). A Basílica foi consagrada em 4 de julho de 1980 pelo papa João Paulo II, durante sua visita ao Brasil e recebeu o título de Basílica Menor. As atividades no santuário só se iniciaram em 03 de Outubro de 1982, com a entrega oficial do templo pelo Arcebispo de Aparecida, Dom Geraldo Maria de Moraes Penido, ao redentorista e vigário da cidade Padre Elpídio Tabarro DalBó. Nesse dia também foi feito o translado da imagem para a Basílica Nova em um carro do Corpo de Bombeiros e levada em cortejo pela cidade até o altar montado na Esplanada do Santuário, para uma celebração eucarística. Atualmente a Basílica é o maior santuário mariano do mundo, é o maior templo católico do Brasil e o segundo maior templo católico do mundo (menor somente que a catedral de São Pedro, em Roma).

Sobre o filme
O filme se chama "O Milagre das Águas - A História de Nossa Senhora Aparecida". É um filme nacional (em alguns momentos em tom de musical), de 1987 e ambientado em 1904, ocasião da coroação da imagem e mostra a história de um senhor paraplégico, em consequência de um acidente, que é levado por seu filho João, a Aparecida do Norte. A contra gosto por já não ter fé, Pai José, como é chamado pelo menino, consente na viagem; e no caminho vai contando a história da Santa nascida nas águas.

Nossa Senhora da Conceição Aparecida é considerada a padroeira, entre outras coisas, das grávidas e recém-nascidos, rios e mares, do ouro, do mel, da beleza, dos rodeios e dos peões.

Sua festa litúrgica é celebrada no dia 12 de Outubro.

Nossa Senhora Aparecida, rogai por nós!!!



Fontes Pesquisadas: 
Santuário Nacional Aparecida, acesso entre 12 e 14/10/2017;
Wikipedia, acesso entre 12 e 14/10/2017;
Cultura Brasileira, acesso entre 12 e 14/10/2017;
Canção Nova, acesso entre 12 e 14/10/2017;
Cruz Terra Santa, acesso entre 12 e 14/10/2017;
Redentoristas, Província de Goiás, acesso entre 12 e 14/10/2017.

sábado, 26 de agosto de 2017

São Josemaria Escrivá - O Santo do Cotidiano

Olá!!!
Paz e Benção!!!

Vamos chegando com mais um bom filme para curtirmos em família, hoje contaremos um pouco da história de São Josemaria Escrivá, um servo de Deus, que fundou o Opus Dei uma prelazia católica que prega que somos todos chamados a ser santos e evangelizar em todos os ambientes e fazer do trabalho um encontro pessoal com Deus.

Nascimento e Primeiros Anos
Josemaría Escrivá de Balaguer nasceu em 9 de janeiro de 1902 em Barbastro, Espanha. Foi o segundo filho, entre os seis, do casal José Escrivá de Balaguer Corzán e de Maria de los Dolores Albás y Blanc. Josemaria foi batizado no mesmo mês de seu nascimento, dia 13, os seus pais eram católicos fervorosos e transmitiram-lhe desde cedo os fundamentos da fé e as virtudes cristãs: o amor à Confissão e à Comunhão frequentes, o recurso confiado à oração, a devoção a Nossa Senhora, a ajuda aos mais necessitados. Desde cedo conviveu com as dores e dificuldades da vida, entre 1910 e 1914 morreram as suas três irmãs mais novas, e sua família chegou a ruína econômica, com a falência de uma pequena fábrica que o seu pai possuía. Estas experiências temperaram o seu caráter, naturalmente alegre e expansivo, e o fizeram amadurecer mais rapidamente. Em 1915, a família Escrivá mudou-se para Logronho, onde o pai conseguiu um emprego que lhe permitira sustentar a família de forma mais modesta.

As Pegadas na Neve 
O natal de 1917-1918 foi extremamente frio, com temperaturas que chegavam a 14°C negativos, e foi nesse frio que algo inesperado aqueceu o seu coração e transformou sua vida para sempre: após uma forte nevasca, ele observou umas pegadas na neve, eram de um frade carmelita que caminhava descalço. Diante dessa imagem interrogou a si mesmo: se há pessoas que fazem tantos sacrifícios por Deus e pelo próximo, não serei eu capaz de Lhe oferecer alguma coisa? Então ele começou a sentir que precisava entender direito o que Deus queria dele e optou pelo sacerdócio, pois assim estaria mais disponível para atender a vontade de Deus.
Iniciou sua formação eclesiástica no seminário de Logronho, em 1920 seguiu para seminário diocesano de Saragoça, onde também cursou direito, por sugestão do seu pai e com a permissão dos seus superiores. Em 1925 recebeu o sacramento da Ordem e sua primeira missa foi celebrada no dia 30 de março de 1925, em sufrágio pela alma de seu pai, José Escrivá, que havia falecido em novembro de 1924. Iniciou seu ministério em paróquias rurais, depois regressou a Saragoça, onde exerceu o seu ministério e terminou a licenciatura em Direito. Em 1927, acompanhado de sua mãe, de sua irmã e seu irmão, mudou-se para Madrid para obter o doutorado em Direito, desenvolveu um intenso serviço sacerdotal, principalmente entre os pobres, doentes e crianças. Ao mesmo tempo, sustentava-se e mantinha a sua família dando aulas de Direito.

A Criação do Opus Dei
No dia 2 de Outubro de 1928, durante um retiro espiritual, Josemaría, enquanto pedia que Deus lhe mostrasse claramente o que era preciso ser feito pela Igreja, ele vê (essa é a palavra utilizada por ele) a missão que Cristo lhe quer confiar: abrir na Igreja um novo caminho vocacional, orientado a difundir a procura da santidade e a realização do apostolado mediante a santificação do trabalho cotidiano no meio do mundo, sem mudar de estado, surgindo assim a Opus Dei (Obra de Deus em Latim). Poucos tempo depois, em fevereiro de 1930, Nosso Senhor dá-lhe a entender que o Opus Dei deve estender-se também às mulheres colocando sempre a mulher, como cidadã e como cristã, frente à sua pessoal responsabilidade, nem maior nem menor que a do homem, na construção da sociedade civil e da Igreja. A partir de então Josemaría se dedica totalmente a esta grande obra de Deus, apesar de não se considerar um inovador, pois sabe que Cristo é a eterna novidade e que o Espírito Santo rejuvenesce continuamente a Igreja. Em 1933 ele percebe que o mundo da ciência e da cultura é um ponto crucial para a evangelização de toda a sociedade e assim, promove a abertura de uma Academia Universitária. Em 1934 ele publica, com o título Consideraciones Espirituales, a primeira edição de Caminho, o seu livro mais conhecido que atualmente já está difundido em mais de quatro milhões e meio de exemplares, com 372 edições, em 44 línguas.

A Guerra Civil Espanhola e o Massacre de Católicos
O Opus Dei dava os seus primeiros passos quando, em 1936, se iniciou uma das maiores perseguições à igreja feita pelos comunistas: A guerra civil espanhola. Fruto do ódio marxista contra a religião, ela se assemelhou a perseguição que aconteceu no México na mesma época, e era reflexo da revolução comunista que aconteceu na Rússia em 1917. Em 1931 os republicanos (de ideologia comunista, apoiados pelos socialistas e anarquistas), com a promessa de realizar reformas sociais e rurais, coletivizar fábricas e terras, saíram vitoriosos das eleições no país, com isso o Rei Afonso XIII renunciou ao trono, assim foi proclamada a república e extinta a monarquia na Espanha. Mas assim que assumiram o poder, os comunistas elaboraram uma nova Constituição, que negava os direitos da Igreja. A nova constituição continha artigos como o fim das escolas confessionais, a retirada de símbolos religiosos em lugares públicos, a proibição do culto público, fim da disciplina "religião" nos centros de ensino e a supressão das ordens religiosas. Milícias armadas pelo governo, conhecidas como “incontroláveis” avançaram sobre as igrejas, mosteiros e conventos, que foram saqueados e incendiados sem que as forças de segurança do governo ou a Guarda Civil interviessem. Os sacerdotes e religiosos foram considerados inimigos do povo e foi dado ordem para que fossem todos detidos, aqueles que não conseguiram fugir ou esconder-se foram presos e torturados antes de serem mortos, não se levou em consideração a idade ou o sexo dos presos. Homens e mulheres, jovens e idosos eram espancados, tinham os olhos vazados, sofriam queimaduras, choques elétricos, as monjas sofriam abusos sexuais, etc. Até 1936, 411 igrejas já haviam sido destruídas. A declaração do ministro da guerra, Manuel Azaña, demonstrava a posição do governo diante do vandalismo generalizado: “Todos os conventos da Espanha não valem a vida de um único republicano”.
Embora a perseguição aos católicos tenha começado logo no início do governo comunista, as reformas prometidas na campanha não começaram logo, e isso fez com que a tensão entre republicanos (Comunistas) e Nacionalistas (Conservadores) aumentasse ainda mais, com isso em 18 de julho de 1936, o general Francisco Franco comandou o exército espanhol contra os republicanos, numa tentativa de retomada do poder para os nacionalistas. O Exercito falhou em sua ação e acabou dando início a uma guerra entre nacionalistas e republicanos. A guerra civil provocou milhares de mortos e muita destruição, acabando somente em 1939 com a vitória dos nacionalistas e o fim da perseguição aos católicos. 
Diante de tanta barbárie só restou uma alternativa a Josemaría: Sair de Madrid. Por diversas vezes ele esteve a ponto de ser capturado pelos comunistas, durante a fuga ele exercia seu ministério às escondidas, auxiliado por amigos ele conseguiu atravessar os Pireneus até o sul da França, e instalou-se em Burgos, onde permaneceu até o fim da guerra em 1939.

Expansão Apostólica do Opus Dei
De volta a Madri Josemaría conseguiu o doutorado em Direito. Nos anos seguintes, dirigiu vários retiros destinados a leigos, padres e religiosos, mas o início da Segunda Guerra Mundial o impede de iniciar seus trabalhos em outros países. Em fevereiro de 1943, foi fundada, dentro do Opus Dei, a Sociedade Sacerdotal da Santa Cruz com isso o Opus Dei começou também a receber sacerdotes. Em 1946 passou a viver em Roma, a fim de preparar o reconhecimento pontifício do Opus Dei. Em 24 de Fevereiro de 1947, o Papa Pio XII concede o decretum laudis, e a aprovação definitiva a 16 de Junho de 1950. Em 1948, funda, em Roma, o Colégio Romano de Santa Cruz, destinado à formação de homens do Opus Dei provenientes de todas as partes do mundo. Em 1953, funda o Colégio Romano de Santa Maria, centro internacional para a formação espiritual, teológica e apostólica de mulheres do Opus Dei. Josemaría passou a realizar numerosas viagens a diversos países europeus para impulsionar o estabelecimento e a consolidação do Opus Dei nesses lugares, entre 1970 e 1975 passou a realizar também longas viagens até o México, a Península Ibérica, a América do Sul e Guatemala, e nelas reunia em catequese grupos numerosos de homens e mulheres.

Morte, Beatificação e Canonização
No dia 26 de junho de 1975, por volta do meio-dia, enquanto estava em seu escritório de trabalho, aos pés de uma pintura emoldurada de Nossa Senhora, ele sofreu uma parada cardíaca e faleceu aos 73 anos. A essa altura, o Opus Dei já estava presente nos cinco continentes. Tinha mais de sessenta mil membros em oitenta países. Os livros de espiritualidade do Monsenhor Escrivá (Caminho, Santo Rosário, Temas Atuais do Cristianismo, Cristo que passa, Amigos de Deus, Amar a Igreja, Via Sacra, Sulco, Forja) difundiram-se pelo mundo com milhões de exemplares. O seu corpo foi sepultado na Igreja Prelatícia de Santa Maria da Paz, na sede central da Prelazia, em Roma. 
Cerca de 69 cardeais, 1300 bispos de todo o mundo e 41 superiores de congregações religiosas, entre outras personalidades, solicitaram ao Papa o início da causa de sua beatificação e canonização. Em 12 de maio de 1981 foi aberto o processo de beatificação de Josemaría Escrivá. Em 9 de abril de 1990 o Papa João Paulo II declarou a heroicidade de suas virtudes cristãs, em 6 de julho de 1991 decretou o caráter milagroso de uma cura atribuída à sua intercessão. Foi beatificado em 17 de maio de 1992. Em 20 de Dezembro de 2001 um decreto pontifício reconheceu o carácter milagroso de uma cura atribuída à intercessão do Beato Josemaría e em 6 de outubro de 2002 foi canonizado pelo Papa João Paulo II.


Na homilia da missa de canonização o Papa João Paulo II disse o seguinte sobre Josemaría: São Josemaría foi um mestre na prática da oração, o que considerava uma extraordinária "arma" para redimir o mundo. Recomendava sempre: ""Primeiro, oração; depois expiação; em terceiro lugar, muito "em terceiro lugar", ação"" (Caminho, n. 82). Não é um paradoxo, se não uma verdade perene: a fecundidade do apostolado reside, antes de tudo, na oração e numa vida sacramental intensa e constante. Este é, no fundo, o segredo da santidade e do verdadeiro êxito dos santos. (Da homilia na missa de canonização).

Sua festa litúrgica é celebrada no dia 26 de junho.

São Josemaría Escrivá, rogai por nós!!!

Bom filme a todos!!!

Fontes Pesquisadas

Vocacional Canção Nova, acesso entre 19 e 26/08/2017;
Editora Cléofas, acesso entre 19 e 26/08/2017;
EscriváWorks, acesso entre 19 e 26/08/2017;
São Josemaria Escrivá, acesso entre 19 e 26/08/2017;
Wikipedia, acesso entre 19 e 26/08/2017;
Opus Dei, acesso entre 19 e 26/08/2017;
Arautos do Evangelho, acesso entre 19 e 26/08/2017;
Cruz Terra Santa, acesso entre 19 e 26/08/2017;
Infoescola, acesso entre 19 e 26/08/2017;
Revolução da Cruz,acesso entre 19 e 26/08/2017;
Comunismo Assassino, acesso entre 19 e 26/08/2017;
Sua Pesquisa, acesso entre 19 e 26/08/2017.


sábado, 29 de julho de 2017

Santa Maria Mazzarello - A Casa da Felicidade

Olá!!!
Paz e Benção!!!
Chegando mais um bom filme para assistirmos em família, hoje vou trazer a história de uma grande mulher da igreja do Senhor, que mesmo antes de assistir o filme eu já a conhecia, pois minha mãe sempre falava dela e a tem grande admiração, pois em sua juventude estudou em um colégio de freiras que levava o seu nome: Santa Maria Mazzarello.

Nascimento e Juventude
Nascida no dia 09 de Maio de 1837, em Mornese, norte da Itália, na região do Monferrato. Maria Domingas Mazzarello, era filha de José Mazzarello e de Maria Madalena Calcagno. Foi a primeira de dez filhos. Desde muito cedo, Maria (ou Main como era comumente chamada) ajudou a cuidar de seus irmãos menores e dos afazeres domésticos. Como primogênita, ela começou desde muito cedo a ajudar o pai nos vinhedos e a mãe no cuidado dos irmãos menores e dos afazeres domésticos. Os tempos eram muito difíceis para os camponeses e tecelões daquela região. Todos eram muito pobres, porém o que tinham de mais precioso e valoroso era a fé e a vida de oração. 
Em 1850, fez a primeira comunhão. Aos 15 anos ingressou na Associação das Filhas de Maria Imaculada, grupo fundado pelo vigário local, Pe. Domingos Pestarinoque, que não pensava em formar um instituto religioso, ainda não possuía um regulamento escrito, haviam somente 15 moças, que se reuniam na casa de uma delas, para fazer leitura espiritual e planejar suas atividades como obras de caridade e cuidado das crianças. Maria também era assistente em sua paróquia: ensinava o catecismo para crianças e ajudava os doentes. Quase todos os dias, bem cedo, Maria percorria um difícil e perigoso caminho para participar da missa. No inverno, esse percurso ficava ainda mais difícil, devido ao frio e à neve.

A Doença e a Esperança em Deus
Em 1860, quando Maria tinha 23 anos, uma epidemia de tifo negro se abateu sobre o povoado de Mornese. Todos fugiam das famílias infectadas. Uma dessas era a de Orestes Mazzarello, tio de Maria: ele, sua esposa e seus filhos, todos vitimados pela terrível peste e não tinham quem os ajudasse. O diretor espiritual de Maria, padre Domenico Pasquale Pestarino, pediu-lhe fazer esse ato de caridade: cuidar dos enfermos. Ela teve medo, mas ao mesmo tempo, em sua alma algo a chamava a se sacrificar pelos outros para estar mais unida ao Senhor. Seguiu para a casa do tio e, em uma semana, até os enfermos mais graves começaram a se recuperar. Maria, porém, contraiu a doença e seu estado se agravou a ponto de ela se recusar a tomar remédios. Esperava apenas que Deus viria levá-la ao Paraíso. Porém, mesmo sem ajuda de medicamentos, ela recuperou a saúde e levantou-se disposta a retomar a vida anterior. Mas a enfermidade lhe deixou sequelas e Maria não podia mais trabalhar no campo como antes. 

O Pedido de Nossa Senhora e Início de uma Grande Obra
Certa vez, ao caminhar pela colina de Bargo Alto, viu diante de si um alto edifício com muitas meninas correndo, brincando num grande pátio interno e ouviu nitidamente estas palavras: “Tome conta destas meninas! A ti as confio!” Maria relatou o acontecido ao padre Pestarino. Este lhe disse que era pura imaginação e recomendou-lhe esquecer a visão e não contá-la a ninguém. Como ainda sentia algo em seu coração, Maria revelou à jovem Petronila Mazzarello (apesar do mesmo sobrenome elas não eram parentes, mas amigas) sua intenção de montar uma oficina de costura para ensinar às meninas pobres esse ofício. Maria ainda explicou a Petronila que seu desejo era, além de ensinar-lhes a profissão, falar-lhes de Deus. E convidou-a a se juntar a ela nesse nobre desígnio, Petronila aceitou o convite e as duas se instalaram numa pequena sala, inicialmente elas tiveram de buscar as crianças que teriam que "tomar conta", mas logo as famílias de Mornese começaram a mandar-lhe as filhas e as aulas de costura tornaram-se aulas de treinamento na virtude. Um dia, um senhor viúvo, entregou-lhe suas filhas para que as educasse. Assim, a oficina passou a ser um novo lar para as várias meninas, que viam em Maria sua segunda mãe. Aos domingos, após a missa, na praça da igreja, outras crianças se uniam a Maria e a Petronilla, para brincar e divertir-se. 
As dificuldades eram muitas, mas a boa vontade do povo também, logo que a notícia se espalhou começou a chegar ajuda de todas as partes: lenha, cobertores, farinha e outros mantimentos. O padre Pestarino as incentivava, dizendo que Deus é quem lhes mandava essas pequenas criaturas necessitadas. Logo duas outras moças da Pia União das Filhas de Maria ofereceram-se para ajudar nos trabalhos da casa. Consultado, o padre Pestarino aceitou sua participação e elas formaram uma pequena comunidade: as “Quatro Filhas”, como eram chamadas na aldeia.

Nascem as Filhas de Maria Auxiliadora
Em 1864 Dom Bosco chegou a Mornese com seus meninos. Todos queriam vê-lo e ouvi-lo, Maria também estava lá. Dom Bosco expôs ao Pe. Pestarino seu projeto: construir um colégio para os meninos. Antes de partir, ficou conhecendo as iniciativas de Maria e Petronilla: a oficina de costura, o orfanato e a recreação aos domingos para todas as crianças do povoado. O projeto inicial de Dom Bosco era uma escola para meninos, mas empolgado com o trabalho das "Quatro Filhas", seguindo a orientação do Papa Pio IX, que o havia sugerido a fundação de um instituto feminino que“fizesse pelas meninas o que os salesianos fazem em favor dos meninos” e a orientação de um sonho em que ele via uma multidão de meninas junto à colina de Bargo Alto, que lhe pediam: “Nós meninas não temos também uma alma a salvar, como têm os meninos?” e  Maria Auxiliadora que lhe dizia: “Te confio estas jovens; elas também são minhas filhas”, Dom Bosco decidiu fazer da escola um colégio para meninas, uma congregação feminina dos Salesianos.
Em janeiro de 1872, as “Filhas” se reuniram em capítulo e elegeram sua primeira superiora: Maria Mazzarello. Julgando-se indigna, ela procurou esquivar-se, mas o padre Pestarino levou o caso a Dom Bosco e este, conhecendo a virtude e a capacidade da eleita, confirmou-a na delicada função.
Oito meses mais tarde, na festa de Nossa Senhora das Neves, em presença de Dom Giuseppe Maria Sciandra, bispo de Ácqui, e de Dom Bosco, realizou- se a primeira tomada de hábito, de quinze jovens. Estava fundada a nova congregação, que Dom Bosco batizou em termos proféticos: “Usareis o nome que há muito o meu coração vos reserva: Filhas de Maria Auxiliadora. Por vosso intermédio Nossa Senhora quer ir em auxílio das meninas pobres. Sois pobres e pouco numerosas. Mas haveis de ter tantas alunas que não sabereis mais onde as meter…”
No começo do novo trabalho as dificuldades foram enormes, pois a comunidade se sentiu traída por Dom Bosco e por Madre Mazzarello, pois a proposta era de uma escola para os meninos, todos ajudaram na construção da escola e quando ela, enfim, ficou pronta, tornou-se uma escola para meninas e isso revoltou muita gente. Mas logo a congregação cresceu e as oficinas se tornaram um referencial em Mornese e por toda a Itália. O crescimento foi tão rápido que em 1874 outras casas foram criadas pela Itália e Madre Mazzarello acabou sendo eleita Superiora Geral da Ordem ( Todos os votos, menos o seu próprio, recaíram sobre ela). Em 1876 seis freiras foram enviadas a América Latina para fundar uma nova casa e em pouco tempo, as Filhas de Maria Auxiliadora constituíam uma grande família espalhada por várias partes do mundo, Em 1881 já eram 139 irmãs, 50 noviças em 27 casas, sendo 18 na Itália, 3 na França, 6 na América do Sul, cuidando de 5.000 jovens.

Morte, Beatificação e Canonização
Irmã Maria Mazzarello era mais do que a superiora geral da congregação, ela era o coração da congregação, seus olhos brilham de entusiasmo e seu coração pulsa de alegria e júbilo pelo que o Senhor tem feito pelas Filhas de Maria Auxiliadora. Mas sua saúde começou a declinar e já caminhava com dificuldade, em 1881, estando em Saint-Cyr, na França, foi diagnosticada com uma pleurisia em estado muito avançado. Como, naquele tempo, o tratamento era feito à base de ventosas logo suas costas transformaram-se numa ferida, mas ela nada reclamava e só dava bons exemplos às suas irmãs de religião. Diante do prognóstico médico ela decidiu voltar para Nizza Monferrato (o médico havia lhe dado mais dois meses de vida), para onde se tinha trasladado anos antes a Casa-Mãe da Congregação. Encontrou-se ainda com Dom Bosco que a confortou. E ali faleceu em 14 de maio de 1881. Suas últimas palavras às suas filhas, que choravam, foram: “Adeus! Até o Céu…”

Madre Mazzarello foi beatificada em 1938 pelo Papa Pio XI, que também a declarou cofundadora do Instituto Filhas de Maria Auxiliadora, foi canonizada em 24 de junho de 1951 pelo Papa Pio XII. Seu corpo está ao lado de São João Bosco no altar da grandiosa basílica de Nossa Senhora Auxiliadora, em Turim, na Itália. 

Sua festa litúrgica é celebrada no dia 13 de Maio.

Santa Maria Mazzarello, rogai por nós!!!

Bom filme a todos!!!


Fontes Pesquisadas:
A História dos Santos, acessado em 23/07/17;
Arautos do Evangelho, acessado em 23/07/17;
Salesianos, acessado em 23/07/17;
Catolicismo, acessado em 23/07/17;
Heroínas da Cristandade, acessado em 23/07/17;
Mazzarello, acessado em 23/07/17.

sábado, 17 de junho de 2017

São José Sánchez - O Menino Que Queria Ganhar o Céu

Olá!!!
Paz e Benção!!!

Chegando mais um bom filme aqui no Blog para curtirmos em família. Er ..., quer dizer ..., o filme já passou por aqui antes, mas a postagem tinha o foco na guerra que ele retrata, mas hoje vamos mostrar de forma mais detalhada na postagem a vida de São José Sánchez, o pequeno guerreiro de Deus.

O Pequeno José Sánchez
José Luís Sánchez Del Río nasceu no dia 28 de março de 1913, em Sahuayo, Michoacán, México. Estudou em seu povoado natal onde, mais tarde passou a fazer parte do grupo local da ACJM (Associação Católica da Juventude Mexicana) e posteriormente, em Guadalajara - Jalisco.

O Início da Perseguição à Igreja No México
Em 1925 o Papa Pio XI instituiu a festa de Cristo Rei do Universo, e escreveu a Encíclica “Quas Primas” sobre o reinado de Jesus. Ele fez isso porque a pouco tempo havia acontecido a Primeira Guerra Mundial e, em todo o mundo, o socialismo, o nazismo, e outras ideologias se espalhavam pelo mundo, pregando o ódio aos judeus, a luta entre classes sociais, etc. Não imaginaria ele que Longe de Roma, em outro continente, suas palavras cairiam no coração do valente povo do México: os mexicanos. “Viva Cristo Rei!” passou a ser sua saudação e grito de guerra.
Tudo começou quando os comunistas assumiram o governo do México, e decidiram acabar com a fé Católica no país, O pior presidente foi Plutarco Elías Calles, que governou o México entre 1924 e 1928, ele criou leis para fechar todas as igrejas, prender e matar os padres, freiras e até quem trouxesse no peito uma cruz, era a “lei Calles”, com ela os católicos perderam, além do direito de viver a sua fé, direitos civis como utilizar o transporte público, ir ao cinema, até mesmo os professores católicos perderam seu emprego. Nem mesmo a intercessão do Papa Pio XI, que tentou negociar com o governo, conseguiu resolver o impasse com Calles.
A violência era tamanha que os soldados chegavam a invadir igrejas para matar fiéis, sacerdotes e freiras, foi em uma dessas ações que o pequeno José Sánchez, que era coroinha, viu os soldados comunistas entrarem a cavalo na sua igreja e enforcarem o velho sacerdote. Foi nesse cenário que, em Guadalajara, no dia 3 de Agosto de 1926, cerca de 400 católicos armados encerraram-se na igreja de Nossa Senhora de Guadalupe, aos gritos de: “Viva Cristo Rei e a Virgem de Guadalupe!” Iniciando assim o movimento revolucionário de iniciativa popular, em defesa de sua fé, que ficou conhecido como “Cristiada” (em outras fontes, também chamada de "A Guerra dos Cristeros" ou ainda "Guerra Cristera").


Voltando a José Sánchez
Os irmãos de José Sánchez se uniram às forças Cristeras, mas sua mãe não lhe permitiu que se unisse devido a sua idade, 13 anos. O general Prudêncio Mendoza, também o recusou quando tentou alistar-se. O menino insistiu dizendo que queria ter a oportunidade de dar sua vida por Cristo e poder alcançar o Reino dos Céus. As palavras que convenceram sua mãe a deixá-lo ir foram as seguintes: "Nunca terá sido tão fácil alcançar o Céu como agora".
Depois de ingressar Exército Cristero, o caçula da família Sánchez del Río, logo conquistou a simpatia e confiança dos "cristeros". Munido de uma alegria contagiante, desde o início ele foi o encarregado de liderar a recitação do terço com a tropa, no fim de cada dia. Por seu valor e bom comportamento, o general lhe deu o cargo de corneteiro do destacamento. Pouco depois, sendo promovido a porta-estandarte, José Sánchez via realizado seu mais ardente desejo: estar no campo de batalha, como soldado de Cristo.
Em fevereiro de 1928, um ano e cinco meses após sua incorporação ao exército "cristero", travou-se um combate nas proximidades da cidade de Cotija. Depois de várias horas de renhida luta, o jovem porta-estandarte viu o cavalo do general tombar morto por um tiro. Para lá galopando imediatamente, disse com resolução: - Meu general, aqui está meu cavalo, salve-se o senhor. Se eu morrer, não farei falta, mas o senhor, sim. E assim, entregou seu cavalo, pegou um fuzil e combateu com bravura, quando acabou sua munição José Sánchez avançou sobre o inimigo de baioneta em riste, mas não conseguiu resistir por muito tempo e acabou sendo capturado. Foi feito prisioneiro e conduzido ao general inimigo, o qual o repreendeu por estar lutando contra o governo.


Prisão e Martírio de José
Da prisão escreveu à mãe: “Minha querida mãe, fui feito prisioneiro em combate neste dia. Creio que nos momentos atuais vou morrer, mas não importa, nada importa, mãe. Resigna-te à vontade de Deus; eu morro muito feliz porque no fim de tudo isto, morro ao lado de Nosso Senhor. Não te aflijas pela minha morte, que é o que me mortifica. Antes, diz aos meus outros irmãos que sigam o exemplo do mais pequeno, e tu faça a vontade do nosso Deus. Tem coragem e manda-me a tua bênção juntamente com a de meu pai. Saúda a todos pela última vez e receba pela última vez o coração do teu filho que tanto te quer e tanto desejava ver-te antes de morrer”.
Diante da sua valentia e bravura, foi incentivado a ingressar e combater pelo exército inimigo, e assim ele respondeu ao convite: " Jamais, jamais! Prefiro morrer! Nunca me juntarei aos inimigos de Cristo Rei! Mande me fuzilar! ". José Sánchez não foi morto no dia seguinte, como era o costume da época, ele foi levado para a igreja de Sahuayo, que as tropas do general Calles haviam transformado em um abrigo de soldados e animais. Ele ficou preso na sacristia da igreja, a qual também servia agora como abrigo para os galos de briga do deputado anticatólico Rafael Picazo, que ali realizava frequentemente orgias com seus amigos.
Na sexta-feira, 10 de fevereiro, o retiraram da Paróquia e o levaram à hospedaria geral do exército federal. Lá José foi torturado para que negasse sua fé, cortaram-lhe as plantas dos pés e o espancaram, depois o conduziram descalço (mesmo com os pés esfolados) pelas ruas até chegar ao Cemitério Municipal. Enquanto caminhava, José rezava e gritava “Viva Cristo Rei e a Virgem de Guadalupe!”.
Ao chegar ao cemitério foi levado até a beira de uma cova que em breve seria a sua, os soldados lhe apunhalaram várias vezes, mas José continuava vivo, falando de Jesus e Maria. Um oficial chegou perto e perguntou-lhe: Agora, o que queres que diga a seus pais? Respondeu-lhe: Diga que nos veremos nos céus! Viva a Cristo Rei! O oficial deu um tiro em sua cabeça. Eram 23:30h do dia 10 de Fevereiro de 1928, José Sánchez tinha apenas 14 anos.


Funeral, Restos Mortais, Beatificação e Canonização
Quando os policiais federais deixaram o cemitério, o coveiro foi até a casa do Padre Ignacio Sánchez, que era tio de José e pediu-lhe um funeral cristão. Junto com os pais do menino foram ao cemitério, ali limparam suas feridas, e deram-lhe um digno funeral. Ao saber da santidade de sua morte, muitos começaram a rezar por sua memória e pedir-lhe intercessão em seus problemas. Em 1945, o corpo incorrupto de José foi transferido para um altar na Igreja do Sagrado Coração de Jesus, junto com outros mártires cristeiros. Finalmente, em 1996 seus restos mortais foram colocados no batistério da Igreja em que fora mantido preso.
José Luís Sánchez del Rio foi beatificado em 2005 e o Papa Emérito, Bento XVI que esteve rezando junto as suas relíquias. Sua canonização se deu em 16 de outubro de 2016, pelo Papa Francisco, em Roma, na Itália, após o reconhecimento do milagre, atribuído a sua intercessão, que aconteceu em 2008 e a agraciada foi Ximena, uma bebê vítima de meningite, tuberculose, convulsões e um infarto cerebral – para quem, "humanamente, já não havia esperança de vida". O relato do milagre foi feito pela mãe da criança, Paulina Gálvez Ávila.

A festa litúrgica de São José Sánchez é celebrada dia 10 de Fevereiro;
A Solenidade de Cristo Rei do Universo é celebrada no último domingo do Ano Litúrgico;
A Festa litúrgica de Nossa Senhora de Guadalupe é celebrada dia 12 de Dezembro.

São José Sánchez, rogai por nós!!!

Bom Filme a Todos!!!

Atualização 2: O código de incorporação anterior não estava mais funcionando, por isso mudei a forma de acesso ao filme, a partir de hoje 21/04/2018, você clica na imagem abaixo, ela é um link, e vai lhe direcionar para o player de vídeo de uma conta no site 4SHARED onde o filme está armazenado, quando a página abrir o vídeo vai carregar e isso levará alguns segundos (a depender da sua conexão de internet) e em seguida o filme começará a ser exibido. Caso o link volte a falhar, por favor mande um e-mail para filmescristaocatolico@gmail.com me avisando da falha.



Fontes Pesquisadas:
Jovens Conectados, acesso em 17/06/2017;
Tesouros da Igreja Católica, acesso em 17/06/2017;
Acidigital, acesso em 17/06/2017;
Professor Felipe Aquino, acesso em 17/06/2017;
Amigos do Céu, acesso em 17/06/2017;
Wikipedia, acesso em 17/06/2017;
Christo Nihil Praeponere, acesso em 17/06/2017.