Chegando mais um bom filme para curtirmos em família, um filme que é um verdadeiro chamado à conversão, então não perde tempo, chama todo mundo, prepara a pipoca e outros lanches mais, acomoda o povo e bora lá pra mais um filme!
O filme de hoje é "Irmão Sol, Irmã Lua" do premiadíssimo diretor Franco Zeffirelli e fala de São Francisco e Santa Clara, ambos da cidade de Assis, na Itália. A história da vida desses dois grandes santos você pode conhecer melhor em outras postagens do Blog: Santa Clara e São Francisco de Assis.
O filme foi produzido em 1972, é uma produção ítalo-britânico, e conta com Graham Faulkner e Judi Bowker vivendo, respectivamente, São Francisco e Santa Clara de Assis.
Quem desejar comprar o filme, eu o encontrei à venda no site da Paulus.
Um ótimo filme a todos!
São Francisco e Santa Clara de Assis, roguem por nós!!!
Hoje é dia de aprendermos um pouco mais sobre a maravilhosa história da igreja de Cristo, e para colaborar com isso trago hoje mais um bom filme sobre a vida de Santa Clara de Assis. Reúna a família toda, prepara a sala, e vamos lá que o filme é por minha conta!!!
Nascimento e Juventude de Clara
Chiara d'Offreducci nasceu em 16 de julho de 1193, segundo a tradição, seu nome vem de uma inspiração dada a sua fervorosa mãe, que dizia que sua filha haveria de iluminar o mundo com sua santidade. Clara era de família rica, seu pai, Favarone Scifi, era conde. Sua mãe se chamava Hortolana Fiuni. Clara era neta e filha de fidalgos (pessoas da classe nobre). Sua família vivia em um palácio na cidade, tinha muitas propriedades e até um castelo. Clara tinha dois irmãos e duas irmãs. Suas irmãs Catarina e Beatriz, mais tarde, iriam entrar para o convento junto com sua mãe, após esta ficar viúva. Quando Clara tinha por volta de doze anos, sua família vai morar em Corozano e depois vão para Perugia, refugiando-se de uma revolução. Desde muito nova se mostrava caridosa e respeitava os mais pobres.
Durante sua juventude, por volta dos 16 anos, por várias vezes ouviu as pregações de um frade cuja conversão havia comovido toda a cidade de Assis: São Francisco. No seu coração ardia a vontade de imitar a Francisco de Assis, na santa vida que ele levava. Resolveu, então, tudo abandonar para seguir aquela testemunha viva de Deus. Mas os seus pais tinham outras expectativas, pois juntando a beleza, a nobreza, a riqueza e um temperamento amável traziam à Clara todas as possibilidades de um casamento brilhante e muito proveitoso à família. Começou então para ela uma árdua batalha de palavras e atitudes para convencer seus pais a aceitarem uma decisão já tomada e irrevogável.
Da mesma forma que São Francisco, Clara também enfrentou forte oposição da família, que não aceitava que sua filha abandonasse a vida nobre para viver na completa miséria, mas nada a demoveu de seu ideal.
Clara Renuncia ao Mundo
No domingo de Ramos de 1212, a jovem Clara, aos 18 anos de idade se lançou numa heroica aventura, fugir de casa com uma amiga, Felipa de Guelfuccio, para encontrar São Francisco de Assis, na Porciúncula, (capelinha de Santa Maria dos Anjos, onde nasceu a ordem dos Franciscanos e, posteriormente, a ordem de Santa Clara). Lá ela era esperada para fazer os primeiros votos e entrar no convento dos franciscanos. Diante da imagem de Santa Maria dos Anjos, a jovem renunciou ao mundo por amor ao Menino Jesus, posto numa pobre manjedoura. Cobriu-se de uma túnica de lã e cingiu-se de uma corda, à maneira dos frades franciscanos, aos quais entregou suas luxuosas vestes. O próprio São Francisco cortou seus lindos cabelos loiros (tal ato era considerado um voto de pobreza e de certa forma uma exigência para a entrada na vida religiosa), ela cobriu a cabeça com um véu negro e calçou sandálias de madeira e pronunciou os votos, firmando a sua união com Jesus Cristo. Clara foi a primeira mulher a aderir aos ideias franciscanos em sua vida.
Seguindo o conselho de São Franciso, Clara ingressou primeiramente no Mosteiro beneditino de São Paulo das Abadessas, com o objetivo de familiarizar-se com a vida religiosa. Em seguida foi para a Ermida de Santo Ângelo de Panço, onde sua irmã de sangue, Catarina, juntou-se a ela. pois também queria seguir a vida monástica junto da irmã. E ali, ela passa a ser chamada de Inês.
A Família de Clara, que já estava inconformada com sua decisão, ficou ainda mais revoltada com a decisão de Inês, e decidiu uma investida contra a decisão das duas: enviar uma tropa de doze homens fortes e bem armados, comandados pelo tio Monaldo, com ordens do pai para trazer Inês de volta, ainda que por meios violentos, viva ou morta. Diante daquela demonstração de força, as freiras de Santo Ângelo decidiram deixar a jovem partir. Inês, porém, disposta a tudo, reagiu à investida e, arrastada pelos cabelos e espancada com brutalidade gritava pedindo socorro a Clara, que começa a rezar impiedosamente pela irmã e um milagre se instaura: Santa Inês fica tão pesada que torna impossível o ato de arrastá-la no chão. Mesmo assim, Monaldo não se dá por vencido e tenta agredi-la com um golpe, mas imediatamente sente a mão se contrair. Sem saber mais como agir, ele desiste de levar Santa Inês e foge. Algum tempo depois Francisco levou-as para o Convento de São Damião, onde seria sediada a Ordem Segunda Franciscana, das monjas. Primeiramente elas seriam chamadas “Damianitas”, e depois, a escolha de Clara, de “Damas Pobres”, e por último, como são chamadas até hoje, “Irmãs Clarissas”.
Milagres Ainda em Vida
Durante a invasão muçulmana, em 1198, a região de Assis passou necessidades. Tanto que, certa vez, as irmãs, que já eram mais de 50, não tinham o que comer. Então a irmã cozinheira chega desesperada e diz a Santa Clara de Assis que havia somente um pão na cozinha. Clara diz a ela: confie em Deus e divida o pão em 50 pedaços. A irmã cozinheira, mesmo sem entender, obedece. Então, de repente, dezenas de pães aparecem na cozinha e as irmãs conseguem se sustentar por vários dias. Em outra ocasião, e talvez uma das mais expressivas de sua vida, foi durante a tentativa de invasão dos sarracenos (muçulmanos) ao convento das Clarissas, em Assis. Clara pegou o ostensório com o Santíssimo Sacramento e disse aos invasores que Cristo era mais forte que todos eles. Então, inexplicavelmente, todos, tomados de grande medo, fugiram sem saquear o convento. Por isso, Santa Clara é representada com suas vestes marrons segurando o ostensório.
A Aprovação da Regra
São Francisco escreveu uma “Regra de Vida” para as freiras, a qual se resumia na prática da Pobreza Evangélica. E em 1215 obteve para elas a aprovação do Papa Inocêncio III. Nessa ocasião, Clara, por ordem expressa do Santo Fundador, aceitou o encargo de Abadessa. Estava fundada a Ordem das Clarissas. Com a morte do seu pai, Clara herdou uma grande fortuna, da qual nada reteve para o convento. Distribuiu-a totalmente aos pobres. O Papa Gregório IX procurou fazê-la aceitar para si e para o convento alguns bens temporais, argumentando que podia, para esse fim, desligá-la do voto de pobreza. Ela respondeu: — Santo Padre, desligai-me dos meus pecados, mas não da obrigação de seguir Jesus Cristo!
O Milagre da Missa Projetada
Por volta de 1224, Clara foi acometida de uma enfermidade e aos poucos foi enfraquecendo. Em 1252, já bem doente, ela queria muito ir a uma missa na Igreja de São Francisco (já falecido). Não tendo condições de ir por estar doente, ela entrou em oração e conseguiu assistir toda a celebração de sua cama em seu quarto no convento. Segundo seus relatos, a Missa aparecia para ela como que projetada na parede de seu humilde quarto. Santa Clara conseguiu ver e ouvir toda a celebração sem sair de sua cama. O fato foi confirmado quando Santa clara de Assis contou fatos acontecidos na missa, detalhando palavras do sermão do celebrante. Mais tarde, várias pessoas que estiveram na missa confirmaram que o que Santa Clara narrou, de fato aconteceram.
Morte e Canonização
Santa Clara de Assis morreu em Assis no dia 11 de agosto de 1253, aos 60 anos de idade, 41 deles dedicados a vida monástica. Um dia antes de sua morte ela recebeu a visita do Papa Inocêncio IV, que lhe entregou a Regra escrita por ela, aprovada e aplicada a todas as monjas. Na hora de sua morte ela disse: "Vá segura, minha alma, porque você tem uma boa escolha para o caminho. Vá, porque Aquele que a criou também a santificou. E, guardando-a sempre como uma mãe guarda o filho, amou-a com eterno amor. E Bendito sejais Vós, Senhor que me criastes".
O Papa mandou enterrá-la na Igreja de São Jorge, onde São Francisco estava enterrado. Em 1260 depois de construída a Basílica de Santa Clara, ao lado da Igreja de São Jorge seu corpo foi transladado com todas as honras para lá. Dois anos após a sua morte foi proclamada santa Clara de Assis, pelo Papa Alexandre IV, e em 1958, o Papa Pio XII proclamou oficialmente Santa Clara de Assis como a padroeira da televisão.
Sua festa litúrgica é celebrada no dia 11 de Agosto.