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sábado, 8 de julho de 2017

Hildegarda de Bingen - Luz Animada Pela Inspiração Divina

Olá!!!
Paz e Benção!!!

Vamos a mais um bom filme para enriquecer nosso conhecimento e nossa fé, hoje trago a todos a história de uma importante figura feminina da Idade Média, que se distinguiu pela sabedoria espiritual e pela santidade de vida, hoje é dia de aprender sobre uma santa e doutora da igreja: Hildegarda de Bingen.

Infância e Início da Vida Religiosa
Hildegard von Bingen nasceu no castelo de Böckekheim, condado de Spanhein, diocese de Maicus, no ano de 1098, ela foi o décimo filho do casal Hildebert e Matilde de Bermersheim, nobre e riquíssima família alemã. Segundo a Vita Sanctae Hildegardis, a mais importante biografia antiga sobre ela, aos três anos de idade ela teve sua primeira experiência espiritual, quando viu uma luz de brilho deslumbrante que fez sua alma tremer, e nos anos seguintes essas visões se repetiram com frequência. Hildegarda relatou algumas delas para as pessoas de sua família, mas, intimidada com a reação de surpresa e desconfiança que causavam, logo cessou de mencioná-las
Como era o costume na época, aos oito anos de idade foi entregue aos cuidados de religiosas do Mosteiro de Disibodenberg, mais especificamente da abadessa Jutta, que era a mestra de um pequeno grupo de monjas enclausuradas, da Ordem Beneditina. Lá, recebeu os primeiros fundamentos dos ensinamentos de Cristo, aprendendo o desapego que deveria ter com as coisas e vaidades mundanas. Jutta introduziu Hildegarda no modo de vida dos Beneditinos e deu-lhe as primeiras letras através da leitura das Escrituras.
Fez os votos religiosos aos 12 anos, idade em que uma moça era então considerada maior, no convento em que vivia. Havia, entretanto, um fator que a unia especialmente a Deus: as comunicações sobrenaturais de que era objeto. Iniciadas as visões na primeira infância e tendo continuidade ao longo de toda a sua vida, elas deram a Santa Hildegarda um discernimento profundo da ação do bem e do mal, da graça e do pecado, da realização da vontade de Deus a que o homem é chamado e a facilidade que este tem em desprezar os desígnios divinos.

Abadessa Hildegarda e Início dos Escritos Teológicos
Aos 39 anos, quando Jutta faleceu, as religiosas daquele mosteiro elegeram Hildegarda como Abadessa. Por volta dos 42 anos ela teve uma visão, que assim descreveu: "os céus se abriram e uma luz ofuscante de excepcional fulgor fluiu para dentro de meu cérebro. E então ela incendiou todo o meu coração e peito como uma chama, não queimando, mas aquecendo… e subitamente entendi o significado das exposições dos livros, ou seja, dos Salmos, dos Evangelhos e dos outros livros católicos do Velho e Novo Testamentos". Ao mesmo tempo em que ela estava maravilhada com a visão, uma voz lhe ordenava: "Oh mulher frágil, cinza de cinza e corrupção de corrupção, proclama e escreve o que vês e ouves". Para que não restassem dúvidas, a ordem lhe foi repetida por três vezes.
Ela hesitou durante algum tempo a colocar em prática o mandado divino, não por desobediência, mas por temor pelo que poderia acontecer, além de achar-se indigna e isso a atormentava, tanto que caiu doente. Por incentivo do monge Volmar transcreveu alguma coisa em segredo, os primeiros esboços de seu Liber scivias Domini, mas somente em 1147, procurou para orientar-lhe o Abade Francês Bernardo de Claraval (São Bernardo), fundador da Abadia de Claraval, que a encorajou a confiar no seu próprio julgamento e através dele atender ao chamado que recebera. Logo Bernardo de Claraval passou a apoiá-la efetivamente, chegando a fazer com que o papa Eugênio III chegasse a ler alguns de seus escritos iniciais diante do sínodo reunido em Trier em 1147-1148. Após a visita feita pelo Bispo de Verdun e seu Bispo-Auxiliar, sob ordem do Papa, para avaliar a vida, a conduta e os escritos de Santa Hildegarda, é apresentado o relatório sobre o que foi visto e diante de tudo o que foi apresentado, o Papa pessoalmente escreveu a Santa Hildegarda dizendo: “Nós ficamos admirados, minha filha, que Deus mostre em nosso tempo novos milagres. Nós te felicitamos pela graça de Deus. Conserve e guarde esta graça.” São Bernardo de Claraval chegou a chamá-la de luz animada pela inspiração divina que aconselhava Papas, Bispos e Imperadores.

Hildegarda Escritora, Peregrina e Pregadora
A partir desse episódio, uma nova vida se iniciou para Santa Hildegarda, em 1148, obedecendo uma ordem recebida em uma visão, deixou Disibodenberg junto com outras monjas para revitalizar o antigo Mosteiro de Rupertsberg, então arruinado. Por volta de 1150, o prédio estava restaurado, e o grupo, instalado. Sua primeira obra, o Liber scivias Domini (Livro do conhecimento dos caminhos do Senhor), foi concluída ali em 1151, contendo uma coleção de relatos sobre suas visões até então.
Ela mesma já era famosa por seus escritos e milagres e se correspondia com várias personalidades importantes, e ganhou a amizade e a proteção de Frederico II. Também desta fase datam suas primeiras composições musicais e poéticas conhecidas, bem como suas primeiras observações científicas da natureza e textos médicos. A partir de 1158 iniciou sua próxima obra importante, o Liber vitae meritorum (Livro dos méritos da vida), onde examinou os vícios e as virtudes da vida humana, mas esteve doente ao longo de quase todo o período em que o escreveu.
A partir de 1160 empreendeu diversas viagens pela Alemanha e França a fim de pregar, um privilégio nunca outorgado a mulheres, indo primeiro a Mogúncia, Würzburg, Ebrach e Bamberg. Depois viajou para a Lorena, passando por Trier e Metz. No ano seguinte visitou Colônia e outras cidades, indo até o Ruhr. Em 1163 terminou o Liber vitae e imediatamente iniciou sua obra teológica mais notável, o Liber divinorum operum (Livro das obras divinas), um comentário sobre o prólogo do Evangelho de São João e sobre o livro do Gênesis, aprofundando os temas já tratados no Scivias (A escrita dessa obra só foi terminada em 1174, pouco antes de sua morte). Em 1165 suas tarefas duplicaram com a fundação de um novo mosteiro em Eibingen, para acomodar o crescente número de monjas sob seus cuidados, visitava-o duas vezes por semana, e nesse período seus biógrafos dizem que fez suas primeiras curas milagrosas e exorcismos. Em 1170, já idosa, uma visão ordenou que ela fizesse uma última viagem, agora para Maulbronn, Hirsau, Zwiefalten e outras cidades. Nesse período escreveu as biografias de São Rupert e São Disibod, um comentário sobre a Regra Beneditina, e outras peças menores. Suas pregações eram audaciosas e veementes, denunciando os vícios do clero e combatendo as heresias, em particular a dos cátaros, que naquela altura estavam penetrando rapidamente na Germânia, fazendo muitos seguidores.

Hildegarda e Seu Descanso em Deus
Santa Hildegarda foi uma grande mulher – religiosa, mística, profetiza, escritora, pregadora, conselheira, médica e compositora – e viveu seus últimos anos no convento de Eibingen, o terceiro que fundou, na outra margem do Reno, e o único que se salvou dos saques dos bárbaros e das devastações das guerras. Aos 82 anos, sem dobrar-se diante do peso das fadigas e dos sofrimentos, aquela que nunca recusou socorro aos filhos de Deus entregou sua alma em meio à grande paz e serenidade de seu mosteiro. Era o dia 17 de setembro de 1179. Ela foi canonizada em 1584, pelo Papa Gregório XIII. Ela é considerada padroeira dos músicos.

Sua festa litúrgica é celebrada dia 17 de Setembro.

Santa Hildegarda, rogai por nós!!!

Bom filme a todos!!!

Fontes Pesquisadas:

Wikipedia, acesso em 08/07/2017;
O Catolicismo, acesso em 08/07/2017;
A Santa Sé, acesso em 08/07/2017;
E-Biografia, acesso em 08/07/2017;
Associação Católica Nossa Senhora de Fátima, acesso em 08/07/2017;
Rede Século 21, acesso em 08/07/2017;
Rainha Maria, acesso em 08/07/2017. 

sábado, 26 de novembro de 2016

Santa Clara de Assis - Patrona da Televisão

Olá!!!

Paz e benção!!!

Hoje é dia de aprendermos um pouco mais sobre a maravilhosa história da igreja de Cristo, e para colaborar com isso trago hoje mais um bom filme sobre a vida de Santa Clara de Assis. Reúna a família toda, prepara a sala, e vamos lá que o filme é por minha conta!!!

Nascimento e Juventude de Clara
Chiara d'Offreducci nasceu em 16 de julho de 1193, segundo a tradição, seu nome vem de uma inspiração dada a sua fervorosa mãe, que dizia que sua filha haveria de iluminar o mundo com sua santidade. Clara era de família rica, seu pai, Favarone Scifi, era conde. Sua mãe se chamava Hortolana Fiuni. Clara era neta e filha de fidalgos (pessoas da classe nobre). Sua família vivia em um palácio na cidade, tinha muitas propriedades e até um castelo. Clara tinha dois irmãos e duas irmãs. Suas irmãs Catarina e Beatriz, mais tarde, iriam entrar para o convento junto com sua mãe, após esta ficar viúva. Quando Clara tinha por volta de doze anos, sua família vai morar em Corozano e depois vão para Perugia, refugiando-se de uma revolução. Desde muito nova se mostrava caridosa e respeitava os mais pobres.
Durante sua juventude, por volta dos 16 anos, por várias vezes ouviu as pregações de um frade cuja conversão havia comovido toda a cidade de Assis: São Francisco. No seu coração ardia a vontade de imitar a Francisco de Assis, na santa vida que ele levava. Resolveu, então, tudo abandonar para seguir aquela testemunha viva de Deus. Mas os seus pais tinham outras expectativas, pois juntando a beleza, a nobreza, a riqueza e um temperamento amável traziam à Clara todas as possibilidades de um casamento brilhante e muito proveitoso à família. Começou então para ela uma árdua batalha de palavras e atitudes para convencer seus pais a aceitarem uma decisão já tomada e irrevogável.
Da mesma forma que São Francisco, Clara também enfrentou forte oposição da família, que não aceitava que sua filha abandonasse a vida nobre para viver na completa miséria, mas nada a demoveu de seu ideal. 

Clara Renuncia ao Mundo
No domingo de Ramos de 1212, a jovem Clara, aos 18 anos de idade se lançou numa heroica aventura, fugir de casa com uma amiga, Felipa de Guelfuccio, para encontrar São Francisco de Assis, na Porciúncula, (capelinha de Santa Maria dos Anjos, onde nasceu a ordem dos Franciscanos e, posteriormente, a ordem de Santa Clara). Lá ela era esperada para fazer os primeiros votos e entrar no convento dos franciscanos. Diante da imagem de Santa Maria dos Anjos, a jovem renunciou ao mundo por amor ao Menino Jesus, posto numa pobre manjedoura. Cobriu-se de uma túnica de lã e cingiu-se de uma corda, à maneira dos frades franciscanos, aos quais entregou suas luxuosas vestes. O próprio São Francisco cortou seus lindos cabelos loiros (tal ato era considerado um voto de pobreza e de certa forma uma exigência para a entrada na vida religiosa), ela cobriu a cabeça com um véu negro e calçou sandálias de madeira e pronunciou os votos, firmando a sua união com Jesus Cristo. Clara foi a primeira mulher a aderir aos ideias franciscanos em sua vida.
Seguindo o conselho de São Franciso, Clara ingressou primeiramente no Mosteiro beneditino de São Paulo das Abadessas, com o objetivo de familiarizar-se com a vida religiosa. Em seguida foi para a Ermida de Santo Ângelo de Panço, onde sua irmã de sangue, Catarina, juntou-se a ela. pois também queria seguir a vida monástica junto da irmã. E ali, ela passa a ser chamada de Inês. 
A Família de Clara, que já estava inconformada com sua decisão, ficou ainda mais revoltada com a decisão de Inês, e decidiu uma investida contra a decisão das duas: enviar uma tropa de doze homens fortes e bem armados, comandados pelo tio Monaldo, com ordens do pai para trazer Inês de volta, ainda que por meios violentos, viva ou morta. Diante daquela demonstração de força, as freiras de Santo Ângelo decidiram deixar a jovem partir. Inês, porém, disposta a tudo, reagiu à investida e, arrastada pelos cabelos e espancada com brutalidade gritava pedindo socorro a Clara, que começa a rezar impiedosamente pela irmã e um milagre se instaura: Santa Inês fica tão pesada que torna impossível o ato de arrastá-la no chão. Mesmo assim, Monaldo não se dá por vencido e tenta agredi-la com um golpe, mas imediatamente sente a mão se contrair. Sem saber mais como agir, ele desiste de levar Santa Inês e foge. Algum tempo depois Francisco levou-as para o Convento de São Damião, onde seria sediada a Ordem Segunda Franciscana, das monjas. Primeiramente elas seriam chamadas “Damianitas”, e depois, a escolha de Clara, de “Damas Pobres”, e por último, como são chamadas até hoje, “Irmãs Clarissas”.

Milagres Ainda em Vida
Durante a invasão muçulmana, em 1198, a região de Assis passou necessidades. Tanto que, certa vez, as irmãs, que já eram mais de 50, não tinham o que comer. Então a irmã cozinheira chega desesperada e diz a Santa Clara de Assis que havia somente um pão na cozinha. Clara diz a ela: confie em Deus e divida o pão em 50 pedaços. A irmã cozinheira, mesmo sem entender, obedece. Então, de repente, dezenas de pães aparecem na cozinha e as irmãs conseguem se sustentar por vários dias. Em outra ocasião, e talvez uma das mais expressivas de sua vida, foi durante a tentativa de invasão dos sarracenos (muçulmanos) ao convento das Clarissas, em Assis. Clara pegou o ostensório com o Santíssimo Sacramento e disse aos invasores que Cristo era mais forte que todos eles. Então, inexplicavelmente, todos, tomados de grande medo, fugiram sem saquear o convento. Por isso, Santa Clara é representada com suas vestes marrons segurando o ostensório.

A Aprovação da Regra
São Francisco escreveu uma “Regra de Vida” para as freiras, a qual se resumia na prática da Pobreza Evangélica. E em 1215 obteve para elas a aprovação do Papa Inocêncio III. Nessa ocasião, Clara, por ordem expressa do Santo Fundador, aceitou o encargo de Abadessa. Estava fundada a Ordem das Clarissas. Com a morte do seu pai, Clara herdou uma grande fortuna, da qual nada reteve para o convento. Distribuiu-a totalmente aos pobres. O Papa Gregório IX procurou fazê-la aceitar para si e para o convento alguns bens temporais, argumentando que podia, para esse fim, desligá-la do voto de pobreza. Ela respondeu: — Santo Padre, desligai-me dos meus pecados, mas não da obrigação de seguir Jesus Cristo!

O Milagre da Missa Projetada
Por volta de 1224, Clara foi acometida de uma enfermidade e aos poucos foi enfraquecendo. Em 1252, já bem doente, ela queria muito ir a uma missa na Igreja de São Francisco (já falecido). Não tendo condições de ir por estar doente, ela entrou em oração e conseguiu assistir toda a celebração de sua cama em seu quarto no convento. Segundo seus relatos, a Missa aparecia para ela como que projetada na parede de seu humilde quarto. Santa Clara conseguiu ver e ouvir toda a celebração sem sair de sua cama. O fato foi confirmado quando Santa clara de Assis contou fatos acontecidos na missa, detalhando palavras do sermão do celebrante. Mais tarde, várias pessoas que estiveram na missa confirmaram que o que Santa Clara narrou, de fato aconteceram.

Morte e Canonização
Santa Clara de Assis morreu em Assis no dia 11 de agosto de 1253, aos 60 anos de idade, 41 deles dedicados a vida monástica. Um dia antes de sua morte ela recebeu a visita do Papa Inocêncio IV, que lhe entregou a Regra escrita por ela, aprovada e aplicada a todas as monjas. Na hora de sua morte ela disse: "Vá segura, minha alma, porque você tem uma boa escolha para o caminho. Vá, porque Aquele que a criou também a santificou. E, guardando-a sempre como uma mãe guarda o filho, amou-a com eterno amor. E Bendito sejais Vós, Senhor que me criastes".
O Papa mandou enterrá-la na Igreja de São Jorge, onde São Francisco estava enterrado. Em 1260 depois de construída a Basílica de Santa Clara, ao lado da Igreja de São Jorge seu corpo foi transladado com todas as honras para lá. Dois anos após a sua morte foi proclamada santa Clara de Assis, pelo Papa Alexandre IV, e em 1958, o Papa Pio XII proclamou oficialmente Santa Clara de Assis como a padroeira da televisão.

Sua festa litúrgica é celebrada no dia 11 de Agosto.

Santa Clara de Assis, Rogai por nós!!!

Bom filme a todos!!!


Fontes Pesquisadas: 
Wikipédia, acesso em 26/11/2016
Cruz Terra Santa, acesso em 26/11/2016
Arautos do Evangelho, acesso em 26/11/2016
Nossa Sagrada Família, acesso em 26/11/2016
Info Escola, acesso em 26/11/2016

domingo, 18 de setembro de 2016

As Mártires Carmelitas de Compiègne

Olá!!!

Paz e Benção!!!

Vamos a mais um bom filme para evangelizar e assistir em família, hoje trazendo mais um pedido dos nossos amigos e retrata mais um capítulo sangrento da história do cristianismo. O filme "O diálogo das Carmelitas", de 1960, retrata o heroico martírio de dezesseis religiosas do Carmelo de Compiègne assassinadas por revolucionários franceses do Comitê de Salvação Pública que as levaram à guilhotina por ódio à religião, no segundo período do Terror da Revolução Francesa.

A França e o Cristianismo
De acordo com tradições religiosas, Maria, Marta e Lázaro teriam desembarcado na região de Saintes-Maries-de-la-Mer com um grupo de pessoas vindos da Palestina. Lázaro teria se tornado bispo em Marselha e Marta e Maria se dedicaram a ajudar aos pobres, anunciando-lhes a Mensagem de Jesus (essa versão, porém, é contestada por alguns historiadores).
Os primeiros relatos da presença de cristãos na França datam do século II. Nesses escritos São Ireneu de Lyon relata detalhadamente a perseguição aos cristãos de Lyon. Em 496, Clóvis I (primeiro rei dos Francos a unir todas as tribos francas sob um único governante, alterando a forma de liderança de um grupo de chefes reais para um governo de um único rei e assegurando que o reinado era passado para os seus herdeiros. Ele é considerado o fundador da França) se converteu ao cristianismo, tornando-se um verdadeiro aliado do Papado e de todos os cristãos francos. Para aprofundar ainda mais as relações entre os merovíngios e Roma, o Papa Leão III coroou Carlos Magno Imperador do Sacro Império Romano no Natal de 800.
Antes da Revolução, a Igreja Católica Romana era a religião oficial do estado francês desde a coroação de Clóvis. A relação entre o povo francês e a Santa Sé era tão intensa, sendo a França chamada de "A filha mais velha da Igreja" e seu monarca "o mais católico dos reis".

A Revolução Francesa
Na época da revolução a sociedade estava dividida em 3 grupos: O Clero ou Primeiro Estado - Composto pelo alto e baixo clero, e representava cerca de 0,5% da população; A nobreza, ou Segundo Estado, composta por cortesões ( que viviam à custa do Estado), provinciais ( que se mantinham com as rendas dos feudos), e nobres togados ( juízes e altos funcionários burgueses que adquiriram os seus títulos e cargos, transmissíveis aos herdeiros) representando 1,5% dos habitantes; O Terceiro Estado, constituído por burgueses, camponeses sem terra e os "sans-culottes", uma camada composta por artesãos, aprendizes e proletários, que tinham este nome graças às calças simples que usavam, diferentes dos tecidos caros utilizados pelos nobres.
Desde que Luís XIV, o Rei Sol, assumiu o reinado, a França encontrava-se cheia de dívidas advindas de antigos reinados, das guerras de conquista da monarquia e da manutenção da corte, que era bastante luxuosa. Após a participação do país na Guerra de Independência dos EUA e na Guerra dos Sete Anos os gastos aumentaram consideravelmente. O rei detinha o poder absoluto, controlando todas as áreas: economia, justiça, política e até a religião.
Estima-se que a revolução teve início em maio de 1789, quando Luís XVI tentou criar reformas tributárias, mas sofreu muita rejeição dos nobres e cleros. Em busca da manutenção dos seus privilégios, os nobres se juntaram à burguesia no que ficou conhecido como a Revolta da Aristocracia. Luís XVI resolveu convocar a Assembleia dos Estados Gerais em 1789 para tentar evitar a revolução que estava se formando.
Em Julho de 1789, após o terceiro Estado se auto-proclamar Assembleia Nacional Constituinte, a população invadiu a fortaleza de Bastilha em Paris com o objetivo de demonstrar simbolicamente a queda do absolutismo. A Queda da Bastilha foi o evento máximo e decisivo para o início da Revolução Francesa, pois era a prisão para a qual o rei enviava os condenados. 

Liberdade, Igualdade e Fraternidade
O lema dos revolucionários era "Liberdade, Igualdade e Fraternidade" bonitinho não é? Só que não! Em 1790 a Assembléia Nacional Constituinte suprimiu as ordens religiosas; Em junho de 1791 foi aprovada a Lei de Le Chapelier que proibia os sindicatos de trabalhadores e as greves, a punição poderia chegar até à pena de morte. Em abril de 1791, o Estado nacionaliza e passa a administrar todos os bens da Igreja Católica, sendo aprovada em julho a Constituição Civil do Clero separou Igreja e Estado e transformou os clérigos em assalariados do governo, a quem deviam obediência. Determinou-se também que os bispos e padres de paróquias seriam eleitos por todos os eleitores, independentemente de filiação religiosa. Os clérigos foram obrigados a jurar fidelidade à nova Constituição. Os que o fizeram ficaram conhecidos como juramentados; os que se recusaram passaram a ser chamados de refratários e eram considerados contra-revolução; Em 1793 cria-se o Comitê de Salvação Pública e o Comitê de Segurança Geral iniciando-se o reino do Terror. Nesse período a monarquia foi abolida e muitos nobres abandonam o país, a família de Luís XVI é presa e em seguida assassinada por guilhotinamento. Em seus momentos mais cruéis houve, em nome da Revolução, um verdadeiro extermínio, especialmente de católicos no oeste e, sobretudo,em La Vendée, onde foi dada a ordem de eliminar as mulheres para que não pudessem trazer filhos ao mundo e mutilar os meninos para que quando maiores não se tornassem guerrilheiros.

A Revolução Contra o Cristianismo
Buscava-se abolir todo o passado cristão da França. Não mais se falava em “era cristã”, utilizava-se um calendário republicano. O domingo, principal dia de culto para os cristãos, foi abolido. O mês agora teria trinta dias subdividido em três semanas de dez dias. Para se substituir os dias santos, passou-se a denominar cada dia do ano com o nome de um animal, planta ou árvore. O culto religioso foi proibido, e várias vezes o tentaram substituir por um culto revolucionário, como o culto à razão e ao Ser Supremo. Esses cultos exaltavam a vitória da razão e da consciência sobre a dominação da Igreja. Sobre o culto ao Ser Supremo, Maximilien de Robespierre ( advogado e político) aparece como pontífice da religião do Estado na tentativa promover a união entre o sentimento revolucionário e o sentimento religioso.  Igrejas eram apedrejadas, imagens religiosas eram destruídas, profanaram-se as Catedrais e demais igrejas com cultos à “deusa da razão”, muitas igrejas foram transformadas em armazéns ou estrebarias. Os cristãos eram obrigados a amotinar-se em lugares escondidos para a celebração da Missa. Os padres não jurados arriscavam-se a ser presos; os fiéis, por sua vez, temiam pelo que lhes pudesse acontecer se fossem pegos ouvindo a estes “traidores”.
Hospitais, asilos, casas de caridade, albergues e escolas mantidas pela Igreja foram fechadas, milhares de sacerdotes e freiras foram assassinados e é nesse cenário que chegamos às personagens principais do nosso filme: as Carmelitas ou Mártires Carmelitas de Compiègne ou Mártires de Compiègne ( Compienha ), que em 17 de julho de 1794, foram assassinadas por guilhotinamento no local hoje denominado "Place de la Nation" (na época Place du Trône Renversé).

As Mártires de Compiègne
O martírio delas começou em agosto de 1790, quando a Comissão Distrital inventariou o convento e suas possessões, interrogou cada uma das freiras que ali viviam Em 1792 elas foram forçadas a se retirar do convento e obrigadas a se separarem e morar em grupos e endereços diferentes, não podiam usar roupas e nomes religiosos. Em 1794 as freiras foram levadas a prisão Conciergerie de Paris, ali ficaram por alguns dias até serem julgadas diante do Tribunal Revolucionário de Fouquet-Tinville, um julgamento sem advogados, sem testemunhas e sem evidências, onde as freiras foram taxadas como "revolucionárias" e condenadas à morte por atividades contra-revolucionárias (lembremos que elas eram freiras enclausuradas!).

No dia 17 de julho de 1794, antes de serem executadas ajoelharam-se e cantaram o hino Veni Creator, após o que todas renovaram em voz alta os seus compromissos do batismo e os votos religiosos. A execução teve início com a noviça e por último foi executada a Madre Superiora 'Madeleine-Claudine Ledoine (Madre Teresa de Santo Agostinho). Durante as execuções o povo ficou em absoluto silêncio. Os corpos foram levados rapidamente para o antigo convento dos agostinianos do Faubourg de Picpus. Lá foram lançados na fossa comum e cobertos de cal viva. Hoje há ali um gramado cercado de ciprestes, com uma simples cruz de ferro. É um lugar de silêncio e oração. 

O Fim da Perseguição
O quadro de terror e perseguição a Igreja Católica só foi resolvido quando Napoleão Bonaparte, no período do Consulado, e o Papa Pio VI assinaram uma Concordata que redefiniu as relações entre a Igreja e o Estado. Por essa Concordata a Igreja Católica foi reconhecida na sua unidade e estatuto, a liberdade de culto foi garantida e o catolicismo aceito como a religião da maioria dos franceses. A igreja continuava, contudo, subordinada ao Estado, uma vez que a nomeação de bispos era feita pelo Consulado. Os territórios da Igreja, como Avignon, e seus bens também não são restituídos. O último pilar do movimento de ataque a Igreja Católica, o Calendário Republicano, foi extinto por Napoleão no Império, em 1805.

Voltando às freiras, na capelinha anexa ao cemitério, onde seus corpos foram sepultados, há uma lápide que traz o nome das dezesseis mártires. Elas foram beatificadas em 27 de maio de 1906 pelo, então, Papa São Pio X.

Sua festa litúrgica é celebrada no dia 17 de Julho

Bom filme a todos!!!

Mártires de Compiegne, rogai por nós!



Fontes Pesquisadas: 
Wikipedia, acesso em 17/09/2016;
Wikipedia, acesso em 17/09/2016;
Wikipedia, acesso em 17/09/2016;
Wikipedia, acesso em 17/09/2016;
Wikipedia, acesso em 17/09/2016;
Tu Es Petrus, acesso em 17/09/2016;
Província Carmelitana de Santo Elias, acesso em 17/09/2016;
Revolução Francesa-Info, acesso em 17/09/2016;
Comshalom.org, acesso em 17/09/2016;
Sagradas Relíqueas-Veneração, acesso em 17/09/2016 (página no Facebook, sendo necessário estar logado na rede social)

segunda-feira, 11 de julho de 2016

Festa Litúrgica de São Bento de Núrsia

Olá!!!
Paz e Benção!!!

Hoje é dia 11 de Julho, dia da festa litúrgica de São Bento de Núrsia. Ele nasceu no ano 480 da era Cristã, foi filho de nobres, mas deixou todo o luxo para viver a vida de Monge. Foi o criador da Ordem de São Bento, cujo o lema é: Ora Et Labora. Que, na prática, quer dizer viver e trabalhar em meio às tarefas do dia-a-dia a partir da oração. Tanto a oração como o trabalho querem nos levar para Deus e colocar-nos a seu serviço.

Ele nos deixou esta importante oração: 

Em Latim:
"Crux Sacra Sihi mihi lux;
non draco sihi mihi dux;
vade retro satana!;
nunquan suad mihi vana;
sunt mala quae libas;
ipse venena bibas"

Tradução:
"A Cruz sagrada seja a minha Luz.
Não seja o Dragão meu guia.
Retira-te Satanás!
Nunca me aconselhes coisas vãs.
É mal o que tu me ofereces.
Bebe tu mesmo do teu veneno !
Rogai por nós bem aventurado São Bento, Para que sejamos dignos das promessas de Cristo.

Clique na imagem abaixo e descubra um pouco mais da vida de São Bento de Núrsia.




São Bento Rogai por nós!!!

domingo, 17 de abril de 2016

São Bento de Núrsia - O Santo Varão

Olá!!!
Paz e Benção!!!

Hoje trazemos um documentário que conta um pouco sobre a vida e a obra de um grande santo: São Bento de Núrsia, monge italiano, fundador da Ordem dos Beneditinos, uma das maiores ordens monásticas do mundo. Foi o criador da Regra de São Bento, um dos mais importantes e utilizados regulamentos de vida monástica, inspiração de muitas outras comunidades religiosas. E irmão gêmeo de Santa Escolástica.

A Vida de São Bento
Filho de nobres romanos, nascido Benedetto, em Nórcia, no ano de 480, em uma nobre família que o enviou para estudar na Cidade Eterna (Roma), no período de decadência do Império.
Diante da decadência – também moral e espiritual – o jovem Bento abandonou todos os projetos humanos para se retirar nas montanhas da Úmbria, onde dedicou-se à vida de oração, meditação e aos diversos exercícios para a santidade. Depois de três anos numa retirada gruta, passou a atrair outros que se tornaram discípulos de Cristo pelos passos traçados por ele, que buscou nas Regras de São Pacômio e de São Basílio uma maneira ocidental e romana de vida monástica. Foi assim que nasceu o famoso mosteiro de Monte Cassino.

Tentativas contra sua vida
Por causa de sua fama de santidade, São Bento foi chamado para ser o abade (superior) do convento de Vicovaro. Ele aceitou, desejando prestar um serviço. Porém, não combinou com a vida que os monges viviam, porque não era incondicional como ele achava que deveria ser o seguimento de Cristo.
Foi se formando entre os religiosos uma antipatia contra o santo, chegando ao cúmulo de tentarem matá-lo com veneno, mas, abençoando a taça de vinho envenenada, como fazia com todos os alimentos que comia, ela se quebrou. Assim, bento disse em seguida que Deus perdoe a vocês, meus irmãos. Com isso, São Bento resolve deixar a comunidade e retornando à vida solitária.
Em 503 recebe grande quantidade de discípulos e funda doze pequenos mosteiros. Em 529, por causa da inveja do sacerdote Florêncio, tem de se mudar para Monte Cassino, onde funda o mosteiro que viria a ser o fundamento da expansão da Ordem Beneditina. É nesse episódio que Florêncio lhe envia de presente um pão envenenado, mas Bento dá o pão a um corvo que todos os dias vinha comer de suas mãos e ordena à ave que o leve para longe, onde não pudesse ser encontrado.

Fim da vida terrena de São Bento
Em 534 começa a escrever a Regula Monasteriorum (Regra dos Mosteiros), cujo espírito resume-se em dois pontos: o lema da Ordem de São Bento (pax - «paz»), que nasceria séculos mais tarde, como resultado da agremiação de vários mosteiros que partilhavam a mesma regra; e ainda o tradicional "ora et labora" («reza e trabalha»), súmula da vida que cada monge deve levar.
São Bento morreu em 21 de março de 547, aos 67 anos, tendo antes anunciado a alguns monges que iria morrer e seis dias antes mandado abrir sua sepultura. Sua irmã gêmea Escolástica havia falecido em 10 de fevereiro do mesmo ano. As representações de São Bento geralmente mostram, junto com o santo, o livro da Regra, um cálice quebrado e um corvo com um pão na boca, em memória ao pão envenenado que recebeu do sacerdote invejoso. As relíquias de São Bento estão conservadas na cripta da Abadia de Saint-Benoît-sur-Loire (Fleury), próximo a Orleáns e Germigny-des-Prés, no centro da França.

Santificação
De acordo com a tradição, São Bento foi santificado por ter vencido duas ciladas armadas pelo Diabo, nas quais lhe é oferecido um cálice de vinho envenenado e um pedaço de pão, também envenenado. Além disso, em inúmeras vezes fora tentado efetivamente pelo Inimigo, além de ser ofendido e insultado de tal maneira que os irmãos de hábito que estavam ao seu redor podiam escutar as ofensas que ele recebia. O Santo Varão, como também é chamado, vencia o Tentador utilizando-se do Sinal da Cruz e da oração contida na Cruz Medalha que fora esculpida nas paredes de um mosteiro.

A Medalha de São Bento
A origem da Cruz-Medalha de São Bento é incerta, sabe-se que ela foi redescoberta em 1647, em Nattremberg, na Baviera, por ocasião da condenação de algumas bruxas, que afirmaram não conseguir praticar qualquer tipo de feitiçaria ou encanto contra lugares em que houvesse a imagem da Cruz, em especial, a abadia de São Miguel em Metten. Intrigados com o fato, as autoridades foram averiguar o que existia no mosteiro. Ao entrarem em uma das dependências, observaram entalhadas nas paredes imagens da cruz tal como estão representadas nas Medalhas utilizadas hoje. Na biblioteca dessa mesma abadia, encontraram um manuscrito do ano de 1415, o qual continha, além de textos, ilustrações, sendo uma delas a de São Bento, com uma cruz e uma flâmula, com os versos da medalha:
CSPB - Crux Sancti Patris Benedicti - (cruz do Santo Pai Bento)
CSSML - Crux Sacra Sit Mihi Lux - (a Cruz Sagrada Seja a minha Luz)
NDSMD - Non Draco Sit Mihi Dux - (não seja o Dragão o meu guia)
VRS - Vade Retro Satana - (para traz satanás)
NSMV - Nunquam Suade Mihi Vana - (Nunca Seduzas minha alma)
SMQL - Sunt Mola Quae Libas - (são coisas más que brindas)
IVB - Ipse Venana Bibas - (Bebas do mesmo veneno)

Na parte da frente da medalha temos a seguinte inscrição: Ejus in ibitu nostro praesentia muniamur. Sejamos protegidos pela sua presença na hora da nossa morte.

Ficando assim a oração a São Bento: A Cruz sagrada seja a minha Luz. Não seja o dragão o meu guia. Retira-te satanás. Nunca me aconselhe coisas vãs. É do mal o que tu me oferece. Beba tu mesmo do teu veneno. Rogai por nós Bem Aventurado São Bento, para que sejamos dignos das promessas de Cristo.

Sua festa litúrgica é celebrada dia 11 de Julho.

São Bento, Rogai por nós!



Fontes pesquisadas:
Wikipedia, acesso em 17/04/16
Cruz Terra Santa, acesso em 17/04/16
Arcanjo Miguel, acesso em 17/04/16
Canção Nova, acesso em 17/04/16
Obra Padre Gregório, acesso em 17/04/16