sábado, 12 de novembro de 2016

Santa Joana D'Arc - A Virgem de Orleans

Olá!!!
Paz e Benção!!!

Chegando mais um bom filme aqui no blog, corre lá prepare o lanche, chama a família toda, que o filme é por nossa conta! Hoje vamos trazer uma surpreendente história de vida e coragem vinda das bandas da França, vamos aprender um pouco sobre a vida da valente Santa Joana D'Arc.

Infância e Chamado
Joana nasceu em Domrémy, na região de Lorena na França, a data de seu nascimento, porém, é incerta, o ano de seu nascimento é baseado na sua declaração durante o seu interrogatório em 24 de fevereiro de 1431, onde Joana declarou uma vez, quando perguntada sobre sua idade: "tenho 19 anos, mais ou menos". Portanto teria provavelmente nascido em 1412.  Ela era filha de Jacques d'Arc e Isabelle Romée, tinha mais quatro irmãos: Jacques, Catherine, Jean e Pierre, ela era a mais nova dos irmãos e não foi alfabetizada. Seus pais eram agricultores e de vez em quando artesãos. Joana também era muito religiosa, ia muito à igreja e frequentemente fugia do campo para ir orar na igreja de sua cidade. Ainda criança presenciou o assassinato de membros de sua família por soldados ingleses que invadiram a vila em que morava. Aos 13 anos de idade teve a primeira de uma série de visões de São Miguel, onde ele lhe aparecia trajando armadura e montando um cavalo. Teve também visões de Santa Catarina e Santa Margarida. Nestas primeiras visões ela era exortada a orar muito e se preparar para uma difícil missão: salvar a França e coroar o rei.

Joana Atende o Chamado
A França atravessava um dos períodos mais sangrentos de sua história : "a Guerra dos Cem Anos", um conflito entre França e Inglaterra, que durou na verdade 116 anos, e que provocou milhões de mortes e a destruição de quase toda a França setentrional. Três anos após começar a ouvir as vozes, em 1428, Joana resolveu atender aos apelos celestes, ela foi levada por um tio à presença do capitão Robert de Baudricourt, delegado do rei em Vancouleurs. Ao vê-la, o oficial desprezou-a, e a devolveu a seu pai; Joana insistiu e voltou a procurar o capitão, conseguindo impressioná-lo com sua energia. Robert mandou-a ao rei Carlos VII, acompanhada por uma escolta de seis homens. Joana pediu e conseguiu também um cavalo e trajes masculinos (mais adaptados à missão militar que ela empreendia). Chegando em Chinon aos 6 de março de 1429, Joana identificou o rei escondido e disfarçado entre os seus cortesões. Logo lhe pediu soldados para ir levantar o cerco de Orleans. Entretanto aquela jovem de 17 anos, vestida de trajes masculinos, não inspirava confiança. Tendo insistido, Joana foi interrogada e examinada sobre a fé, sua moral e até sua virgindade, pelo espaço de três semanas; o laudo de tal investigação lhe resultou favorável, e Carlos VII reconheceu o possível valor do empreendimento de Joana. Convencido do discurso de Joana, o rei entregou-lhe uma espada, um estandarte e a autorizou a acompanhar as tropas francesas que seguiam rumo à libertação da cidade de Orleans, que havia sido invadida e cercada pelos ingleses havia oito meses. 

As Batalhas de Joana
Chegando a Orleans, Joana intimou o inimigo a render-se. O entusiasmo dos combatentes franceses, estimulado pela estranha figura da aldeã-soldado, fez com que os ingleses levantassem o sítio da cidade. Em lembrança desse feito glorioso Joana d’Arc foi cognominada a ‘Virgem de Orleans’, e então com 17 anos passou a ser saudada como heroína em todo o país. Joana também dirigiu-se a vários pontos fortificados sobre pontes do rio Loire. Em 11 e 12 de junho de 1429 participou da vitória francesa na batalha de Jargeau. No dia 15 de junho foi a vez da batalha de Meung-sur-Loire. A terceira vitória foi em Beaugency, nos dias 16 e 17 de junho do mesmo ano. Depois se dirigiu a Patay, onde sua participação foi pouca. A luta na região, única batalha em campo aberto, já se desenrolava sem a presença de Joana d'Arc. Outra cidade importante Reims, também voltou ao poder dos franceses. Carlos VII, agora reconhecido legítimo rei da França foi coroado e consagrado em 17 de julho de 1429, na Catedral de Reims, cumprindo assim a missão recebida por Joana. A esta ocasião Joana falou: “Nobre Rei, assim é cumprida a vontade de Deus, que desejava que eu liberasse a França e vos trouxesse a Reims, para receberdes esta sagrada missão e provar à França que sois o verdadeiro Rei”. Joana dava por finda a sua missão, quando na primavera de 1430 o rei lhe pediu continuasse a guerra. Ela muito se empenhou pela reconquista de Paris, mas aos 23 de maio de 1430, perto de Compiégne, foi presa pelo exército borgonhês, aliado dos ingleses. Estes a compraram pelo preço de 10.000 francos-ouro, e a levaram para Ruão, onde Joana deveria ser julgada, o rei francês não a ajudou em nada. Aos ingleses interessava não apenas manter Joana encarcerada, mas também destruir o seu prestígio aos olhos do público. – Este plano haveria de ser executado mediante pretextos religiosos que, para os homens da época, eram os mais persuasivos.  Em novembro de 1430 Joana é levada para a cidade de Ruão, que ainda era controlada pelos ingleses e é iniciado um processo contra ela. foi presa em uma cela escura e vigiada por cinco homens, Joana agora vivia seus piores tempos. 

O Julgamento Pelo Tribunal da Inquisição
Visando desmoralizar Joana, os ingleses escolheram julgá-la em um tribunal de inquisição falso, que agiu sem o aval de Roma. O processo contra Joana teve início no dia 9 de janeiro de 1431, sendo chefiado pelo bispo de Beauvais, Pierre Cauchon, devoto à causa dos invasores e, por isto, havia sido expulso de sua diocese e se refugiado em Ruão, território possuído pelos ingleses. Foram realizadas dez sessões sem a presença da acusada, apenas com a apresentação de provas contra ela. Joana só foi ouvida pela primeira vez em 21 de fevereiro, a princípio ela se negou a fazer o juramento da verdade, mas logo o fez. Joana foi interrogada sobre as vozes que ouvia, sobre a igreja militante, sobre seus trajes masculinos. Joana sofreu maus tratos físicos e morais; foi submetida a interrogatórios capciosos, que visavam arrancar-lhe a confissão de heresia e superstição, respondeu sempre com simplicidade e nobreza; chegou a apelar para o Santo Padre: “Peço que me leveis à presença do Senhor nosso, o Papa: diante dele responderei tudo o que tiver que responder Tudo que eu disse, seja levado a Roma e entregue ao Sumo Pontífice, para o qual dirijo o meu apelo!” Em vão, porém, apelou. Ao fim do julgamento Joana foi considerada culpada por heresia e bruxaria, suas vitórias foram consideradas resultado de um pacto com o demônio, e como era costume entre as condenadas por bruxaria, sua pena foi a morte pelo fogo. 

Joana é Condenada e Morta 
No dia 30 de maio de 1431 Joana, com apenas 19 anos, foi amarrada em uma estaca na praça central do velho mercado de Ruão, os soldados ingleses atearam fogo à sua volta. Pouco antes de morrer foi oferecido a Joana a possibilidade de renegar a sua fé e ser livre, mas ela recusou-se. Sua única atitude foi pedir aos soldados uma cruz, que ela beijou pouco antes de morrer na fogueira. Enquanto era consumida pelas chamas, Joana era chamada de bruxa, mentirosa e blasfema pela população que acompanhava o acontecimento. Para comprovar sua morte e evitar boatos de fuga, os soldados cumpriram ordens de abrir a fogueira e expor o corpo carbonizado, e ao final quando foram recolher as cinzas foram surpreendidos por um acontecimento milagroso: o coração de Joana não havia sido consumido pelo fogo e estava intacto. Com medo do povo os soldados receberam ordens de lançá-lo juntamente com as cinzas no leito do rio Sena.

Reabilitação, Beatificação e Canonização 
Em 1456, o Papa Calisto III, iniciou a revisão do processo que condenou Joana, alguns historiadores creditam essa revisão a uma solicitação dos pais de Joana, mas não há fontes seguras. Com a revisão, o processo foi considerado nulo por vício de forma e de conteúdo, Joana passou a ser considerada inocente, teve sua honra reabilitada, e os nomes de feiticeira e bruxa foram apagados para que ela fosse reconhecida por suas virtudes heroicas, provenientes de uma missão divina. Em 1909 Joana foi beatificada pelo Papa São Pio X . Em 1920, Joana d'Arc foi canonizada pelo Papa Bento XV.

Joana D'Arc foi proclamada padroeira da França junto com Santa Teresinha.

Sua festa litúrgica é celebrada no dia 30 de maio.

Santa Joana D'Arc, rogai por nós!



Fontes Pesquisadas:

Wikipedia, acesso em 12/11/2016
UOL Educação, acesso em 12/11/2016
E-Biografias, acesso em 12/11/2016
Arautos do Evangelho, acesso em 12/11/2016
Blog Canção Nova, acesso em 12/11/2016
Professor Felipe Aquino, acesso em 12/11/2016
Editora Cléofas, acesso em 12/11/2016
Gaudium Press, acesso em 12/11/2016
Presente Pra Você, acesso em 12/11/2016
Só História, acesso em 12/11/2016

Nenhum comentário:

Postar um comentário