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sábado, 4 de julho de 2020

Aparições de Nossa Senhora em Garabandal - Espanha

Olá!!!
Paz e Benção!!!

Chegando mais um ótimo filme pra gente curtir em família, então chama o povo, prepara o lanche arruma a sala e deixa o filme por minha conta. Hoje nós vamos conhecer uma maravilhosa história de possíveis aparições de Nossa Senhora em Garabandal, na Espanha.


San Sebastián de Garabandal
São Sebastião de Garabandal é uma vila rural, situada na montanha de Peña Sagrada, região norte da Espanha, na Diocese de Santander (não é o banco, é um lugar!), a cerca de 400 km da capital espanhola, Madrid. Foi nessa pequena vila, de cerca de 80 moradias, que em 18 de junho de 1961, no fim da tarde as 4 jovens: Conchita González (12 anos), Maria Loli Mazon González (12 anos), Jacinta González (12 anos) e Maria Cruz González (11 anos), que se achavam no campo, ouviram um barulho como que o de um trovão e viram uma figura, que elas descreveram como "muito bela, cercada de luz e que não ofuscava os olhos". Essa aparição se seguiu por alguns dias, sempre no mesmo lugar e declarou ser São Miguel Arcanjo, ele anunciou o aparecimento da Virgem Maria, que seria no domingo dia 2 de julho, festa da visitação de Maria à Santa Isabel. 

Rapidamente a notícia das aparições do anjo se espalhou, bem como a da aparição de Nossa Senhora. No dia marcado, muitas pessoas se fizeram presentes, tanto padres como pessoas de outras aldeias da região, juntaram-se para testemunhar esse acontecimento. Por volta das 6 horas da tarde, as meninas se encaminhavam para o local onde o anjo lhes havia aparecido, mas pouco antes de chegarem Nossa Senhora lhes apareceu, junto com São Miguel Arcanjo e outros anjos. Elas falavam abertamente à Virgem e rezavam o terço em sua presença. As aparições aconteceram durante 4 anos (1961 à 1965), as aparições eram bastante frequentes, cerca de umas 2.000 durante o período, chegando às vezes a acontecerem até mais de uma vez no mesmo dia.

As Mensagens 
Durante o período das aparições duas grandes mensagens foram tornadas públicas, a primeira foi em julho de 1961, mas a pedido da Virgem, ela só foi divulgada em 18 de outubro de 1961, ela convidava o povo a fazer sacrifícios, à penitência e a conversão, dizia a mensagem: "Há que fazer muitos sacrifícios; muita penitência; visitar o Santíssimo; mas antes, temos de ser muito bons. E se não o fizermos virá um castigo. Já se está enchendo a taça, e, se não mudarmos, vir-nos-á um castigo muito grande".
A segunda mensagem pública foi enviada por São Miguel Arcanjo no dia 18 de junho de 1965 e dizia:  "Já que a Minha mensagem do dia 18 de Outubro não foi atendida, e não foi muito divulgada ao mundo, Eu digo-vos que esta é a última. Antes, o cálice estava enchendo, agora está derramando. Muitos Cardeais, muitos bispos e muitos padres estão no caminho da perdição e levam com eles muitas almas. À Eucaristia é dada cada vez menos e menos importância. Nós devemos evitar a ira de Deus através dos nossos esforços. Se pedirdes perdão com sinceridade de alma, Deus perdoar-lhes-á. Sou eu, a vossa Mãe, que por intercessão de São Miguel, quer vos dizer para vos emendardes, que já são os últimos avisos e que Eu vos amo muito e não quero a vossa condenação. Pedi-nos com sinceridade e nós vos daremos. Devem sacrificar-se mais. Pensem na Paixão de Jesus".

O Aviso, o Milagre e o Castigo

Também foi predito em Garabandal pela Virgem 3 acontecimentos futuros. O Primeiro será um aviso mundial que deve ser visto e sentido por todos na terra, todos verão e terão a certeza que esse sinal veio de Deus. Este aviso servirá para purificar a humanidade e prepará-la para o Grande Milagre que acontecerá pouco depois do aviso, no período máximo de 1 ano, num pequeno bosque de Garabandal. Conchita sabe a data do milagre e o anunciará 8 dias antes, os doentes ficarão curados, os pecadores serão convertidos e os incrédulos acreditarão, um sinal sobrenatural permanecerá nos pinheiros depois do milagre. Porém se depois do aviso e do milagre o mundo não mudar, então virá o castigo. Esse castigo parece ter sido revelado às videntes, Maria Loli, assim o descreveu: “Era horrível aos meus olhos. Ficamos totalmente apavoradas. Não tenho palavras para o explicar. Víamos a água dos rios transformar-se em sangue… Caia fogo do céu… E algo de ainda pior, que não posso revelar por ora”. 

Outros Fenômenos
Muitos outros fenômenos aconteceram em Garabandal, como, por exemplo: 

Caminhadas em êxtases das videntes - As meninas caminhavam juntas em direção ao local das aparições a uma velocidade que era difícil até para os homens acompanhá-las;

Quedas Estáticas - As videntes caíam de costas no chão pedregoso e irregular e não se machucavam;

Insensibilidade - As meninas ficavam insensíveis a dor, chegavam até mesmo a jogar areia em seus olhos, beliscavam, ou apontavam fortes luzes em direção a seus olhos, mas elas permaneciam sem reação;

A Hóstia visível - Na madrugada do dia 19 de julho de 1962, por volta de 1:30h, Conchita saiu de casa em êxtase, uma multidão a acompanhava, pois esse milagre havia sido anunciado que aconteceria, após caminhar um pouco caiu de joelhos, olhou para o céu e colocou a língua para fora, então uma hóstia branca e muito brilhante apareceu em sua língua. esse fato, além de visto pelas pessoas que estavam mais próximas foi filmado por um empresário, com uma câmera amadora e a ajuda de uma lanterna.

Posição da Igreja Católica
As possíveis aparições em Garabandal ainda não foram confirmadas pela igreja, mas também não foram negadas, assim todo aquele que deseja propagar a mensagem está livre para fazê-lo, até que tudo esteja claramente estabelecido. Segundo o site do Apostolado Garabandal, link ao final da postagem, a Congregação para Doutrina da Fé mantém a investigação das aparições nas mãos dos Bispos de Santander, e aguarda para ver os resultados. Os Bispos de Santander afirmam, através de estudos solicitados a dois comitês, que não houve fenômeno capaz de autenticar as aparições, nem tampouco que invalidem a mensagem.
o Papa Paulo VI, em junho de 1966 afirmou que: "É a história mais bela da Humanidade desde o Nascimento de Cristo. É como a segunda vida da Santíssima Virgem na terra, e não há palavras para agradecê-lo."
O Padre Pio garantiu a autenticidade das aparições de Garabandal, tendo se encontrado com Conchita em San Giovanni Rotondo em 1966. Mas já em 1962 Nossa Senhora havia prometido que ele veria, por antecipação, o Milagre de Garabandal.
Dom João Pereira Venâncio, Bispo de Leiria (Fátima - Portugal), entre 1958 e 1972, afirmou: "A Mensagem, dada por Nossa Senhora, em Garabandal, é a mesma que Ela deu em Fátima, mais atualizada e apropriada aos nossos tempos."

Sobre o Filme
O filme que você assistirá se chama "Garabandal, só Deus sabe" ele foi produzido pela Mater Spei, entidade espanhola, constituída em 2017. Se você desejar fazer uma doação ao Apostolado Garabandal pode fazê-lo no site oficial do filme: Garabandal, Só Deus Sabe.

Nossa Senhora de Fátima, rogai por nós! 



Fontes Pesquisadas:
Wikipedia, acesso em 04/07/2020;
Últimas e Derradeiras Graças, acesso em 04/07/2020;
Sinais dos Tempos, acesso em 04/07/2020;
Cléofas, acesso em 04/07/2020;
Exército de Maria, acesso em 04/07/2020;
Apostolado Garabandal (Sobre o milagre da Hóstia), acesso em 04/07/2020;
Apostolado Garabandal (Sobre a posição da Igreja), acesso em 04/07/2020.


sábado, 23 de maio de 2020

Irmão Sol, Irmã Lua - São Francisco e Santa Clara de Assis

Olá!!!
Paz e Benção!!!

Chegando mais um bom filme para curtirmos em família, um filme que é um verdadeiro chamado à conversão, então não perde tempo, chama todo mundo, prepara a pipoca e outros lanches mais, acomoda o povo e bora lá pra mais um filme!

O filme de hoje é "Irmão Sol, Irmã Lua" do premiadíssimo diretor Franco Zeffirelli e fala de São Francisco e Santa Clara, ambos da cidade de Assis, na Itália. A história da vida desses dois grandes santos você pode conhecer melhor em outras postagens do Blog: Santa Clara e São Francisco de Assis.

O filme foi produzido em 1972, é uma produção ítalo-britânico, e conta com Graham Faulkner e Judi Bowker vivendo, respectivamente, São Francisco e Santa Clara de Assis.  
Quem desejar comprar o filme, eu o encontrei à venda no site da Paulus.

Um ótimo filme a todos!

São Francisco e Santa Clara de Assis, roguem por nós!!!

sábado, 16 de maio de 2020

Laura Vicuña - A Flor dos Andes

Olá!!! 
Paz e Benção!!!
Chegando mais um bom filme pra gente curtir em família, chama o povo espalha as almofadas pela sala acomoda todo mundo e vamos conhecer a história da breve vida e Laura Vicuña, uma chilena que nos traz um grande exemplo de pureza, fidelidade e amor.


Laurita
Nasceu em Santiago, no Chile, no dia 5 de abril de 1891, Laura Vicuña Pino em uma família da alta sociedade chilena, filha do casal José Domingo Vicuña e Mercedes Pino, ele era um militar renomado de grande influência política e social, sua mãe era uma mulher de coração e condição humilde. Nessa época o Chile enfrentava uma guerra civil e um dos parentes de José Domingo estava envolvido na disputa pelo poder, o que colocou toda família em risco, toda a família Vicuña foi obrigada a exilar-se, José Domingo, pai de Laura refugiou-se com a família em Temuco, distante 500km da capital Santiago. Em 1894, logo após o nascimento de sua filha mais nova, Julia Amanda, José faleceu deixando a família na miséria, Laura tinha 2 anos. Desesperada Mercedes, sua mãe, então seguiu junto com as filhas para Argentina, pois tinha medo de permanecer no Chile em razão da perseguição, ainda existente, aos Vicuña. 

Mercedes estabeleceu-se, junto com suas filhas, em Junin de Los Andes, em busca de trabalho, ficou na Estância de Quilquinhé, de propriedade de Manuel Moura. Ele era um homem bruto e depois de algum tempo, passou a conviver com Mercedes como esposa, porém em uma relação livre. 

O Início da Vida Religiosa
Em 1900, Laura ingressou como interna no Colégio das Filhas de Maria Auxiliadora, em Junín de Los Andes. Em pouco tempo, começou a se destacar, era aluna devota, sonhava em ser religiosa, era atenta às aulas, às orientações das irmãs, disponível com as companheiras, sempre alegre e pronta a qualquer sacrifício, certo dia na sala de aula desmaiou ao ouvir da professora que Deus não se agrada dos que convivem sem se casar, era o caso de sua mãe e isso a preocupou muito, pois Laura se deu conta que sua mãe vivia em pecado, correndo grave perigo de condenação eterna. 
Em 02 de junho de 1901, aos 10 anos, Laura foi admitida como Filha de Maria e fez sua primeira comunhão, ali se manifestou sua vocação de amor a Deus, e ela expressou sua vontade de servi-Lo, ela se ofereceu a Jesus e Maria Santíssima pela conversão de sua família. Costumeiramente ela passava os momentos de recreio rezando na capela do colégio, apesar de sua pouca idade já possuía grande maturidade.  

O Assédio e o Sacrifício
Durante uma de suas férias escolares, Laura foi violentamente assediada por Manuel, ele queria a todo custo manter relações com a menina, mas ela lutou com valentia impedindo que ele conseguisse o seu intento. Irritado, Manuel se negou a seguir custeando os estudos das meninas. Mas o colégio se reuniu e decidiu manter Laura na escola.

Diante de tanto sofrimento, Laura decidiu entregar sua vida pela conversão de sua mãe. Ela revelou seu plano ao seu confessor, o sacerdote salesiano Crestanello, que lhe alertou: "Isso é muito sério. Deus pode aceitar o seu sacrifício e você pode morrer muito em breve!", mas Laura estava decidida, e assim ela fez sua oração de entrega. Este pedido foi escutado e pouco tempo depois Laura adoeceu. 

Durante o inverno uma inundação atingiu a escola e Laura, ajudando a salvar as meninas mais novas, passou horas com os pés nas águas geladas, sua saúde ficou muito fragilizada, ela ficou doente dos rins e tinha muitas dores pelo corpo, sua mãe a levou para casa, onde mais uma vez sofreu com o assédio de Manuel, mesmo doente e frágil, ela lutou e conseguiu evitar o seu ataque. Com raiva, Manuel a agrediu e colocou-a para fora da casa obrigando-a a dormir ao relento. 

Em sua última noite Laura confidenciou a sua mãe: "Mamãe, eu vou morrer! Há algum tempo eu pedi isso a Jesus, oferecendo-lhe a vida por ti, a fim de obter o teu retorno a Deus… Mamãe, será que terei antes de morrer a alegria de te ver arrependida?”. 
“Laura – respondeu Mercedes – juro-te que farei o que me pedes”. Com alegria Laura morreu na noite de 22 de janeiro de 1904. Suas últimas palavras foram: "Obrigada Jesus, obrigada Maria!". 

Resultado do Sacrifício de Laura
Depois da morte de Laura, Mercedes se escondeu, durante algum tempo, mudou de nome e chegou a voltar para Temuco no Chile. Em 1906 regressou a Junín de Los Andes, onde sua filha Amanda, casou-se com Horácio Jones, aos 12 anos. Após o casamento de Amanda, Mercedes casou-se na igreja e no civil com Malitón Parra, homem trabalhador e justo. Mercedes faleceu em 17 de setembro de 1929. Já Manuel Moura foi assassinado entre 1906 e 1907 durante uma briga por causa de corrida de cavalos.

Sepulcro e Beatificação de Laura Vicuña
Os restos mortais de Laura Vicuña encontram-se na Capela das Filhas de Maria Auxiliadora, em Bahia Blanca, na Argentina, ela foi Beatificada pelo Papa João Paulo II no dia 3 de setembro de 1988 no Cole das Bem-Aventuranças juvenis, junto a Castelnuovo Dom Bosco (Asti - Itália). Ela foi escolhida como uma das intercessoras da Jornada Mundial da Juventude ocorrida no Rio de Janeiro em 2013.

A sua festa litúrgica é celebrada dia 22 de janeiro.

Beata Laura Vicuña, rogai por nós!!!


Fontes Pesquisadas: 
Filhos da Paixão, acesso em 16/05/2020;
CMisericórdia, acesso em 16/05/2020;
Wikipedia, acesso em 16/05/2020;
ACI Digital, acesso em 16/05/2020;
Salesianos, acesso em 16/05/2020;
Boletim Salesiano, acesso em 16/05/2020.

sábado, 21 de março de 2020

Orientações Para Uma Boa Confissão - Padre Paulo Ricardo

Olá!!!
Paz e Benção!!!

Chegando mais um bom vídeo aqui no blog, desta vez com mais uma fantástica catequese do Padre Paulo Ricardo sobre o Sacramento da Confissão. No vídeo você poderá conferir várias dicas importantes sobre esse tão maravilhoso sacramento que nos aproxima tanto de Deus.

Em Virtude do Coronavírus muitas dioceses suspenderam várias atividades, entre elas o atendimento às confissões, o Papa Francisco decretou Indulgência Plenária àqueles afetados de alguma forma pela pandemia que assola o mundo. Na notícia do Vatican News, que você pode conferir aqui, ainda se recorda a possibilidade de se obter o perdão de Deus através de uma confissão perfeita e do compromisso de se confessar assim que possível. 

Ainda estou disponibilizando aqui um vídeo do Papa Francisco onde ele próprio explica o que fazer se não se pode sair de casa para confessar! 

Nos mantenhamos vigilantes, observemos os cuidados necessários para contermos o avanço do coronavírus, mas não descuidemos também da nossa fé!

Um forte abraço a todos! 

Nossa Senhora da Saúde, rogai por nós!!!

Papa Francisco - O Que Fazer Se Não Podemos Sair De Casa Para Confessar?




Padre Paulo Ricardo - O Segredo Para Uma Boa Confissão

sábado, 14 de setembro de 2019

O Martírio dos Cristãos na Terra Santa

Olá!!!
Paz e Benção!!!

Chegando mais um bom filme aqui no blog, dessa vez trago um documentário produzido pela Comunidade Canção Nova da Terra Santa sobre o martírio dos cristãos naquela região no começo da história do cristianismo. 

O documentário mostra um pouco da história de Santo Estevão (martirizado +/- em 34), São Marino ( Martirizado +/- em 260), Eusébio de Cesaréia (morreu em 339), da Piscina de Mamila em Jerusalém, mostra o significado de alguns símbolos cristãos daquela época, entre outras informações. É um documentário curtinho, tem pouco mais de 40 minutos, mas é muito rico em informação e ainda conta com a participação do professor Elio Passeto, membro da Congregação dos Religiosos de Nossa Senhora de Sion, ele vive em Israel há mais de trinta anos, é diretor do programa sobre estudos bíblicos em Israel e Mestre em teologia bíblica e professor titular do centro de estudos judaicos.

Já a Missão Canção Nova na Terra Santa foi iniciada em março de 2005, na cidade de Belém com o objetivo de difundir as riquezas culturais e religiosas dos lugares santos através dos meios de comunicação social e peregrinações.

Eu espero que gostem do documentário.



Fontes Pesquisadas:

Canção Nova na Terra Santa, acesso em 13/09/2019;
Página da Diocese de Santo André no Facebook (precisa fazer login na rede para acessar), acesso em 13/09/2019.

sábado, 31 de agosto de 2019

Santo Inácio de Loyola - Fundador dos Jesuítas

Olá!!!
Paz e Benção!!!

Eu estava morrendo de saudades de dizer isso! Pós-graduação concluída, TCC (Trabalho de Conclusão de Curso) entregue e agora vida que segue e pra comemorar isso que tal um bom filme pra assistirmos em família? Então prepara a pipoca, reúne o povo, ajeita o sofá pra caber todo mundo que é hora da gente conhecer o santo que tem uma alma maior que o mundo: Santo Inácio de Loyola!

Nascimento e Adolescência
Seu nome de batismo era Iñigo López de Loyola, ele nasceu no dia 31 de maio de 1491, no castelo de Loyola, no município de Azpeitia, região basca ao norte da Espanha. Foi o mais novo dos 13 filhos do casal católico Dom Beltrán Ibáñez de Oñaz y Loyola e Marina Sáenz de Licona y Balda, eles eram católicos fervorosos e pertencentes a uma das mais nobres, ilustres e antigas famílias da província espanhola de Guipúzcoa. Teve uma educação toda voltada para fazer dele um aristocrata e, por isso, cresceu no meio do luxo da corte. Ainda criança ficou órfão de mãe e, no ano 1506 o seu pai também faleceu.


O Militar Iñigo
Então com 16 anos Iñigo foi enviado a Juan Velázquez de Cuellar, seu parente, que era ministro do Tesouro Real do reino de Castela durante o reinado de Fernando II de Aragão, onde viveu e trabalhou como pajem (um tipo de serviçal) e cortesão de 1506 até 1517, quando abraçou a carreira militar e foi prestar serviços a outro parente muito importante: António Manrique de Lara, o Duque de Najera, Vice-Rei de Navarra. 

Loyola, o Cavaleiro da Virgem
No dia 20 de maio de 1521 um fato mudaria para sempre a vida de Iñigo Loyola, durante a Batalha de

Pamplona (capital de Navarra) contra os franceses, um tiro de canhão quebrou sua perna direita e causou lesões na perna esquerda. Gravemente ferido foi levado ao Castelo de Loyola, onde ficou durante o período de sua longa e dolorosa recuperação, tendo que permanecer imobilizado em seu leito, ficou dedicado a leitura e passou a ler sobre a vida de Cristo e dos santos, pois não havia livros sobre cavalaria, os seus preferidos, foi então, a partir deste contato com os livros religiosos, que Iñigo percebeu que suas ambições mundanas somente lhe traziam alegrias passageiras e meros prazeres, ao passo que sua entrega a Jesus Cristo lhe enchia o coração de alegria duradoura e isso foi para ele um sinal de Deus.


Recuperado e inspirado pelas leituras e empolgado com a história de vida, principalmente, de São Francisco de Assis e São Domingos, decidiu deixar o Castelo Loyola, colocar-se ao serviço da Divina Majestade, tornar-se Cavaleiro da Virgem e seguir para Jerusalém. Em Montserrat, deixou sua espada no altar da Igreja de Nossa Senhora de Montserrat. Em Manresa abrigou-se em uma caverna e passou a viver como eremita e mendigo, passando pelas mais duras necessidades. Foi durante esse período que passou a fazer anotações que mais tarde seriam intituladas de "Exercícios Espirituais" considerados até hoje um de seus mais importantes escritos. Em 1523 Iñigo partiu para Barcelona, passou por Roma, Veneza e, por fim, chegou a Jerusalém. Lá ele foi recebido pelos Franciscanos, visitou os lugares sagrados do cristianismo e decidiu viver ali. Porém isso não lhe foi permitido e ele teve de regressar para Barcelona, onde chegou em janeiro de 1524. 

Loyola e a Inquisição
De volta a Barcelona, passou a viver na casa de Inez Pascual, que havia conhecido em sua primeira passagem pela Catalunha. Dedicou-se ao estudo do Latim, a ajuda espiritual e a reforma do Mosteiro de Nossa Senhora dos Anjos, já nesse período diversas pessoas importantes o procuravam para ouvi-lo. Após conseguir dominar o latim, seguiu para a Universidade de Alcalá para dar continuidade a seus estudos. Ficou abrigado no Hospital de Antezana, onde dedicava-se aos estudos, à pregação e a ensinar os "Exercícios Espirituais", foi denunciado à Santa Inquisição e preso, pois era a época de perseguição aos Alumbrados (Também chamado de Iluminismo, porém não confundir com os Iluminatis). Como não foi encontrado nenhum mal em seus ensinamentos ele foi solto, mas ficou proibido de pregar. Orientado pelo Arcebispo de Toledo, seguiu para Universidade de Salamanca. Tendo voltado a pregar, chamou a atenção de religiosos do Convento Dominicano, onde confessava-se habitualmente, pela forma como falava de Deus sem nunca ter estudado teologia. Foi novamente denunciado a Santa Inquisição e preso, teve o seu livrinho dos Exercícios Espirituais investigados, porém, mais uma vez, nada encontraram que o condenasse. Liberto, foi proibido de pregar até que se concluíssem os seus estudos. Então seguiu sozinho para França, estudar em Paris.

Nasce a Companhia de Jesus
Em 1528 ingressou na Universidade de Paris, em 1533 obteve a licença de docente, em 1534 tornou-se Mestre em artes. Nesse mesmo ano, no dia 15 de agosto, na Capela de Saint-Denis, na Igreja de Santa Maria, em Montmartre, foi fundada a Companhia de Jesus, por Iñigo e mais 6 pessoas: Os espanhóis Pedro Fabro, Francisco Xavier (Reconhecido como santo, mais tarde), Alfonso Salmeron, Diego Laynez, Nicolau Bobedilla e, o português, Simão Rodrigues. O objetivo da Companhia era realizar trabalho missionário e hospitalar em Jerusalém, ou ir para onde o Papa quiser, sem questionar. Em 1537 apresentaram-se ao Papa Paulo III, que lhes concedeu que fossem ordenados sacerdotes, foi durante a ordenação que Iñigo adotou o nome de Inácio. Através da bula Regimini militantis Ecclesiae a Companhia de Jesus (Em latim Societas Iesu, S. J.) foi aprovada oficialmente pelo Papa Paulo III em 27 de Setembro de 1540, no ano seguinte Inácio de Loyola foi eleito o primeiro Superior Geral da Ordem e passou a viver em Roma. 

Inácio ainda dedicou-se a catequese de crianças, fundou a Casa de Santa Marta para acolher prostitutas e outra instituição para acolher meninas jovens pobres, dava assistência aos órfãos e trabalhava pela conversão dos Judeus de Roma. Em 1551 criou o Colégio Romano, que mais tarde tornou-se a Pontifícia Universidade Gregoriana, que oferecia ensino gratuito.

De Roma, Inácio formou e enviou os missionários a várias partes do mundo, os Jesuítas (como ficaram conhecidos) foram enviados aos povos da América, Ásia, Alemanha, Países Baixos, Áustria, Polônia, Bélgica, Espanha, Itália, Polônia, Portugal e etc. Eles levaram o Evangelho de Jesus Cristo de maneira heroica e poderosa aos lugares mais improváveis e desconhecidos. Muitos morreram martirizados por causa da fé em Cristo, deixando maravilhosos testemunhos de coragem, fé e amor a Deus. A educação foi considerada por Inácio o principal instrumento de evangelização e catequização, e assim sendo fundaram missões, retiros, colégios e universidades. 

Os Jesuítas no Brasil
No Brasil os Jesuítas chegaram em 1549, enviados pelo padre Loyola e chefiados pelo padre Manuel da Nóbrega, com o apoio do Governador-Geral do Brasil Tomé de Souza. Durante mais de 200 anos contribuíram para educação no Brasil, criaram as Casas de Ler, Escrever e Contar, Cursos básicos e secundários, Cursos que eram considerados de nível superior em letras, filosofia, teologia e ciências sagradas. Nos cursos trazidos para o Brasil pelos Jesuítas era possível estudar metafísica, gramática latina, moral, humanidades, ciências físicas e naturais.

Os Jesuítas também criaram missões para os indígenas com o objetivo educar, catequizar e manter os índios longe dos colonos, nessas missões os Jesuítas também orientavam os índios para a agricultura que garantia comida e renda para todos, o que mais tarde possibilitou que estes deixassem de ser nômades e passassem a fixar moradia. Os Jesuítas foram expulsos do Brasil em 1759, quando o Marquês de Pombal os acusou de conspiração contra o rei de Portugal, fazendo com que fossem expulsos do reino e de todas as suas colônias.

Morte e Canonização
Desde que assumiu o cargo de Superior Geral da Ordem a saúde de Inácio piorou bastante e, muito debilitado, ele faleceu em 31 de Julho de 1556, em Roma, aos 65 anos. Foi beatificado pelo papa Paulo V em 1609 e canonizado pelo Papa Gregório XV, em 1622, na bula de sua canonização o papa assinalou que Santo Inácio de Loyola tinha uma alma maior que o mundo". Foi declarado Padroeiro dos Retiros Espirituais pelo Papa Pio XI, em 1922. 

A festa litúrgica de Santo Inácio de Loyola é celebrada no dia 31 de Julho.

Santo Inácio de Loyola, rogai por nós!!!

O Filme postado aqui é Inácio de Loyola: Soldado - Pecador e pode ser comprado no Site das Lojas Paulinas.



Fontes Pesquisadas:
UOL Biografias, acesso em 30/08/2019;
Jesuítas Brasil,  acesso em 30/08/2019;
Wikipedia, acesso em 30/08/2019;
Cruz Terra Santa, acesso em 30/08/2019;
InfoEscola Biografias, acesso em 30/08/2019;
Ebiografia, acesso em 30/08/2019;
Ecclesiae, acesso em 30/08/2019;
Santo do Dia Canção Nova, acesso em 30/08/2019; 

sábado, 3 de novembro de 2018

O Manto Sagrado - Filme Épico

Olá!!!
Paz e Benção!!!
Chegando mais um bom filme aqui no Blog, hoje vamos atender ao pedido de uma leitora amiga do Blog: A Grace Kelly, que me indicou o filme, eu procurei, deu um trabalhinho, mas eu consegui achar e assistir, gostei muito do filme e hoje trago ele pra podermos todos assistir em família.

O filme se chama O Manto Sagrado, é um filme de 1953, produzido nos Estados Unidos, dirigido por Henry Koster e conta com um elenco com nomes como o de Richard Burton (Marcellus Gallio), Jay Robinson (Calígula) e Victor Mature (Demétrio). O filme mostra a história do Tribuno Gallio, um homem sempre envolvido com jogos e mulheres, que se envolve em uma rixa com Calígula, e por isso é enviado para Jersusalém, onde teria ficado responsável pela execução da crucificação de Jesus Cristo. Após a execução da sentença ele acaba ganhando em um jogo a túnica de Cristo, mas ao tentar usar o manto uma aflição lhe atormenta de forma indescritível. Após algum tempo Gallio retorna para Roma, mas atormentado ele acaba solicitando o seu retorno à Palestina, para tentar reencontrar o manto e o destruir, pois acredita que assim, poderia se livrar dos tormentos que o aflige, porém esse retorno à Jerusalém irá modificar totalmente a sua vida.

É necessário dizer que o filme não é um filme religioso, mas trás uma mensagem de conversão muito forte e por isso vale muito à pena ser assistido, outra coisa que precisa ser dita é que não encontrei referências sobre a real existência dos principais personagens Gallio e Demetrio, Calígula esse sim é um personagem que existiu de verdade, foi Imperador Romano e governou de março de 37 até o seu assassinato em janeiro de 41, era um imperador extravagante e cruel. 

Se você quer sugerir um filme, você pode fazer como a Grace, ela entrou pela nossa página no facebook e me mandou uma mensagem pedindo o filme, você também pode enviar um e-mail para filmescristaocatolico@gmail.com e fazer o seu pedido! Nem todos os pedidos eu consigo atender, mas os filmes que consigo achar uma hora ou outra acaba aparecendo aqui!

Espero que gostem do filme!

Louvado seja o Nosso Senhor Jesus Cristo, para sempre seja louvado!!!
  

sábado, 19 de maio de 2018

Santo Afonso Maria de Ligório, Fundador dos Redentoristas

Olá!!!
Paz e Benção!!!
Que tal aprendermos hoje sobre um grande santo e doutor da igreja, que foi grande estudioso, jurista, escritor, músico e fundador da Congregação dos Redentoristas? Pois bem, junta a família toda e vamos conhecer um pouco da vida de Santo Afonso Maria de Ligório.

Afonso de Ligório, o Grande Estudioso
Nascido Alphonsus Maria de' Liguori, no dia 27 de Setembro de 1696, em em Marianella, perto de Nápoles, que na época era território do Reino de Nápoles. Foi o primogênito de sete irmãos nascidos numa das mais antigas e nobres famílias de Nápoles. Seu pai, Joseph de Ligório, era Capitão da Marinha Real e sua mãe Ana Cavalieri era uma católica fervorosa. Seus pais perceberam logo que Afonso tinha uma inteligência privilegiada. Por isso, fizeram questão de dar a ele as condições para ele estudar nas melhores escolas e universidades. Seu pai dedicava-se a prepara-lo nos estudos e sua mãe ocupava-se em formá-lo na fé cristã. E, de fato, sua mãe fez dele um cristão fervoroso. Além disso, Afonso destacou-se como escritor, poeta e músico. Aos 12 anos ingressou na faculdade de direito onde se formou doutor direito civil e eclesiástico aos 16 anos e começou seu trabalho como advogado no fórum de Nápoles.

Afonso de Ligório, o Grande Advogado 
Em pouco tempo Afonso tornou-se um advogado renomado por toda Itália, em sua carreira ele decidiu não advogar em favor da corte, por enxergar a corrupção entre os detentores do poder, e fazia questão de atender aos pobres que não poderiam pagar pelos honorários advocatícios. Há um bom tempo ele já estudava abandonar a carreira jurídica, refletia e escrevia sobre isso, porém aos 27 anos, então, com 10 anos de carreira, ele recebeu uma causa de grande importância do Duque Orsini contra o grão-duque de Toscana. Afonso havia estudado o processo cuidadosamente, reviu os autos, conferiu documentos, fez uma brilhante defesa no foro. A vitória parecia mais que garantida, mas uma jogada política o fez perder a primeira causa em sua carreira, gerando uma grande repercussão e prejudicando uma classe menos favorecida. Esse acontecimento determinou a reviravolta mais profunda de sua vida: o jovem e brilhante advogado Afonso abandonou definitivamente a advocacia para dedicar-se à vida religiosa.

De Advogado a Religioso
Afonso renunciou de nobreza e à rica herança e ingressou como noviço no Oratório de São Filipe Néri, para completar seus estudos em teologia. Essas mudanças lhe causaram grandes desavenças com seu pai, que não se conformava com as escolhas de seu filho, mas ao ver a alegria do filho logo essas desavenças se extinguiram. Afonso foi ordenado sacerdote aos trinta anos, no dia 21 de dezembro de 1726, nessa ocasião, acrescentou o nome de Maria ao seu sobrenome, como forma de prestar homenagem a Jesus Cristo, através de Nossa Senhora. Em seus primeiros anos de sacerdócio viveu entre os mendigos e marginalizados de Nápoles. Logo destacou-se sua caridade e bondade para com os pobres. Tinha especial apreço em levar conforto espiritual a todos. Tornou-se também um grande pregador, suas homilias e pregações eram uma mistura da ciência da oratória e do poder de Deus, e eram capaz de reconciliar inimigos, consolava os aflitos, orientava os desnorteados e curava os corações. Em 1729 uma epidemia o levou a trabalhar no Hospital dos Incuráveis dedicando-se aos doentes de Nápoles.

A Congregação Redentorista
Em 1731 Afonso estava doente e precisando de repouso, ele foi levado para um convento de irmãs em Scala, perto de Amalfi, nesse convento uma irmã chamada Irmã Maria Celeste Crostarosa o revelou a visão que tivera no dia 3 de outubro de 1731: "Afonso estava designado por Deus para fundar uma Congregação". Com efeito, em 9 de novembro de 1732 foi fundada por Afonso a "Congregação do Santíssimo Redentor" cujo carisma era muito claro e pertinente: trabalhar especialmente junto dos mais abandonados. A nova congregação ensinava e pregava nas favelas das cidades maiores e em regiões empobrecidas. Além disso, os redentoristas se dedicavam a combater o jansenismo, uma heresia que, por seu excessivo rigor moral, impedia muitos católicos de receberem a Eucaristia. O próprio Afonso dedicou-se de corpo e alma à nova missão e, para ajudá-lo, irmã Maria Celeste fundou simultaneamente a ordem das irmãs redentoristas, tendo como diretor espiritual Afonso Maria. Em 1749 o Papa Bento XIV aprovou as Regras da nova congregação. 

Afonso é Sagrado Bispo
Em 1762 foi nomeado Bispo de Santa Ágata dos Godos, perto de Nápoles. Ele tentou recusar a nomeação, alegando que sua idade e saúde não permitiriam que fizesse um bom trabalho, sem sucesso. Durante seu episcopado, escreveu sermões, livros e artigos para encorajar a devoção ao Santíssimo Sacramento e à Virgem Maria, fez das visitas pastorais um ato contínuo em sua diocese, pregando em todas as paróquias, reformando o clero, convertendo pecadores, reformando costumes, santificando as famílias. Ele continuou a dirigir seu Instituto e o das religiosas que tinha fundado para servir de apoio, por sua oração contemplativa, a seus filhos missionários. 

O Grande Escritor
Em 1775, recebeu permissão para se aposentar e foi viver numa comunidade redentorista em Pagani, foi acometido por uma artrite degenerativa deformante, mas mesmo assim não parou, no convento, já quase cego, e paralítico, completou sua obra literária, extensa e importantíssima. Ele escreveu nada menos que cento e vinte livros e tratados. Entre os mais conhecidos, destacam-se: "Glórias de Maria", "Teologia moral"; "Visitas ao Santíssimo Sacramento" e o "Tratado sobre a oração". 

Morte, Beatificação e Canonização
Santo Afonso Maria de Ligório viveu ainda doze anos, passando por muito sofrimento físico e no dia 1 de Agosto de 1787, na cidade de Salerno, Itália, aos 91 anos, entregou sua alma ao Senhor. Ele foi beatificado em 15 de setembro de 1816 pelo papa Pio VII e canonizado em 26 de maio de 1839 por Gregório XVI. Pio IX o declarou Doutor da Igreja e o Papa Pio XII declarou-o santo padroeiro dos confessores e moralistas em 26 de abril de 1950 e escreveu a encíclica Haurietis Aquas sobre ele. 
Santo Afonso é, também, padroeiro de Nápoles e dos doentes de artrite.

Sua festa litúrgica é celebrada no dia 1 de agosto.

Santo Afonso Maria de Ligório, rogai por nós





Fontes Pesquisadas:
Wikipedia, acesso em 19/05/2018;
Cruz Terra Santa,  acesso em 19/05/2018;
E-Biografia,  acesso em 19/05/2018;
A12.com,  acesso em 19/05/2018;
Arautos do Evangelho,  acesso em 19/05/2018.

sábado, 3 de junho de 2017

Evangelho de Jesus Cristo Segundo Lucas

Olá!!!
Paz e Benção!!!

O inverno vem se aproximando e com ele a chuva, o frio e aquela vontade de ficar em casa curtindo um bom filme, e a minha contribuição para o seu lazer é sugerir um bom filme. Então vamos lá! Junta o povo, prepara a pipoca, o chocolate quente, um cobertor e junta todo mundo que hoje é dia de aprendermos um pouco mais sobre a igreja de Cristo com o filme: O Evangelho de Jesus Cristo Segundo São Lucas.

Quem foi São Lucas?
Lucas foi um médico, pintor e historiador, grego gentio (como eram chamados os que não professavam a fé Judaica), que viveu na cidade grega de Antioquia, na Síria Antiga, provavelmente era de origem nobre e desde sua juventude se dedicou ao estudo das ciências e das artes, homem bastante culto conhecia além do grego, o hebraico e o sírio. E essa riqueza de conhecimento e formação cultural transparece em seus escritos, o Evangelho, por exemplo foi escrito em grego correto, cristalino, belo e rico de vocábulos. Apesar disso Lucas não conheceu Jesus pessoalmente, mas teve um bom relacionamento com seus apóstolos.

Encontro Com São Paulo e Conversão
Afim de ampliar seus conhecimentos Lucas viajava bastante pelo mundo e foi em uma dessas viagens que ele conheceu o Apóstolo Paulo, cujas palavras de fogo o convenceram de que a Verdade absoluta que ele tanto buscava se encontrava efetivamente junto aos Discípulos de Jesus Cristo. Lucas abandona, então, sem hesitar, todos os seus bens e tudo aquilo que o prendia aos erros de seus pais, bem como a medicina dos corpos para se tornar, a exemplo de Paulo, médico das almas. 
Ele passa a seguir o Apóstolo Paulo em suas viagens missionárias, juntos, percorrem sem tréguas as rotas do mundo a fim de proclamar a Evangelho. Ele acompanha Paulo até Roma para sua última viagem. É lá que, sem dúvidas, o Apóstolo Paulo, antes de sofrer o martírio, lhe ordena de redigir o terceiro Evangelho, dedicado a Teófilo, governador da Acaia, que se converte ao Cristianismo.
Um pouco mais tarde, Lucas remete a este mesmo Teófilo os Atos dos Apóstolos, livro que narra os prodígios realizados pelo Espírito Santo junto aos Apóstolos, desde o Pentecostes até o cativeiro de Paulo em Roma. Na sua carta aos Colossenses 4, 14, Paulo chama Lucas de "o Médico Amado". 

Curiosidades Sobre Seus Escritos
Uma outra consideração é necessário se fazer a respeito do Evangelho escrito por Lucas, além do fator estilo e história: Lucas é o evangelista que mais pintou a fisionomia humana de Cristo, a sua mansidão, as suas atenções para com os pobres, para com os desprezados, para com as mulheres, e para com os pecadores arrependidos. É considerado o biógrafo de Nossa Senhora, da infância de Jesus e evangelista do Natal, pois é ele quem narra mais detalhadamente os fatos da infância de Jesus.
Uma antiga tradição cristã afirma que São Lucas foi o primeiro artista a pintar a Virgem Maria e os apóstolos Pedro e Paulo. Por isso, São Lucas é considerado também o padroeiro dos pintores. É por isso também que várias associações de artistas receberam o nome de São Lucas. O Evangelho escrito por Lucas é representado por um touro, pois São Lucas tem em vista demonstrar o caráter sacerdotal de Cristo. Daí ter como símbolo o touro, animal sacrificado no Templo.

Morte e Restos Mortais
Um antigo documento que São Jerônimo traduziu informava que São Lucas foi martirizado, pendurado em forma de cruz, em um carvalho, em Patras, Grécia, onde foi sepultado. Foi Mártir, morreu por causa de sua pregação do Evangelho. Deu a vida por causa de Jesus Cristo. Derramou seu sangue por causa do Evangelho que ele imortalizou em seus escritos. 
Representação da Basílica dos Santos Apóstolos
Mais tarde, o Imperador Constâncio, filho do Grande Constantino, transportou a relíquia do Santo à Constantinopla pelo intermédio de Santo Artêmio, Duque do Egito. Ele a colocou sob o altar da Basílica dos Santos Apóstolos, junto às relíquias dos Apóstolos André e Timóteo. Em 1204, durante a Quarta Cruzada essa Basílica foi saqueada e em 1461, foi demolida para dar lugar à Mesquita Fatih (do Conquistador), onde está sepultado o sultão otomano Maomé II, o Conquistador, que conquistou Constantinopla em 1453. Após a destruição da Basílica dos Santos Apóstolos, os restos mortais de São Lucas foram transferidos para um sarcófago de mármore na igreja de Santa Justina, em Pádua, na Itália, onde permanecem até hoje. 

Sua festa litúrgica é celebrada em 18 de Outubro. Ele é patrono dos artistas, médicos e cirurgiões.

Bom filme a todos!!!

São Lucas, rogai por nós!!!


Fontes Pesquisadas:

Wikipedia, acesso em 03/06/2017;
Wikipedia, acesso em 03/06/2017;
Monfort - Associação Cultural, acesso em 03/06/2017;
Canção Nova, acesso em 03/06/2017;
Canção Nova, acesso em 03/06/2017;
Cruz Terra Santa, acesso em 03/06/2017;
Editora Cléofas, acesso em 03/06/2017;
Paulus , acesso em 03/06/2017;
Eparquia Ortodoxa do Brasil, acesso em 03/06/2017;
BBC Brasil, acesso em 03/06/2017.

sábado, 11 de março de 2017

Madre Paulina - A Primeira Santa do Brasil

Olá!!!
Paz e Benção!!!

Chegando mais um bom filme para curtirmos em família. O filme de hoje nos levará a aprender um pouco mais sobre a vida daquela que é conside
rada a primeira santa brasileira, vamos falar daquela que dedicou sua vida aos doentes e mais pobres, o filme de hoje contará a história de Madre Paulina.

Infância de Amábile Lucia
Nascida em 16 de Dezembro de 1865, em Vigolo Vattaro, na região de Trento, à época pertencente ao Império Austríaco ( desde 1918 pertencente à Itália ), recebeu dos pais o nome de Amabile Lucia Visintainer, ela era a segunda filha, dos quatorze, do casal Napoleone Visintainer e Anna Pianezzer. Sua família era pobre e tinha poucas posses, mas eram cristãos muito fervorosos. Durante a infância de Amábile, toda a região passava por uma grave crise econômica e pestes contagiosas. Por isso, quando ela tinha nove anos, seus pais decidiram emigrar para o Brasil.
Amábile chegou ao Brasil em 1875, junto com a família e se instalaram no Estado de Santa Catarina, mais precisamente na região de Nova Trento, a qual já abrigava vários trentinos. Eles foram se estabelecer em um vilarejo recém fundado no meio da mata chamado Vigolo. As famílias procuravam manter-se unidas para sobreviverem, alimentando o sonho de um dia prosperarem, já que naquela época tudo era muito precário e pobre. 

Uma Santa Amizade Pra Toda Vida
No vilarejo de Vigolo, Amábile fez grande amizade com uma menina que a acompanharia por toda a vida: Virgínia Nicolodi. As duas já tinham uma fé sólida e esta afinidade as fez crescer ainda mais na amizade. As duas eram sempre vistas rezando na capelinha de madeira. Elas fizeram a primeira comunhão no mesmo dia. Nessa época, Amábile já tinha doze anos de idade. Em 1887, sua mãe faleceu e Amábile, então com 22 anos, ficou cuidando de sua família, até quando o seu pai casou-se outra vez. Desde pequena ajudava na Paróquia de Nova Trento, especificamente na Capela de Vígolo, como paroquiana engajada na vida pastoral e social.

Início da Missão de Amábile
Com o crescimento do vilarejo de Vigolo, o padre responsável pela região, chamado Servanzi, iniciou um trabalho pastoral ali. E assim que ele percebeu o espírito comprometido e sábio da adolescente Amábile a incumbiu de lecionar o catecismo às crianças, além de ajudar aos doentes e de manter limpa a capelinha do vilarejo, que era dedicada a São Jorge. Amábile assumiu sua missão de corpo e alma, levando sempre consigo sua amiga Virgínia. As duas dedicaram-se totalmente à caridade para com os mais pobres, ajudando aos doentes, conseguindo mantimentos para os necessitados, ajudando aos doentes, idosos, crianças, enfim, a todos que precisassem. Amábile e Virgínia começaram a ser reconhecidas por todo o povo italiano que vivia naquela região distante e abandonada do Brasil.

Os Sonhos Com Nossa Senhora
Em 1888 Amábile teve o primeiro de três sonhos com a Virgem Maria. Nesses sonhos, Nossa Senhora lhe disse: “Amábile, é meu ardente desejo que comeces uma obra: trabalharás pela salvação de minhas filhas.” Amábile responde: “Mas como fazer isso minha Mãe? Não tenho meios, sou tão miserável, ignorante…” Quando acordou após o terceiro sonho, Amábile assim respondeu em oração: “Servir-vos Minha querida Mãe…sou uma pobre criatura, mas para satisfazer o vosso desejo, prometo me esforçar o máximo que eu puder!”

A Congregação das Irmãzinhas da Imaculada Conceição
Em 12 de julho de 1890, com a ajuda de sua amiga, Virginia Rosa Nicolodi, ela deu início à Congregação das Irmãzinhas da Imaculada Conceição, cuidando de Angela Viviani, que estava enfrentando um câncer já em fase terminal, elas se instalaram em um casebre de madeira, cujo terreno havia sido doado por Beniamino Gallotti. Para este projeto ela contou, também, com a ajuda de seu pai que construiu o casebre de madeira para servir de instalação para obra e permitiu que ela deixasse sua casa para se estabelecer ali. Após a morte de Angela, em 1891, juntou-se a ela mais uma entusiasta deste ideal: Teresa Anna Maule.
Em 1894 o trio fundacional da Congregação das Irmãzinhas da Imaculada Conceição transferiu-se para a cidade de Nova Trento. Receberam em doação o terreno e a casa de madeira dos generosos benfeitores: João Valle e Francisco Sgrott, hoje um centro de encontros.
No dia 17 de agosto de 1895 elas escreveram uma carta a Dom José de Camargo Barros, Bispo de Curitiba. As três amigas pediam ao Bispo a aprovação para elas de um estado oficial de vida religiosa, uma irmandade religiosa de vida consagrada, pela qual tanto rezavam e pediam a Deus. A resposta foi imediata: em 25 de agosto Dom José, constatando que o pedido estava de acordo com “os planos divinos”, concedeu aprovação diocesana para a criação e ereção da “Pia União da Imaculada Conceição”. Em 7 de dezembro de 1895, Amábile e suas companheiras pronunciaram os votos religiosos. Nessa ocasião foi que elas assumiram seus nomes religiosos Amábile tomou o nome de Irmã Paulina do Coração Agonizante de Jesus ( Paulina por ter estudado na Faculdade Missionária de São Paulo; Coração como representação do amor; Agonizante pelas dificuldades pelas quais passou; e Jesus em homenagem a Jesus Cristo ); Virgínia passou a chamar-se Irmã Matilde da Imaculada Conceição e Tereza, recebeu o nome de Irmã Inês de São José.
Em 1903 Irmã Paulina, que já era tratada por Madre Paulina, desde a fundação da congregação, foi eleita Superiora Geral no primeiro capítulo da congregação e a escolha foi “ad vitam”, ou seja, ela estava sendo eleita como Superiora Geral da nova Congregação por toda a vida. O governo de Madre Paulina durou 6 anos, nos quais, com o aumento do número das vocações, a Fundadora pôde consolidar a obra e edificar outras Casas. 
Ainda em 1903 Madre Paulina e outras irmãs, mudaram-se de Nova Trento para São Paulo, em uma difícil e perigosa viagem. Fixaram morada no bairro do Ipiranga e logo iniciaram uma importante obra de assistência aos ex-escravos e filhos de ex-escravos, que haviam sido libertos por força da lei áurea em 1888 e que viviam em péssimas condições, nascia a "Obra da Sagrada Família" ou "Asilo da Sagrada Família" como também era chamado. Para essa obra ela pode contar com o apoio do Padre Rossi e a ajuda de Benfeitores, especialmente do conde José Vicente de Azevedo.
Em 1905 Madre Paulina deu início à fundação da Santa Casa da Misericórdia de Bragança Paulista. E, em 1909, as dirigidas de Madre Paulina passam a administrar, ainda em São Paulo, a Casa de Saúde Dr. Homem de Mello, localizada no Bairro das Perdizes. Foi ainda nesse ano que Madre Paulina assumiu a direção da Santa Casa de Misericórdia de São Carlos do Pinhal.

Perseguição, Afastamento e Exílio
Mas nem tudo foram flores no caminho de Madre Paulina e ela foi perseguida e provada, assim como tantos outros Cristãos. Sua agonia começou quando Anna Brotero de Barros, filha de uma família rica de São Paulo, se transformou em benfeitora do Asilo da Sagrada Família, que era administrado pela Congregação. Como tinha prestígio junto à cúpula da Igreja, queria ser consultada sobre todos os assuntos do asilo e até na ordem interna da Congregação. Madre Paulina considerou as intromissões indevidas, e isso acabou afastando Anna do Asilo, o que desagradou bastante o Arcebispo de São Paulo Dom Duarte Leopoldo e Silva, que passou a considerar necessário uma atitude drástica e exemplar de sua parte. Dom Duarte, então, decidiu por afastar Madre Paulina da Congregação, pois passou a achá-la inconveniente demais e insubmissa. E com isso, ordenou a convocação de um novo capítulo na ordem, para eleição de uma outra Superiora Geral para as Irmãs da Imaculada conceição.
No dia 29/08/1909, após o retiro, foi realizada a eleição da nova Superiora Geral, com a presença de Dom Duarte e Dona Anna Brotero de Barros. Madre Vicência Teodora da Imaculada Conceição foi eleita a nova superiora. No dia seguinte, 30 de agosto, Madre Paulina é obrigada a deixar São Paulo e enviada para Santa Casa de Misericórdia em Bragança Paulista, por ordem de Dom Duarte para que vivesse como súdita por toda a vida. Recebeu o título de Veneranda Madre Fundadora, mas devia partir para o exílio. No “exílio”, aos 44 anos, Madre Paulina sujeitou-se aos trabalhos mais humildes e pesados, sem murmurar nem reclamar, mas entregando tudo ao Senhor.
Tiraram-lhe tudo, restando-lhe somente o título de “Veneranda Madre Fundadora”. No lugar de qualquer outra pessoa (digo isso por mim!) ela poderia ter se encolerizado, murmurado e largado tudo, mas não estamos falando de mim, e sim de Madre Paulina, aquela que diante de tudo o que estava lhe acontecendo, reagiu pronunciando a mais bela oração de perdão de sua vida, de joelhos, diante da autoridade de Dom Duarte:  
“Estou pronta para entregar toda a Congregação à nova Superiora Geral. Ofereço-me espontaneamente, para servir na Congregação, como súdita, sob a obediência de qualquer Superiora, até a morte, em qualquer trabalho. Meu desejo é que a Congregação prossiga seu carisma e que, por seu intermédio, Jesus Cristo seja conhecido, amado e adorado por todas as pessoas em todo o mundo.”
Madre Paulina permaneceu no exílio até 1918 quando, por ordem do mesmo Dom Duarte, foi chamada de volta à casa geral da Congregação em São Paulo. Ela passou a ser fundamental na ajuda da elaboração da História e do resgate do Carisma da Congregação. Na Casa Geral de São Paulo pode rejubilar-se com o Decreto de Louvor dado à Congregação pelo Papa Pio XI, em 1933. Ela era quem orientava e abençoava as Irmãs que partiam em missão para novas fundações. Alegrou-se muito com as irmãs que foram enviadas para a catequese dos índios de Mato Grosso, em 1934.

Saúde frágil, Morte, Beatificação e Canonização
A partir de 1938 Madre Paulina iniciou um período de grandes sofrimentos físicos, ela sofria de diabetes, e por causa da doença ela teve seu braço direito teve que ser amputado. Depois disso, ficou cega. Foram quatro anos de sofrimentos físicos e de testemunho de fé. Ela permaneceu firme, louvando ao senhor por tudo e sendo cada vez mais amada e admirada pelas irmãzinhas. Por fim, após quatro anos de dor, ela entregou sua alma a Deus, na casa geral da congregação fundada por ela, no dia 9 de julho de 1942, então com 76 anos. 
O processo de canonização de Madre Paulina teve início em 1965, o primeiro milagre foi registrado em Imbituba (SC), em setembro de 1966, no qual foi reconhecida a cura instantânea, perfeita e duradoura de Eluíza Rosa de Souza, que possuía uma doença complexa: a morte intra-uterina do feto e sua retenção por alguns meses; extração com instrumentos e revisão do útero, seguida de grande hemorragia e choque irreversível. O caso foi discutido e, posteriormente, o Santo Padre ratificou em decreto aprovando as conclusões da Congregação para as Causas dos Santos.
Já o segundo milagre comprovado ocorreu, em junho de 1992, com a menina Iza Bruna Vieira de Souza, de Rio Branco (AC). Ela nasceu com má formação cerebral, diagnosticada como “meningoencefalocele occipital de grande porte”. No 5º dia de vida, foi submetida, embora anêmica, a uma cirurgia e, depois de 24 horas, apresentou crises convulsivas e parada cardiorrespiratória. A avó da menina, Zaira Darub de Oliveira rezou à Madre Paulina durante toda a gestação da filha e também durante o período no Hospital. A menina Iza Bruna foi batizada no próprio Hospital, dentro do balão de oxigênio, e logo se recuperou. A cura foi atestada pelo Santo Padre João Paulo II.
Madre Paulina foi canonizada em 19 de maio de 2002 pelo Papa João Paulo II que reconheceu suas virtudes em grau heroico: humildade, caridade, fé, simplicidade, vida de oração, entre outras e assim, ela passou a ser a primeira santa canonizada no Brasil.

O dia da festa litúrgica de Santa Paulina é 9 de Julho.

Santa Paulina, rogai por nós!!!

Bom filme a todos!!!



Fontes Pesquisadas:
Cruz Terra Santa, acesso em 11/03/2017
Santuário Santa Paulina, acesso em 11/03/2017
Wikipedia, acesso em 11/03/2017
Canção Nova, acesso em 11/03/2017
Editora Cléofas, acesso em 11/03/2017
E-Biografias, acesso em 11/03/2017
Santa Paulina, acesso em 11/03/2017
Catolicismo Romano, acesso em 11/03/2017

sábado, 4 de fevereiro de 2017

A Canção de Bernadete - 1943

Olá!!!

Paz e Benção!!!

Chegando mais um bom filme pra gente curtir em família, para aprendermos um pouco sobre a história da Igreja Católica, conhecermos um pouco mais sobre a vida dos santos, para evangelizarmos e sermos evangelizados, além, claro, de podermos apreciar um bom filme.

Hoje trago mais um filme bem antigo, mas muito bom, ele ainda é em preto e branco, foi lançado em 1943, foi dirigido por Henry King e baseado no romance homônimo de Franz Werfel e foi ganhador de 4 Oscars. O filme de hoje é "A canção de Bernadette"  e mostra a história das aparições de Nossa Senhora à Bernadette Soubirous, em Lourdes, na França. 

Santa Bernadette nasceu em 07 de Janeiro de 1844, na região do moinho Boly, perto de Lourdes na França. Ela já é conhecida nossa aqui no blog, já postamos um outro filme sobre sua história e você pode curtir clicando AQUI.

Festa Litúrgica de Santa Bernadette: Dia 18 de Fevereiro na França, em outros lugares comemora-se no dia 16 de Abril.

Festa litúrgica de Nossa Senhora de Lourdes: Dia 11 de Fevereiro.

Nossa Senhora de Lourdes, rogai por nós!!!

Santa Bernadete, rogai por nós!!!

Bom filme a todos.


Fonte Pesquisada:

Wikipedia, acesso em 04/02/2017

domingo, 8 de janeiro de 2017

São João Maria Vianney - O Cura d'Ars

Olá!!!
Paz e benção!!!

Vamos a mais um bom filme para assistirmos em família nesse ano novo que Deus nos permitiu. Hoje trago um filme sobre a vida de um grande sacerdote, que transformou a vida de uma pequena comunidade para sempre, vamos aprender um pouco sobre a vida do Santo Cura d'Ars, vamos aprender um pouco mais sobre São João Maria Vianney.

Infância e Juventude
João Maria Batista Vianney nasceu em 8 de maio de 1786, na localidade de Dardilly, a noroeste de Lyon, França. Como de costume na época, foi consagrado a Nossa Senhora e batizado no próprio dia do nascimento. Era de uma família de camponeses, seus pais chamavam-se Mateus e Maria, eram muito humildes e religiosos, Vianney foi o quarto dos sete filhos do casal, desde pequeno ele gostava de frequentar a igreja e dizia que queria ser sacerdote. 
Sua instrução foi precária, a infância de Vianney foi vivida no terror da Revolução Francesa, um período onde por força de lei em dezembro de 1793 as escolas religiosas foram fechadas e as crianças foram obrigadas a frequentar as escolas públicas, sob pena de multa aos pais. No ano seguinte um católico, conseguiu reabrir uma escola, e nela ingressaram João Maria e sua irmã Catarina. Em 1799 a perseguição à Igreja, imposta pela Revolução Francesa ainda continuava intensa e centenas de sacerdotes haviam sidos deportados para a Guiana. O próprio Papa Pio VI tornou-se prisioneiro da Revolução. Foi nesse clima ainda de terror e perseguição que João Maria, aos 13 anos, recebeu a Primeira Comunhão das mãos de um sacerdote refratário (que não havia feito o juramento de fidelidade ao novo regime de governo trazido pela revolução), numa casa particular, com portas e janelas fechadas. 

Início do Sacerdócio
Somente com a chegada de Napoleão e a Concordata com a Santa Sé, foi possível a Vianney iniciar seus estudos eclesiásticos aos 20 anos. Ele era um cristão íntimo de Jesus Cristo, servo de Maria e de grande vida penitencial, tanto assim que, somente graças à vida de piedade é que conseguiu chegar ao sacerdócio, em 1815, aos 29 anos de idade  porque não acompanhava intelectualmente as exigências do estudo do Latim, Filosofia e Teologia da época (curiosamente começou a ler e escrever somente com 18 anos de idade). Foi ordenado padre, mas com um impedimento: não poderia ser confessor. Não era considerado capaz de guiar consciências, conseguindo somente três anos mais tarde a liberação para viver totalmente o seu sacerdócio. A despeito disso, transformou-se num dos mais famosos e competentes confessores que a Igreja Católica já teve.

Chegada a Aldeia de Ars
Em fevereiro de 1818 foi designado para a cidadezinha de Ars, um aglomerado de algumas dezenas de casas, com apenas 230 habitantes, onde o povo era dado aos cabarés, vícios, bebedeiras, bailes, trabalhos aos domingos, blasfêmias e esquecimento das práticas religiosas. Mas o Santo Vianney, não vacilou e decidiu mudar aquela cidade, com o Rosário nas mãos, joelhos dobrados diante do Santíssimo, testemunho de vida, sede pela salvação de todos e enorme disponibilidade para catequizar. Já no dia de sua chegada, o Padre Vianney deu o seu colchão a um pobre e deitou-se sobre uns galhos junto à parede, com um pedaço de madeira como travesseiro. Como a parede e o chão eram úmidos, contraiu de imediato uma nevralgia, que durou 15 anos. Seu jejum era permanente, habitualmente passando três dias sem comer; e quando o fazia, alimentava-se somente de batatas cozidas.

A Transformação de Ars
Passou a visitar as famílias e as convidava para a Santa Missa. Ars começou a transformar-se. Alguns começaram a ir à capela. Então o pároco fundou a Confraria do Rosário para as mulheres, e a Irmandade do Santíssimo Sacramento para os homens. Com o aumento das visitas a capela e esvaziamento dos bares e cabarés, os donos dos bares e organizadores de jogatinas começaram dura perseguição contra o Padre Vianney. Este chegou a dizer, “Ah, se eu soubesse o que é ser vigário, teria entrado num convento de monges”. 
Nas missas dominicais, pregava sobre os deveres de cada um para consigo, para com o próximo e para com Deus. Falava constantemente do inferno e do que precisamos fazer para evitá-lo: “Ó, meus queridos paroquianos, esforcemo-nos para ir para o Céu. Lá havemos de ver a Deus. Como seremos felizes! Que desgraça se algum de vós se perder eternamente!”  Ele exigia a devida compostura e atitude própria a bons católicos na igreja, por respeito à Presença Real de Nosso Senhor Jesus Cristo no Santíssimo Sacramento.
Outra de suas ações transformadoras foi com a juventude, que durante os terríveis anos da Revolução cresceu ignorando as mais simples práticas de piedade e princípios da fé. Por isso começou a atrair todos para o catecismo. Só admitia à Primeira Comunhão quem estivesse devidamente preparado. Insistia com os meninos e adolescentes para que levassem sempre consigo o rosário, e tinha no bolso alguns extras para aqueles que o houvessem perdido. Aos poucos os esforços do santo foram se coroando de êxito, de maneira que os jovens de Ars chegaram a ser os mais bem instruídos da região.

Para Deus o Melhor!
Logo que chegou a Ars mandou devolver os confortáveis móveis que haviam sidos emprestados a igreja, deixando apenas o necessário para a sua estadia. Depois, iniciou a restauração da igreja, que estava caindo aos pedaços, fazendo por suas próprias mãos “o trabalho doméstico de Deus”, e que por respeito ao Santíssimo Sacramento, desejava que fosse a melhor possível, queria o que há de melhor para o culto divino. Em Lyon, onde fazia suas compras, logo se tornou conhecido entre os comerciantes, que comentavam entre si: “No campo há um pároco magro e mal arranjado, com ares de não ter um centavo no bolso, mas que compra para sua igreja tudo o que há de melhor”. Ele queria embelezar a casa de Deus para a glória do Senhor, e também para que fosse atraente para os humildes camponeses que ele tinha de ajudar a irem para o Céu.
Em 1820 chegou, inclusive a escrever ao prefeito, solicitando ajuda para reformar a igreja, disse ele: “Desejaria que a entrada da igreja fosse mais atraente. Isso é absolutamente necessário. Se os palácios dos reis são embelezados pela magnificência das entradas, com maior razão as das igrejas devem ser suntuosas. […] Não quero poupar nada para isso”. E o prefeito o ajudou na reforma, para que a igreja fosse o palácio de Deus e dos pobres.
Mais tarde quis honrar a Virgem Imaculada com uma capela lateral na igreja, e pagou um pintor para orná-la. Depois mandou construir outra capela lateral em louvor de seu patrono, São João Batista. E assim foi reformando ou reconstruindo a igreja toda, embelezando-a com pinturas e imagens. Dizia: “Muitas vezes basta a vista de uma imagem para nos comover e converter. Não raro as imagens nos abalam tão fortemente como as próprias coisas que representam”.

O Santo Confessor
No confessionário viveu intensamente seu apostolado, todo entregue às almas, devorado pela missão, integralmente fiel à vocação, chegando a ficar 18 horas por dia atendendo confissões. Do confessionário seu nome emergiu e transbordou dos estreitos limites Ars para aldeias e cidades vizinhas. Os peregrinos que desejavam confessar-se com ele começaram a chegar. Nos últimos tempos de vida eram mais de 200 por dia que chegavam para confessar com o padre Vianney.

Morte, Beatificação e Canonização do Santo de Ars
Aos 73 anos de idade, depois de consumir-se por 40 anos no seu sacerdócio em função do próximo, em 02 de Agosto de 1859, João Maria Batista Vianney recebeu a Unção dos Enfermos. No dia sguinte, ele assinou seu testamento, deixando seus bens aos missionários e seu corpo à paróquia. E, finalmente, às duas horas do dia 04 de Agosto de 1859, morre placidamente, tomado pela fadiga. Nos dias 04 e 05, trezentos padres mais ou menos e uma incalculável multidão desfilaram diante do seu Corpo, em prantos, para despedir. Quando chegou à cidadezinha ninguém veio recebê-lo, quando morreu a cidade tinha crescido enormemente e multidões de peregrinos o acompanharam à última morada.
Vianney foi beatificado pelo papa São Pio X em 1905, Por ocasião da beatificação, seu corpo foi exumado e encontrado incorrupto, apesar de seco e escurecido. E é assim que permanece até o dia de hoje em Ars. Em 1925 ele foi canonizado pelo papa Pio XI, o mesmo papa que em 1929 o declarou padroeiro de todos os párocos do mundo.

Sua festa litúrgica  é celebrada dia 04 de Agosto.

Bom filme a todos!!!



Fontes Pesquisadas:
Wikipedia, acesso em 07 e 08/01/2017
Canção Nova, acesso em 07 e 08/01/2017
Amor Mariano, acesso em 07 e 08/01/2017
Catolicismo, acesso em 07 e 08/01/2017
Cleofas, acesso em 07 e 08/01/2017
Wiki Canção Nova, acesso em 07 e 08/01/2017

domingo, 18 de dezembro de 2016

São Maximiliano Maria Kolbe - O Cavaleiro da Imaculada

Olá!!!
Paz e Benção!!!
Chegando por aqui com mais um bom filme para assistirmos em família, hoje vou trazer pra vocês a história do santo mártir do campo de concentração de Auschwitz, São Maximiliano Maria Kolbe, um dos fundadores da Milícia da Imaculada, que tinha como ideal conquistar o mundo inteiro para Cristo sob a mediação e proteção de Nossa Senhora. Chama o povo, ajeita o sofá, prepara o suco e a pipoca e vamos lá!!! 

Infância
Ele nasceu Rajmund Kolbe (Raimundo Kolbe), em 8 de janeiro de 1894, na cidade de Zduńska Wola, na Polônia, e recebeu no mesmo dia as águas batismais. Era filho de família pobre, seus pais eram operários humildes e simples, Júlio Kolbe e Maria Dabrowska, porém eram legítimos cristãos e devotos da Virgem Maria. De seus cinco filhos, dois faleceram quando ainda crianças, e os outros três abraçaram a vida religiosa. Sua família era pobre e de operários. Aos 8 anos recebeu a primeira comunhão em Pabianice, para onde havia se transferido com a sua família. 

O Encontro com a Imaculada
Criança muito viva e travessa, Raimundo recebeu certo dia uma repreensão de sua mãe que lhe marcou a vida: "Se aos dez anos você é tão mau menino, briguento e malcriado, como será mais tarde?" disse ela. Essas palavras marcariam profundamente o pequeno Raimundo. Aflito e pensativo, decidiu mudar de vida e recorreu a Nossa Senhora. Ajoelhado aos pés de uma bela imagem da igreja paroquial, durante sua oração, perguntou-Lhe: "Que vai acontecer comigo?".
Após essa oração sua vida vida mudou radicalmente. Ele, que já era religioso, tornou-se muito mais. O que o fez mudar ele só confidenciou a sua mãe, e todos só ficaram sabendo anos mais tarde, após a sua morte, quando sua mãe o revelou aos aos confrades de seu filho depois de sua morte, numa carta de 12 de Outubro de 1941, onde ela revelou uma aparição de Nossa Senhora ao pequeno Raimundo, com então 10 anos de idade: 
“Tremendo de emoção, e com lágrimas nos olhos, ele me contou o segredo: ‘Quando a senhora me perguntou, mamãe, o que iria ser de mim, rezei muito a Nossa Senhora para Ela me dizer o que seria de mim. Em seguida, indo à igreja, rezei novamente. Então Ela me apareceu, tendo nas mãos duas coroas, uma branca e outra vermelha. Olhava-me com afeto, e me perguntou se queria essas coroas. A branca significava que perseveraria na prática da pureza; a vermelha, que eu seria mártir. Respondi que as queria. Então a Virgem me olhou docemente e desapareceu. Desde então, quando vou à igreja com a senhora ou com meu avô, parece-me que não são minha mãe e avô, mas Nossa Senhora e São José".
Início da Vida Religiosa
Sua vocação à vida religiosa nascia ali, por graça da Imaculada. Escolheu ser capuchinho franciscano, e aos 14 anos começou os estudos em Lwóv, no seminário menor dos frades conventuais, junto com seu irmão Francisco. Aos 16 anos, foi admitido no noviciado, escolhendo o nome de Maximiliano, em honra do grande mártir africano. Em 1912, Frei Maximiliano parte para Roma onde permanece 7 anos no Colégio Seraphicum. No dia 1 de Novembro de 1914, depois de 3 anos dos votos temporários, ele faz a sua profissão solene, se tornando então Frei Maximiliano "Maria" Kolbe. Ele acrescenta "Maria" ao nome religioso, exprimindo a característica de sua espiritualidade. Nesse mesmo ano o pai do Frei Maximiliano foi preso e enforcado pelos comunistas russos, durante a ocupação a Czestochowa, pela União Soviética e sua mãe refugiou-se em um convento beneditino.
Em Roma, Frei Maximiliano chocou-se com a insolência com que os inimigos da Igreja a atacavam, sem a proporcionada reação dos católicos. Resolveu então entrar na luta antes mesmo de receber a ordenação sacerdotal. Reunindo em torno de si seis condiscípulos, fundou em 1917 a associação apostólica Milícia de Maria Imaculada, com o objetivo de converter os pecadores, inclusive os inimigos da Igreja, e santificar todos os seus membros, sob a proteção de Maria Imaculada. Em abril de 1918, recebeu o sacramento da ordem, tornando-se sacerdote. No dia seguinte, celebrou a sua primeira missa na Igreja de Sant'Andrea delle Fratte, lugar onde a Virgem apareceu e converteu milagrosamente o judeu Alphonse Ratisbonne, em 1842. Esse milagre era uma prova da eficácia da Medalha Milagrosa.

Padre Kolbe, o Cavaleiro da Imaculada
Em  julho de 1919 o Padre Kolbe recebe o doutorado em teologia, e volta para Polônia, logo ao chegar deseja difundir a Milícia de Maria Imaculada também na Polônia, recebendo rapidamente a aprovação de seus superiores e conseguindo a impressão do estatuto da associação em idioma polonês. Porém entre 1920 e 1921 ficou internado para se tratar da tuberculose. Em Janeiro de 1922, a associação é aprovada como “Piedosa União da Milícia de Maria Imaculada” pelo Cardeal Basílio Pompilii, Vigário Geral da Diocese de Roma. Ainda em 1922, quase sem dinheiro o Padre Kolbe fundou o jornal mensal da sua associação - Cavaleiro da Imaculada - pondo o progresso técnico do seu tempo em matéria gráfica, a serviço da Fé, com 5.000 exemplares já em sua primeira edição.
Em 1927 já eram 60.000 exemplares mensais e já não mais havia espaço para na tipografia para crescer o projeto, foi quando o príncipe João Drucko-Lubecki cedeu ao padre Maximiliano um terreno situado a 40 quilômetros de Varsóvia, Então o Padre Kolbe começou a construir uma Niepokalanów - Cidade da Imaculada (ou "Cidade de Maria" em algumas traduções). Seus planos era construir um enorme convento e novas instalações de sua obra de imprensa, o dinheiro, dizia ele aos que perguntavam: "Maria proverá, este é um negócio dEla e de seu Filho!".
Sua confiança não foi em vão, em 1939, o jornal tinha já a surpreendente tiragem de um milhão de exemplares, e a ele se haviam juntado outros dezessete periódicos de menor porte,como uma revista para crianças e outra para sacerdotes, além de uma emissora de rádio. Sua ação apostólica pelos meios de comunicação chegou até o Japão e a Índia. E sua meta era estender a obra ao mundo inteiro, conquistando almas para Jesus através da Virgem Maria. A Cidade da Imaculada contava então com 762 habitantes, sendo 13 sacerdotes, 18 noviços, 527 irmãos leigos, 122 seminaristas menores e 82 candidatos ao sacerdócio. Nela habitavam também médicos, dentistas, agricultores, mecânicos, alfaiates, construtores, impressores, jardineiros e cozinheiros, além de um corpo de bombeiros.

A Segunda Guerra Mundial e o Martírio Auschwitz
Em 1939 quando estourou a Segunda Guerra Mundial, a Cidade da Imaculada da Polônia ficou muito exposta a riscos, pois era situada nas imediações da estrada de Potsdam a Varsóvia, rota provável de uma eventual invasão das tropas nazistas. Por esse motivo a prefeitura de Varsóvia ordenou sua pronta evacuação. Padre Kolbe conseguiu lugar seguro para todos os irmãos, mas permaneceu ali, com cinquenta de seus colaboradores mais imediatos. Em setembro, as tropas invasoras levaram-nos presos para Amtitz. Mas na festa da Imaculada, dia 8 de dezembro, foram todos libertados e voltaram para sua Niepokalanów, transformando- a em refúgio e hospital para feridos de guerra, prófugos e judeus.
Em fevereiro de 1941, a Gestapo (Polícia Secreta do Estado Nazista) irrompeu na Cidade da Imaculada levou presos o padre Kolbe e outros quatro frades, os mais anciãos. Na prisão de Pawiak, em Varsóvia, foi submetido a injúrias e vexações, e depois trasladado para o campo de extermínio de Auschwitz. Passou a primeira noite numa sala com outros 320 prisioneiros. Na manhã seguinte, foram todos desnudados, lavados com jatos de água gelada e recebendo cada qual uma jaqueta com um número, coube-lhe o 16.670. No final de julho de 1941, foi transferido para o Bloco 14, cujos prisioneiros faziam trabalhos agrícolas. Tendo um deles conseguido fugir, dez outros, escolhidos por sorteio, foram condenados ao "bunker da morte": um subterrâneo onde eles eram jogados desnudos, e permaneciam sem bebida nem alimento, à espera da morte.
Um dos homens selecionados era Franciszek Gajownickek, que gritou: "Minha pobre mulher e meus filhos que não os volto a ver!" Diante disso o Padre Kolbe ofereceu-se si mesmo em vez do outro homem "Sou um padre católico da Polônia, quero morrer em lugar de um destes. Já sou velho e não presto para nada. A minha vida não servirá para grande coisa… Quero morrer por aquele que tem mulher e filhos." disse ele.
Na sua cela, Padre Kolbe celebrou a missa todos os dias e cantava hinos com os prisioneiros. Ele levou os outros condenados em canção e oração e encorajou-os , dizendo-lhes que em breve estariam com Maria no céu. Cada vez que os guardas verificam a cela, ele estava lá em pé ou de joelhos no meio a olhar calmamente para aqueles que entravam. Três semanas depois, restavam vivos apenas quatro pessoas. Julgando que aquela situação se prolongava demasiado, decidiram as autoridades aplicar-lhes uma injeção letal de ácido muriático. Algumas pessoas que estavam presentes na injeção dizem que ele levantou o braço esquerdo de forma espontânea e calmamente esperou que o injetassem a injeção letal. Seus restos foram cremados no dia 15 de agosto, o dia da festa da Assunção de Maria.

Canonização por João Paulo II
No dia 10 de outubro de 1982, na Praça de São Pedro, uma multidão de mais de duzentas mil pessoas testemunhou um Papa, também polonês, declarar mártir o Padre Maximiliano Maria Kolbe, um sacerdote exemplar que não só morreu para salvar uma vida, mas, sobretudo, viveu para salvar muitas almas. Ele que jamais se cansava de dizer: "Não tenham medo de amar demasiado a Imaculada; jamais poderemos igualar o amor que teve por Ela o próprio Jesus: e imitar Jesus é nossa santificação. Quanto mais pertençamos à Imaculada, tanto melhor compreenderemos e amaremos o Coração de Jesus, Deus Pai, a Santíssima Trindade". Pois, como afirmou João Paulo II ao canonizá-lo, "a inspiração de toda a sua vida foi a Imaculada, a quem confiava seu amor a Cristo e seu desejo de martírio".
Na cerimônia em que Padre Kolbe foi canonizado, Francisco Gajowniczek estava presente e testemunhou a coragem e o amor daquele Padre franciscano que se ofereceu para sofrer e morrer em seu lugar, dando a Francisco a chance de cuidar de sua família.
É considerado o patrono da imprensa e padroeiro especial das famílias em dificuldade, dos que lutam pela vida, da luta contra os vícios, da recuperação da droga e do alcoolismo; é considerado também padroeiro dos presos comuns e políticos.

Sua festa litúrgica é celebrada no dia 14 de Agosto.

São Maximiliano Maria Kolbe, Rogai por nós.

Fontes Pesquisadas
Wikipedia, acesso em 17/12/2016
Canção Nova, acesso em 17/12/2016
Arautos do Evangelho, acesso em 17/12/2016
Cruz Terra Santa, acesso em 17/12/2016
Catolicismo, acesso em 17/12/2016