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sábado, 19 de maio de 2018

Santo Afonso Maria de Ligório, Fundador dos Redentoristas

Olá!!!
Paz e Benção!!!
Que tal aprendermos hoje sobre um grande santo e doutor da igreja, que foi grande estudioso, jurista, escritor, músico e fundador da Congregação dos Redentoristas? Pois bem, junta a família toda e vamos conhecer um pouco da vida de Santo Afonso Maria de Ligório.

Afonso de Ligório, o Grande Estudioso
Nascido Alphonsus Maria de' Liguori, no dia 27 de Setembro de 1696, em em Marianella, perto de Nápoles, que na época era território do Reino de Nápoles. Foi o primogênito de sete irmãos nascidos numa das mais antigas e nobres famílias de Nápoles. Seu pai, Joseph de Ligório, era Capitão da Marinha Real e sua mãe Ana Cavalieri era uma católica fervorosa. Seus pais perceberam logo que Afonso tinha uma inteligência privilegiada. Por isso, fizeram questão de dar a ele as condições para ele estudar nas melhores escolas e universidades. Seu pai dedicava-se a prepara-lo nos estudos e sua mãe ocupava-se em formá-lo na fé cristã. E, de fato, sua mãe fez dele um cristão fervoroso. Além disso, Afonso destacou-se como escritor, poeta e músico. Aos 12 anos ingressou na faculdade de direito onde se formou doutor direito civil e eclesiástico aos 16 anos e começou seu trabalho como advogado no fórum de Nápoles.

Afonso de Ligório, o Grande Advogado 
Em pouco tempo Afonso tornou-se um advogado renomado por toda Itália, em sua carreira ele decidiu não advogar em favor da corte, por enxergar a corrupção entre os detentores do poder, e fazia questão de atender aos pobres que não poderiam pagar pelos honorários advocatícios. Há um bom tempo ele já estudava abandonar a carreira jurídica, refletia e escrevia sobre isso, porém aos 27 anos, então, com 10 anos de carreira, ele recebeu uma causa de grande importância do Duque Orsini contra o grão-duque de Toscana. Afonso havia estudado o processo cuidadosamente, reviu os autos, conferiu documentos, fez uma brilhante defesa no foro. A vitória parecia mais que garantida, mas uma jogada política o fez perder a primeira causa em sua carreira, gerando uma grande repercussão e prejudicando uma classe menos favorecida. Esse acontecimento determinou a reviravolta mais profunda de sua vida: o jovem e brilhante advogado Afonso abandonou definitivamente a advocacia para dedicar-se à vida religiosa.

De Advogado a Religioso
Afonso renunciou de nobreza e à rica herança e ingressou como noviço no Oratório de São Filipe Néri, para completar seus estudos em teologia. Essas mudanças lhe causaram grandes desavenças com seu pai, que não se conformava com as escolhas de seu filho, mas ao ver a alegria do filho logo essas desavenças se extinguiram. Afonso foi ordenado sacerdote aos trinta anos, no dia 21 de dezembro de 1726, nessa ocasião, acrescentou o nome de Maria ao seu sobrenome, como forma de prestar homenagem a Jesus Cristo, através de Nossa Senhora. Em seus primeiros anos de sacerdócio viveu entre os mendigos e marginalizados de Nápoles. Logo destacou-se sua caridade e bondade para com os pobres. Tinha especial apreço em levar conforto espiritual a todos. Tornou-se também um grande pregador, suas homilias e pregações eram uma mistura da ciência da oratória e do poder de Deus, e eram capaz de reconciliar inimigos, consolava os aflitos, orientava os desnorteados e curava os corações. Em 1729 uma epidemia o levou a trabalhar no Hospital dos Incuráveis dedicando-se aos doentes de Nápoles.

A Congregação Redentorista
Em 1731 Afonso estava doente e precisando de repouso, ele foi levado para um convento de irmãs em Scala, perto de Amalfi, nesse convento uma irmã chamada Irmã Maria Celeste Crostarosa o revelou a visão que tivera no dia 3 de outubro de 1731: "Afonso estava designado por Deus para fundar uma Congregação". Com efeito, em 9 de novembro de 1732 foi fundada por Afonso a "Congregação do Santíssimo Redentor" cujo carisma era muito claro e pertinente: trabalhar especialmente junto dos mais abandonados. A nova congregação ensinava e pregava nas favelas das cidades maiores e em regiões empobrecidas. Além disso, os redentoristas se dedicavam a combater o jansenismo, uma heresia que, por seu excessivo rigor moral, impedia muitos católicos de receberem a Eucaristia. O próprio Afonso dedicou-se de corpo e alma à nova missão e, para ajudá-lo, irmã Maria Celeste fundou simultaneamente a ordem das irmãs redentoristas, tendo como diretor espiritual Afonso Maria. Em 1749 o Papa Bento XIV aprovou as Regras da nova congregação. 

Afonso é Sagrado Bispo
Em 1762 foi nomeado Bispo de Santa Ágata dos Godos, perto de Nápoles. Ele tentou recusar a nomeação, alegando que sua idade e saúde não permitiriam que fizesse um bom trabalho, sem sucesso. Durante seu episcopado, escreveu sermões, livros e artigos para encorajar a devoção ao Santíssimo Sacramento e à Virgem Maria, fez das visitas pastorais um ato contínuo em sua diocese, pregando em todas as paróquias, reformando o clero, convertendo pecadores, reformando costumes, santificando as famílias. Ele continuou a dirigir seu Instituto e o das religiosas que tinha fundado para servir de apoio, por sua oração contemplativa, a seus filhos missionários. 

O Grande Escritor
Em 1775, recebeu permissão para se aposentar e foi viver numa comunidade redentorista em Pagani, foi acometido por uma artrite degenerativa deformante, mas mesmo assim não parou, no convento, já quase cego, e paralítico, completou sua obra literária, extensa e importantíssima. Ele escreveu nada menos que cento e vinte livros e tratados. Entre os mais conhecidos, destacam-se: "Glórias de Maria", "Teologia moral"; "Visitas ao Santíssimo Sacramento" e o "Tratado sobre a oração". 

Morte, Beatificação e Canonização
Santo Afonso Maria de Ligório viveu ainda doze anos, passando por muito sofrimento físico e no dia 1 de Agosto de 1787, na cidade de Salerno, Itália, aos 91 anos, entregou sua alma ao Senhor. Ele foi beatificado em 15 de setembro de 1816 pelo papa Pio VII e canonizado em 26 de maio de 1839 por Gregório XVI. Pio IX o declarou Doutor da Igreja e o Papa Pio XII declarou-o santo padroeiro dos confessores e moralistas em 26 de abril de 1950 e escreveu a encíclica Haurietis Aquas sobre ele. 
Santo Afonso é, também, padroeiro de Nápoles e dos doentes de artrite.

Sua festa litúrgica é celebrada no dia 1 de agosto.

Santo Afonso Maria de Ligório, rogai por nós





Fontes Pesquisadas:
Wikipedia, acesso em 19/05/2018;
Cruz Terra Santa,  acesso em 19/05/2018;
E-Biografia,  acesso em 19/05/2018;
A12.com,  acesso em 19/05/2018;
Arautos do Evangelho,  acesso em 19/05/2018.

sábado, 24 de março de 2018

Como Fazer Uma Boa Confissão - Padre Paulo Ricardo

Olá!!!
Paz e Benção!!!
Amanhã se inicia a Semana Santa, uma semana profundamente diferente e especial para nós Católicos, pois é nessa semana que viveremos, de forma ainda mais intensa o mistério Pascal de Cristo: Paixão, Morte e Ressurreição. Esta semana deve nos servir como um tempo de recolhimento, de silêncio, de reflexão, de reconstrução emocional e espiritual para que possamos trilhar com mais objetividade e clareza o caminho da nossa fé! 

É momento também propício para, quem ainda não o fez durante a quaresma, procurar o Sacramento da Confissão ou o "Sacramento da alegria" como chamava São Josemaria Escrivá, pois  através dele se recuperam a alegria e a paz que traz a amizade com Deus, um dom que só o pecado é capaz de roubar às almas dos cristãos
Então pra ajudar a todos a reencontrar a alegria em Cristo, através do Sacramento da Confissão, eu hoje resolvi trazer essa catequese do Padre Paulo Ricardo sobre o tema. A catequese chamada "Como fazer uma boa confissão" tem pouco menos de 1h de duração e uma linguagem muito acessível, sendo de fácil compreensão e podendo ser assistido por todos. 
Acredito que vale muito à pena reunir a família para assistir.

Uma boa semana santa a todos e não esqueçam de procurar a confissão!

sábado, 17 de março de 2018

Dom Expedito Lopes - O Mártir de Garanhuns

Olá!!!
Paz e Benção!!!
Hoje vou trazer mais uma história esquecida pelo tempo, pouco divulgada e pouco conhecida. A história de coragem, fé e amor de um bispo que dá nome a diversas ruas (inclusive uma rua aqui perto de onde moro!) e bairros pelo Brasil, e até uma cidade do interior do Piauí. A história de Dom Expedito Lopes, o Bispo mártir de Garanhuns.

Francisco Expedito Lopes 
Nasceu no Sítio Jerusalém, na Vila de Meruoca, cidade de Sobral, no Ceará, no dia 08 de Julho de 1914, filho do pedreiro Edésio e de Noemi Lopes. Expedito era de família pobre e recebeu forte educação cristã desde sua infância. Foi recebido no seminário pelo, então, Bispo de Sobral Dom José Tupinambá de Frota. Logo após o curso preparatório, foi estudar filosofia no seminário de Fortaleza. Três anos depois, iniciou o curso teológico onde, já no primeiro ano, impressionou por sua rara inteligência, e isso fez com que ele fosse enviado a Roma para continuar seus estudos na Universidade Gregoriana, onde chegou em 1936. Lá, além dos estudos teológicos, especializou-se em Direito Canônico e foi ordenado sacerdote em Roma, no dia 30 de outubro de 1938. De volta a Sobral atuou durante dez anos como secretário do bispado e professor do seminário .

Padre Expedito foi escolhido pelo Papa Pio XII para a recém criada diocese de Oeiras, no Piauí, para ser o primeiro bispo diocesano. E assim, no dia 12 de dezembro de 1948, na Catedral de Sobral, Dom Expedito recebeu as insígnias pontificais. Foi, durante seis anos, grande servidor dos pobres, com profundo ardor missionário comprovado no seu ministério pastoral. 
No dia 24 de agosto de 1954 Dom Expedito foi  transferido para a diocese de Garanhuns, no Agreste, do Estado de Pernambuco, mas só tomou posse em 11 de fevereiro de 1955, se tornando o quinto Bispo a assumir essa Diocese. Fundou o Instituto das Missionárias de Nossa Senhora de Fátima no Brasil, seu ministério era exercido com sabedoria e amor, tanto que ficou conhecido como: “ o bispo dos Pobres, o bispo do coração mariano, o bispo do perdão".

A Chegada Em Garanhuns e o Encontro com Padre Hosana
Uma das missões que foram confiadas a Dom expedito era resolver problemas relacionados a quatro padres locais que, segundo relatos, estariam envolvidos com política partidária e relacionamentos indevidos com mulheres. Seus escritos mostravam que ele batalhava pelo cumprimento desta missão, pondo em prática local o que tinha aprendido em Roma. E se surpreendia com a tolerância que existia com os desvios do clero. Foi no exercer desta missão que entrou em sua vida o Padre Hosana de Siqueira e Silva, pároco da cidade de Quipapá, subordinada a Diocese de Garanhuns.

Padre Hosana tinha fama de ter temperamento forte e andar armado, além disso, era acusado de cobrar altíssimas taxas para realização de sacramentos; Não cuidar devidamente de sua paróquia,  chegando a, algumas vezes, deixar de rezar missa na matriz e nas capelas por estar ocupado cuidando de uma fazenda que mantinha em um município vizinho; Deixar de dar assistência às escolas, o que era costume na época e, o mais grave, ter um relacionamento amoroso com Maria José Martins, prima do Padre Hosana e funcionária doméstica na casa paroquial, que ele teria obrigado Maria José a abortar um filho dele e que ela estava novamente gestante do padre e que ele a proibia de se confessar com outros sacerdotes, ficando ele mesmo como confessor dela. Os outros três padres que eram acusados de conduta indevida ajustaram-se às orientações de Dom Expedito, Padre Hosana, porém, não admitia a culpa e dizia sempre que era vítima de perseguição e calúnias.
Segundo algumas fontes pesquisadas, quando Dom Expedito assumiu a diocese de Garanhuns o Padre Hosana já havia afastado Maria José da casa paroquial e a tinha enviado para outra cidade, porém havia contratado para doméstica uma garota conhecida por Quitéria Marques, ainda mais jovem e bonita que Maria José e que era, também, amante do sacerdote. Ao toma conhecimento da situação o Bispo Dom Expedito Lopes exigiu que o Padre Hosana demitisse Quitéria da casa paroquial e deu a ele um prazo para isso. Ao final do prazo o Padre não obedeceu o Bispo e continuou com Quitéria em sua casa.

O Martírio de Dom Expedito Lopes
Em virtude da desobediência do padre, Dom Expedito consultou a Santa Sé e pediu orientações sobre como agir, como resposta recebeu autorização para suspender o sacerdote. No dia 01 de Julho de 1957, Padre Hosana dirigiu-se à Rádio Difusora de Garanhuns na intenção de se defender publicamente das acusações, mas sua entrada na rádio não foi autorizada, então ele seguiu até o palácio episcopal armado com um revólver calibre 32. Quem abre a porta do palácio episcopal para o Padre Hosana é o próprio Dom Expedito, o Padre Hosana, então, dispara três tiros contra o Bispo, dois tiros acertam o peito e um acerta o braço do Bispo. Padre Hosana foge em seguida e esconde-se no Mosteiro de São Bento, lá mesmo em Garanhuns, onde confessa o crime.

Ferido Dom Expedito é socorrido pelos médicos da cidade, como não havia ambulâncias na cidade, ele é transferido em sua cama, que foi colocada sobre uma caminhonete e transferido para o hospital da cidade, mas não era possível fazer exames para localizar as balas, fazendo com que o Bispo sangrasse sem parar, ainda chegou a receber algumas transfusões de sangue. Dom Expedito sofreu por, aproximadamente, oito horas vindo a falecer na madrugada do dia seguinte, 02 de julho de 1957. Em seu leito de morte Dom Expedito perdoou o Padre que o matou, e pedia insistentemente para que todos perdoassem e rezassem pelo Padre Hosana.
Padre Hosana que, mais tarde, teria sua excomunhão confirmada pela Santa Sé, foi entregue pelo prior do mosteiro ao prefeito da cidade, este o entregou às autoridades policiais, que o transferiram para a Casa de Detenção do Recife, atual Casa da Cultura. Hosana foi condenado a 19 anos de cadeia em seu terceiro julgamento no ano de 1963. Cumpriu a pena em regime fechado até 1968, quando ganhou liberdade condicional, e foi viver em um sítio da família na cidade de Correntes. Porém no dia 07 de Novembro de 1997, aos 84 anos, Hosana foi encontrado morto, o mesmo havia sido morto a golpes de madeira na cabeça, ali mesmo no sítio, o crime nunca foi esclarecido, e acredita-se que teria sido motivado por disputa de terras.

O Processo de Canonização
Logo após a morte de Dom Expedito começaram a acontecer relatos de milagres acontecidos pela interseção do Bispo. Relatos como o de um dentista que ajudou a socorrer o bispo e teve suas calças molhadas com o sangue do bispo, tendo guardado suas vestes como relíquias, utilizou-as no parto de sua esposa que corria risco de morte e se salvou. um outro caso, ainda mais famoso, foi o de um menino alagoano que atribui a cura de uma deficiência no pé a interseção de Dom Expedito. Os constantes relatos de milagres fizeram com que o processo de canonização fosse aberto em favor de Dom Expedito, mas ele ficou parado durante anos, e foi reaberto em 2003, tendo como eixo principal a via do martírio, por morrer em defesa da fé católica. Desde 2006 o processo está nas mãos do Tribunal do Santo Ofício.

Veremos abaixo dois vídeos, o primeiro é de uma palestra do Padre Paulo Ricardo, na Canção Nova, onde o mesmo fala sobre o caso, e foi a primeira vez que ouvi falar de Dom Expedito. No Segundo vídeo temos o documentário Batinas Tintas de Sangue, produzido em 2005 pelos jornalistas: Ulisses Brandão, Kele Gualberto e Marcos Leandro, e que recebeu o Prêmio Cristina Tavares de Jornalismo, naquele mesmo ano.

Muitas das fontes pesquisadas por mim usaram como referência um livro escrito sobre Dom Expedito, chamado: "VIDA DE DOM EXPEDITO LOPES - BISPO MÁRTIR DE GARANHUNS" e pode ser adquirido pelo site da Editora Bagaço.


Vídeo 1: Trecho de uma palestra do Padre Paulo Ricardo, onde ele fala sobre Dom Expedito.

Vídeo 2: Documentário Batinas Tintas de Sangue.

Fontes Pesquisadas: 
Blog do Anchieta Gueiros, acesso entre os dias 14 e 17/03/2018;
Wikipedia, acesso entre os dias 14 e 17/03/2018;
Câmara Municipal de Dom Expedito Lopes, acesso entre os dias 14 e 17/03/2018;
Diário do Nordeste, acesso entre os dias 14 e 17/03/2018;
Folha de Pernambuco, acesso entre os dias 14 e 17/03/2018;
Década de 50, acesso entre os dias 14 e 17/03/2018;
Blog do Antonio Morais, acesso entre os dias 14 e 17/03/2018;
Jornal Correio da Semana, acesso entre os dias 14 e 17/03/2018.

domingo, 8 de janeiro de 2017

São João Maria Vianney - O Cura d'Ars

Olá!!!
Paz e benção!!!

Vamos a mais um bom filme para assistirmos em família nesse ano novo que Deus nos permitiu. Hoje trago um filme sobre a vida de um grande sacerdote, que transformou a vida de uma pequena comunidade para sempre, vamos aprender um pouco sobre a vida do Santo Cura d'Ars, vamos aprender um pouco mais sobre São João Maria Vianney.

Infância e Juventude
João Maria Batista Vianney nasceu em 8 de maio de 1786, na localidade de Dardilly, a noroeste de Lyon, França. Como de costume na época, foi consagrado a Nossa Senhora e batizado no próprio dia do nascimento. Era de uma família de camponeses, seus pais chamavam-se Mateus e Maria, eram muito humildes e religiosos, Vianney foi o quarto dos sete filhos do casal, desde pequeno ele gostava de frequentar a igreja e dizia que queria ser sacerdote. 
Sua instrução foi precária, a infância de Vianney foi vivida no terror da Revolução Francesa, um período onde por força de lei em dezembro de 1793 as escolas religiosas foram fechadas e as crianças foram obrigadas a frequentar as escolas públicas, sob pena de multa aos pais. No ano seguinte um católico, conseguiu reabrir uma escola, e nela ingressaram João Maria e sua irmã Catarina. Em 1799 a perseguição à Igreja, imposta pela Revolução Francesa ainda continuava intensa e centenas de sacerdotes haviam sidos deportados para a Guiana. O próprio Papa Pio VI tornou-se prisioneiro da Revolução. Foi nesse clima ainda de terror e perseguição que João Maria, aos 13 anos, recebeu a Primeira Comunhão das mãos de um sacerdote refratário (que não havia feito o juramento de fidelidade ao novo regime de governo trazido pela revolução), numa casa particular, com portas e janelas fechadas. 

Início do Sacerdócio
Somente com a chegada de Napoleão e a Concordata com a Santa Sé, foi possível a Vianney iniciar seus estudos eclesiásticos aos 20 anos. Ele era um cristão íntimo de Jesus Cristo, servo de Maria e de grande vida penitencial, tanto assim que, somente graças à vida de piedade é que conseguiu chegar ao sacerdócio, em 1815, aos 29 anos de idade  porque não acompanhava intelectualmente as exigências do estudo do Latim, Filosofia e Teologia da época (curiosamente começou a ler e escrever somente com 18 anos de idade). Foi ordenado padre, mas com um impedimento: não poderia ser confessor. Não era considerado capaz de guiar consciências, conseguindo somente três anos mais tarde a liberação para viver totalmente o seu sacerdócio. A despeito disso, transformou-se num dos mais famosos e competentes confessores que a Igreja Católica já teve.

Chegada a Aldeia de Ars
Em fevereiro de 1818 foi designado para a cidadezinha de Ars, um aglomerado de algumas dezenas de casas, com apenas 230 habitantes, onde o povo era dado aos cabarés, vícios, bebedeiras, bailes, trabalhos aos domingos, blasfêmias e esquecimento das práticas religiosas. Mas o Santo Vianney, não vacilou e decidiu mudar aquela cidade, com o Rosário nas mãos, joelhos dobrados diante do Santíssimo, testemunho de vida, sede pela salvação de todos e enorme disponibilidade para catequizar. Já no dia de sua chegada, o Padre Vianney deu o seu colchão a um pobre e deitou-se sobre uns galhos junto à parede, com um pedaço de madeira como travesseiro. Como a parede e o chão eram úmidos, contraiu de imediato uma nevralgia, que durou 15 anos. Seu jejum era permanente, habitualmente passando três dias sem comer; e quando o fazia, alimentava-se somente de batatas cozidas.

A Transformação de Ars
Passou a visitar as famílias e as convidava para a Santa Missa. Ars começou a transformar-se. Alguns começaram a ir à capela. Então o pároco fundou a Confraria do Rosário para as mulheres, e a Irmandade do Santíssimo Sacramento para os homens. Com o aumento das visitas a capela e esvaziamento dos bares e cabarés, os donos dos bares e organizadores de jogatinas começaram dura perseguição contra o Padre Vianney. Este chegou a dizer, “Ah, se eu soubesse o que é ser vigário, teria entrado num convento de monges”. 
Nas missas dominicais, pregava sobre os deveres de cada um para consigo, para com o próximo e para com Deus. Falava constantemente do inferno e do que precisamos fazer para evitá-lo: “Ó, meus queridos paroquianos, esforcemo-nos para ir para o Céu. Lá havemos de ver a Deus. Como seremos felizes! Que desgraça se algum de vós se perder eternamente!”  Ele exigia a devida compostura e atitude própria a bons católicos na igreja, por respeito à Presença Real de Nosso Senhor Jesus Cristo no Santíssimo Sacramento.
Outra de suas ações transformadoras foi com a juventude, que durante os terríveis anos da Revolução cresceu ignorando as mais simples práticas de piedade e princípios da fé. Por isso começou a atrair todos para o catecismo. Só admitia à Primeira Comunhão quem estivesse devidamente preparado. Insistia com os meninos e adolescentes para que levassem sempre consigo o rosário, e tinha no bolso alguns extras para aqueles que o houvessem perdido. Aos poucos os esforços do santo foram se coroando de êxito, de maneira que os jovens de Ars chegaram a ser os mais bem instruídos da região.

Para Deus o Melhor!
Logo que chegou a Ars mandou devolver os confortáveis móveis que haviam sidos emprestados a igreja, deixando apenas o necessário para a sua estadia. Depois, iniciou a restauração da igreja, que estava caindo aos pedaços, fazendo por suas próprias mãos “o trabalho doméstico de Deus”, e que por respeito ao Santíssimo Sacramento, desejava que fosse a melhor possível, queria o que há de melhor para o culto divino. Em Lyon, onde fazia suas compras, logo se tornou conhecido entre os comerciantes, que comentavam entre si: “No campo há um pároco magro e mal arranjado, com ares de não ter um centavo no bolso, mas que compra para sua igreja tudo o que há de melhor”. Ele queria embelezar a casa de Deus para a glória do Senhor, e também para que fosse atraente para os humildes camponeses que ele tinha de ajudar a irem para o Céu.
Em 1820 chegou, inclusive a escrever ao prefeito, solicitando ajuda para reformar a igreja, disse ele: “Desejaria que a entrada da igreja fosse mais atraente. Isso é absolutamente necessário. Se os palácios dos reis são embelezados pela magnificência das entradas, com maior razão as das igrejas devem ser suntuosas. […] Não quero poupar nada para isso”. E o prefeito o ajudou na reforma, para que a igreja fosse o palácio de Deus e dos pobres.
Mais tarde quis honrar a Virgem Imaculada com uma capela lateral na igreja, e pagou um pintor para orná-la. Depois mandou construir outra capela lateral em louvor de seu patrono, São João Batista. E assim foi reformando ou reconstruindo a igreja toda, embelezando-a com pinturas e imagens. Dizia: “Muitas vezes basta a vista de uma imagem para nos comover e converter. Não raro as imagens nos abalam tão fortemente como as próprias coisas que representam”.

O Santo Confessor
No confessionário viveu intensamente seu apostolado, todo entregue às almas, devorado pela missão, integralmente fiel à vocação, chegando a ficar 18 horas por dia atendendo confissões. Do confessionário seu nome emergiu e transbordou dos estreitos limites Ars para aldeias e cidades vizinhas. Os peregrinos que desejavam confessar-se com ele começaram a chegar. Nos últimos tempos de vida eram mais de 200 por dia que chegavam para confessar com o padre Vianney.

Morte, Beatificação e Canonização do Santo de Ars
Aos 73 anos de idade, depois de consumir-se por 40 anos no seu sacerdócio em função do próximo, em 02 de Agosto de 1859, João Maria Batista Vianney recebeu a Unção dos Enfermos. No dia sguinte, ele assinou seu testamento, deixando seus bens aos missionários e seu corpo à paróquia. E, finalmente, às duas horas do dia 04 de Agosto de 1859, morre placidamente, tomado pela fadiga. Nos dias 04 e 05, trezentos padres mais ou menos e uma incalculável multidão desfilaram diante do seu Corpo, em prantos, para despedir. Quando chegou à cidadezinha ninguém veio recebê-lo, quando morreu a cidade tinha crescido enormemente e multidões de peregrinos o acompanharam à última morada.
Vianney foi beatificado pelo papa São Pio X em 1905, Por ocasião da beatificação, seu corpo foi exumado e encontrado incorrupto, apesar de seco e escurecido. E é assim que permanece até o dia de hoje em Ars. Em 1925 ele foi canonizado pelo papa Pio XI, o mesmo papa que em 1929 o declarou padroeiro de todos os párocos do mundo.

Sua festa litúrgica  é celebrada dia 04 de Agosto.

Bom filme a todos!!!



Fontes Pesquisadas:
Wikipedia, acesso em 07 e 08/01/2017
Canção Nova, acesso em 07 e 08/01/2017
Amor Mariano, acesso em 07 e 08/01/2017
Catolicismo, acesso em 07 e 08/01/2017
Cleofas, acesso em 07 e 08/01/2017
Wiki Canção Nova, acesso em 07 e 08/01/2017

domingo, 18 de dezembro de 2016

São Maximiliano Maria Kolbe - O Cavaleiro da Imaculada

Olá!!!
Paz e Benção!!!
Chegando por aqui com mais um bom filme para assistirmos em família, hoje vou trazer pra vocês a história do santo mártir do campo de concentração de Auschwitz, São Maximiliano Maria Kolbe, um dos fundadores da Milícia da Imaculada, que tinha como ideal conquistar o mundo inteiro para Cristo sob a mediação e proteção de Nossa Senhora. Chama o povo, ajeita o sofá, prepara o suco e a pipoca e vamos lá!!! 

Infância
Ele nasceu Rajmund Kolbe (Raimundo Kolbe), em 8 de janeiro de 1894, na cidade de Zduńska Wola, na Polônia, e recebeu no mesmo dia as águas batismais. Era filho de família pobre, seus pais eram operários humildes e simples, Júlio Kolbe e Maria Dabrowska, porém eram legítimos cristãos e devotos da Virgem Maria. De seus cinco filhos, dois faleceram quando ainda crianças, e os outros três abraçaram a vida religiosa. Sua família era pobre e de operários. Aos 8 anos recebeu a primeira comunhão em Pabianice, para onde havia se transferido com a sua família. 

O Encontro com a Imaculada
Criança muito viva e travessa, Raimundo recebeu certo dia uma repreensão de sua mãe que lhe marcou a vida: "Se aos dez anos você é tão mau menino, briguento e malcriado, como será mais tarde?" disse ela. Essas palavras marcariam profundamente o pequeno Raimundo. Aflito e pensativo, decidiu mudar de vida e recorreu a Nossa Senhora. Ajoelhado aos pés de uma bela imagem da igreja paroquial, durante sua oração, perguntou-Lhe: "Que vai acontecer comigo?".
Após essa oração sua vida vida mudou radicalmente. Ele, que já era religioso, tornou-se muito mais. O que o fez mudar ele só confidenciou a sua mãe, e todos só ficaram sabendo anos mais tarde, após a sua morte, quando sua mãe o revelou aos aos confrades de seu filho depois de sua morte, numa carta de 12 de Outubro de 1941, onde ela revelou uma aparição de Nossa Senhora ao pequeno Raimundo, com então 10 anos de idade: 
“Tremendo de emoção, e com lágrimas nos olhos, ele me contou o segredo: ‘Quando a senhora me perguntou, mamãe, o que iria ser de mim, rezei muito a Nossa Senhora para Ela me dizer o que seria de mim. Em seguida, indo à igreja, rezei novamente. Então Ela me apareceu, tendo nas mãos duas coroas, uma branca e outra vermelha. Olhava-me com afeto, e me perguntou se queria essas coroas. A branca significava que perseveraria na prática da pureza; a vermelha, que eu seria mártir. Respondi que as queria. Então a Virgem me olhou docemente e desapareceu. Desde então, quando vou à igreja com a senhora ou com meu avô, parece-me que não são minha mãe e avô, mas Nossa Senhora e São José".
Início da Vida Religiosa
Sua vocação à vida religiosa nascia ali, por graça da Imaculada. Escolheu ser capuchinho franciscano, e aos 14 anos começou os estudos em Lwóv, no seminário menor dos frades conventuais, junto com seu irmão Francisco. Aos 16 anos, foi admitido no noviciado, escolhendo o nome de Maximiliano, em honra do grande mártir africano. Em 1912, Frei Maximiliano parte para Roma onde permanece 7 anos no Colégio Seraphicum. No dia 1 de Novembro de 1914, depois de 3 anos dos votos temporários, ele faz a sua profissão solene, se tornando então Frei Maximiliano "Maria" Kolbe. Ele acrescenta "Maria" ao nome religioso, exprimindo a característica de sua espiritualidade. Nesse mesmo ano o pai do Frei Maximiliano foi preso e enforcado pelos comunistas russos, durante a ocupação a Czestochowa, pela União Soviética e sua mãe refugiou-se em um convento beneditino.
Em Roma, Frei Maximiliano chocou-se com a insolência com que os inimigos da Igreja a atacavam, sem a proporcionada reação dos católicos. Resolveu então entrar na luta antes mesmo de receber a ordenação sacerdotal. Reunindo em torno de si seis condiscípulos, fundou em 1917 a associação apostólica Milícia de Maria Imaculada, com o objetivo de converter os pecadores, inclusive os inimigos da Igreja, e santificar todos os seus membros, sob a proteção de Maria Imaculada. Em abril de 1918, recebeu o sacramento da ordem, tornando-se sacerdote. No dia seguinte, celebrou a sua primeira missa na Igreja de Sant'Andrea delle Fratte, lugar onde a Virgem apareceu e converteu milagrosamente o judeu Alphonse Ratisbonne, em 1842. Esse milagre era uma prova da eficácia da Medalha Milagrosa.

Padre Kolbe, o Cavaleiro da Imaculada
Em  julho de 1919 o Padre Kolbe recebe o doutorado em teologia, e volta para Polônia, logo ao chegar deseja difundir a Milícia de Maria Imaculada também na Polônia, recebendo rapidamente a aprovação de seus superiores e conseguindo a impressão do estatuto da associação em idioma polonês. Porém entre 1920 e 1921 ficou internado para se tratar da tuberculose. Em Janeiro de 1922, a associação é aprovada como “Piedosa União da Milícia de Maria Imaculada” pelo Cardeal Basílio Pompilii, Vigário Geral da Diocese de Roma. Ainda em 1922, quase sem dinheiro o Padre Kolbe fundou o jornal mensal da sua associação - Cavaleiro da Imaculada - pondo o progresso técnico do seu tempo em matéria gráfica, a serviço da Fé, com 5.000 exemplares já em sua primeira edição.
Em 1927 já eram 60.000 exemplares mensais e já não mais havia espaço para na tipografia para crescer o projeto, foi quando o príncipe João Drucko-Lubecki cedeu ao padre Maximiliano um terreno situado a 40 quilômetros de Varsóvia, Então o Padre Kolbe começou a construir uma Niepokalanów - Cidade da Imaculada (ou "Cidade de Maria" em algumas traduções). Seus planos era construir um enorme convento e novas instalações de sua obra de imprensa, o dinheiro, dizia ele aos que perguntavam: "Maria proverá, este é um negócio dEla e de seu Filho!".
Sua confiança não foi em vão, em 1939, o jornal tinha já a surpreendente tiragem de um milhão de exemplares, e a ele se haviam juntado outros dezessete periódicos de menor porte,como uma revista para crianças e outra para sacerdotes, além de uma emissora de rádio. Sua ação apostólica pelos meios de comunicação chegou até o Japão e a Índia. E sua meta era estender a obra ao mundo inteiro, conquistando almas para Jesus através da Virgem Maria. A Cidade da Imaculada contava então com 762 habitantes, sendo 13 sacerdotes, 18 noviços, 527 irmãos leigos, 122 seminaristas menores e 82 candidatos ao sacerdócio. Nela habitavam também médicos, dentistas, agricultores, mecânicos, alfaiates, construtores, impressores, jardineiros e cozinheiros, além de um corpo de bombeiros.

A Segunda Guerra Mundial e o Martírio Auschwitz
Em 1939 quando estourou a Segunda Guerra Mundial, a Cidade da Imaculada da Polônia ficou muito exposta a riscos, pois era situada nas imediações da estrada de Potsdam a Varsóvia, rota provável de uma eventual invasão das tropas nazistas. Por esse motivo a prefeitura de Varsóvia ordenou sua pronta evacuação. Padre Kolbe conseguiu lugar seguro para todos os irmãos, mas permaneceu ali, com cinquenta de seus colaboradores mais imediatos. Em setembro, as tropas invasoras levaram-nos presos para Amtitz. Mas na festa da Imaculada, dia 8 de dezembro, foram todos libertados e voltaram para sua Niepokalanów, transformando- a em refúgio e hospital para feridos de guerra, prófugos e judeus.
Em fevereiro de 1941, a Gestapo (Polícia Secreta do Estado Nazista) irrompeu na Cidade da Imaculada levou presos o padre Kolbe e outros quatro frades, os mais anciãos. Na prisão de Pawiak, em Varsóvia, foi submetido a injúrias e vexações, e depois trasladado para o campo de extermínio de Auschwitz. Passou a primeira noite numa sala com outros 320 prisioneiros. Na manhã seguinte, foram todos desnudados, lavados com jatos de água gelada e recebendo cada qual uma jaqueta com um número, coube-lhe o 16.670. No final de julho de 1941, foi transferido para o Bloco 14, cujos prisioneiros faziam trabalhos agrícolas. Tendo um deles conseguido fugir, dez outros, escolhidos por sorteio, foram condenados ao "bunker da morte": um subterrâneo onde eles eram jogados desnudos, e permaneciam sem bebida nem alimento, à espera da morte.
Um dos homens selecionados era Franciszek Gajownickek, que gritou: "Minha pobre mulher e meus filhos que não os volto a ver!" Diante disso o Padre Kolbe ofereceu-se si mesmo em vez do outro homem "Sou um padre católico da Polônia, quero morrer em lugar de um destes. Já sou velho e não presto para nada. A minha vida não servirá para grande coisa… Quero morrer por aquele que tem mulher e filhos." disse ele.
Na sua cela, Padre Kolbe celebrou a missa todos os dias e cantava hinos com os prisioneiros. Ele levou os outros condenados em canção e oração e encorajou-os , dizendo-lhes que em breve estariam com Maria no céu. Cada vez que os guardas verificam a cela, ele estava lá em pé ou de joelhos no meio a olhar calmamente para aqueles que entravam. Três semanas depois, restavam vivos apenas quatro pessoas. Julgando que aquela situação se prolongava demasiado, decidiram as autoridades aplicar-lhes uma injeção letal de ácido muriático. Algumas pessoas que estavam presentes na injeção dizem que ele levantou o braço esquerdo de forma espontânea e calmamente esperou que o injetassem a injeção letal. Seus restos foram cremados no dia 15 de agosto, o dia da festa da Assunção de Maria.

Canonização por João Paulo II
No dia 10 de outubro de 1982, na Praça de São Pedro, uma multidão de mais de duzentas mil pessoas testemunhou um Papa, também polonês, declarar mártir o Padre Maximiliano Maria Kolbe, um sacerdote exemplar que não só morreu para salvar uma vida, mas, sobretudo, viveu para salvar muitas almas. Ele que jamais se cansava de dizer: "Não tenham medo de amar demasiado a Imaculada; jamais poderemos igualar o amor que teve por Ela o próprio Jesus: e imitar Jesus é nossa santificação. Quanto mais pertençamos à Imaculada, tanto melhor compreenderemos e amaremos o Coração de Jesus, Deus Pai, a Santíssima Trindade". Pois, como afirmou João Paulo II ao canonizá-lo, "a inspiração de toda a sua vida foi a Imaculada, a quem confiava seu amor a Cristo e seu desejo de martírio".
Na cerimônia em que Padre Kolbe foi canonizado, Francisco Gajowniczek estava presente e testemunhou a coragem e o amor daquele Padre franciscano que se ofereceu para sofrer e morrer em seu lugar, dando a Francisco a chance de cuidar de sua família.
É considerado o patrono da imprensa e padroeiro especial das famílias em dificuldade, dos que lutam pela vida, da luta contra os vícios, da recuperação da droga e do alcoolismo; é considerado também padroeiro dos presos comuns e políticos.

Sua festa litúrgica é celebrada no dia 14 de Agosto.

São Maximiliano Maria Kolbe, Rogai por nós.

Fontes Pesquisadas
Wikipedia, acesso em 17/12/2016
Canção Nova, acesso em 17/12/2016
Arautos do Evangelho, acesso em 17/12/2016
Cruz Terra Santa, acesso em 17/12/2016
Catolicismo, acesso em 17/12/2016

sábado, 8 de outubro de 2016

São Francisco de Assis - O Terror dos Hereges

Olá!!!
Paz e Benção!!!

O filme de hoje vai nos mostrar a história de um santo que um dia recebeu um pedido de Cristo para reconstruir a sua Igreja, mas ele não entendeu bem e começou a reconstruir um templo. Depois então ele entendeu o pedido de Cristo foi lá, reconstruiu a Igreja e mandou muito bem e, sem querer acabou se tornando um dos santos mais populares da Igreja, vamos descobrir que é ele!

Nascimento de Giovanni
Giovanni di Pietro di Bernardone nasceu em Assis, na Itália, no dia 5 de julho de 1182, era filho do comerciante italiano Pietro di Bernadone dei Moriconi e sua esposa Pica Bourlemont, cuja família tinha raízes francesas. Seus pais faziam parte da burguesia da cidade de Assis, e graças a negócios bem sucedidos na Provença, França, conquistaram riqueza e bem estar. Seu nome, Giovanni (João, em português) foi uma homenagem feita por sua mãe ao profeta São João Batista. Era chamado pela família de “Francesco” nome cuja origem ainda hoje não foi determinada, e recebeu educação voltada para os negócios.

A Juventude de Francisco
Francisco cresceu e se tornou um jovem popular entre seus amigos, conhecido por sua indisciplina e extravagâncias, por sua paixão pelas aventuras, pelas roupas da moda e pela bebida, e por sua liberalidade com o dinheiro, apesar de mostrar índole bondosa. 
Tinha o desejo de ser “herói” e por isso, em 1202, então com 20 anos alistou-se como soldado na guerra de Assis contra a Peruggia. Durante a guerra ele foi  capturado e permaneceu preso por cerca de um ano. Ao ser libertado caiu doente, com episódios de febre que duraram quase todo o ano de 1204. Ali se apresentaram as duas afecções que o acompanharam por toda a sua vida: problemas de visão e no aparelho digestivo.
Depois de recuperado tentou novamente a carreira militar engajando-se, em 1205, no exército papal que lutava contra Frederico II, incentivado por um sonho no qual alguém lhe mostrava muita riqueza, poder, armas e uma bela donzela. Perguntando, no sonho, de quem era tudo aquilo disseram-lhe que tudo aquilo era seu e de seus soldados. Animado com a perspectiva de glória, pôs-se a caminho, mas no trajeto teve outro sonho, ou uma visão, onde ouviu, segundo a versão da Legenda trium sociorum, uma voz a dizer: Quem te pode ser de mais proveito? O senhor ou o servo? Pergunta a qual ele respondeu: O senhor! E ouviu novamente a voz: Então por que deixas o senhor pelo servo e o príncipe pelo vassalo? Confundido, Francisco disse: Que queres que eu faça?, e a voz lhe ordenou: Volta para tua terra, e te será dito o que haverás de fazer, pois deves entender de outro modo a visão que tiveste.

A Conversão de Francisco
Dias depois, já em Assis, recebeu seu chamado durante uma farra com os amigos, onde foi tocado por Deus e desde então começou a perder o interesse pelas farras, dinheiro, riquezas, posses, etc, passando a se preocupar com os mais necessitados e em fazer a vontade de Deus, servindo-o através da doação total e incondicional da sua vida. Certa vez, ao encontrar um leproso, apesar da repulsa natural, venceu sua vontade e beijou o doente. Foi um gesto movido pelo Espírito Santo. A partir desse momento, ele passou a fazer visitas e a servir aos doentes que sem encontravam nos hospitais. Aos pobres, presenteava com suas próprias roupas e também com o dinheiro que tivesse no momento.
Certa vez entrou para orar na capela de São Damião, fora das portas da cidade, e ali, diz a tradição, que ele ouviu pela primeira vez a voz de Cristo, que lhe falou de um crucifixo as seguintes palavras: "Vá Francisco, e restaure a Minha Casa". Obediente ao mandato e imaginando tratar-se de reconstruir a igreja de pedra, Francisco pôs-se logo a trabalhar, voltou em casa, vendeu boa parte dos tecidos do pai, e entregou-se ao serviço de Deus e dos miseráveis. Reconstruiu três pequenas igrejinhas abandonadas: a de São Damião, a de Santa Maria dos Anjos e a de São Pedro.
Seu pai, Pedro Bernardone, ao saber o que seu filho tinha feito, foi busca-lo indignado, levou-o para casa, bateu nele e acorrentou-o pelos pés. A mãe, porém, o libertou na ausência do marido, e o jovem retornou a São Damião. Seu pai foi de novo buscá-lo. Mandou que ele voltasse para casa ou que renunciasse à sua herança. Francisco então renunciou a toda a herança e disse: "As roupas que levo pertencem também a meu pai, tenho que devolvê-las". Em seguida se desnudou e entregou suas roupas a seu pai, dizendo-lhe: “Até agora tu tem sido meu pai na terra, mas agora poderei dizer: ‘Pai nosso, que estais nos céus”.
Algum tempo depois o Espírito Santo lhe revelou que a reforma se tratava, principalmente, da Igreja viva, formada pelas pessoas pelas quais o Senhor derramou o seu sangue. Esta revelação se deu através de um novo encontro: o do Evangelho do envio dos Apóstolos, lido em 1208, na Igreja de Santa Maria dos Anjos, na festa de São Matias, Apóstolo. Foi aí que o Senhor pedia para não levar bastão, túnica, etc. Após a explicação do sacerdote, Francisco disse com entusiasmo: "É isso que eu quero, isso que eu procuro, é isso que eu desejo fazer de todo o coração!" Com um novo mandato do Senhor - o de pregar o Evangelho -, vai lá Francisco, com todo o entusiasmo, e começa a reconstruir a Igreja formada por pessoas. 

As Obras de Francisco de Assis
Francisco começou a anunciar a verdade, no ardor do Espírito de Cristo. Convidou outros a se associarem a ele na busca da perfeita santidade, insistindo para que levassem uma vida de penitência. Alguns começaram a praticar a penitência e em seguida se associaram a ele, partilhando a mesma vida. O humilde São Francisco de Assis decidiu que eles se chamariam Frades Menores. Surgiram assim os primeiros 12 discípulos. O próprio Francisco disse em testamento: “Aqueles que vinham abraçar esta vida, distribuíam aos pobres tudo o que tinham. Contentavam-se só com uma túnica, uma corda e um par de calções, e não queriam mais nada”. Os novos apóstolos reuniram-se em torno da pequena igreja da Porciúncula, ou Santa Maria dos Anjos, que passou a ser o berço da Ordem.
Em 1212 a Ordem foi enriquecida com a primeira mulher, Clara d'Offreducci, a futura Santa Clara, fundadora do ramo feminino dos Frades Menores, as Clarissas, que logo trouxe suas irmãs, a quem foi dado o uso da capela de São Damião.
Em 1215 a Ordem dos Frades Menores recebeu a autorização do papa Inocêncio III e Francisco e onze companheiros tornaram-se pregadores itinerantes, levando Cristo ao povo com simplicidade e humildade. A partir daí, Francisco dedica-se a viagens missionárias: Roma, Chipre, Egito, Síria… Peregrinando até aos Lugares Santos.
Quando voltou à Itália, em 1220, encontrou a Fraternidade dividida. Parte dos Frades não compreendia a simplicidade do Evangelho. Francisco teve de aceitar, com a intervenção papal, várias mudanças importantes, entre elas: a criação do período probatório de um ano para novos candidatos, a eleição de um representante do papa como governador e corregedor da Ordem, enquanto que Francisco permanecia apenas como guia espiritual. Em 1221, tentando tornar a regra o mais clara e inequívoca possível criou a Segunda Regra, também chamada de regra não bulada. Ela Ficou pronta em 1223, com poucas modificações novas, o novo texto foi enviado para Roma para aprovação papal, onde recebeu ainda muitos outros ajustes e cortes do cardeal Ugolino e finalmente foi confirmado pelo papa Honório III, na bula Solet annuere, de 29 de novembro de 1223, e por isso é chamada de a Regra bulada. Em 1224, decepcionado e doente, é obrigado a moderar suas atividades. Nesse mesmo ano renuncia a direção efetiva da irmandade que criara.

Os Estigmas e Morte de Francisco
Depois da renúncia, acompanhado dos discípulos Ange, Rufino e Leão, Francisco parte para floresta. Conta-se que na floresta, em sua presença, os peixes saltavam da água e os pássaros pousavam em seus ombros. Certo dia orando, no alto do rochedo, desceu do céu um serafim de asas resplandecentes, trazendo Nosso Senhor crucificado que, depois de entreter-se com ele em doce colóquio, partiu deixando-lhe impressos no corpo os sagrados estigmas da Paixão. Assim, esse discípulo de Cristo, que tanto desejara assemelhar-se a Ele, obteve mais este traço de similitude com o Divino Salvador, sendo dessa forma, o primeiro cristão a ser estigmatizado. Os Estigmas lhe traziam alegria, sendo um sinal do favor divino, mas também foi-lhe motivo de muito embaraço e sofrimento físico. Sempre tentou ocultar os estigmas com faixas e seu hábito, e poucos irmãos os viram enquanto ele viveu.
Em meados de 1226 pediu para ser levado à Porciúncula, para que pudesse morrer entre os irmãos. Francisco faleceu no dia três de outubro de 1226, com menos de 45 anos, depois de escutar a leitura da Paixão do Senhor. Ele queria ser sepultado no cemitério dos criminosos, mas seus irmãos o levaram em solene procissão à Igreja de São Jorge, em Assis. Ele foi canonizado apenas dois anos depois da morte, em 1228, pelo Papa Gregório IX. Em 1230 foi inaugurada uma nova basílica em Assis, que recebeu seu nome e hoje guarda as suas relíquias e abriga o seu túmulo definitivo.

Sua festa litúrgica é celebrada em 04 de Outubro.

São Francisco de Assis, rogai por nós!

Bom filme a todos!

Fontes pesquisadas:
Wikipedia, acesso em 07/10/2016
Cruz Terra Santa, acesso em 07/10/2016
Pensador UOL, acesso em 08/10/2016
Canção Nova, acesso em 08/10/2016
Angelfire, acesso em 08/10/2016
Info Escola, acesso em 08/10/2016
O Caminho de São Francisco de Assis, acesso em 08/10/2016
E-Biografias, acesso em 08/10/2016

domingo, 18 de setembro de 2016

As Mártires Carmelitas de Compiègne

Olá!!!

Paz e Benção!!!

Vamos a mais um bom filme para evangelizar e assistir em família, hoje trazendo mais um pedido dos nossos amigos e retrata mais um capítulo sangrento da história do cristianismo. O filme "O diálogo das Carmelitas", de 1960, retrata o heroico martírio de dezesseis religiosas do Carmelo de Compiègne assassinadas por revolucionários franceses do Comitê de Salvação Pública que as levaram à guilhotina por ódio à religião, no segundo período do Terror da Revolução Francesa.

A França e o Cristianismo
De acordo com tradições religiosas, Maria, Marta e Lázaro teriam desembarcado na região de Saintes-Maries-de-la-Mer com um grupo de pessoas vindos da Palestina. Lázaro teria se tornado bispo em Marselha e Marta e Maria se dedicaram a ajudar aos pobres, anunciando-lhes a Mensagem de Jesus (essa versão, porém, é contestada por alguns historiadores).
Os primeiros relatos da presença de cristãos na França datam do século II. Nesses escritos São Ireneu de Lyon relata detalhadamente a perseguição aos cristãos de Lyon. Em 496, Clóvis I (primeiro rei dos Francos a unir todas as tribos francas sob um único governante, alterando a forma de liderança de um grupo de chefes reais para um governo de um único rei e assegurando que o reinado era passado para os seus herdeiros. Ele é considerado o fundador da França) se converteu ao cristianismo, tornando-se um verdadeiro aliado do Papado e de todos os cristãos francos. Para aprofundar ainda mais as relações entre os merovíngios e Roma, o Papa Leão III coroou Carlos Magno Imperador do Sacro Império Romano no Natal de 800.
Antes da Revolução, a Igreja Católica Romana era a religião oficial do estado francês desde a coroação de Clóvis. A relação entre o povo francês e a Santa Sé era tão intensa, sendo a França chamada de "A filha mais velha da Igreja" e seu monarca "o mais católico dos reis".

A Revolução Francesa
Na época da revolução a sociedade estava dividida em 3 grupos: O Clero ou Primeiro Estado - Composto pelo alto e baixo clero, e representava cerca de 0,5% da população; A nobreza, ou Segundo Estado, composta por cortesões ( que viviam à custa do Estado), provinciais ( que se mantinham com as rendas dos feudos), e nobres togados ( juízes e altos funcionários burgueses que adquiriram os seus títulos e cargos, transmissíveis aos herdeiros) representando 1,5% dos habitantes; O Terceiro Estado, constituído por burgueses, camponeses sem terra e os "sans-culottes", uma camada composta por artesãos, aprendizes e proletários, que tinham este nome graças às calças simples que usavam, diferentes dos tecidos caros utilizados pelos nobres.
Desde que Luís XIV, o Rei Sol, assumiu o reinado, a França encontrava-se cheia de dívidas advindas de antigos reinados, das guerras de conquista da monarquia e da manutenção da corte, que era bastante luxuosa. Após a participação do país na Guerra de Independência dos EUA e na Guerra dos Sete Anos os gastos aumentaram consideravelmente. O rei detinha o poder absoluto, controlando todas as áreas: economia, justiça, política e até a religião.
Estima-se que a revolução teve início em maio de 1789, quando Luís XVI tentou criar reformas tributárias, mas sofreu muita rejeição dos nobres e cleros. Em busca da manutenção dos seus privilégios, os nobres se juntaram à burguesia no que ficou conhecido como a Revolta da Aristocracia. Luís XVI resolveu convocar a Assembleia dos Estados Gerais em 1789 para tentar evitar a revolução que estava se formando.
Em Julho de 1789, após o terceiro Estado se auto-proclamar Assembleia Nacional Constituinte, a população invadiu a fortaleza de Bastilha em Paris com o objetivo de demonstrar simbolicamente a queda do absolutismo. A Queda da Bastilha foi o evento máximo e decisivo para o início da Revolução Francesa, pois era a prisão para a qual o rei enviava os condenados. 

Liberdade, Igualdade e Fraternidade
O lema dos revolucionários era "Liberdade, Igualdade e Fraternidade" bonitinho não é? Só que não! Em 1790 a Assembléia Nacional Constituinte suprimiu as ordens religiosas; Em junho de 1791 foi aprovada a Lei de Le Chapelier que proibia os sindicatos de trabalhadores e as greves, a punição poderia chegar até à pena de morte. Em abril de 1791, o Estado nacionaliza e passa a administrar todos os bens da Igreja Católica, sendo aprovada em julho a Constituição Civil do Clero separou Igreja e Estado e transformou os clérigos em assalariados do governo, a quem deviam obediência. Determinou-se também que os bispos e padres de paróquias seriam eleitos por todos os eleitores, independentemente de filiação religiosa. Os clérigos foram obrigados a jurar fidelidade à nova Constituição. Os que o fizeram ficaram conhecidos como juramentados; os que se recusaram passaram a ser chamados de refratários e eram considerados contra-revolução; Em 1793 cria-se o Comitê de Salvação Pública e o Comitê de Segurança Geral iniciando-se o reino do Terror. Nesse período a monarquia foi abolida e muitos nobres abandonam o país, a família de Luís XVI é presa e em seguida assassinada por guilhotinamento. Em seus momentos mais cruéis houve, em nome da Revolução, um verdadeiro extermínio, especialmente de católicos no oeste e, sobretudo,em La Vendée, onde foi dada a ordem de eliminar as mulheres para que não pudessem trazer filhos ao mundo e mutilar os meninos para que quando maiores não se tornassem guerrilheiros.

A Revolução Contra o Cristianismo
Buscava-se abolir todo o passado cristão da França. Não mais se falava em “era cristã”, utilizava-se um calendário republicano. O domingo, principal dia de culto para os cristãos, foi abolido. O mês agora teria trinta dias subdividido em três semanas de dez dias. Para se substituir os dias santos, passou-se a denominar cada dia do ano com o nome de um animal, planta ou árvore. O culto religioso foi proibido, e várias vezes o tentaram substituir por um culto revolucionário, como o culto à razão e ao Ser Supremo. Esses cultos exaltavam a vitória da razão e da consciência sobre a dominação da Igreja. Sobre o culto ao Ser Supremo, Maximilien de Robespierre ( advogado e político) aparece como pontífice da religião do Estado na tentativa promover a união entre o sentimento revolucionário e o sentimento religioso.  Igrejas eram apedrejadas, imagens religiosas eram destruídas, profanaram-se as Catedrais e demais igrejas com cultos à “deusa da razão”, muitas igrejas foram transformadas em armazéns ou estrebarias. Os cristãos eram obrigados a amotinar-se em lugares escondidos para a celebração da Missa. Os padres não jurados arriscavam-se a ser presos; os fiéis, por sua vez, temiam pelo que lhes pudesse acontecer se fossem pegos ouvindo a estes “traidores”.
Hospitais, asilos, casas de caridade, albergues e escolas mantidas pela Igreja foram fechadas, milhares de sacerdotes e freiras foram assassinados e é nesse cenário que chegamos às personagens principais do nosso filme: as Carmelitas ou Mártires Carmelitas de Compiègne ou Mártires de Compiègne ( Compienha ), que em 17 de julho de 1794, foram assassinadas por guilhotinamento no local hoje denominado "Place de la Nation" (na época Place du Trône Renversé).

As Mártires de Compiègne
O martírio delas começou em agosto de 1790, quando a Comissão Distrital inventariou o convento e suas possessões, interrogou cada uma das freiras que ali viviam Em 1792 elas foram forçadas a se retirar do convento e obrigadas a se separarem e morar em grupos e endereços diferentes, não podiam usar roupas e nomes religiosos. Em 1794 as freiras foram levadas a prisão Conciergerie de Paris, ali ficaram por alguns dias até serem julgadas diante do Tribunal Revolucionário de Fouquet-Tinville, um julgamento sem advogados, sem testemunhas e sem evidências, onde as freiras foram taxadas como "revolucionárias" e condenadas à morte por atividades contra-revolucionárias (lembremos que elas eram freiras enclausuradas!).

No dia 17 de julho de 1794, antes de serem executadas ajoelharam-se e cantaram o hino Veni Creator, após o que todas renovaram em voz alta os seus compromissos do batismo e os votos religiosos. A execução teve início com a noviça e por último foi executada a Madre Superiora 'Madeleine-Claudine Ledoine (Madre Teresa de Santo Agostinho). Durante as execuções o povo ficou em absoluto silêncio. Os corpos foram levados rapidamente para o antigo convento dos agostinianos do Faubourg de Picpus. Lá foram lançados na fossa comum e cobertos de cal viva. Hoje há ali um gramado cercado de ciprestes, com uma simples cruz de ferro. É um lugar de silêncio e oração. 

O Fim da Perseguição
O quadro de terror e perseguição a Igreja Católica só foi resolvido quando Napoleão Bonaparte, no período do Consulado, e o Papa Pio VI assinaram uma Concordata que redefiniu as relações entre a Igreja e o Estado. Por essa Concordata a Igreja Católica foi reconhecida na sua unidade e estatuto, a liberdade de culto foi garantida e o catolicismo aceito como a religião da maioria dos franceses. A igreja continuava, contudo, subordinada ao Estado, uma vez que a nomeação de bispos era feita pelo Consulado. Os territórios da Igreja, como Avignon, e seus bens também não são restituídos. O último pilar do movimento de ataque a Igreja Católica, o Calendário Republicano, foi extinto por Napoleão no Império, em 1805.

Voltando às freiras, na capelinha anexa ao cemitério, onde seus corpos foram sepultados, há uma lápide que traz o nome das dezesseis mártires. Elas foram beatificadas em 27 de maio de 1906 pelo, então, Papa São Pio X.

Sua festa litúrgica é celebrada no dia 17 de Julho

Bom filme a todos!!!

Mártires de Compiegne, rogai por nós!



Fontes Pesquisadas: 
Wikipedia, acesso em 17/09/2016;
Wikipedia, acesso em 17/09/2016;
Wikipedia, acesso em 17/09/2016;
Wikipedia, acesso em 17/09/2016;
Wikipedia, acesso em 17/09/2016;
Tu Es Petrus, acesso em 17/09/2016;
Província Carmelitana de Santo Elias, acesso em 17/09/2016;
Revolução Francesa-Info, acesso em 17/09/2016;
Comshalom.org, acesso em 17/09/2016;
Sagradas Relíqueas-Veneração, acesso em 17/09/2016 (página no Facebook, sendo necessário estar logado na rede social)

sábado, 3 de setembro de 2016

Madre Teresa de Calcutá - A Mãe dos Pobres

Olá!!!
Paz e Benção!!!

Postagem atualizada em 04/09/2016.

O dia 04/09/2016 foi um dia daqueles de ficar marcado no calendário como um dia de muita alegria, pois foi o dia da canonização de uma pessoa que muito fez aos pobres entregando-se integralmente a essa causa em nome de Jesus, será o dia em que a Igreja irá reconhecer a santidade de Madre Teresa de Calcutá.

Nascimento de Agnes
Nascida Agnes Gonxha Bojaxhiu, em 26 de agosto de 1910, na Macedônia, em uma família de três filhos, sendo duas moças e um rapaz. de origem albanesa e palestina. Uma curiosidade sobre Madre Teresa é que, embora ela tenha nascido a 26 de agosto, ela considerava o 30 de agosto, dia em que foi batizada, como o seu " verdadeiro aniversário". Seu pai era um homem de negócios respeitado na região, mas faleceu quando Agnes tinha apenas oito anos. Sua mãe passou a trabalhar como bordadeira para conseguir manter a família. Agnes foi educada na fé cristã. Passou sua adolescência envolvida em atividades da igreja e sentiu-se chamada para a vida religiosa.

Nascimento de Teresa
Depois de pesquisar e se aconselhar, ela deixou a casa da mãe em 1928, com apenas 18 anos e foi para o convento de Loreto (Instituto Beatíssima Virgem Maria) a Rathfarnam, na Irlanda. Lá, foi recebida como postulante e escolheu seu nome religioso: Teresa, em homenagem a Santa Tereza de Lisieux de quem era devota. No ano seguinte, Irmã Teresa foi enviada para Calcutá, Índia, onde fez o noviciado. Fez os votos simples e somente em 1937 fez seus votos perpétuos. Daí em diante passou a ser chamada de Madre Teresa. Em Calcutá passou a ensinar na escola secundária.

Nascimento das Missionárias da Caridade
No dia 10 de setembro de 1946, dia que ficou marcado na história das Missionárias da Caridade – congregação fundada por Madre Teresa – como o “Dia da Inspiração”, durante uma viagem de trem ao noviciado do Himalaia, Madre Teresa deparou com um irmão pobre de rua que lhe disse: “Tenho sede!”. A partir disso, ela afirmou ter tido a clareza de sua missão: dedicar toda sua vida aos mais pobres dos pobres, ela descrevia esse fato como "o chamado dentro do chamado". 
Em 1948, autorizada pelo Papa Pio XII, Teresa foi viver só, fora do claustro, tendo Deus como único protetor e guia, no meio dos mais pobres de Calcutá. Em dezembro do mesmo ano, conseguiu a nacionalidade indiana. Teresa passou a usar um traje indiano, um sari branco com debruns azuis e uma pequena cruz no ombro. Pedindo ajuda nas ruas, auxiliava pobres, doentes e famintos. Pouco a pouco, foi angariando adeptas para sua causa entre as antigas alunas. E após mais de uma década convivendo com a miséria da Índia, ela sentiu a inspiração que mudaria toda a sua vida: fundar a congregação dos Missionários da Caridade. A missão do instituto está na sua regra: “Saciar a infinita sede de Jesus sobre a cruz de amor e pelas almas, trabalhando para a salvação e para a santificação dos mais pobres entre os pobres”. A congregação atraiu Irmãos, irmãs, sacerdotes e colaboradores. Assim, em 7 de outubro de 1950, a congregação das Missionárias da Caridade passou a existir oficialmente, aprovada na Arquidiocese de Calcutá.

As Missionárias da Caridade Pelo Mundo
Em agosto de 1952, é aberto o lar infantil Sishi Bavan (Casa da Esperança) e inaugurado o "Lar para Moribundos", em Kalighat, auxiliando pobres, doentes e famintos. A partir dessa data, a sua Congregação começa a expandir-se pela Índia e por várias partes do mundo. A princípio, ela teve alguns problemas de ordem religiosa, com alguns grupos que professavam uma outra fé, e consequentemente, uma outra religião e cultura, mas com o passar do tempo, todos foram notando, que ela tinha realmente boas intenções, e que sua obra tinha verdadeiramente um caráter nobre. Assim, ela começa a receber donativos de hindus, muçulmanos, budistas, etc. E assim também foi ocorrendo em relação às outras situações difíceis e problemáticas, tais como: crianças abandonadas, pessoas sofrendo de AIDS, mulheres que haviam sido abusadas e engravidaram, leprosos...
Madre Teresa expandiu a Obra das Missionárias da Caridade tanto em Calcutá, quanto na Índia. O Papa Paulo VI, conhecendo o alcance caritativo da obra, concedeu a ela o “Decretum Laudis”, e ela passou a ser de Direito Pontifício. E a obra se expandiu para a América Latina. A primeira casa da congregação de Madre Tereza fora da Índia foi em Cocorote, Venezuela, no ano 1965. Depois, a congregação foi para a Europa e na África, já em 1968. Dos anos 1960 a 1990 a obra se expandiu para todos os continentes, estabelecendo sua presença missionária em países como Albânia, Rússia, Cuba, Canadá, Palestina, Bangladesh, Austrália, Estados Unidos da América, Ceilão, Itália, antiga União Soviética, China etc. Atingindo o número de 158 casas, num mundo carente de amor e caridade. 

Reconhecimentos em Vida
Ao longo de sua vida ela recebeu vários títulos de reconhecimento por sua obra, como o Prêmio Templeton, em 1973; O Prêmio Nobel da Paz, no dia 17 de outubro de 1979; Em 1979, durante audiência privada é nomeada "embaixadora" do Papa João Paulo II em todas as nações; Muitas universidades lhe conferiram o título "Honoris Causa"; Em 1980, recebe a ordem "Distinguished Public Service Award" nos EUA; Em 1985 recebeu do Presidente Reagan, na Casa Branca, a Medalha Presidencial da Liberdade, a mais alta condecoração do país; Em agosto de 1987, vai à União Soviética e é condecorada com a Medalha de ouro do Comitê Soviético da Paz. 
Em 1985 Madre Tereza discursou na Assembleia Geral das Nações Unidas. Neste mesmo ano, abriu casas pioneiras para acolher portadores do virus HIV e AIDS nos Estados Unidos. Entre as décadas de 1980 e 90, mesmo com problemas de saúde, continuou incansavelmente suas viagens de caridade, fortalecendo o carisma das irmãs, abrindo novas casas. Em 97 o número das irmãs Missionários da Caridade chegava a quatro mil, e elas estavam presentes em 123 países.

Morte, Beatificação e Canonização
Madre Teresa de Calcutá foi encontrar-se com o Senhor no dia 05 de setembro de 1997, depois de sofrer uma parada cardíaca. Seu corpo foi transladado ao Estádio Netaji, onde o cardeal Ângelo Sodano, Secretário de Estado do Vaticano, celebrou a Missa de corpo presente. Sua despedida atraiu e comoveu milhares de pessoas de todo o mundo durante vários dias.vários foram os representantes do mundo quiseram estar presentes para prestar a sua homenagem. As televisões do mundo inteiro transmitiram ao vivo durante uma semana, os milhões que queriam vê-la pela última vez. Encontra-se sepultada em Motherhouse Convent,Calcutá, Bengala Ocidental na Índia

Madre Teresa foi beatificada em 19 de outubro de 2003, devido ao milagre ocorrido com Monica Besra, uma indiana que foi curada de um tumor no estômago de forma inexplicável, que foi atribuída à interseção de Madre Teresa.

Foi proclamada santa pelo Papa Francisco, hoje dia 04 de Setembro de 2016. Sua canonização acontece depois da Igreja Católica ter aprovado, por unanimidade, a cura extraordinária do brasileiro Marcilio Haddad Andrino em 2008,que se encontrava em coma devido a abcessos no cérebro e hidrocefalia. Apesar de sua discrição e de evitar entrevistas, ele vai participar da cerimônia de canonização.

Um de seus pensamentos era este: “Não usemos bombas nem armas para conquistar o mundo. Usemos o amor e a compaixão. A paz começa com um sorriso”.

Sua Festa Litúrgica é celebrada, no dia 05 de Setembro.

Santa Teresa de Calcutá, rogai por nós!!!

Bom filme a todos!!! 

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Extras da Atualização:

Reportagem que foi ao ar no dia 28/08/2016, no programa jornalístico Fantástico, da Rede Globo de Televisão, contando como se deu o segundo milagre ocorrido pela interseção de Madre Teresa de Calcutá.



Veja como foi o rito de canonização de Madre Teresa de Calcutá, que aconteceu no dia 04/09/2016.



Fontes Pesquisadas
Wikipedia, acesso em 03/09/2016;
Cruz Terra Santa, acesso em 03/09/2016;
Canção Nova, acesso em 03/09/2016;
E-Biografias, acesso em 03/09/2016;
Pensador UOL, acesso em 03/09/2016.

quarta-feira, 13 de julho de 2016

Testemunho Glória Polo - Da Ilusão à verdade!


Olá!!!
Paz e Benção!!!

Hoje trago aos amigos do blog um vídeo emocionante e edificante para a nossa fé: O testemunho de Glória Polo. Em 05 de maio de 1995 a odontóloga colombiana, que se considerava ateia sobreviveu ao ser atingida por um raio, na Universidade Nacional de Bogotá.

Gloria Polo

Em seu testemunho ela, explica sua vida antes do fato, o que aconteceu durante a sua recuperação, como ficou sua vida depois desse encontro com Jesus, a segunda chance e a ordem que ela recebeu: Mudar radicalmente de vida e testemunhar aos outros a experiência pela qual passara e informações sobre o Inferno, o Céu, o Purgatório e o Pecado.

P.S.: Esse testemunho foi registrado em um livro chamado: O livro da vida - Da Ilusão à verdade, à venda em lojas católicas e pela internet. No livro o testemunho, as experiências e a vida de Glória Polo, após o acontecido, estão bem mais detalhados, inclusive ela fala da gestação e do nascimento de sua filha que aconteceram depois do acidente com o raio.

Você pode encontrar o livro na Amazon, clicando no link: https://amzn.to/3lZzzhU

Bom vídeo a todos, e não esqueçam de comentar o que acharam!!!

sábado, 26 de março de 2016

Feliz Páscoa a Todos!

Olá!!!
Paz e Benção a todos!!!

Passando por aqui para desejar uma feliz Páscoa a todos! Desejar a Páscoa de Cristo, a Páscoa da Ressurreição, a Páscoa do perdão, a Páscoa da misericórdia, a Páscoa do amor. 
Que cada um de nós possamos renascer em Jesus, possamos ser novas criaturas e assim poder amar o nosso próximo e poder desfrutar da vida eterna que Cristo nos deu pelo preço de Seu preciosíssimo sangue. 
Boa Páscoa a todos!!!

Aleluia! O Sepulcro vazio está!!!
Cristo Ressuscitou!
Cristo Vive!
Cristo Reina!
Aleluia!

Feliz Páscoa

sábado, 19 de março de 2016

São José - o Pai de Jesus

Olá!!!
Paz e Benção!!!

Hoje é dia de São José, o pai de Jesus, o padroeiro universal da Igreja Católica. Neste dia, a Igreja, espalhada pelo mundo todo, recorda solenemente a santidade de vida do seu patrono. Esposo da Virgem Maria, modelo de pai e esposo, protetor da Sagrada Família, São José foi escolhido por Deus para ser o patrono de toda a Igreja de Cristo.
Tudo o que sabemos de São José é o que nos conta a Sagrada Escritura, no Novo Testamento: que era um homem justo, temente a Deus e aceitou dar sua vida para criar e educar um filho que não era seu (afinal Jesus era filho de Deus). A Escritura Sagrada diz que era carpinteiro (Mt13,55) e pobre, tanto que quando foi levar Jesus ao Templo para ser circuncidado e Maria purificada, ofereceu como sacrifício de um par de rolas, permitido apenas àqueles que não tinham condições de comprar um cordeiro (Lc2,24). Embora sendo pobre, José era de linhagem real, da descendência do rei Davi (Mt1,1-16 e Lc3,23-28). O nome José é a versão lusófona do hebraico Yosef , por meio do latim Iosephus e significa, em hebaico,  “Deus cumula de bens”.
O Evangelho de hoje resume bem a sua importância para nós católicos: "Jacó gerou José, o esposo de Maria, da qual nasceu Jesus, que é chamado o Cristo. 18A origem de Jesus Cristo foi assim: Maria, sua mãe, estava prometida em casamento a José, e, antes de viverem juntos, ela ficou grávida pela ação do Espírito Santo. 19José, seu marido, era justo e, não querendo denunciá-la, resolveu abandonar Maria, em segredo. 20Enquanto José pensava nisso, eis que o anjo do Senhor apareceu-lhe, em sonho, e lhe disse: "José, Filho de Davi, não tenhas medo de receber Maria como tua esposa, porque ela concebeu pela ação do Espírito Santo. 21Ela dará à luz um filho, e tu lhe darás o nome de Jesus, pois ele vai salvar o seu povo dos seus pecados". 24aQuando acordou, José fez conforme o anjo do Senhor havia mandado." (Mt 1,16.18-21.24a).
Quando Jesus começou sua vida pública lá pelos 30 anos, muito provavelmente José já era morto. De fato, sua presença não é mencionada depois do segundo capítulo de Lucas. Soma-se à suposição o fato de que, quando Jesus é crucificado, este confia Maria ao seu discípulo amado, o qual, segundo o evangelista João, "A partir dessa hora, a recebeu em sua casa", uma preocupação que não teria sentido se José ainda fosse vivo.
É venerado como Santo, também, pela Igreja Ortodoxa e pela Igreja Anglicana. A Igreja Católica, o celebra como seu padroeiro universal. Operário, é tido como "Padroeiro dos Trabalhadores", e, pela fidelidade a sua esposa e dedicação paternal a Jesus, como "Padroeiro das Famílias", emprestando seu nome a muitas igrejas e lugares ao redor do mundo.
Só mais uma curiosidade, aqui no nordeste, sobretudo no sertão, é também dia de plantar o milho que será consumido nas festas juninas, pois é o dia que antecede a chegada do outono. No interior é dia de festa religiosa, com missas, ladainhas e procisões, e festa profana após o cultivo do milho, marcado por orações e pedidos de chuva. “Meu divino São José, imploro em vossos pés, mandai chuva com abundância, meu Jesus de Nazaré”. Com essa declamação, muitos agricultores imploram ao santo ajuda para ter um ano de abundância. Ainda segundo o costume popular, se chover no dia de São José, é sinal de chuva no inverno e de um ano de fartura.

Se você desejar adquirir esse DVD para assistir quando quiser, independente de internet, ele está disponível no site da Amazon, é só clicar no link: https://amzn.to/40P7QiE

Sua festa litúrgica é celebrada no dia 19 de março.

São josé, rogai por nós!!!



Fontes pesquisadas: 
Wikipedia, acesso em 19/03/2016
Glorioso São José, acesso em 19/03/2016
Canção Nova, acesso em 19/03/2016
Santo do dia canção nova, acesso em 19/03/2016
Blog Luz do Guerreiro, acesso em 19/09/2016