Chegando mais um bom filme para curtirmos em família nesse fim de semana, hoje trago mais um filme épico de 1955 chamado O Filho Pródigo, dirigido por Richard Thorpe. O filme retrata a parábola de mesmo nome, contado por Cristo e narrada no Evangelho Segundo Lucas, capítulo 15, versículos de 11 a 32, onde um filho pede ao pai a sua parte na herança e sai pelo mundo, gastando tudo de forma descontrolada, após chegar a um estado penoso de fome e miséria, ele decide voltar para a casa de seu pai, esperando tornar-se servo de seu pai. É preciso saber, antes de assistir ao filme, que o mesmo introduz em seu enredo elementos que não estão no Livro Sagrado, mas conserva a essência da parábola. O filme traz em seu elenco a atriz Lana Turner e os atores Edmund Purdom e James Mitchell.
Que o Senhor Jesus abençoe a cada um de nós e que Nossa Senhora nos cubra com seu manto sagrado!!!
Você alguma vez já foi menosprezado por não ser tão inteligente, ou por ser pobre, ou por não saber ler? Ignoraram você, Tinham vergonha de você? Alguma vez você achou que não merecia o amor de Deus? Ou que não poderia ser santo? Pois bem, o filme de hoje vai lhe mostrar a história de um santo que viveu tudo isso, mas que nada disso impediu que a vontade de Deus se manifestasse em sua vida, vamos falar hoje de São José de Cupertino.
Nascimento Semelhante a Cristo
Ele nasceu no dia 17 de junho de 1603, em Copertino (Cupertino em Português), no Reino de Nápoles, Itália. Foi batizado com o nome Giuseppe Desa, de família muito pobre, foi o sexto filho dos seus pais (não encontrei os nomes do casal), seu pai era carpinteiro e, segundo uma das fontes faleceu pouco antes do nascimento de José, deixando sua mãe afundada em dívidas, o que fez com que ela fosse despejada da casa onde morava às vésperas do nascimento de José, com isso ele acabou nascendo em um estábulo, assim como nosso Senhor. José cresceu com dificuldades intelectuais severas, era muito atrapalhado e tinha dificuldade para aprender até mesmo trabalhos manuais, como o ofício de carpinteiro. Quando estava um pouco mais crescido, começou a trabalhar como aprendiz de sapateiro.
José, o Irmão Burro
Aos 17 anos tentou ingressar em um convento Franciscano e depois em um Capuchinho, mas nas duas vezes o recusaram por considerá-lo um "inútil". Chegou ainda a procurar abrigo na casa de um tio que tinha algumas posses, mas após algum tempo, este o declarou “completamente inútil” e o pôs na rua. Acabou, então, voltando para a casa de sua mãe, que recorreu, ainda a um parente franciscano, por cujo intermédio o jovem acabou sendo aceito no convento de La Grotella, como ajudante leigo, nos trabalhos do estábulo. Por conta do seu jeito estabanado e de sua pouca inteligência era motivo de gozação por onde passava e no convento não foi diferente, logo, ganhou o apelido de "Irmão Burro".
Nasce o Frei José
José mal sabia ler e escrever, mas ele queria ser sacerdote e todos duvidavam de sua capacidade, com muito esforço ele seguiu estudando e conseguiu alguns poucos progressos, sua dificuldade em aprender era tamanha que ele não conseguia aprender quase nada, do evangelho por exemplo, a única coisa que aprendeu foi "Bendito é o fruto do teu ventre!" do Evangelho Segundo Lucas. Durante os testes chegava a ficar tão inseguro que, às vezes não conseguia responder. Mas a Providência não o desamparava. Quando seu mestre começava a ficar impaciente, José lhe dizia: “Tenha paciência, assim será mais meritório”.
Chegando o dia do seu teste para ser admitido como Diácono José entregou-se a Virgem Maria. Durante o teste o Bispo de Nardo lhe disse: “Vou abrir a esmo o Evangelho, e a primeira frase que me cair sob os olhos, essa terás de me explicar”. Em seguida, abriu o livro santo na página da visita a Santa Isabel, e mandou Frei José dissertar sobre a frase: “Bendito é o fruto de teu ventre”. Era o único trecho que José sabia explicar e o fez de forma admirável e foi aprovado, para o espanto de todos.
Após mais um tempo de estudos e dificuldades imensas, chegou o momento do exame oral, diante do Bispo de Castro. José de Cupertino foi juntamente com outros confrades. Mais uma vez ele confiou-se a Nossa Senhora, pois sabia que, humanamente, não passaria. O bispo, porém, interrogou alguns e ficou tão admirado com as respostas precisas e sábias destes, que decidiu aprovar todos os outros sem examiná-los. Dentre eles estava São José de Cupertino.
Êxtase, Conselho, Visões e Levitação
Se seu intelecto era muito baixo, o seu poder de oração e intimidade com Deus surpreendia a todos, durante os momentos de oração era acometido por acontecimentos espirituais e frequentemente entrava em êxtase (um estado de elevação da alma ao plano sobrenatural, onde a pessoa fica momentaneamente desapegada dos sentidos e entregue totalmente numa contemplação daquilo que é Divino). Gritos, beliscões, queimaduras, agulhadas, nada o trazia de volta em seus momentos de êxtase; mas ele voltava na hora com a ordem do seu superior.
A sabedoria divina lhe ultrapassava o comum aos homens, em certa ocasião, um professor da Universidade Franciscana de São Boaventura disse: “Escutei-o discorrer tão profundamente sobre os mistérios da teologia, como não o poderiam fazer os melhores teólogos do mundo”.
Ele era capaz de perceber na alma das pessoas o que elas mais precisavam, e as aconselhava com exatidão. Através de suas manifestações, Deus curava o coração de muitos que o procuravam. Acabava com desavenças, reconciliava inimigos e levava a misericórdia de Deus.
Ele também tinha visões, dizia com simplicidade que em algumas vezes ficava conversando com alguns apóstolos e as vezes com Jesus e a Virgem Maria. Ele via as pessoas freqüentemente sob a forma do animal que representava o estado de sua alma. Ele sentia também os odores do pecado ou da virtude, de maneira que, chegando-se a um pecador, dizia: “Cheiras mal. Vai te confessar”. Ainda tinha o dom de se fazer entender pelos animais, certa vez pediu a um passarinho que ensinasse as freiras de um mosteiro cantar o Ofício. E todos os dias, à hora das Matinas e da Noa, eis que o pássaro aparecia à janela do coro, animando o cântico das religiosas.
Além disso, ele também possuía o dom da levitação, que se manifestava quase constantemente quando celebra a santa missa e quando rezava. Bastava ouvir o nome de Jesus ou de Maria que ele, literalmente, começava a levitar (Elevar-se do chão, como que voando). Se estava na igreja, voava para junto do altar da Virgem ou do Santíssimo. Se no jardim, para o cume de uma árvore, permanecendo ajoelhado na ponta de um de seus galhos como se fosse o mais leve passarinho.
E esses mistérios lhe trouxeram fama de santidade, que logo se espalhou por toda Itália e outros países da Europa fazendo com que príncipes, reis e até mesmo o Papa Urbano VIII foi encontrar-se com o Frei José.
O Frei José e a Inquisição
Mas esses mistérios lhe trouxeram também grandes problemas, diante de denúncias ao Tribunal do Santo Ofício, popularmente conhecido como Inquisição, o Frei José passou a ser investigado sob a acusação de serem manifestações demoníacas os seus dons extraordinários, O processo terminou reconhecendo a inocência do religioso, impondo-lhe, porém, a reclusão obrigatória e a transferência para conventos afastados. Em 1653, por ordem do Santo Ofício, passou a ser transferido para vários conventos com a intenção de o deixar isolado de todos, inclusive da comunidade religiosa, passou por Assis, Petra Rúbia e Fossombrone. Mas todo esse esforço foi em vão, pois por onde ele andava a multidão o acompanhava.
Morte, Beatificação e Canonização
E assim de convento em convento, ele chegou ao Osimo (Província de Ancona, Itália), e ao chegar, exclamou: “Este é o lugar de meu descanso”. Ali ele viveu mais 6 anos e em 18 de setembro de 1663 ele faleceu aos 60 anos, vítima de uma severa febre e foi enterrado na igreja de Osimo. Logo após o seu sepultamento se iniciaram as peregrinações ao seu túmulo e muitas graças foram alcançadas através de sua intercessão. O Frei José de Cupertino foi beatificado em 1753 pelo Papa Bento XIV, e canonizado em 1767 pelo Papa Clemente XIII.
Sobre o Filme
O filme que vamos assistir se chama "O Santo Relutante", é uma produção italiana, de 1962, dirigida por Edward Dmytryk, com Maximilian Schell interpretando São José de Cupertino. Caso você deseje comprar o filme, eu achei ele à venda na amazon, e você pode encontrar clicando nesse link: https://amzn.to/46uXUhs
Ele é considerado o padroeiro dos estudantes, tripulantes e passageiros de aeronaves, astronautas e pilotos aviadores, pilotos de asa delta, ultra leves, etc.
Sua festa litúrgica é celebrada no dia 18 de Setembro.
Essa semana a Igreja celebrou a Memória do Martírio de São João Batista e, justamente, no dia do seu martírio eu consegui achar um filme que conta a história dele, o último dos profetas, o precursor de Cristo, aquele que anunciou a chegada do Messias, o primeiro mártir da Igreja,.
O filme se chama Salomé, é de 1953 e claro tem como personagem principal aquela que pediu a cabeça de João Batista (Conferir em Mateus 14:1-12. Marcos 6:14-29 e Lucas 9:7-9) em uma bandeja, orientada por sua mãe Herodíades. Mas o filme mostra também um pouco da vida de João Batista, suas pregações, sua prisão, os momentos que antecederam sua morte e também a decapitação. Caso você queira saber um pouco mais sobre João Batista, pode acessar nossa primeira postagem sobre ele, clicando AQUI.
Alguns detalhes são necessário dizer antes de se assistir o filme: o áudio do filme, em alguns momentos, não é tão bom, mas as falhas não acontecem em momentos de conversação; no filme quem pede a cabeça de João Batista em uma bandeja é Herodíades, na bíblia quem faz o pedido é a própria Salomé, mas sob orientação de sua mãe, Herodíades.
O filme é de 1953, produzido nos EUA, pela Columbia, dirigido por William Dieterle e conta com nomes de peso como Rita Hayworth (Salomé), Sir Cedric Hardwicke (Tiberius Caesar), Stewart Granger (Claudius) e Alan Badel (João Batista).
A festa litúrgica do nascimento de São João Batista é celebrada no dia 24 de Junho e a memória litúrgica de seu martírio se celebra no dia 29 de Agosto.
Vamos chegando com mais um bom filme para curtirmos em família, hoje contaremos um pouco da história de São Josemaria Escrivá, um servo de Deus, que fundou o Opus Dei uma prelazia católica que prega que somos todos chamados a ser santos e evangelizar em todos os ambientes e fazer do trabalho um encontro pessoal com Deus.
Nascimento e Primeiros Anos
Josemaría Escrivá de Balaguer nasceu em 9 de janeiro de 1902 em Barbastro, Espanha. Foi o segundo filho, entre os seis, do casal José Escrivá de Balaguer Corzán e de Maria de los Dolores Albás y Blanc. Josemaria foi batizado no mesmo mês de seu nascimento, dia 13, os seus pais eram católicos fervorosos e transmitiram-lhe desde cedo os fundamentos da fé e as virtudes cristãs: o amor à Confissão e à Comunhão frequentes, o recurso confiado à oração, a devoção a Nossa Senhora, a ajuda aos mais necessitados. Desde cedo conviveu com as dores e dificuldades da vida, entre 1910 e 1914 morreram as suas três irmãs mais novas, e sua família chegou a ruína econômica, com a falência de uma pequena fábrica que o seu pai possuía. Estas experiências temperaram o seu caráter, naturalmente alegre e expansivo, e o fizeram amadurecer mais rapidamente. Em 1915, a família Escrivá mudou-se para Logronho, onde o pai conseguiu um emprego que lhe permitira sustentar a família de forma mais modesta.
As Pegadas na Neve
O natal de 1917-1918 foi extremamente frio, com temperaturas que chegavam a 14°C negativos, e foi nesse frio que algo inesperado aqueceu o seu coração e transformou sua vida para sempre: após uma forte nevasca, ele observou umas pegadas na neve, eram de um frade carmelita que caminhava descalço. Diante dessa imagem interrogou a si mesmo: se há pessoas que fazem tantos sacrifícios por Deus e pelo próximo, não serei eu capaz de Lhe oferecer alguma coisa? Então ele começou a sentir que precisava entender direito o que Deus queria dele e optou pelo sacerdócio, pois assim estaria mais disponível para atender a vontade de Deus.
Iniciou sua formação eclesiástica no seminário de Logronho, em 1920 seguiu para seminário diocesano de Saragoça, onde também cursou direito, por sugestão do seu pai e com a permissão dos seus superiores. Em 1925 recebeu o sacramento da Ordem e sua primeira missa foi celebrada no dia 30 de março de 1925, em sufrágio pela alma de seu pai, José Escrivá, que havia falecido em novembro de 1924. Iniciou seu ministério em paróquias rurais, depois regressou a Saragoça, onde exerceu o seu ministério e terminou a licenciatura em Direito. Em 1927, acompanhado de sua mãe, de sua irmã e seu irmão, mudou-se para Madrid para obter o doutorado em Direito, desenvolveu um intenso serviço sacerdotal, principalmente entre os pobres, doentes e crianças. Ao mesmo tempo, sustentava-se e mantinha a sua família dando aulas de Direito.
A Criação do Opus Dei
No dia 2 de Outubro de 1928, durante um retiro espiritual, Josemaría, enquanto pedia que Deus lhe mostrasse claramente o que era preciso ser feito pela Igreja, ele vê (essa é a palavra utilizada por ele) a missão que Cristo lhe quer confiar: abrir na Igreja um novo caminho vocacional, orientado a difundir a procura da santidade e a realização do apostolado mediante a santificação do trabalho cotidiano no meio do mundo, sem mudar de estado, surgindo assim a Opus Dei (Obra de Deus em Latim). Poucos tempo depois, em fevereiro de 1930, Nosso Senhor dá-lhe a entender que o Opus Dei deve estender-se também às mulheres colocando sempre a mulher, como cidadã e como cristã, frente à sua pessoal responsabilidade, nem maior nem menor que a do homem, na construção da sociedade civil e da Igreja. A partir de então Josemaría se dedica totalmente a esta grande obra de Deus, apesar de não se considerar um inovador, pois sabe que Cristo é a eterna novidade e que o Espírito Santo rejuvenesce continuamente a Igreja. Em 1933 ele percebe que o mundo da ciência e da cultura é um ponto crucial para a evangelização de toda a sociedade e assim, promove a abertura de uma Academia Universitária. Em 1934 ele publica, com o título Consideraciones Espirituales, a primeira edição de Caminho, o seu livro mais conhecido que atualmente já está difundido em mais de quatro milhões e meio de exemplares, com 372 edições, em 44 línguas.
A Guerra Civil Espanhola e o Massacre de Católicos
O Opus Dei dava os seus primeiros passos quando, em 1936, se iniciou uma das maiores perseguições à igreja feita pelos comunistas: A guerra civil espanhola. Fruto do ódio marxista contra a religião, ela se assemelhou a perseguição que aconteceu no México na mesma época, e era reflexo da revolução comunista que aconteceu na Rússia em 1917. Em 1931 os republicanos (de ideologia comunista, apoiados pelos socialistas e anarquistas), com a promessa de realizar reformas sociais e rurais, coletivizar fábricas e terras, saíram vitoriosos das eleições no país, com isso o Rei Afonso XIII renunciou ao trono, assim foi proclamada a república e extinta a monarquia na Espanha. Mas assim que assumiram o poder, os comunistas elaboraram uma nova Constituição, que negava os direitos da Igreja. A nova constituição continha artigos como o fim das escolas confessionais, a retirada de símbolos religiosos em lugares públicos, a proibição do culto público, fim da disciplina "religião" nos centros de ensino e a supressão das ordens religiosas. Milícias armadas pelo governo, conhecidas como “incontroláveis” avançaram sobre as igrejas, mosteiros e conventos, que foram saqueados e incendiados sem que as forças de segurança do governo ou a Guarda Civil interviessem. Os sacerdotes e religiosos foram considerados inimigos do povo e foi dado ordem para que fossem todos detidos, aqueles que não conseguiram fugir ou esconder-se foram presos e torturados antes de serem mortos, não se levou em consideração a idade ou o sexo dos presos. Homens e mulheres, jovens e idosos eram espancados, tinham os olhos vazados, sofriam queimaduras, choques elétricos, as monjas sofriam abusos sexuais, etc. Até 1936, 411 igrejas já haviam sido destruídas. A declaração do ministro da guerra, Manuel Azaña, demonstrava a posição do governo diante do vandalismo generalizado: “Todos os conventos da Espanha não valem a vida de um único republicano”.
Embora a perseguição aos católicos tenha começado logo no início do governo comunista, as reformas prometidas na campanha não começaram logo, e isso fez com que a tensão entre republicanos (Comunistas) e Nacionalistas (Conservadores) aumentasse ainda mais, com isso em 18 de julho de 1936, o general Francisco Franco comandou o exército espanhol contra os republicanos, numa tentativa de retomada do poder para os nacionalistas. O Exercito falhou em sua ação e acabou dando início a uma guerra entre nacionalistas e republicanos. A guerra civil provocou milhares de mortos e muita destruição, acabando somente em 1939 com a vitória dos nacionalistas e o fim da perseguição aos católicos.
Diante de tanta barbárie só restou uma alternativa a Josemaría: Sair de Madrid. Por diversas vezes ele esteve a ponto de ser capturado pelos comunistas, durante a fuga ele exercia seu ministério às escondidas, auxiliado por amigos ele conseguiu atravessar os Pireneus até o sul da França, e instalou-se em Burgos, onde permaneceu até o fim da guerra em 1939.
Expansão Apostólica do Opus Dei
De volta a Madri Josemaría conseguiu o doutorado em Direito. Nos anos seguintes, dirigiu vários retiros destinados a leigos, padres e religiosos, mas o início da Segunda Guerra Mundial o impede de iniciar seus trabalhos em outros países. Em fevereiro de 1943, foi fundada, dentro do Opus Dei, a Sociedade Sacerdotal da Santa Cruz com isso o Opus Dei começou também a receber sacerdotes. Em 1946 passou a viver em Roma, a fim de preparar o reconhecimento pontifício do Opus Dei. Em 24 de Fevereiro de 1947, o Papa Pio XII concede o decretum laudis, e a aprovação definitiva a 16 de Junho de 1950. Em 1948, funda, em Roma, o Colégio Romano de Santa Cruz, destinado à formação de homens do Opus Dei provenientes de todas as partes do mundo. Em 1953, funda o Colégio Romano de Santa Maria, centro internacional para a formação espiritual, teológica e apostólica de mulheres do Opus Dei. Josemaría passou a realizar numerosas viagens a diversos países europeus para impulsionar o estabelecimento e a consolidação do Opus Dei nesses lugares, entre 1970 e 1975 passou a realizar também longas viagens até o México, a Península Ibérica, a América do Sul e Guatemala, e nelas reunia em catequese grupos numerosos de homens e mulheres.
Morte, Beatificação e Canonização
No dia 26 de junho de 1975, por volta do meio-dia, enquanto estava em seu escritório de trabalho, aos pés de uma pintura emoldurada de Nossa Senhora, ele sofreu uma parada cardíaca e faleceu aos 73 anos. A essa altura, o Opus Dei já estava presente nos cinco continentes. Tinha mais de sessenta mil membros em oitenta países. Os livros de espiritualidade do Monsenhor Escrivá (Caminho, Santo Rosário, Temas Atuais do Cristianismo, Cristo que passa, Amigos de Deus, Amar a Igreja, Via Sacra, Sulco, Forja) difundiram-se pelo mundo com milhões de exemplares. O seu corpo foi sepultado na Igreja Prelatícia de Santa Maria da Paz, na sede central da Prelazia, em Roma.
Cerca de 69 cardeais, 1300 bispos de todo o mundo e 41 superiores de congregações religiosas, entre outras personalidades, solicitaram ao Papa o início da causa de sua beatificação e canonização. Em 12 de maio de 1981 foi aberto o processo de beatificação de Josemaría Escrivá. Em 9 de abril de 1990 o Papa João Paulo II declarou a heroicidade de suas virtudes cristãs, em 6 de julho de 1991 decretou o caráter milagroso de uma cura atribuída à sua intercessão. Foi beatificado em 17 de maio de 1992. Em 20 de Dezembro de 2001 um decreto pontifício reconheceu o carácter milagroso de uma cura atribuída à intercessão do Beato Josemaría e em 6 de outubro de 2002 foi canonizado pelo Papa João Paulo II.
Na homilia da missa de canonização o Papa João Paulo II disse o seguinte sobre Josemaría: São Josemaría foi um mestre na prática da oração, o que considerava uma extraordinária "arma" para redimir o mundo. Recomendava sempre: ""Primeiro, oração; depois expiação; em terceiro lugar, muito "em terceiro lugar", ação"" (Caminho, n. 82). Não é um paradoxo, se não uma verdade perene: a fecundidade do apostolado reside, antes de tudo, na oração e numa vida sacramental intensa e constante. Este é, no fundo, o segredo da santidade e do verdadeiro êxito dos santos. (Da homilia na missa de canonização).
Sua festa litúrgica é celebrada no dia 26 de junho.
Chegando mais um bom filme para assistirmos em família, hoje trazemos a impressionante história de Maria Bertilla, uma simples camponesa que conseguiu demonstrar com suas atitudes do dia-a-dia que o ser humano traz dentro de si a marca de Deus em sua vida, mesmo que não demonstremos isso em milagres e grande feitos.
Nasce Ana, a Pobre Camponesa.
Nasceu no dia 6 de outubro de 1888 na paróquia de Gioia di Brendola (Vicenza, Itália), foi batizada com o nome de Ana Francisca Boscardin, era a mais velha de três filhos, e seus pais eram pobres camponeses, ela passou sua infância e adolescência trabalhando nas lavouras, ajudando seus pais. Além disso, trabalhava também como empregada doméstica para ajudar a família. Sua família era muito católica, desde pequena desenvolveu um grande amor por Nossa Senhora. Sempre que podia, dedicava-se à oração.
Aos nove anos fez sua Primeira Comunhão e aos treze fez voto de castidade. Ela era muito tímida, com inteligência lenta e fraca memória, na aldeia todos a chamavam de "ignorante" e "pata", mas ela não se ofendia e estava sempre cheia de boa vontade. Quando manifestou ao pároco o desejo de se tornar religiosa, este lhe respondeu: “Aninha, tu não serves para nada. Quaisquer religiosas não saberiam que fazer duma aldeã ignorante como tu és”. Mas, arrependido, o padre a chamou no dia seguinte.
Nasce Irmã Maria Bertilla, A Humilde Servidora.
Em 8 de Abril de 1905, então com 17 anos, Ana deixou a casa de seus pais para ingressar no Convento das Irmãs Mestras de Santa Doroteia, adotando o nome de Maria Bertilla. Como era forte e robusta, os trabalhos mais pesados lhe foram designados e, assim, durante muito tempo ela ficou trabalhando na cozinha e na lavanderia do convento.
O segundo ano de seu noviciado foi feito no Hospital de Treviso. A Superiora Geral a destinou para para o cargo de enfermeira, mas a superiora do hospital, Irmã Margarida, pensou diferentemente: que esperar de bom dessa noviça tímida, com rosto pastoso e inexpressivo? E a colocou na cozinha como ajudante de uma freira idosa e enferma, encarregada de a vigiar e formar. A Superiora geral decidiu pela segunda vez que ela seria enfermeira e mandou-a de novo para o hospital de Treviso. Ao vê-la novamente na enfermaria do hospital a Irmã Margarida exclamou: “Tu de novo aqui! Preciso de enfermeiras para a cirurgia e para as doenças contagiosas, e mandam-me gente desta!” Fazendo com que a Irmã Maria Bertilla voltasse às suas panelas. Em 8 de Dezembro de 1907, fez a sua profissão solene, com a presença dos pais na casa-mãe de Vicenza.
Irmã Maria Bertilla, A Enfermeira Incansável.
Certo dia, por falta de pessoal, foi preciso colocá-la na secção de crianças atacadas de difteria (à época, também conhecida como garrotilho), como por milagre toda a sua imperícia desapareceu de um momento para o outro, tornando-se enfermeira inteligente e hábil, ganhando o respeito e a confiança de todos. Foi então que descobriu sua vocação e realizou-se como pessoa dedicando-se a cuidar dos doentes. Embora só tivesse cursado somente três anos de escola primária, ela estudou muito e diplomou-se como enfermeira, de modo que pôde tratar os doentes com ciência e fé, assistindo-os com carinho de irmã e mãe, qualidades que se manifestaram durante a Primeira Guerra Mundial. Irmã Maria Bertila surpreendeu a todos com sua incansável disposição e solidariedade de religiosa e enfermeira no tratamento dos feridos de guerra.
A guerra forneceu à Irmã Bertilla outras ocasiões para se dedicar como enfermeira aos soldados feridos. Mas foi preciso sair de Treviso, que se encontrava na frente das operações militares. Muito teve de sofrer nessa altura, devido à incompreensão de sua nova superiora que até para a lavanderia a mandou de volta. Mas aceitou esta prova com alegria e fé, como as outras provas precedentes.
Doença, Morte, Beatificação e Canonização
Aos vinte e dois anos de idade quando, além de enfrentar a doença no próximo, teve que enfrentá-la em si mesma: foi operada de um tumor e antes que pudesse recuperar-se totalmente já estava junto de seus doentes. As humilhações pessoais continuavam associadas às dores físicas. Seu mal se agravou e aos trinta e quatro anos sofreu uma segunda cirurgia, a qual não obteve sucesso e Irmã Maria não mais resistiu e faleceu no dia 20 de outubro de 1922, no hospital de Treviso.
Irmã Maria Bertilla foi sepultada na Casa-mãe da Congregação em Vicenza e junto ao seu túmulo há sempre alguém rezando. Muitos milagres foram realizados junto ao seu túmulo e creditados à sua intercessão. Foi beatificada em 8 de junho de 1952 pelo Papa Pio XII e canonizada em 11 de maio de 1961, festa da Ascenção de Nosso Senhor, pelo Papa João XXIII.
Ela é invocada como protetora contra o câncer.
Sua Festa litúrgica é celebrada dia 20 de outubro.
Chegando mais um bom filme para assistirmos em família, hoje vou trazer a história de uma grande mulher da igreja do Senhor, que mesmo antes de assistir o filme eu já a conhecia, pois minha mãe sempre falava dela e a tem grande admiração, pois em sua juventude estudou em um colégio de freiras que levava o seu nome: Santa Maria Mazzarello.
Nascimento e Juventude
Nascida no dia 09 de Maio de 1837, em Mornese, norte da Itália, na região do Monferrato. Maria Domingas Mazzarello, era filha de José Mazzarello e de Maria Madalena Calcagno. Foi a primeira de dez filhos. Desde muito cedo, Maria (ou Main como era comumente chamada) ajudou a cuidar de seus irmãos menores e dos afazeres domésticos. Como primogênita, ela começou desde muito cedo a ajudar o pai nos vinhedos e a mãe no cuidado dos irmãos menores e dos afazeres domésticos. Os tempos eram muito difíceis para os camponeses e tecelões daquela região. Todos eram muito pobres, porém o que tinham de mais precioso e valoroso era a fé e a vida de oração.
Em 1850, fez a primeira comunhão. Aos 15 anos ingressou na Associação das Filhas de Maria Imaculada, grupo fundado pelo vigário local, Pe. Domingos Pestarinoque, que não pensava em formar um instituto religioso, ainda não possuía um regulamento escrito, haviam somente 15 moças, que se reuniam na casa de uma delas, para fazer leitura espiritual e planejar suas atividades como obras de caridade e cuidado das crianças. Maria também era assistente em sua paróquia: ensinava o catecismo para crianças e ajudava os doentes. Quase todos os dias, bem cedo, Maria percorria um difícil e perigoso caminho para participar da missa. No inverno, esse percurso ficava ainda mais difícil, devido ao frio e à neve.
A Doença e a Esperança em Deus
Em 1860, quando Maria tinha 23 anos, uma epidemia de tifo negro se abateu sobre o povoado de Mornese. Todos fugiam das famílias infectadas. Uma dessas era a de Orestes Mazzarello, tio de Maria: ele, sua esposa e seus filhos, todos vitimados pela terrível peste e não tinham quem os ajudasse. O diretor espiritual de Maria, padre Domenico Pasquale Pestarino, pediu-lhe fazer esse ato de caridade: cuidar dos enfermos. Ela teve medo, mas ao mesmo tempo, em sua alma algo a chamava a se sacrificar pelos outros para estar mais unida ao Senhor. Seguiu para a casa do tio e, em uma semana, até os enfermos mais graves começaram a se recuperar. Maria, porém, contraiu a doença e seu estado se agravou a ponto de ela se recusar a tomar remédios. Esperava apenas que Deus viria levá-la ao Paraíso. Porém, mesmo sem ajuda de medicamentos, ela recuperou a saúde e levantou-se disposta a retomar a vida anterior. Mas a enfermidade lhe deixou sequelas e Maria não podia mais trabalhar no campo como antes.
O Pedido de Nossa Senhora e Início de uma Grande Obra
Certa vez, ao caminhar pela colina de Bargo Alto, viu diante de si um alto edifício com muitas meninas correndo, brincando num grande pátio interno e ouviu nitidamente estas palavras: “Tome conta destas meninas! A ti as confio!” Maria relatou o acontecido ao padre Pestarino. Este lhe disse que era pura imaginação e recomendou-lhe esquecer a visão e não contá-la a ninguém. Como ainda sentia algo em seu coração, Maria revelou à jovem Petronila Mazzarello (apesar do mesmo sobrenome elas não eram parentes, mas amigas) sua intenção de montar uma oficina de costura para ensinar às meninas pobres esse ofício. Maria ainda explicou a Petronila que seu desejo era, além de ensinar-lhes a profissão, falar-lhes de Deus. E convidou-a a se juntar a ela nesse nobre desígnio, Petronila aceitou o convite e as duas se instalaram numa pequena sala, inicialmente elas tiveram de buscar as crianças que teriam que "tomar conta", mas logo as famílias de Mornese começaram a mandar-lhe as filhas e as aulas de costura tornaram-se aulas de treinamento na virtude. Um dia, um senhor viúvo, entregou-lhe suas filhas para que as educasse. Assim, a oficina passou a ser um novo lar para as várias meninas, que viam em Maria sua segunda mãe. Aos domingos, após a missa, na praça da igreja, outras crianças se uniam a Maria e a Petronilla, para brincar e divertir-se.
As dificuldades eram muitas, mas a boa vontade do povo também, logo que a notícia se espalhou começou a chegar ajuda de todas as partes: lenha, cobertores, farinha e outros mantimentos. O padre Pestarino as incentivava, dizendo que Deus é quem lhes mandava essas pequenas criaturas necessitadas. Logo duas outras moças da Pia União das Filhas de Maria ofereceram-se para ajudar nos trabalhos da casa. Consultado, o padre Pestarino aceitou sua participação e elas formaram uma pequena comunidade: as “Quatro Filhas”, como eram chamadas na aldeia.
Nascem as Filhas de Maria Auxiliadora
Em 1864 Dom Bosco chegou a Mornese com seus meninos. Todos queriam vê-lo e ouvi-lo, Maria também estava lá. Dom Bosco expôs ao Pe. Pestarino seu projeto: construir um colégio para os meninos. Antes de partir, ficou conhecendo as iniciativas de Maria e Petronilla: a oficina de costura, o orfanato e a recreação aos domingos para todas as crianças do povoado. O projeto inicial de Dom Bosco era uma escola para meninos, mas empolgado com o trabalho das "Quatro Filhas", seguindo a orientação do Papa Pio IX, que o havia sugerido a fundação de um instituto feminino que“fizesse pelas meninas o que os salesianos fazem em favor dos meninos” e a orientação de um sonho em que ele via uma multidão de meninas junto à colina de Bargo Alto, que lhe pediam: “Nós meninas não temos também uma alma a salvar, como têm os meninos?” e Maria Auxiliadora que lhe dizia: “Te confio estas jovens; elas também são minhas filhas”, Dom Bosco decidiu fazer da escola um colégio para meninas, uma congregação feminina dos Salesianos.
Em janeiro de 1872, as “Filhas” se reuniram em capítulo e elegeram sua primeira superiora: Maria Mazzarello. Julgando-se indigna, ela procurou esquivar-se, mas o padre Pestarino levou o caso a Dom Bosco e este, conhecendo a virtude e a capacidade da eleita, confirmou-a na delicada função.
Oito meses mais tarde, na festa de Nossa Senhora das Neves, em presença de Dom Giuseppe Maria Sciandra, bispo de Ácqui, e de Dom Bosco, realizou- se a primeira tomada de hábito, de quinze jovens. Estava fundada a nova congregação, que Dom Bosco batizou em termos proféticos: “Usareis o nome que há muito o meu coração vos reserva: Filhas de Maria Auxiliadora. Por vosso intermédio Nossa Senhora quer ir em auxílio das meninas pobres. Sois pobres e pouco numerosas. Mas haveis de ter tantas alunas que não sabereis mais onde as meter…”
No começo do novo trabalho as dificuldades foram enormes, pois a comunidade se sentiu traída por Dom Bosco e por Madre Mazzarello, pois a proposta era de uma escola para os meninos, todos ajudaram na construção da escola e quando ela, enfim, ficou pronta, tornou-se uma escola para meninas e isso revoltou muita gente. Mas logo a congregação cresceu e as oficinas se tornaram um referencial em Mornese e por toda a Itália. O crescimento foi tão rápido que em 1874 outras casas foram criadas pela Itália e Madre Mazzarello acabou sendo eleita Superiora Geral da Ordem ( Todos os votos, menos o seu próprio, recaíram sobre ela). Em 1876 seis freiras foram enviadas a América Latina para fundar uma nova casa e em pouco tempo, as Filhas de Maria Auxiliadora constituíam uma grande família espalhada por várias partes do mundo, Em 1881 já eram 139 irmãs, 50 noviças em 27 casas, sendo 18 na Itália, 3 na França, 6 na América do Sul, cuidando de 5.000 jovens.
Morte, Beatificação e Canonização
Irmã Maria Mazzarello era mais do que a superiora geral da congregação, ela era o coração da congregação, seus olhos brilham de entusiasmo e seu coração pulsa de alegria e júbilo pelo que o Senhor tem feito pelas Filhas de Maria Auxiliadora. Mas sua saúde começou a declinar e já caminhava com dificuldade, em 1881, estando em Saint-Cyr, na França, foi diagnosticada com uma pleurisia em estado muito avançado. Como, naquele tempo, o tratamento era feito à base de ventosas logo suas costas transformaram-se numa ferida, mas ela nada reclamava e só dava bons exemplos às suas irmãs de religião. Diante do prognóstico médico ela decidiu voltar para Nizza Monferrato (o médico havia lhe dado mais dois meses de vida), para onde se tinha trasladado anos antes a Casa-Mãe da Congregação. Encontrou-se ainda com Dom Bosco que a confortou. E ali faleceu em 14 de maio de 1881. Suas últimas palavras às suas filhas, que choravam, foram: “Adeus! Até o Céu…”
Madre Mazzarello foi beatificada em 1938 pelo Papa Pio XI, que também a declarou cofundadora do Instituto Filhas de Maria Auxiliadora, foi canonizada em 24 de junho de 1951 pelo Papa Pio XII. Seu corpo está ao lado de São João Bosco no altar da grandiosa basílica de Nossa Senhora Auxiliadora, em Turim, na Itália.
Sua festa litúrgica é celebrada no dia 13 de Maio.