Paz e Benção!!!
Chegando por aqui com mais um bom filme para assistirmos em família, hoje vou trazer pra vocês a história do santo mártir do campo de concentração de Auschwitz, São Maximiliano Maria Kolbe, um dos fundadores da Milícia da Imaculada, que tinha como ideal conquistar o mundo inteiro para Cristo sob a mediação e proteção de Nossa Senhora. Chama o povo, ajeita o sofá, prepara o suco e a pipoca e vamos lá!!!
Ele nasceu Rajmund Kolbe (Raimundo Kolbe), em 8 de janeiro de 1894, na cidade de Zduńska Wola, na Polônia, e recebeu no mesmo dia as águas batismais. Era filho de família pobre, seus pais eram operários humildes e simples, Júlio Kolbe e Maria Dabrowska, porém eram legítimos cristãos e devotos da Virgem Maria. De seus cinco filhos, dois faleceram quando ainda crianças, e os outros três abraçaram a vida religiosa. Sua família era pobre e de operários. Aos 8 anos recebeu a primeira comunhão em Pabianice, para onde havia se transferido com a sua família.
O Encontro com a Imaculada
Criança muito viva e travessa, Raimundo recebeu certo dia uma repreensão de sua mãe que lhe marcou a vida: "Se aos dez anos você é tão mau menino, briguento e malcriado, como será mais tarde?" disse ela. Essas palavras marcariam profundamente o pequeno Raimundo. Aflito e pensativo, decidiu mudar de vida e recorreu a Nossa Senhora. Ajoelhado aos pés de uma bela imagem da igreja paroquial, durante sua oração, perguntou-Lhe: "Que vai acontecer comigo?".
Após essa oração sua vida vida mudou radicalmente. Ele, que já era religioso, tornou-se muito mais. O que o fez mudar ele só confidenciou a sua mãe, e todos só ficaram sabendo anos mais tarde, após a sua morte, quando sua mãe o revelou aos aos confrades de seu filho depois de sua morte, numa carta de 12 de Outubro de 1941, onde ela revelou uma aparição de Nossa Senhora ao pequeno Raimundo, com então 10 anos de idade:
“Tremendo de emoção, e com lágrimas nos olhos, ele me contou o segredo: ‘Quando a senhora me perguntou, mamãe, o que iria ser de mim, rezei muito a Nossa Senhora para Ela me dizer o que seria de mim. Em seguida, indo à igreja, rezei novamente. Então Ela me apareceu, tendo nas mãos duas coroas, uma branca e outra vermelha. Olhava-me com afeto, e me perguntou se queria essas coroas. A branca significava que perseveraria na prática da pureza; a vermelha, que eu seria mártir. Respondi que as queria. Então a Virgem me olhou docemente e desapareceu. Desde então, quando vou à igreja com a senhora ou com meu avô, parece-me que não são minha mãe e avô, mas Nossa Senhora e São José".
Início da Vida Religiosa
Sua vocação à vida religiosa nascia ali, por graça da Imaculada. Escolheu ser capuchinho franciscano, e aos 14 anos começou os estudos em Lwóv, no seminário menor dos frades conventuais, junto com seu irmão Francisco. Aos 16 anos, foi admitido no noviciado, escolhendo o nome de Maximiliano, em honra do grande mártir africano. Em 1912, Frei Maximiliano parte para Roma onde permanece 7 anos no Colégio Seraphicum. No dia 1 de Novembro de 1914, depois de 3 anos dos votos temporários, ele faz a sua profissão solene, se tornando então Frei Maximiliano "Maria" Kolbe. Ele acrescenta "Maria" ao nome religioso, exprimindo a característica de sua espiritualidade. Nesse mesmo ano o pai do Frei Maximiliano foi preso e enforcado pelos comunistas russos, durante a ocupação a Czestochowa, pela União Soviética e sua mãe refugiou-se em um convento beneditino.
Em Roma, Frei Maximiliano chocou-se com a insolência com que os inimigos da Igreja a atacavam, sem a proporcionada reação dos católicos. Resolveu então entrar na luta antes mesmo de receber a ordenação sacerdotal. Reunindo em torno de si seis condiscípulos, fundou em 1917 a associação apostólica Milícia de Maria Imaculada, com o objetivo de converter os pecadores, inclusive os inimigos da Igreja, e santificar todos os seus membros, sob a proteção de Maria Imaculada. Em abril de 1918, recebeu o sacramento da ordem, tornando-se sacerdote. No dia seguinte, celebrou a sua primeira missa na Igreja de Sant'Andrea delle Fratte, lugar onde a Virgem apareceu e converteu milagrosamente o judeu Alphonse Ratisbonne, em 1842. Esse milagre era uma prova da eficácia da Medalha Milagrosa.
Padre Kolbe, o Cavaleiro da Imaculada
Em julho de 1919 o Padre Kolbe recebe o doutorado em teologia, e volta para Polônia, logo ao chegar deseja difundir a Milícia de Maria Imaculada também na Polônia, recebendo rapidamente a aprovação de seus superiores e conseguindo a impressão do estatuto da associação em idioma polonês. Porém entre 1920 e 1921 ficou internado para se tratar da tuberculose. Em Janeiro de 1922, a associação é aprovada como “Piedosa União da Milícia de Maria Imaculada” pelo Cardeal Basílio Pompilii, Vigário Geral da Diocese de Roma. Ainda em 1922, quase sem dinheiro o Padre Kolbe fundou o jornal mensal da sua associação - Cavaleiro da Imaculada - pondo o progresso técnico do seu tempo em matéria gráfica, a serviço da Fé, com 5.000 exemplares já em sua primeira edição.
Em 1927 já eram 60.000 exemplares mensais e já não mais havia espaço para na tipografia para crescer o projeto, foi quando o príncipe João Drucko-Lubecki cedeu ao padre Maximiliano um terreno situado a 40 quilômetros de Varsóvia, Então o Padre Kolbe começou a construir uma Niepokalanów - Cidade da Imaculada (ou "Cidade de Maria" em algumas traduções). Seus planos era construir um enorme convento e novas instalações de sua obra de imprensa, o dinheiro, dizia ele aos que perguntavam: "Maria proverá, este é um negócio dEla e de seu Filho!".
Sua confiança não foi em vão, em 1939, o jornal tinha já a surpreendente tiragem de um milhão de exemplares, e a ele se haviam juntado outros dezessete periódicos de menor porte,como uma revista para crianças e outra para sacerdotes, além de uma emissora de rádio. Sua ação apostólica pelos meios de comunicação chegou até o Japão e a Índia. E sua meta era estender a obra ao mundo inteiro, conquistando almas para Jesus através da Virgem Maria. A Cidade da Imaculada contava então com 762 habitantes, sendo 13 sacerdotes, 18 noviços, 527 irmãos leigos, 122 seminaristas menores e 82 candidatos ao sacerdócio. Nela habitavam também médicos, dentistas, agricultores, mecânicos, alfaiates, construtores, impressores, jardineiros e cozinheiros, além de um corpo de bombeiros.
A Segunda Guerra Mundial e o Martírio Auschwitz
Em 1939 quando estourou a Segunda Guerra Mundial, a Cidade da Imaculada da Polônia ficou muito exposta a riscos, pois era situada nas imediações da estrada de Potsdam a Varsóvia, rota provável de uma eventual invasão das tropas nazistas. Por esse motivo a prefeitura de Varsóvia ordenou sua pronta evacuação. Padre Kolbe conseguiu lugar seguro para todos os irmãos, mas permaneceu ali, com cinquenta de seus colaboradores mais imediatos. Em setembro, as tropas invasoras levaram-nos presos para Amtitz. Mas na festa da Imaculada, dia 8 de dezembro, foram todos libertados e voltaram para sua Niepokalanów, transformando- a em refúgio e hospital para feridos de guerra, prófugos e judeus.
Em fevereiro de 1941, a Gestapo (Polícia Secreta do Estado Nazista) irrompeu na Cidade da Imaculada levou presos o padre Kolbe e outros quatro frades, os mais anciãos. Na prisão de Pawiak, em Varsóvia, foi submetido a injúrias e vexações, e depois trasladado para o campo de extermínio de Auschwitz. Passou a primeira noite numa sala com outros 320 prisioneiros. Na manhã seguinte, foram todos desnudados, lavados com jatos de água gelada e recebendo cada qual uma jaqueta com um número, coube-lhe o 16.670. No final de julho de 1941, foi transferido para o Bloco 14, cujos prisioneiros faziam trabalhos agrícolas. Tendo um deles conseguido fugir, dez outros, escolhidos por sorteio, foram condenados ao "bunker da morte": um subterrâneo onde eles eram jogados desnudos, e permaneciam sem bebida nem alimento, à espera da morte.
Um dos homens selecionados era Franciszek Gajownickek, que gritou: "Minha pobre mulher e meus filhos que não os volto a ver!" Diante disso o Padre Kolbe ofereceu-se si mesmo em vez do outro homem "Sou um padre católico da Polônia, quero morrer em lugar de um destes. Já sou velho e não presto para nada. A minha vida não servirá para grande coisa… Quero morrer por aquele que tem mulher e filhos." disse ele.
Na sua cela, Padre Kolbe celebrou a missa todos os dias e cantava hinos com os prisioneiros. Ele levou os outros condenados em canção e oração e encorajou-os , dizendo-lhes que em breve estariam com Maria no céu. Cada vez que os guardas verificam a cela, ele estava lá em pé ou de joelhos no meio a olhar calmamente para aqueles que entravam. Três semanas depois, restavam vivos apenas quatro pessoas. Julgando que aquela situação se prolongava demasiado, decidiram as autoridades aplicar-lhes uma injeção letal de ácido muriático. Algumas pessoas que estavam presentes na injeção dizem que ele levantou o braço esquerdo de forma espontânea e calmamente esperou que o injetassem a injeção letal. Seus restos foram cremados no dia 15 de agosto, o dia da festa da Assunção de Maria.
Canonização por João Paulo II
No dia 10 de outubro de 1982, na Praça de São Pedro, uma multidão de mais de duzentas mil pessoas testemunhou um Papa, também polonês, declarar mártir o Padre Maximiliano Maria Kolbe, um sacerdote exemplar que não só morreu para salvar uma vida, mas, sobretudo, viveu para salvar muitas almas. Ele que jamais se cansava de dizer: "Não tenham medo de amar demasiado a Imaculada; jamais poderemos igualar o amor que teve por Ela o próprio Jesus: e imitar Jesus é nossa santificação. Quanto mais pertençamos à Imaculada, tanto melhor compreenderemos e amaremos o Coração de Jesus, Deus Pai, a Santíssima Trindade". Pois, como afirmou João Paulo II ao canonizá-lo, "a inspiração de toda a sua vida foi a Imaculada, a quem confiava seu amor a Cristo e seu desejo de martírio".
Na cerimônia em que Padre Kolbe foi canonizado, Francisco Gajowniczek estava presente e testemunhou a coragem e o amor daquele Padre franciscano que se ofereceu para sofrer e morrer em seu lugar, dando a Francisco a chance de cuidar de sua família.
É considerado o patrono da imprensa e padroeiro especial das famílias em dificuldade, dos que lutam pela vida, da luta contra os vícios, da recuperação da droga e do alcoolismo; é considerado também padroeiro dos presos comuns e políticos.
Sua festa litúrgica é celebrada no dia 14 de Agosto.
São Maximiliano Maria Kolbe, Rogai por nós.
Fontes Pesquisadas
Wikipedia, acesso em 17/12/2016
Canção Nova, acesso em 17/12/2016
Arautos do Evangelho, acesso em 17/12/2016
Cruz Terra Santa, acesso em 17/12/2016
Catolicismo, acesso em 17/12/2016
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