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sábado, 16 de maio de 2020

Laura Vicuña - A Flor dos Andes

Olá!!! 
Paz e Benção!!!
Chegando mais um bom filme pra gente curtir em família, chama o povo espalha as almofadas pela sala acomoda todo mundo e vamos conhecer a história da breve vida e Laura Vicuña, uma chilena que nos traz um grande exemplo de pureza, fidelidade e amor.


Laurita
Nasceu em Santiago, no Chile, no dia 5 de abril de 1891, Laura Vicuña Pino em uma família da alta sociedade chilena, filha do casal José Domingo Vicuña e Mercedes Pino, ele era um militar renomado de grande influência política e social, sua mãe era uma mulher de coração e condição humilde. Nessa época o Chile enfrentava uma guerra civil e um dos parentes de José Domingo estava envolvido na disputa pelo poder, o que colocou toda família em risco, toda a família Vicuña foi obrigada a exilar-se, José Domingo, pai de Laura refugiou-se com a família em Temuco, distante 500km da capital Santiago. Em 1894, logo após o nascimento de sua filha mais nova, Julia Amanda, José faleceu deixando a família na miséria, Laura tinha 2 anos. Desesperada Mercedes, sua mãe, então seguiu junto com as filhas para Argentina, pois tinha medo de permanecer no Chile em razão da perseguição, ainda existente, aos Vicuña. 

Mercedes estabeleceu-se, junto com suas filhas, em Junin de Los Andes, em busca de trabalho, ficou na Estância de Quilquinhé, de propriedade de Manuel Moura. Ele era um homem bruto e depois de algum tempo, passou a conviver com Mercedes como esposa, porém em uma relação livre. 

O Início da Vida Religiosa
Em 1900, Laura ingressou como interna no Colégio das Filhas de Maria Auxiliadora, em Junín de Los Andes. Em pouco tempo, começou a se destacar, era aluna devota, sonhava em ser religiosa, era atenta às aulas, às orientações das irmãs, disponível com as companheiras, sempre alegre e pronta a qualquer sacrifício, certo dia na sala de aula desmaiou ao ouvir da professora que Deus não se agrada dos que convivem sem se casar, era o caso de sua mãe e isso a preocupou muito, pois Laura se deu conta que sua mãe vivia em pecado, correndo grave perigo de condenação eterna. 
Em 02 de junho de 1901, aos 10 anos, Laura foi admitida como Filha de Maria e fez sua primeira comunhão, ali se manifestou sua vocação de amor a Deus, e ela expressou sua vontade de servi-Lo, ela se ofereceu a Jesus e Maria Santíssima pela conversão de sua família. Costumeiramente ela passava os momentos de recreio rezando na capela do colégio, apesar de sua pouca idade já possuía grande maturidade.  

O Assédio e o Sacrifício
Durante uma de suas férias escolares, Laura foi violentamente assediada por Manuel, ele queria a todo custo manter relações com a menina, mas ela lutou com valentia impedindo que ele conseguisse o seu intento. Irritado, Manuel se negou a seguir custeando os estudos das meninas. Mas o colégio se reuniu e decidiu manter Laura na escola.

Diante de tanto sofrimento, Laura decidiu entregar sua vida pela conversão de sua mãe. Ela revelou seu plano ao seu confessor, o sacerdote salesiano Crestanello, que lhe alertou: "Isso é muito sério. Deus pode aceitar o seu sacrifício e você pode morrer muito em breve!", mas Laura estava decidida, e assim ela fez sua oração de entrega. Este pedido foi escutado e pouco tempo depois Laura adoeceu. 

Durante o inverno uma inundação atingiu a escola e Laura, ajudando a salvar as meninas mais novas, passou horas com os pés nas águas geladas, sua saúde ficou muito fragilizada, ela ficou doente dos rins e tinha muitas dores pelo corpo, sua mãe a levou para casa, onde mais uma vez sofreu com o assédio de Manuel, mesmo doente e frágil, ela lutou e conseguiu evitar o seu ataque. Com raiva, Manuel a agrediu e colocou-a para fora da casa obrigando-a a dormir ao relento. 

Em sua última noite Laura confidenciou a sua mãe: "Mamãe, eu vou morrer! Há algum tempo eu pedi isso a Jesus, oferecendo-lhe a vida por ti, a fim de obter o teu retorno a Deus… Mamãe, será que terei antes de morrer a alegria de te ver arrependida?”. 
“Laura – respondeu Mercedes – juro-te que farei o que me pedes”. Com alegria Laura morreu na noite de 22 de janeiro de 1904. Suas últimas palavras foram: "Obrigada Jesus, obrigada Maria!". 

Resultado do Sacrifício de Laura
Depois da morte de Laura, Mercedes se escondeu, durante algum tempo, mudou de nome e chegou a voltar para Temuco no Chile. Em 1906 regressou a Junín de Los Andes, onde sua filha Amanda, casou-se com Horácio Jones, aos 12 anos. Após o casamento de Amanda, Mercedes casou-se na igreja e no civil com Malitón Parra, homem trabalhador e justo. Mercedes faleceu em 17 de setembro de 1929. Já Manuel Moura foi assassinado entre 1906 e 1907 durante uma briga por causa de corrida de cavalos.

Sepulcro e Beatificação de Laura Vicuña
Os restos mortais de Laura Vicuña encontram-se na Capela das Filhas de Maria Auxiliadora, em Bahia Blanca, na Argentina, ela foi Beatificada pelo Papa João Paulo II no dia 3 de setembro de 1988 no Cole das Bem-Aventuranças juvenis, junto a Castelnuovo Dom Bosco (Asti - Itália). Ela foi escolhida como uma das intercessoras da Jornada Mundial da Juventude ocorrida no Rio de Janeiro em 2013.

A sua festa litúrgica é celebrada dia 22 de janeiro.

Beata Laura Vicuña, rogai por nós!!!


Fontes Pesquisadas: 
Filhos da Paixão, acesso em 16/05/2020;
CMisericórdia, acesso em 16/05/2020;
Wikipedia, acesso em 16/05/2020;
ACI Digital, acesso em 16/05/2020;
Salesianos, acesso em 16/05/2020;
Boletim Salesiano, acesso em 16/05/2020.

sábado, 9 de maio de 2020

Dom Oscar Romero - A Voz Dos Sem Voz

Dom Oscar Romero - A Voz Dos Sem Voz


Olá!!!
Paz e Benção!!!
Vamos de mais um bom filme para enriquecer a nossa fé? Hoje vamos conhecer um pouco da vida de Dom Oscar Romero, um mártir do nosso tempo. Então corre lá, chama o povo, arruma lugar pra todo mundo e bora assistir mais esse grande filme. 

Do Nascimento Até Arcebispo

Óscar Arnulfo Romero Galdámez nasceu no dia 15 de agosto de 1917, em Ciudad Barrios, distrito de San Miguel, a 156 km de San Salvador, capital de El Salvador. De família pobre e numerosa. Ingressou no seminário menor de San Miguel em 1931, em 1937 ingressou no Seminário Maior San José de La Montaña, em San Salvador, depois foi para Roma, estudar teologia e em 1942 foi ordenado sacerdote.

De volta a El Salvador, assumiu uma paróquia no interior, era um sacerdote generoso e atuante, visitava os doentes, lecionava religião nas escolas, foi capelão do presídio e ajudava os que pobres que lhe pediam ajuda. Em 1970 foi ordenado bispo auxiliar em San Salvador, em 1974 foi ordenado bispo da Diocese de Santiago de Maria. Em 3 de fevereiro de 1977 foi ordenado Arcebispo de San Salvador.


Cenário Político de El Salvador
Era uma época de grandes conflitos políticos em El Salvador, o país viva sob sucessivos governos militares desde 1931. Em 1 de julho de 1977 chegou ao poder o presidente General Carlos Humberto Romero, político de direita, filiado ao Partido de Conciliação Nacional, foi um período turbulento, de grande escalada da violência, graves desigualdades sócio-econômicas, protestos, rebeliões, perseguições, torturas e assassinatos de opositores ao governo, como, líderes sindicais, religiosos, agricultores independentes e manifestantes. Segundo cálculos estimados a repressão do governo matou cerca de 2500 pessoas nos anos de 1978 e 1979. Foi nesse cenário que Dom Romero assumiu o seu Arcebispado.

Início das Denúncias Contra o Governo
Logo após Dom Romero assumir o Arcebispado, um amigo seu, o Padre Rutilio Grande, foi assassinado (março de 1977). A partir desse fato Dom Romero passou a denunciar as injustiças sociais, as violações de direitos humanos, bem como sua solidariedade Às vítimas da violência política usando para isso a rádio católica Ysax, o Seminário Orientación e suas homilias dominicais. Adepto da não violência, chegou ser comparado a Mahatma Gandhi e a Martin Luther King. Dentro da igreja defendia a "opção preferencial pelos pobres" o que lhe rendeu acusações de alinhamento com a Teologia da Libertação.

Dom Romero e a Teologia da Libertação
Embora até mesmo a Teologia da Libertação queira se "apropriar" deste santo, dizendo que ele era adepto de tal teologia, a verdade não era bem essa. Segundo Jesus Delgado, seu biógrafo e postulador de sua causa, o Próprio Dom Romero refutava essas acusações e explicava que havia duas teologias da libertação, sendo uma com uma visão marxista e outra uma visão católica: "Há duas teologias da libertação, uma vê a libertação como material. A outra é a de Paulo VI. Eu estou com a de Paulo VI". Durante uma homilia em agosto de 1976, Dom Romero falou:

“A mais profunda revolução social é a reforma séria, sobrenatural, interior de um cristão. A libertação de Cristo e da Sua Igreja não é reduzida à dimensão de um puro projeto temporal. Não reduz os seus objetivos a uma perspectiva antropocêntrica: a um bem-estar material ou apenas a iniciativas de uma ordem política ou social, econômica ou cultural. Muito menos pode ser uma libertação que apoia ou é apoiada pela violência”.

Dom Romero também falou sobre a Teologia da Libertação e sua reprovação quanto à visão marxista dessa teologia em novembro de 1979, durante uma homilia: 

“Outro dia, perguntaram a uma das pessoas que proclamam a libertação num sentido político: ‘Para você, qual é o significado da Igreja?’. O ativista respondeu com estas palavras escandalosas: ‘Há duas igrejas, a igreja dos ricos e a igreja dos pobres. Acreditamos na igreja dos pobres, mas não na igreja dos ricos’. Estas palavras, claramente, são uma forma de demagogia e eu nunca vou admitir uma divisão da Igreja. Só existe uma Igreja, a Igreja que Cristo pregava, a Igreja a que devemos dar inteiramente os nossos corações. Só existe uma Igreja, a Igreja que adora o Deus vivo e que sabe dar o valor devido aos bens da terra”.

O Golpe de Estado e o Endurecimento dos Conflitos
Em Outubro de 1979 os conflitos acirraram-se ainda mais, com o golpe de Estado que derrubou o governo do General Carlos Humberto e pôs fim a ditadura do Partido de Conciliação Nacional, no poder desde 1944. Em seu lugar foi estabelecida uma junta de governo composta por dois militares e três civis. O congresso e a suprema-corte foram dissolvidos. Uma situação de caos estava instaurada no país. De janeiro a março de 1980 foram assassinados 1015 pessoas, entre elas dois sacerdotes que defendiam camponeses que foram lhes pedir abrigo em suas paróquias. Dom Romero, então, se colocou ainda mais no meio do conflito para tentar resolver.


Morte, Beatificação e Canonização
No dia 23 de março de 1980, véspera de sua morte, Dom Romero fez um pronunciamento contundente sobre a repressão em El Salvador, e bradou: "Em nome de Deus e desse povo sofredor, cujos lamentos sobem ao céu todos os dias, peço-lhes, suplico-lhes, ordeno-lhes: cessem a repressão". Dom Oscar Romero foi assassinado em plena celebração da Santa Missa no dia 24 de março de 1980, aos 62 anos, por um atirador de elite do exército salvadorenho. Sua morte provocou grandes protestos em todo mundo, e acabou culminando em uma guerra civil que perdurou até 1992.

Dom Romero foi declarado Servo de Deus pelo Papa João Paulo II, beatificado em fevereiro de 2015 pelo Papa Francisco, que o reconheceu como mártir e canonizado em 14 de outubro de 2018 pelo Papa Francisco. Dom Romero é o primeiro salvadorenho e nativo da América Latina a ser canonizado, o primeiro bispo martirizado na América, o primeiro declarado mártir depois do Concílio Vaticano II. Seu corpo está sepultado na Catedral Metropolitana de San Salvador.

Dom Romero é considerado o padroeiro dos comunicadores cristãos, de El Salvador, das Américas, da Arquidiocese de San Salvador, dos Cristãos Perseguidos, da Caritas International (co-patrono).

Sobre o filme
O filme que você verá se chama "Romero - Uma História Verdadeira", ele é de 1989, produzido pelos Estados Unidos, dirigido por John Duigan e conta com o inesquecível Raul Julia no papel de Dom Romero. Não encontrei o filme à venda online.

Sua festa litúrgica é celebrada no dia 24 de março.

Santo Oscar Romero, rogai por nós!




Fontes Pesquisadas:
Franciscanos.org, acesso em 09/05/2020;
Wikipedia, Dom Romero, acesso em 09/05/2020;
Aleteia, acesso em 09/05/2020;
Pontifícias Obras Missionárias, acesso em 09/05/2020;
Infopédia, acesso em 09/05/2020;
Wikipedia, Lista de Presidentes El Salvador, acesso em 09/05/2020;
Wikipedia, Carlos Humberto Romero, acesso em 09/05/2020;
Wikipedia, Guerra Civil de El Salvador, acesso em 09/05/2020;
Wikipedia, História de El Salvador, acesso em 09/05/2020.





sábado, 2 de março de 2019

Santa Joana D'Arc - 1948

Olá!!!
Paz e Benção!!!

Chegando mais um boa postagem aqui no blog hoje trazemos mais um filme sobre a história de Santa Joana D'Arc. Dessa vez eu encontrei uma produção de dos EUA, de 1948, dirigida por Victor Fleming, com Ingrid Bergman no papel de Joana D'Arc. A história de Joana nós já postamos por aqui é só clicar e conferir.
A todos um bom carnaval, quem for ficar em casa e quiser fazer do Blog uma companhia poderá encontrar diversos filmes para assistir em família, que for fazer retiros que tenham um ótimo e restaurador retiro e quem for cair na folia tenham cuidado e não esqueçam: devemos ser católicos em todos os lugares e circunstâncias! 

Joana D'Arc foi proclamada padroeira da França junto com Santa Teresinha.
Sua festa litúrgica é celebrada no dia 30 de maio.
Santa Joana D'Arc, rogai por nós!


sábado, 17 de março de 2018

Dom Expedito Lopes - O Mártir de Garanhuns

Olá!!!
Paz e Benção!!!
Hoje vou trazer mais uma história esquecida pelo tempo, pouco divulgada e pouco conhecida. A história de coragem, fé e amor de um bispo que dá nome a diversas ruas (inclusive uma rua aqui perto de onde moro!) e bairros pelo Brasil, e até uma cidade do interior do Piauí. A história de Dom Expedito Lopes, o Bispo mártir de Garanhuns.

Francisco Expedito Lopes 
Nasceu no Sítio Jerusalém, na Vila de Meruoca, cidade de Sobral, no Ceará, no dia 08 de Julho de 1914, filho do pedreiro Edésio e de Noemi Lopes. Expedito era de família pobre e recebeu forte educação cristã desde sua infância. Foi recebido no seminário pelo, então, Bispo de Sobral Dom José Tupinambá de Frota. Logo após o curso preparatório, foi estudar filosofia no seminário de Fortaleza. Três anos depois, iniciou o curso teológico onde, já no primeiro ano, impressionou por sua rara inteligência, e isso fez com que ele fosse enviado a Roma para continuar seus estudos na Universidade Gregoriana, onde chegou em 1936. Lá, além dos estudos teológicos, especializou-se em Direito Canônico e foi ordenado sacerdote em Roma, no dia 30 de outubro de 1938. De volta a Sobral atuou durante dez anos como secretário do bispado e professor do seminário .

Padre Expedito foi escolhido pelo Papa Pio XII para a recém criada diocese de Oeiras, no Piauí, para ser o primeiro bispo diocesano. E assim, no dia 12 de dezembro de 1948, na Catedral de Sobral, Dom Expedito recebeu as insígnias pontificais. Foi, durante seis anos, grande servidor dos pobres, com profundo ardor missionário comprovado no seu ministério pastoral. 
No dia 24 de agosto de 1954 Dom Expedito foi  transferido para a diocese de Garanhuns, no Agreste, do Estado de Pernambuco, mas só tomou posse em 11 de fevereiro de 1955, se tornando o quinto Bispo a assumir essa Diocese. Fundou o Instituto das Missionárias de Nossa Senhora de Fátima no Brasil, seu ministério era exercido com sabedoria e amor, tanto que ficou conhecido como: “ o bispo dos Pobres, o bispo do coração mariano, o bispo do perdão".

A Chegada Em Garanhuns e o Encontro com Padre Hosana
Uma das missões que foram confiadas a Dom expedito era resolver problemas relacionados a quatro padres locais que, segundo relatos, estariam envolvidos com política partidária e relacionamentos indevidos com mulheres. Seus escritos mostravam que ele batalhava pelo cumprimento desta missão, pondo em prática local o que tinha aprendido em Roma. E se surpreendia com a tolerância que existia com os desvios do clero. Foi no exercer desta missão que entrou em sua vida o Padre Hosana de Siqueira e Silva, pároco da cidade de Quipapá, subordinada a Diocese de Garanhuns.

Padre Hosana tinha fama de ter temperamento forte e andar armado, além disso, era acusado de cobrar altíssimas taxas para realização de sacramentos; Não cuidar devidamente de sua paróquia,  chegando a, algumas vezes, deixar de rezar missa na matriz e nas capelas por estar ocupado cuidando de uma fazenda que mantinha em um município vizinho; Deixar de dar assistência às escolas, o que era costume na época e, o mais grave, ter um relacionamento amoroso com Maria José Martins, prima do Padre Hosana e funcionária doméstica na casa paroquial, que ele teria obrigado Maria José a abortar um filho dele e que ela estava novamente gestante do padre e que ele a proibia de se confessar com outros sacerdotes, ficando ele mesmo como confessor dela. Os outros três padres que eram acusados de conduta indevida ajustaram-se às orientações de Dom Expedito, Padre Hosana, porém, não admitia a culpa e dizia sempre que era vítima de perseguição e calúnias.
Segundo algumas fontes pesquisadas, quando Dom Expedito assumiu a diocese de Garanhuns o Padre Hosana já havia afastado Maria José da casa paroquial e a tinha enviado para outra cidade, porém havia contratado para doméstica uma garota conhecida por Quitéria Marques, ainda mais jovem e bonita que Maria José e que era, também, amante do sacerdote. Ao toma conhecimento da situação o Bispo Dom Expedito Lopes exigiu que o Padre Hosana demitisse Quitéria da casa paroquial e deu a ele um prazo para isso. Ao final do prazo o Padre não obedeceu o Bispo e continuou com Quitéria em sua casa.

O Martírio de Dom Expedito Lopes
Em virtude da desobediência do padre, Dom Expedito consultou a Santa Sé e pediu orientações sobre como agir, como resposta recebeu autorização para suspender o sacerdote. No dia 01 de Julho de 1957, Padre Hosana dirigiu-se à Rádio Difusora de Garanhuns na intenção de se defender publicamente das acusações, mas sua entrada na rádio não foi autorizada, então ele seguiu até o palácio episcopal armado com um revólver calibre 32. Quem abre a porta do palácio episcopal para o Padre Hosana é o próprio Dom Expedito, o Padre Hosana, então, dispara três tiros contra o Bispo, dois tiros acertam o peito e um acerta o braço do Bispo. Padre Hosana foge em seguida e esconde-se no Mosteiro de São Bento, lá mesmo em Garanhuns, onde confessa o crime.

Ferido Dom Expedito é socorrido pelos médicos da cidade, como não havia ambulâncias na cidade, ele é transferido em sua cama, que foi colocada sobre uma caminhonete e transferido para o hospital da cidade, mas não era possível fazer exames para localizar as balas, fazendo com que o Bispo sangrasse sem parar, ainda chegou a receber algumas transfusões de sangue. Dom Expedito sofreu por, aproximadamente, oito horas vindo a falecer na madrugada do dia seguinte, 02 de julho de 1957. Em seu leito de morte Dom Expedito perdoou o Padre que o matou, e pedia insistentemente para que todos perdoassem e rezassem pelo Padre Hosana.
Padre Hosana que, mais tarde, teria sua excomunhão confirmada pela Santa Sé, foi entregue pelo prior do mosteiro ao prefeito da cidade, este o entregou às autoridades policiais, que o transferiram para a Casa de Detenção do Recife, atual Casa da Cultura. Hosana foi condenado a 19 anos de cadeia em seu terceiro julgamento no ano de 1963. Cumpriu a pena em regime fechado até 1968, quando ganhou liberdade condicional, e foi viver em um sítio da família na cidade de Correntes. Porém no dia 07 de Novembro de 1997, aos 84 anos, Hosana foi encontrado morto, o mesmo havia sido morto a golpes de madeira na cabeça, ali mesmo no sítio, o crime nunca foi esclarecido, e acredita-se que teria sido motivado por disputa de terras.

O Processo de Canonização
Logo após a morte de Dom Expedito começaram a acontecer relatos de milagres acontecidos pela interseção do Bispo. Relatos como o de um dentista que ajudou a socorrer o bispo e teve suas calças molhadas com o sangue do bispo, tendo guardado suas vestes como relíquias, utilizou-as no parto de sua esposa que corria risco de morte e se salvou. um outro caso, ainda mais famoso, foi o de um menino alagoano que atribui a cura de uma deficiência no pé a interseção de Dom Expedito. Os constantes relatos de milagres fizeram com que o processo de canonização fosse aberto em favor de Dom Expedito, mas ele ficou parado durante anos, e foi reaberto em 2003, tendo como eixo principal a via do martírio, por morrer em defesa da fé católica. Desde 2006 o processo está nas mãos do Tribunal do Santo Ofício.

Veremos abaixo dois vídeos, o primeiro é de uma palestra do Padre Paulo Ricardo, na Canção Nova, onde o mesmo fala sobre o caso, e foi a primeira vez que ouvi falar de Dom Expedito. No Segundo vídeo temos o documentário Batinas Tintas de Sangue, produzido em 2005 pelos jornalistas: Ulisses Brandão, Kele Gualberto e Marcos Leandro, e que recebeu o Prêmio Cristina Tavares de Jornalismo, naquele mesmo ano.

Muitas das fontes pesquisadas por mim usaram como referência um livro escrito sobre Dom Expedito, chamado: "VIDA DE DOM EXPEDITO LOPES - BISPO MÁRTIR DE GARANHUNS" e pode ser adquirido pelo site da Editora Bagaço.


Vídeo 1: Trecho de uma palestra do Padre Paulo Ricardo, onde ele fala sobre Dom Expedito.

Vídeo 2: Documentário Batinas Tintas de Sangue.

Fontes Pesquisadas: 
Blog do Anchieta Gueiros, acesso entre os dias 14 e 17/03/2018;
Wikipedia, acesso entre os dias 14 e 17/03/2018;
Câmara Municipal de Dom Expedito Lopes, acesso entre os dias 14 e 17/03/2018;
Diário do Nordeste, acesso entre os dias 14 e 17/03/2018;
Folha de Pernambuco, acesso entre os dias 14 e 17/03/2018;
Década de 50, acesso entre os dias 14 e 17/03/2018;
Blog do Antonio Morais, acesso entre os dias 14 e 17/03/2018;
Jornal Correio da Semana, acesso entre os dias 14 e 17/03/2018.

sábado, 17 de junho de 2017

São José Sánchez - O Menino Que Queria Ganhar o Céu

Olá!!!
Paz e Benção!!!

Chegando mais um bom filme aqui no Blog para curtirmos em família. Er ..., quer dizer ..., o filme já passou por aqui antes, mas a postagem tinha o foco na guerra que ele retrata, mas hoje vamos mostrar de forma mais detalhada na postagem a vida de São José Sánchez, o pequeno guerreiro de Deus.

O Pequeno José Sánchez
José Luís Sánchez Del Río nasceu no dia 28 de março de 1913, em Sahuayo, Michoacán, México. Estudou em seu povoado natal onde, mais tarde passou a fazer parte do grupo local da ACJM (Associação Católica da Juventude Mexicana) e posteriormente, em Guadalajara - Jalisco.

O Início da Perseguição à Igreja No México
Em 1925 o Papa Pio XI instituiu a festa de Cristo Rei do Universo, e escreveu a Encíclica “Quas Primas” sobre o reinado de Jesus. Ele fez isso porque a pouco tempo havia acontecido a Primeira Guerra Mundial e, em todo o mundo, o socialismo, o nazismo, e outras ideologias se espalhavam pelo mundo, pregando o ódio aos judeus, a luta entre classes sociais, etc. Não imaginaria ele que Longe de Roma, em outro continente, suas palavras cairiam no coração do valente povo do México: os mexicanos. “Viva Cristo Rei!” passou a ser sua saudação e grito de guerra.
Tudo começou quando os comunistas assumiram o governo do México, e decidiram acabar com a fé Católica no país, O pior presidente foi Plutarco Elías Calles, que governou o México entre 1924 e 1928, ele criou leis para fechar todas as igrejas, prender e matar os padres, freiras e até quem trouxesse no peito uma cruz, era a “lei Calles”, com ela os católicos perderam, além do direito de viver a sua fé, direitos civis como utilizar o transporte público, ir ao cinema, até mesmo os professores católicos perderam seu emprego. Nem mesmo a intercessão do Papa Pio XI, que tentou negociar com o governo, conseguiu resolver o impasse com Calles.
A violência era tamanha que os soldados chegavam a invadir igrejas para matar fiéis, sacerdotes e freiras, foi em uma dessas ações que o pequeno José Sánchez, que era coroinha, viu os soldados comunistas entrarem a cavalo na sua igreja e enforcarem o velho sacerdote. Foi nesse cenário que, em Guadalajara, no dia 3 de Agosto de 1926, cerca de 400 católicos armados encerraram-se na igreja de Nossa Senhora de Guadalupe, aos gritos de: “Viva Cristo Rei e a Virgem de Guadalupe!” Iniciando assim o movimento revolucionário de iniciativa popular, em defesa de sua fé, que ficou conhecido como “Cristiada” (em outras fontes, também chamada de "A Guerra dos Cristeros" ou ainda "Guerra Cristera").


Voltando a José Sánchez
Os irmãos de José Sánchez se uniram às forças Cristeras, mas sua mãe não lhe permitiu que se unisse devido a sua idade, 13 anos. O general Prudêncio Mendoza, também o recusou quando tentou alistar-se. O menino insistiu dizendo que queria ter a oportunidade de dar sua vida por Cristo e poder alcançar o Reino dos Céus. As palavras que convenceram sua mãe a deixá-lo ir foram as seguintes: "Nunca terá sido tão fácil alcançar o Céu como agora".
Depois de ingressar Exército Cristero, o caçula da família Sánchez del Río, logo conquistou a simpatia e confiança dos "cristeros". Munido de uma alegria contagiante, desde o início ele foi o encarregado de liderar a recitação do terço com a tropa, no fim de cada dia. Por seu valor e bom comportamento, o general lhe deu o cargo de corneteiro do destacamento. Pouco depois, sendo promovido a porta-estandarte, José Sánchez via realizado seu mais ardente desejo: estar no campo de batalha, como soldado de Cristo.
Em fevereiro de 1928, um ano e cinco meses após sua incorporação ao exército "cristero", travou-se um combate nas proximidades da cidade de Cotija. Depois de várias horas de renhida luta, o jovem porta-estandarte viu o cavalo do general tombar morto por um tiro. Para lá galopando imediatamente, disse com resolução: - Meu general, aqui está meu cavalo, salve-se o senhor. Se eu morrer, não farei falta, mas o senhor, sim. E assim, entregou seu cavalo, pegou um fuzil e combateu com bravura, quando acabou sua munição José Sánchez avançou sobre o inimigo de baioneta em riste, mas não conseguiu resistir por muito tempo e acabou sendo capturado. Foi feito prisioneiro e conduzido ao general inimigo, o qual o repreendeu por estar lutando contra o governo.


Prisão e Martírio de José
Da prisão escreveu à mãe: “Minha querida mãe, fui feito prisioneiro em combate neste dia. Creio que nos momentos atuais vou morrer, mas não importa, nada importa, mãe. Resigna-te à vontade de Deus; eu morro muito feliz porque no fim de tudo isto, morro ao lado de Nosso Senhor. Não te aflijas pela minha morte, que é o que me mortifica. Antes, diz aos meus outros irmãos que sigam o exemplo do mais pequeno, e tu faça a vontade do nosso Deus. Tem coragem e manda-me a tua bênção juntamente com a de meu pai. Saúda a todos pela última vez e receba pela última vez o coração do teu filho que tanto te quer e tanto desejava ver-te antes de morrer”.
Diante da sua valentia e bravura, foi incentivado a ingressar e combater pelo exército inimigo, e assim ele respondeu ao convite: " Jamais, jamais! Prefiro morrer! Nunca me juntarei aos inimigos de Cristo Rei! Mande me fuzilar! ". José Sánchez não foi morto no dia seguinte, como era o costume da época, ele foi levado para a igreja de Sahuayo, que as tropas do general Calles haviam transformado em um abrigo de soldados e animais. Ele ficou preso na sacristia da igreja, a qual também servia agora como abrigo para os galos de briga do deputado anticatólico Rafael Picazo, que ali realizava frequentemente orgias com seus amigos.
Na sexta-feira, 10 de fevereiro, o retiraram da Paróquia e o levaram à hospedaria geral do exército federal. Lá José foi torturado para que negasse sua fé, cortaram-lhe as plantas dos pés e o espancaram, depois o conduziram descalço (mesmo com os pés esfolados) pelas ruas até chegar ao Cemitério Municipal. Enquanto caminhava, José rezava e gritava “Viva Cristo Rei e a Virgem de Guadalupe!”.
Ao chegar ao cemitério foi levado até a beira de uma cova que em breve seria a sua, os soldados lhe apunhalaram várias vezes, mas José continuava vivo, falando de Jesus e Maria. Um oficial chegou perto e perguntou-lhe: Agora, o que queres que diga a seus pais? Respondeu-lhe: Diga que nos veremos nos céus! Viva a Cristo Rei! O oficial deu um tiro em sua cabeça. Eram 23:30h do dia 10 de Fevereiro de 1928, José Sánchez tinha apenas 14 anos.


Funeral, Restos Mortais, Beatificação e Canonização
Quando os policiais federais deixaram o cemitério, o coveiro foi até a casa do Padre Ignacio Sánchez, que era tio de José e pediu-lhe um funeral cristão. Junto com os pais do menino foram ao cemitério, ali limparam suas feridas, e deram-lhe um digno funeral. Ao saber da santidade de sua morte, muitos começaram a rezar por sua memória e pedir-lhe intercessão em seus problemas. Em 1945, o corpo incorrupto de José foi transferido para um altar na Igreja do Sagrado Coração de Jesus, junto com outros mártires cristeiros. Finalmente, em 1996 seus restos mortais foram colocados no batistério da Igreja em que fora mantido preso.
José Luís Sánchez del Rio foi beatificado em 2005 e o Papa Emérito, Bento XVI que esteve rezando junto as suas relíquias. Sua canonização se deu em 16 de outubro de 2016, pelo Papa Francisco, em Roma, na Itália, após o reconhecimento do milagre, atribuído a sua intercessão, que aconteceu em 2008 e a agraciada foi Ximena, uma bebê vítima de meningite, tuberculose, convulsões e um infarto cerebral – para quem, "humanamente, já não havia esperança de vida". O relato do milagre foi feito pela mãe da criança, Paulina Gálvez Ávila.

A festa litúrgica de São José Sánchez é celebrada dia 10 de Fevereiro;
A Solenidade de Cristo Rei do Universo é celebrada no último domingo do Ano Litúrgico;
A Festa litúrgica de Nossa Senhora de Guadalupe é celebrada dia 12 de Dezembro.

São José Sánchez, rogai por nós!!!

Bom Filme a Todos!!!

Atualização 2: O código de incorporação anterior não estava mais funcionando, por isso mudei a forma de acesso ao filme, a partir de hoje 21/04/2018, você clica na imagem abaixo, ela é um link, e vai lhe direcionar para o player de vídeo de uma conta no site 4SHARED onde o filme está armazenado, quando a página abrir o vídeo vai carregar e isso levará alguns segundos (a depender da sua conexão de internet) e em seguida o filme começará a ser exibido. Caso o link volte a falhar, por favor mande um e-mail para filmescristaocatolico@gmail.com me avisando da falha.



Fontes Pesquisadas:
Jovens Conectados, acesso em 17/06/2017;
Tesouros da Igreja Católica, acesso em 17/06/2017;
Acidigital, acesso em 17/06/2017;
Professor Felipe Aquino, acesso em 17/06/2017;
Amigos do Céu, acesso em 17/06/2017;
Wikipedia, acesso em 17/06/2017;
Christo Nihil Praeponere, acesso em 17/06/2017. 

domingo, 8 de janeiro de 2017

São João Maria Vianney - O Cura d'Ars

Olá!!!
Paz e benção!!!

Vamos a mais um bom filme para assistirmos em família nesse ano novo que Deus nos permitiu. Hoje trago um filme sobre a vida de um grande sacerdote, que transformou a vida de uma pequena comunidade para sempre, vamos aprender um pouco sobre a vida do Santo Cura d'Ars, vamos aprender um pouco mais sobre São João Maria Vianney.

Infância e Juventude
João Maria Batista Vianney nasceu em 8 de maio de 1786, na localidade de Dardilly, a noroeste de Lyon, França. Como de costume na época, foi consagrado a Nossa Senhora e batizado no próprio dia do nascimento. Era de uma família de camponeses, seus pais chamavam-se Mateus e Maria, eram muito humildes e religiosos, Vianney foi o quarto dos sete filhos do casal, desde pequeno ele gostava de frequentar a igreja e dizia que queria ser sacerdote. 
Sua instrução foi precária, a infância de Vianney foi vivida no terror da Revolução Francesa, um período onde por força de lei em dezembro de 1793 as escolas religiosas foram fechadas e as crianças foram obrigadas a frequentar as escolas públicas, sob pena de multa aos pais. No ano seguinte um católico, conseguiu reabrir uma escola, e nela ingressaram João Maria e sua irmã Catarina. Em 1799 a perseguição à Igreja, imposta pela Revolução Francesa ainda continuava intensa e centenas de sacerdotes haviam sidos deportados para a Guiana. O próprio Papa Pio VI tornou-se prisioneiro da Revolução. Foi nesse clima ainda de terror e perseguição que João Maria, aos 13 anos, recebeu a Primeira Comunhão das mãos de um sacerdote refratário (que não havia feito o juramento de fidelidade ao novo regime de governo trazido pela revolução), numa casa particular, com portas e janelas fechadas. 

Início do Sacerdócio
Somente com a chegada de Napoleão e a Concordata com a Santa Sé, foi possível a Vianney iniciar seus estudos eclesiásticos aos 20 anos. Ele era um cristão íntimo de Jesus Cristo, servo de Maria e de grande vida penitencial, tanto assim que, somente graças à vida de piedade é que conseguiu chegar ao sacerdócio, em 1815, aos 29 anos de idade  porque não acompanhava intelectualmente as exigências do estudo do Latim, Filosofia e Teologia da época (curiosamente começou a ler e escrever somente com 18 anos de idade). Foi ordenado padre, mas com um impedimento: não poderia ser confessor. Não era considerado capaz de guiar consciências, conseguindo somente três anos mais tarde a liberação para viver totalmente o seu sacerdócio. A despeito disso, transformou-se num dos mais famosos e competentes confessores que a Igreja Católica já teve.

Chegada a Aldeia de Ars
Em fevereiro de 1818 foi designado para a cidadezinha de Ars, um aglomerado de algumas dezenas de casas, com apenas 230 habitantes, onde o povo era dado aos cabarés, vícios, bebedeiras, bailes, trabalhos aos domingos, blasfêmias e esquecimento das práticas religiosas. Mas o Santo Vianney, não vacilou e decidiu mudar aquela cidade, com o Rosário nas mãos, joelhos dobrados diante do Santíssimo, testemunho de vida, sede pela salvação de todos e enorme disponibilidade para catequizar. Já no dia de sua chegada, o Padre Vianney deu o seu colchão a um pobre e deitou-se sobre uns galhos junto à parede, com um pedaço de madeira como travesseiro. Como a parede e o chão eram úmidos, contraiu de imediato uma nevralgia, que durou 15 anos. Seu jejum era permanente, habitualmente passando três dias sem comer; e quando o fazia, alimentava-se somente de batatas cozidas.

A Transformação de Ars
Passou a visitar as famílias e as convidava para a Santa Missa. Ars começou a transformar-se. Alguns começaram a ir à capela. Então o pároco fundou a Confraria do Rosário para as mulheres, e a Irmandade do Santíssimo Sacramento para os homens. Com o aumento das visitas a capela e esvaziamento dos bares e cabarés, os donos dos bares e organizadores de jogatinas começaram dura perseguição contra o Padre Vianney. Este chegou a dizer, “Ah, se eu soubesse o que é ser vigário, teria entrado num convento de monges”. 
Nas missas dominicais, pregava sobre os deveres de cada um para consigo, para com o próximo e para com Deus. Falava constantemente do inferno e do que precisamos fazer para evitá-lo: “Ó, meus queridos paroquianos, esforcemo-nos para ir para o Céu. Lá havemos de ver a Deus. Como seremos felizes! Que desgraça se algum de vós se perder eternamente!”  Ele exigia a devida compostura e atitude própria a bons católicos na igreja, por respeito à Presença Real de Nosso Senhor Jesus Cristo no Santíssimo Sacramento.
Outra de suas ações transformadoras foi com a juventude, que durante os terríveis anos da Revolução cresceu ignorando as mais simples práticas de piedade e princípios da fé. Por isso começou a atrair todos para o catecismo. Só admitia à Primeira Comunhão quem estivesse devidamente preparado. Insistia com os meninos e adolescentes para que levassem sempre consigo o rosário, e tinha no bolso alguns extras para aqueles que o houvessem perdido. Aos poucos os esforços do santo foram se coroando de êxito, de maneira que os jovens de Ars chegaram a ser os mais bem instruídos da região.

Para Deus o Melhor!
Logo que chegou a Ars mandou devolver os confortáveis móveis que haviam sidos emprestados a igreja, deixando apenas o necessário para a sua estadia. Depois, iniciou a restauração da igreja, que estava caindo aos pedaços, fazendo por suas próprias mãos “o trabalho doméstico de Deus”, e que por respeito ao Santíssimo Sacramento, desejava que fosse a melhor possível, queria o que há de melhor para o culto divino. Em Lyon, onde fazia suas compras, logo se tornou conhecido entre os comerciantes, que comentavam entre si: “No campo há um pároco magro e mal arranjado, com ares de não ter um centavo no bolso, mas que compra para sua igreja tudo o que há de melhor”. Ele queria embelezar a casa de Deus para a glória do Senhor, e também para que fosse atraente para os humildes camponeses que ele tinha de ajudar a irem para o Céu.
Em 1820 chegou, inclusive a escrever ao prefeito, solicitando ajuda para reformar a igreja, disse ele: “Desejaria que a entrada da igreja fosse mais atraente. Isso é absolutamente necessário. Se os palácios dos reis são embelezados pela magnificência das entradas, com maior razão as das igrejas devem ser suntuosas. […] Não quero poupar nada para isso”. E o prefeito o ajudou na reforma, para que a igreja fosse o palácio de Deus e dos pobres.
Mais tarde quis honrar a Virgem Imaculada com uma capela lateral na igreja, e pagou um pintor para orná-la. Depois mandou construir outra capela lateral em louvor de seu patrono, São João Batista. E assim foi reformando ou reconstruindo a igreja toda, embelezando-a com pinturas e imagens. Dizia: “Muitas vezes basta a vista de uma imagem para nos comover e converter. Não raro as imagens nos abalam tão fortemente como as próprias coisas que representam”.

O Santo Confessor
No confessionário viveu intensamente seu apostolado, todo entregue às almas, devorado pela missão, integralmente fiel à vocação, chegando a ficar 18 horas por dia atendendo confissões. Do confessionário seu nome emergiu e transbordou dos estreitos limites Ars para aldeias e cidades vizinhas. Os peregrinos que desejavam confessar-se com ele começaram a chegar. Nos últimos tempos de vida eram mais de 200 por dia que chegavam para confessar com o padre Vianney.

Morte, Beatificação e Canonização do Santo de Ars
Aos 73 anos de idade, depois de consumir-se por 40 anos no seu sacerdócio em função do próximo, em 02 de Agosto de 1859, João Maria Batista Vianney recebeu a Unção dos Enfermos. No dia sguinte, ele assinou seu testamento, deixando seus bens aos missionários e seu corpo à paróquia. E, finalmente, às duas horas do dia 04 de Agosto de 1859, morre placidamente, tomado pela fadiga. Nos dias 04 e 05, trezentos padres mais ou menos e uma incalculável multidão desfilaram diante do seu Corpo, em prantos, para despedir. Quando chegou à cidadezinha ninguém veio recebê-lo, quando morreu a cidade tinha crescido enormemente e multidões de peregrinos o acompanharam à última morada.
Vianney foi beatificado pelo papa São Pio X em 1905, Por ocasião da beatificação, seu corpo foi exumado e encontrado incorrupto, apesar de seco e escurecido. E é assim que permanece até o dia de hoje em Ars. Em 1925 ele foi canonizado pelo papa Pio XI, o mesmo papa que em 1929 o declarou padroeiro de todos os párocos do mundo.

Sua festa litúrgica  é celebrada dia 04 de Agosto.

Bom filme a todos!!!



Fontes Pesquisadas:
Wikipedia, acesso em 07 e 08/01/2017
Canção Nova, acesso em 07 e 08/01/2017
Amor Mariano, acesso em 07 e 08/01/2017
Catolicismo, acesso em 07 e 08/01/2017
Cleofas, acesso em 07 e 08/01/2017
Wiki Canção Nova, acesso em 07 e 08/01/2017

sábado, 12 de novembro de 2016

Santa Joana D'Arc - A Virgem de Orleans

Olá!!!
Paz e Benção!!!

Chegando mais um bom filme aqui no blog, corre lá prepare o lanche, chama a família toda, que o filme é por nossa conta! Hoje vamos trazer uma surpreendente história de vida e coragem vinda das bandas da França, vamos aprender um pouco sobre a vida da valente Santa Joana D'Arc.

Infância e Chamado
Joana nasceu em Domrémy, na região de Lorena na França, a data de seu nascimento, porém, é incerta, o ano de seu nascimento é baseado na sua declaração durante o seu interrogatório em 24 de fevereiro de 1431, onde Joana declarou uma vez, quando perguntada sobre sua idade: "tenho 19 anos, mais ou menos". Portanto teria provavelmente nascido em 1412.  Ela era filha de Jacques d'Arc e Isabelle Romée, tinha mais quatro irmãos: Jacques, Catherine, Jean e Pierre, ela era a mais nova dos irmãos e não foi alfabetizada. Seus pais eram agricultores e de vez em quando artesãos. Joana também era muito religiosa, ia muito à igreja e frequentemente fugia do campo para ir orar na igreja de sua cidade. Ainda criança presenciou o assassinato de membros de sua família por soldados ingleses que invadiram a vila em que morava. Aos 13 anos de idade teve a primeira de uma série de visões de São Miguel, onde ele lhe aparecia trajando armadura e montando um cavalo. Teve também visões de Santa Catarina e Santa Margarida. Nestas primeiras visões ela era exortada a orar muito e se preparar para uma difícil missão: salvar a França e coroar o rei.

Joana Atende o Chamado
A França atravessava um dos períodos mais sangrentos de sua história : "a Guerra dos Cem Anos", um conflito entre França e Inglaterra, que durou na verdade 116 anos, e que provocou milhões de mortes e a destruição de quase toda a França setentrional. Três anos após começar a ouvir as vozes, em 1428, Joana resolveu atender aos apelos celestes, ela foi levada por um tio à presença do capitão Robert de Baudricourt, delegado do rei em Vancouleurs. Ao vê-la, o oficial desprezou-a, e a devolveu a seu pai; Joana insistiu e voltou a procurar o capitão, conseguindo impressioná-lo com sua energia. Robert mandou-a ao rei Carlos VII, acompanhada por uma escolta de seis homens. Joana pediu e conseguiu também um cavalo e trajes masculinos (mais adaptados à missão militar que ela empreendia). Chegando em Chinon aos 6 de março de 1429, Joana identificou o rei escondido e disfarçado entre os seus cortesões. Logo lhe pediu soldados para ir levantar o cerco de Orleans. Entretanto aquela jovem de 17 anos, vestida de trajes masculinos, não inspirava confiança. Tendo insistido, Joana foi interrogada e examinada sobre a fé, sua moral e até sua virgindade, pelo espaço de três semanas; o laudo de tal investigação lhe resultou favorável, e Carlos VII reconheceu o possível valor do empreendimento de Joana. Convencido do discurso de Joana, o rei entregou-lhe uma espada, um estandarte e a autorizou a acompanhar as tropas francesas que seguiam rumo à libertação da cidade de Orleans, que havia sido invadida e cercada pelos ingleses havia oito meses. 

As Batalhas de Joana
Chegando a Orleans, Joana intimou o inimigo a render-se. O entusiasmo dos combatentes franceses, estimulado pela estranha figura da aldeã-soldado, fez com que os ingleses levantassem o sítio da cidade. Em lembrança desse feito glorioso Joana d’Arc foi cognominada a ‘Virgem de Orleans’, e então com 17 anos passou a ser saudada como heroína em todo o país. Joana também dirigiu-se a vários pontos fortificados sobre pontes do rio Loire. Em 11 e 12 de junho de 1429 participou da vitória francesa na batalha de Jargeau. No dia 15 de junho foi a vez da batalha de Meung-sur-Loire. A terceira vitória foi em Beaugency, nos dias 16 e 17 de junho do mesmo ano. Depois se dirigiu a Patay, onde sua participação foi pouca. A luta na região, única batalha em campo aberto, já se desenrolava sem a presença de Joana d'Arc. Outra cidade importante Reims, também voltou ao poder dos franceses. Carlos VII, agora reconhecido legítimo rei da França foi coroado e consagrado em 17 de julho de 1429, na Catedral de Reims, cumprindo assim a missão recebida por Joana. A esta ocasião Joana falou: “Nobre Rei, assim é cumprida a vontade de Deus, que desejava que eu liberasse a França e vos trouxesse a Reims, para receberdes esta sagrada missão e provar à França que sois o verdadeiro Rei”. Joana dava por finda a sua missão, quando na primavera de 1430 o rei lhe pediu continuasse a guerra. Ela muito se empenhou pela reconquista de Paris, mas aos 23 de maio de 1430, perto de Compiégne, foi presa pelo exército borgonhês, aliado dos ingleses. Estes a compraram pelo preço de 10.000 francos-ouro, e a levaram para Ruão, onde Joana deveria ser julgada, o rei francês não a ajudou em nada. Aos ingleses interessava não apenas manter Joana encarcerada, mas também destruir o seu prestígio aos olhos do público. – Este plano haveria de ser executado mediante pretextos religiosos que, para os homens da época, eram os mais persuasivos.  Em novembro de 1430 Joana é levada para a cidade de Ruão, que ainda era controlada pelos ingleses e é iniciado um processo contra ela. foi presa em uma cela escura e vigiada por cinco homens, Joana agora vivia seus piores tempos. 

O Julgamento Pelo Tribunal da Inquisição
Visando desmoralizar Joana, os ingleses escolheram julgá-la em um tribunal de inquisição falso, que agiu sem o aval de Roma. O processo contra Joana teve início no dia 9 de janeiro de 1431, sendo chefiado pelo bispo de Beauvais, Pierre Cauchon, devoto à causa dos invasores e, por isto, havia sido expulso de sua diocese e se refugiado em Ruão, território possuído pelos ingleses. Foram realizadas dez sessões sem a presença da acusada, apenas com a apresentação de provas contra ela. Joana só foi ouvida pela primeira vez em 21 de fevereiro, a princípio ela se negou a fazer o juramento da verdade, mas logo o fez. Joana foi interrogada sobre as vozes que ouvia, sobre a igreja militante, sobre seus trajes masculinos. Joana sofreu maus tratos físicos e morais; foi submetida a interrogatórios capciosos, que visavam arrancar-lhe a confissão de heresia e superstição, respondeu sempre com simplicidade e nobreza; chegou a apelar para o Santo Padre: “Peço que me leveis à presença do Senhor nosso, o Papa: diante dele responderei tudo o que tiver que responder Tudo que eu disse, seja levado a Roma e entregue ao Sumo Pontífice, para o qual dirijo o meu apelo!” Em vão, porém, apelou. Ao fim do julgamento Joana foi considerada culpada por heresia e bruxaria, suas vitórias foram consideradas resultado de um pacto com o demônio, e como era costume entre as condenadas por bruxaria, sua pena foi a morte pelo fogo. 

Joana é Condenada e Morta 
No dia 30 de maio de 1431 Joana, com apenas 19 anos, foi amarrada em uma estaca na praça central do velho mercado de Ruão, os soldados ingleses atearam fogo à sua volta. Pouco antes de morrer foi oferecido a Joana a possibilidade de renegar a sua fé e ser livre, mas ela recusou-se. Sua única atitude foi pedir aos soldados uma cruz, que ela beijou pouco antes de morrer na fogueira. Enquanto era consumida pelas chamas, Joana era chamada de bruxa, mentirosa e blasfema pela população que acompanhava o acontecimento. Para comprovar sua morte e evitar boatos de fuga, os soldados cumpriram ordens de abrir a fogueira e expor o corpo carbonizado, e ao final quando foram recolher as cinzas foram surpreendidos por um acontecimento milagroso: o coração de Joana não havia sido consumido pelo fogo e estava intacto. Com medo do povo os soldados receberam ordens de lançá-lo juntamente com as cinzas no leito do rio Sena.

Reabilitação, Beatificação e Canonização 
Em 1456, o Papa Calisto III, iniciou a revisão do processo que condenou Joana, alguns historiadores creditam essa revisão a uma solicitação dos pais de Joana, mas não há fontes seguras. Com a revisão, o processo foi considerado nulo por vício de forma e de conteúdo, Joana passou a ser considerada inocente, teve sua honra reabilitada, e os nomes de feiticeira e bruxa foram apagados para que ela fosse reconhecida por suas virtudes heroicas, provenientes de uma missão divina. Em 1909 Joana foi beatificada pelo Papa São Pio X . Em 1920, Joana d'Arc foi canonizada pelo Papa Bento XV.

Joana D'Arc foi proclamada padroeira da França junto com Santa Teresinha.

Sua festa litúrgica é celebrada no dia 30 de maio.

Santa Joana D'Arc, rogai por nós!



Fontes Pesquisadas:

Wikipedia, acesso em 12/11/2016
UOL Educação, acesso em 12/11/2016
E-Biografias, acesso em 12/11/2016
Arautos do Evangelho, acesso em 12/11/2016
Blog Canção Nova, acesso em 12/11/2016
Professor Felipe Aquino, acesso em 12/11/2016
Editora Cléofas, acesso em 12/11/2016
Gaudium Press, acesso em 12/11/2016
Presente Pra Você, acesso em 12/11/2016
Só História, acesso em 12/11/2016

sexta-feira, 22 de julho de 2016

As Finalidades e os Efeitos da Santa Missa - Videoaula

Olá!!!
Paz e Benção!!!

Que tal aproveitarmos o período de férias para aprendermos um pouco mais sobre o Sacrifício da Santa Missa! Pois bem a postagem extra de férias, vem hoje nos trazer um vídeo do Padre Paulo Ricardo, explicando sobre as finalidades e efeitos da Santa Missa.
Nessa videoaula aprenderemos sobre a Missa como sacrifício, as diferenças entre sacrifício cruento e incruento e as finalidades do Sacrifício da Santa Missa: Adoração, Ação de Graças, Reparação e Súplica. Tudo baseado no Documento Mediator Dei, escrito pelo Papa Pio XII, de 20 de Novembro de 1947.


Padre Paulo Ricardo foi ordenado sacerdote em junho de 1992, por São João Paulo II, é licenciado em Filosofia ( FUCMAT ), bacharel em Teologia e mestre em Direito Canônico ( Pontifícia Universidade Gregoriana - Roma ), lecionou em instituições como: Faculdades de Filosofia e de Psicologia da Universidade Católica Dom Bosco e Instituto Regional de Teologia (ITEO)  em Campo Grande – MS. 
Padre Paulo Ricardo também foi membro do Conselho Internacional de Catequese (Coincat) da Santa Sé (Congregação para o Clero) e atualmente, leciona Teologia no Instituto Bento XVI, da Diocese de Lorena, SP, desde 2011, e é Vigário Paroquial da Paróquia Cristo Rei, em Várzea Grande – MT e se dedica à evangelização através dos meios de comunicação como a família Christo Nihil Praeponere, instituto de evangelização e catequese, via internet, que oferece cursos e palestras em vídeos, áudios e  textos, com conteúdo pago e gratuito.

O link do vídeo postado aqui hoje foi retirado do canal do Padre Paulo Ricardo no Youtube, mas abaixo do vídeo aqui no blog, na parte de fontes pesquisadas, está o link para a postagem completa do site  Christo Nihil Praeponere com os links dos documentos citados por ele. 


Fontes pesquisadas: 

Christo Nihil Praeponere, acesso em 22/07/2016