Chegando mais um bom filme aqui no Blog, hoje seguindo a série, finalizamos a história de Santa Teresa de Jesus dos Andes. Se prepare, pois é outro episódio, pra lá de emocionante. Nele vamos ver o ingresso de Juanita, agora, Irmã Teresa, no Convento dos Andes, como foi sua chegada, sua adaptação, seu penar e por fim o momento de sua entrega final. Eu nem preciso dizer que nesse episódio eu quase fico desidratado de tanto chorar.
Espero que vocês tenham gostado da série, espero que a história de Santa Teresa dos Andes tenha sido muito proveitosa para vocês. Não deixe de conferir os outros episódios dessa série maravilhosa:
Chegando mais um bom filme aqui no Blog, hoje vamos entrando na reta final da história de Santa Teresa dos Andes. Preparem os lenços porque vai ser muita emoção! No capítulo de hoje nós veremos a tomada de decisão de Juanita em se tornar uma carmelita, o impacto dessa decisão para sua família, a sua comovente despedida ao deixar o seio de sua família e sua chegada no convento carmelita. É muita emoção!
Me permitam confessar aqui um segredo, mas por favor não espalhem pra ninguém: Eu chorei um Rio São Francisco inteiro nesse episódio!
A história de Santa Teresa de Jesus dos Andes, bem como os episódios anteriores série, você pode conferir aqui mesmo no Blog:
Hoje continuamos a conhecer Santa Teresa de Jesus dos Andes, essa menina tão nova, tão meiga, tão cativante e de uma fé e de uma entrega a Deus tão gigante. Neste Terceiro episódio veremos um pouco de sua vida fora do internato, suas férias em família, seu desejo cada vez maior em ser uma carmelita, seu desejo de amar cada vez mais a Deus, o casamento de uma de suas irmãs, o seu cuidado com a família.
A história de Santa Teresa de Jesus dos Andes, bem como os episódios anteriores série, você pode conferir aqui mesmo no Blog:
Chegando para mais um bom filme aqui no Blog, vamos continuar conhecendo a história da pequena, porém gigante, Juanita Fernandez, hoje mais conhecida como Santa Teresa dos Andes. Então chama o povo todo, acomoda todo mundo na sala e vamos lá!
A história de Santa Teresa de Jesus dos Andes, bem como o começo dessa série, você pode conferir aqui mesmo no Blog clicando AQUI. No episódio de hoje veremos um pouco da rotina de Juana Fernandez no colégio interno, as perseguições sofridas por ela, sua conquistas, algumas demonstrações de sua frágil saúde, de sua generosidade com todos, e de como ela já se destacava dentre as outras meninas em relação a fé.
Sua festa litúrgica é celebrada no dia 13 de julho.
Chegando mais um bom filme pra gente curtir em família, na verdade, dessa vez, eu venho com uma série que vai ser muito legal de acompanhar, pois é uma história muito linda de conhecermos, é a história de Juanita, ou Santa Teresa de Jesus dos Andes.
Nascimento e Infância
Nascida em Santiago do Chile, em 13 de julho de 1900, Juana Henriqueta Josefina dos Sagrados Corações Fernández Solar era a quarta filha do casal Miguel Fernández e Lucia Solar, que eram um casal piedoso e pertenciam a alta sociedade chilena. Desde cedo, Juanita, como era chamada, era muito interessada pelos assuntos religiosos e fazia muitas perguntas.
Juana (Joana) recebeu formação escolar no Colégio das Irmãs Francesas do Sagrado Coração, onde também foi aprendendo cada vez mais sobre Nosso Senhor. Recebeu a primeira comunhão no dia 11 de setembro de 1910, e isto foi um marco em sua vida, pois foi a partir desse dia que ela passou a viver uma amizade ainda mais intensa com Jesus: “Não é possível descrever o que se passou em minha alma ao receber Jesus. Pedi-lhe mil vezes que me levasse, e ouvi sua voz querida pela primeira vez. Desde que fiz minha Primeira Comunhão, Nosso Senhor me falava depois de eu comungar" dizia a jovem Juanita.
Devoção à Nossa Senhora
Devota de Nossa Senhora Juanita, aprendeu a rezar o Rosário aos 7 anos e o rezava todos os dias, no colégio era uma grande incentivadora da devoção a Mãe de Jesus. No convento descobriu o livro "Tratado da Verdadeira Devoção à Santíssima Virgem" de São Luís Maria Grignion de Montfort, encantou-se e além de se consagrar, levou uma outra noviça a consagrar-se também.
O Internato e o Ingresso no Carmelo
Aos 15 anos ela passou a estudar como interna, no mesmo colégio onde estudava, eram tempos difíceis, seu pai havia perdido muitos de seus bens, a família passava por apertos financeiros, mas nada disso abalava a menina Juanita. por esse mesmo período ela passou a ler sobre Santa Teresinha do Menino Jesus, e decidiu se tornar carmelita. Pouco depois de ingressar no internato, fez voto de castidade e escolheu: "Hoje, oito de dezembro de 1915, com a idade de quinze anos, faço voto diante da Santíssima Trindade, em presença da Virgem Maria e de todos os santos do Céu, de não admitir outro Esposo senão meu Senhor Jesus Cristo, a quem amo de todo coração e a quem quero servir até o último momento de minha vida“. - jurou Juanita.
Aos 17 anos conheceu os escritos de Santa Teresa de Ávila e de Santa Isabel da Trindade e ficou ainda mais encantada com o carmelo, desejando também se tornar casa de Deus. Em 1918 entrou em contato com a Madre Angélica, priora das Carmelitas de Los Andes e colocou-lhe a sua inquietação vocacional. No dia 7 de maio de 1919, finalmente, ingressou no Convento das Carmelitas de Los Andes, a cerca de 90 km de Santiago. Sua alegria era tamanha: “Não imagina a felicidade de que desfruto. Encontrei, por fim, o céu na terra. Se é verdade que me separei dos meus com o coração desfeito, hoje gozo de uma paz inalterável“. afirmava a jovem carmelita. Vestiu o hábito de carmelita no dia 14 de Outubro desse mesmo ano, iniciando assim o noviciado com o nome de Teresa de Jesus.
Morte, Beatificação e Canonização
Em 1920, durante a celebração do Tríduo Pascal, na sexta-feira santa, a superiora percebeu que a Irmã teresa estava pálida, com febre e sentindo dificuldade de seguir as cerimônias, então lhe ordenou que fosse recolher-se em seu leito. Irmã Teresa havia contraído febre tifoide e do seu leito não se levantaria mais. Ali mesmo, devido à sua condição de saúde fez a sua profissão religiosa no dia 7 de abril, recebeu os últimos sacramentos e no entardecer do dia 20 de Abril, a jovem carmelita entregou sua vida e foi encontrar-se com Cristo, a quem chamava de seu esposo. Faltavam-lhe ainda três meses para completar os 20 anos de idade e 6 para terminar o noviciado canônico e poder emitir juridicamente os votos religiosos. Morreu, portanto, sendo noviça carmelita descalça.
Foi beatificada no dia 3 de Abril de 1987 e canonizada em 21 de março de 1993 pelo Papa João Paulo II. Os seus restos mortais estão sepultados no Santuário de Auco-Rinconada dos Andes. Santa Teresa de Jesus dos Andes é a primeira Santa chilena, a primeira Santa carmelita descalça fora do território europeu e a quarta Santa Teresa do Carmelo, depois das Santas Teresas de Avila, de Florença e de Lisieux. Ela é considerada a padroeira dos jovens da América Latina. Foi a Intercessora da Jornada Mundial da Juventude de 2013.
Sua festa litúrgica é celebrada no dia 13 de Julho.
Chegando mais um bom filme pra gente curtir em família, chama o povo espalha as almofadas pela sala acomoda todo mundo e vamos conhecer a história da breve vida e Laura Vicuña, uma chilena que nos traz um grande exemplo de pureza, fidelidade e amor.
Laurita
Nasceu em Santiago, no Chile, no dia 5 de abril de 1891, Laura Vicuña Pino em uma família da alta sociedade chilena, filha do casal José Domingo Vicuña e Mercedes Pino, ele era um militar renomado de grande influência política e social, sua mãe era uma mulher de coração e condição humilde. Nessa época o Chile enfrentava uma guerra civil e um dos parentes de José Domingo estava envolvido na disputa pelo poder, o que colocou toda família em risco, toda a família Vicuña foi obrigada a exilar-se, José Domingo, pai de Laura refugiou-se com a família em Temuco, distante 500km da capital Santiago. Em 1894, logo após o nascimento de sua filha mais nova, Julia Amanda, José faleceu deixando a família na miséria, Laura tinha 2 anos. Desesperada Mercedes, sua mãe, então seguiu junto com as filhas para Argentina, pois tinha medo de permanecer no Chile em razão da perseguição, ainda existente, aos Vicuña.
Mercedes estabeleceu-se, junto com suas filhas, em Junin de Los Andes, em busca de trabalho, ficou na Estância de Quilquinhé, de propriedade de Manuel Moura. Ele era um homem bruto e depois de algum tempo, passou a conviver com Mercedes como esposa, porém em uma relação livre.
O Início da Vida Religiosa
Em 1900, Laura ingressou como interna no Colégio das Filhas de Maria Auxiliadora, em Junín de Los Andes. Em pouco tempo, começou a se destacar, era aluna devota, sonhava em ser religiosa, era atenta às aulas, às orientações das irmãs, disponível com as companheiras, sempre alegre e pronta a qualquer sacrifício, certo dia na sala de aula desmaiou ao ouvir da professora que Deus não se agrada dos que convivem sem se casar, era o caso de sua mãe e isso a preocupou muito, pois Laura se deu conta que sua mãe vivia em pecado, correndo grave perigo de condenação eterna.
Em 02 de junho de 1901, aos 10 anos, Laura foi admitida como Filha de Maria e fez sua primeira comunhão, ali se manifestou sua vocação de amor a Deus, e ela expressou sua vontade de servi-Lo, ela se ofereceu a Jesus e Maria Santíssima pela conversão de sua família. Costumeiramente ela passava os momentos de recreio rezando na capela do colégio, apesar de sua pouca idade já possuía grande maturidade.
O Assédio e o Sacrifício
Durante uma de suas férias escolares, Laura foi violentamente assediada por Manuel, ele queria a todo custo manter relações com a menina, mas ela lutou com valentia impedindo que ele conseguisse o seu intento. Irritado, Manuel se negou a seguir custeando os estudos das meninas. Mas o colégio se reuniu e decidiu manter Laura na escola.
Diante de tanto sofrimento, Laura decidiu entregar sua vida pela conversão de sua mãe. Ela revelou seu plano ao seu confessor, o sacerdote salesiano Crestanello, que lhe alertou: "Isso é muito sério. Deus pode aceitar o seu sacrifício e você pode morrer muito em breve!", mas Laura estava decidida, e assim ela fez sua oração de entrega. Este pedido foi escutado e pouco tempo depois Laura adoeceu.
Durante o inverno uma inundação atingiu a escola e Laura, ajudando a salvar as meninas mais novas, passou horas com os pés nas águas geladas, sua saúde ficou muito fragilizada, ela ficou doente dos rins e tinha muitas dores pelo corpo, sua mãe a levou para casa, onde mais uma vez sofreu com o assédio de Manuel, mesmo doente e frágil, ela lutou e conseguiu evitar o seu ataque. Com raiva, Manuel a agrediu e colocou-a para fora da casa obrigando-a a dormir ao relento.
Em sua última noite Laura confidenciou a sua mãe: "Mamãe, eu vou morrer! Há algum tempo eu pedi isso a Jesus, oferecendo-lhe a vida por ti, a fim de obter o teu retorno a Deus… Mamãe, será que terei antes de morrer a alegria de te ver arrependida?”.
“Laura – respondeu Mercedes – juro-te que farei o que me pedes”. Com alegria Laura morreu na noite de 22 de janeiro de 1904. Suas últimas palavras foram: "Obrigada Jesus, obrigada Maria!".
Resultado do Sacrifício de Laura
Depois da morte de Laura, Mercedes se escondeu, durante algum tempo, mudou de nome e chegou a voltar para Temuco no Chile. Em 1906 regressou a Junín de Los Andes, onde sua filha Amanda, casou-se com Horácio Jones, aos 12 anos. Após o casamento de Amanda, Mercedes casou-se na igreja e no civil com Malitón Parra, homem trabalhador e justo. Mercedes faleceu em 17 de setembro de 1929. Já Manuel Moura foi assassinado entre 1906 e 1907 durante uma briga por causa de corrida de cavalos.
Sepulcro e Beatificação de Laura Vicuña
Os restos mortais de Laura Vicuña encontram-se na Capela das Filhas de Maria Auxiliadora, em Bahia Blanca, na Argentina, ela foi Beatificada pelo Papa João Paulo II no dia 3 de setembro de 1988 no Cole das Bem-Aventuranças juvenis, junto a Castelnuovo Dom Bosco (Asti - Itália). Ela foi escolhida como uma das intercessoras da Jornada Mundial da Juventude ocorrida no Rio de Janeiro em 2013.
A sua festa litúrgica é celebrada dia 22 de janeiro.
Chegando mais um bom filme pra gente assistir em família e hoje com um velho amigo nosso, pra nós que temos entre 30 e 40 anos, o primeiro Papa que nós conhecemos, odono do terceiro maior papado da história da santa igreja, um dos líderes mais influentes do século XX e um santo que pudemos ver com nossos olhos: São João Paulo II.
Do Nascimento até os 21 anos
Karol Józef Wojtyła nasceu no dia 18 de maio de 1920, em Wadowice, uma pequena localidade ao sul da Polônia, a 50 km da Cracóvia; era o mais novo dos três filhos de Karol Wojtyła, um suboficial do exército, e de Emilia Kaczorowska. Sua irmã mais velha, Olga, já havia morrido antes de seu nascimento, foi batizado com menos de um mês de vida, sua mãe morreu em 1929, aos 45 anos, quando Karol tinha 8 anos de idade. Aos 9 anos fez a Primeira Comunhão, aos 12 anos seu irmão Edmund, 14 anos mais velho e a quem Karol era muito próximo, faleceu deixando-o muito abalado e, aos 18, recebeu o sacramento do Crisma. Desde garoto, Karol demonstrou interesse pelos esportes, geralmente jogando futebol na posição de goleiro. Em 1938 Karol e seu pai deixaram Wadowice e se mudaram para Cracóvia, onde ele se matriculou na Universidade Jaguelônica. Dedicou-se ao estudo de tópicos como filologia e diversas línguas na universidade, se tornou voluntário na biblioteca e foi obrigado a participar do alistamento obrigatório, e serviu na "Legião Acadêmica". Contudo, ele se recusou a atirar. Ele ainda participou de diversos grupos teatrais, atuando principalmente como dramaturgo. Foi nesta época que o seu talento para as línguas floresceu e ele aprendeu 12 línguas diferentes, nove das quais ele usaria extensivamente no futuro como papa. Quando as forças de ocupação nazistas fecharam a universidade em 1939, no início da segunda guerra mundial, Todos os homens capazes foram obrigados a trabalhar e assim, de 1940 até 1944, Karol trabalhou como mensageiro em um restaurante, operário em uma mina de calcário e em uma indústria química (Solvay) para se sustentar e para não ser deportado para a Alemanha. Seu pai morreu em 1941 vítima de um ataque cardíaco, Karol tinha apenas 21 anos.
Desafios da Vida Religiosa
A partir de 1942, sentindo a vocação para o sacerdócio, começou a estudar no seminário clandestino na cidade de Cracóvia, dirigido pelo arcebispo Adam Stefan Sapieha. Em 29 de fevereiro de 1944, Karol foi atropelado por um caminhão da Wehrmacht, ficou internado duas semanas se recuperando de seus graves ferimentos, para ele, o acidente e a sua sobrevivência foram a confirmação de sua vocação. Em 6 de agosto de 1944, conseguiu sobreviver ao chamado "Domingo Negro", mais de oito mil homens e rapazes foram levados presos naquele dia, mas Karol conseguiu escapar, se econdendo no porão da casa de um tio, e depois fugir para o palácio do arcebispo, onde ele permaneceria até a retirada dos alemães.
Após a II Guerra Mundial, continuou seus estudos no seminário maior de Cracóvia, novamente aberto, e na faculdade de teologia da universidade Jagellonica. Foi ordenado padre em 1 de novembro de 1946, pelo arcebispo de Cracóvia Adam Sapieha. Foi estudar Teologia em Roma, na Pontifícia Universidade Santo Tomás de Aquino, onde conseguiu a sua licenciatura e, depois, o seu primeiro doutorado em Teologia, com a tese A Doutrina da Fé segundo São João da Cruz.
Em 1948 retornou para a Polônia e em sua chegada foi se ajoelhar e beijar o chão. Este gesto, que ele adaptou do santo francês São João Maria Vianey se tornaria sua "marca registrada" durante o seu papado. Foi vigário em diversas paróquias na Cracóvia e, em 1953, passou a lecionar Teologia Moral e também Ética Social, ambos na faculdade de Teologia de Lublin. Em 1954 Karol Wojtyła obteve o seu segundo doutorado, desta vez em Filosofia, com uma tese avaliando a viabilidade de uma ética católica baseada no sistema ético do fenomenologista Max Scheler. Porém, a intervenção das autoridades comunistas impediu que ele recebesse o grau até 1957.
Em 4 de julho de 1958 foi nomeado bispo titular de Olmie, também, auxiliar de Cracóvia. Assim, recebeu a consagração episcopal no dia 28 de setembro de 1958. Com a idade de 38 anos, Karol se tornara o mais jovem bispo da Polônia. Em 13 de janeiro de 1964, o papa Paulo VI o elevou a arcebispo da Cracóvia. Em 26 de junho de 1967 foi criado Cardeal pelo Papa Paulo VI, Wojtyła foi nomeado cardeal-padre do titulus de San Cesareo in Palatio. Em 1967 teve grande colaboração na formulação da encíclica Humanae Vitae, que trata das mesmas questões que impedem o aborto e o controle de natalidade por meios não-naturais. Até esse ano, 1967, Karol já tinha publicado mais de 300 ensaios em revistas e livros.
Um ano antes de ser eleito papa, Wojtyła abriu e consagrou a Igreja de Nossa Senhora Rainha da Polônia, em Nowa Huta, após mais de vinte anos de esforços contra o governo comunista polonês, que negou inúmeras vezes o pedido dos fiéis para a construção de uma igreja naquela região, inicialmente Karol persistiu para ganhar licenças, mas que com o passar do tempo foram somando em pequenos ganhos, como a ampliação de uma capela improvisada, até que em 1977, Wojtyła consagrou a igreja. Esse templo se tornou um símbolo de luta contra o comunismo, tanto que em 1979, o governo proibiu o então papa de ir até aquela igreja. Mas, quatro anos mais tarde o papa foi até aquele lugar com mais de 300 mil apoiantes.
Eleição e Pontificado
Karol Wojtyla foi eleito papa, no dia 16 de outubro de 1978 e escolheu o nome papal João Paulo II. Ele foi o 264º sucessor de São Pedro, O lema escolhido para seu pontificado foi “Totus Tuus”, é o simbolo da consagração do Santo Padre a Nossa Senhora e significa “Todo Teu”. João Paulo II dispensou a tradicional coroação papal e, em vez disso, recebeu a investidura eclesiástica que simplificou a cerimônia de posse papal, em 23 de outubro de 1978. Ele foi o primeiro Pontífice eslavo da história e o primeiro papa não-italiano em 455 anos, o mais jovem papa eleito desde Pio IX em 1846, que tinha 54 anos (ele tinha 58 anos), o terceiro mais longo pontificado até hoje (26 anos) e um dos líderes que mais viajaram na história, tendo visitado 129 países durante o seu pontificado.
Desde o início trabalhou para dar voz à chamada Igreja do silêncio. A insistência sobre os temas dos direitos do homem e da liberdade religiosa tornou-se assim uma constante do seu magistério. João Paulo II sempre buscou manter o diálogo inter-religioso e constantemente tentou encontrar afinidades, doutrinárias e dogmáticas.
No dia 27 de Outubro de 1986, em Assis, na Itália, o Papa João Paulo II se reuniu com vários líderes religiosos em um dia de jejum e oração, mais de 120 representantes de diferentes religiões e denominações cristãs passaram o dia em jejum e oração. Além disso ele sempre manteve diálogo com o anglicanismo, luteranismo, judaísmo, igreja ortodoxa, budismo e com o islã, onde, de forma especial, em 6 de maio de 2001, o papa João Paulo II se tornou o primeiro papa católico da história a entrar e rezar numa mesquita. Respeitosamente removendo os seus sapatos, ele entrou na Mesquita dos Omíadas, uma antiga igreja cristã bizantina dedicada a São João Batista (que, acredita-se, está enterrado lá), em Damasco, na Síria, e ali deu um discurso que incluía a seguinte afirmação: "Por todas as vezes que os cristãos e os muçulmanos se ofenderam entre si, precisamos buscar o perdão do Todo Poderoso e oferecer uns aos outros o perdão". Ele beijou o Corão nesta mesma viagem, um ato que o tornou popular entre os muçulmanos, mas que perturbou muitos católicos. O papa também praticou o jejum ao último dia do Ramadã.
João Paulo II e a Jornada Mundial da Juventude
Em dezembro de 1985 foi instituída pelo Papa João Paulo II a Jornada Mundial da Juventude (JMJ) um evento que reúne milhões de católicos de todo o mundo, sobretudo jovens. Com duração de cerca de uma semana, para celebrar e aprender sobre a fé católica, para conhecer melhor a doutrina católica e para construir pontes de amizade e esperança entre continentes, povos e culturas, além de compartilhar entre si a vivência da espiritualidade. Ela foi criada como um evento anual (que passou depois a ser com intervalos de dois ou três anos) com o objetivo de alcançar novas gerações de católicos, propagando assim os ensinamentos da Igreja, ficando a escolha do local de sua realização à escolha do Papa.
João Paulo II - O Diplomata da Paz
Sempre diplomático buscando o bem comum, ele influenciou positivamente nos conflitos: entre Chile e Argentina (1978); entre Argentina e Grã-Bretanha (Guerra das Malvinas, em 1982); entre Cuba e a Igreja Católica ( um mês antes desta visita, em dezembro de 1997, foi instituído o Natal em Cuba e declarado a partir de então como feriado nacional, já durante esta visita a Cuba, em Janeiro de 1998, foi condenado o embargo feito pelos EUA a Cuba e ainda, ressaltado pelo Papa a importância do respeito aos direitos humanos, a liberdade de expressão, do direito de participar de um debate público de forma igualitária, da liberdade religiosa, também, fez uma solicitação de que fossem libertados os presos políticos, ação que foi colocada em curso quando foram libertados mais de duzentos presos políticos, no mês seguinte a visita do Papa). O Papa João Paulo II também influenciou na queda dos seguintes regimes ditadores: Augusto Pinochet no Chile, em 1988; Jean-Claude "Baby Doc" Duvalier, no Haiti em 1986; General Stroessner, no Paraguai em 1989.
João Paulo II - Contra o Comunismo
Mesmo antes de ser papa, Wojtyła já tinha uma posição inflexível contra o regime comunista, e a primeira metade do seu pontificado ficou marcada pela luta contra o comunismo na Polônia e restantes países da Europa de Leste e do mundo. Seu discurso em Varsóvia, para mais de meio milhão de pessoas, no dia 2 de junho de 1979, é considerado por muitos como o marco da derrocada comunista, que culminaria nas eleições democráticas para o senado, no dia 4 de junho de 1989, depois de mais de meio século de ditadura comunista. O resultado das urnas foi que das 262 cadeiras do senado, 261 ficaram para o partido de oposição, o Solidariedade, um movimento social inicialmente liderado por Lech Wałęsa, que creditou a João Paulo II a coragem dos poloneses de se levantarem. O governo comunista cairia dois meses depois, era o fim do comunismo na Polônia. "A culpa é da Igreja", disse o ditador derrotado, general Wojciech Jaruzelski. O primeiro ato do líder do Solidariedade, foi ir para Roma, para agradecer a João Paulo II.
Em dezembro de 1989, João Paulo II reuniu-se com o líder soviético Mikhail Gorbachev no Vaticano, no encontro o papa condenou o comunismo e criticou alguns pontos do capitalismo, pediu para o líder soviético que trabalhasse para uma maior integração da Europa e o fim da Guerra Fria. Gorbachev certa vez disse ‘O colapso da Cortina de Ferro teria sido impossível sem João Paulo II’.
João Paulo II - E a Teologia da Libertação
João Paulo II criticou fortemente a aproximação da Igreja com o marxismo nos países em desenvolvimento, e em especial a Teologia da Libertação. Em 1984 e 1986, através do Cardeal Ratzinger, líder da Congregação para a Doutrina da Fé, João Paulo II oficialmente condenou vários aspectos da Teologia da libertação, especialmente proeminente na América do Sul. A tentativa de Óscar Romero, durante a visita de João Paulo II à Europa, de obter uma condenação para o regime de El Salvador, denunciado por violações dos direitos humanos e por sustentar o Esquadrão da Morte, foi um fracasso. Em sua viagem para Manágua, Nicarágua em 1983, João Paulo II duramente condenou o que ele apelidou de "Igreja popular" (i.e. "comunidades eclesiais de base" (CEBs) apoiado pelo CELAM), e tendências do clero nicaraguense, para apoiar a esquerda Sandinista, lembrando o clero das suas funções de obediência para com a Santa Sé. Durante essa visita Ernesto Cardenal, um padre e ministro no governo sandinista, ajoelhou-se para beijar a mão do Papa, João Paulo II levantou-o, lhe apontou o dedo, e disse: "Você deve endireitar a sua posição com a Igreja". Sua posição contra a Teologia da Libertação fez que o frei Leonardo Boff que defendia a Teologia deixasse de exercer suas funções de padre na Igreja.
Atentado Contra Sua Vida
No dia 13 de maio de 1981, ao entrar na Praça de São Pedro para discursar para uma audiência João Paulo II foi baleado e gravemente ferido por Mehmet Ali Agca, um perito atirador turco que era membro do grupo militante fascista Lobos Cinzentos. O assassino usou uma pistola semi-automática 9 mm atingindo-o no abdômen e perfurando seu cólone intestino delgado várias vezes. João Paulo II foi levado às pressas para a Policlínica Gemelli. No caminho para o hospital, ele perdeu a consciência. Ele passou por cinco horas de cirurgia para tratar sua perda maciça de sangue e feridas abdominais. Quando ele ganhou rapidamente a consciência antes de ser operado, ele instruiu os médicos para não remover o seu Escapulário de Nossa Senhora do Carmo durante a operação. O Papa afirmou que Nossa Senhora de Fátima ajudou a mantê-lo vivo durante todo o seu calvário foram 22 dias de internamento.
Ali Agca foi detido imediatamente pela polícia italiana e condenado à prisão perpétua. Dois dias depois do Natal em 1983, João Paulo II visitou a prisão onde Ali Agca estava sendo mantido. Os dois conversaram privadamente por 20 minutos e depois disso João Paulo II o perdoou. Agca passou 19 anos em prisões italianas, sendo depois extraditado para a Turquia, onde foi condenado a prisão perpétua pelo assalto a um banco nos anos 1970 e pelo assassinato de um jornalista em 1979, pena depois comutada para dez anos de prisão.
A Saúde de João Paulo II
Em 1992 retirou um tumor benigno e 15 centímetros do intestino. Em 1993 ele escorregou em um pedaço de carpete, caiu vários degraus e quebrou o ombro direito. Em 1994 ele caiu em sua banheira, quebrando o fêmur. Após esse período ele começou a ter a fala arrastada e dificuldade em ouvir. Suspeitava-se que o pontífice estivesse com a doença de Parkinson, embora tenha sido revelado apenas em 2001. A administração do Vaticano finalmente confirmou a doença de Parkinson que em 2003, depois de mantê-la em segredo por 12 anos. Em fevereiro de 2005, o pontífice foi novamente levado para a Policlínica Gemelli com inflamação e espasmos da laringe, resultado da gripe.
Já com a doença de Parkinson muito avançada, no dia 30 de março de 2005, surgiu à janela do seu escritório para tranquilizar os católicos, e já era muito evidente o seu estado extremamente debilitado. No último Domingo de Páscoa, o Papa ainda abençoou os fiéis, mas pela primeira vez no seu pontificado não conseguiu pronunciar a tradicional 'Urbi et Orbi'.
Morte, Beatificação e Canonização
Era o dia 2 de abril de 2005, João Paulo II estava perto de completar os 85 anos de idade, ele estava em um quadro de choque séptico causado por uma infecção do trato urinário, quando falou em polaco para seus assessores as suas palavras finais: "Deixe-me partir para a casa do Pai", e entrou em coma, cerca de quatro horas depois ele morreu em seu apartamento privado, de choque séptico e de um colapso cardiovascular circulatório irreversível. Apesar de, em seu testamento, João Paulo II pedir para ser sepultado na Polônia, o colégio de cardeais decidiu por sepultá-lo na Basílica de São Pedro, mas desde o dia 2 de maio de 2011, seu corpo repousa na Capela de São Sebastião no Vaticano..
Na missa celebrada durante seu funeral em 8 de abril, aconteceu o maior encontro único de chefes de Estado na história, estiveram presentes: quatro reis, cinco rainhas, pelo menos 70 presidentes e primeiros-ministros, e mais de 14 líderes de outras religiões participaram juntamente com os fiéis. É provável que tenha sido a maior peregrinação do Cristianismo, com números estimados em mais de quatro milhões enlutados em Roma. Entre 250 000 e 300 000 pessoas assistiram ao evento de dentro dos muros do Vaticano.
O seu processo de beatificação foi aberto em 28 de Junho de 2006, no dia 1° de maio de 2011 , sua beatificação foi proclamada pelo Papa Bento XVI. Foi relatado que a Irmã Marie-Simon-Pierre vivenciou uma "cura completa e duradoura do mal de Parkinson, depois que membros de sua comunidade rezaram pela intercessão do Papa João Paulo II". Em maio de 2008, Irmã Marie-Simon-Pierre, então com 46 anos, voltou a trabalhar novamente em um hospital maternidade que é regido pela ordem religiosa à qual ela pertence.
Em abril de 2013, uma comissão de médicos consultada pela Congregação para as Causas dos Santos aprovou o segundo milagre atribuído ao beato João Paulo II, necessário no processo de canonização: a cura de Floribeth Mora que foi curada de um aneurisma cerebral por um milagre atribuído a intercessão do papa João Paulo II. O milagre aconteceu em maio de 2011, quando após Floribeth ter acordado e ter visto uma revista com uma notícia sobre a beatificação de João Paulo II, ela ouviu uma voz que disse "Levanta-te, não tenhas medo" e a partir daí ela se sentiu curada.
A cerimonia de canonização deu-se dia 27 de Abril de 2014, dia em que foi comemorada a festa da Divina Misericórdia, estabelecida por João Paulo II. Neste mesmo dia, também foi canonizado o Papa João XXIII, numa cerimônia conjunta celebrada pelo Papa Francisco e concelebrada pelo Papa Emérito Bento XVI.
Sua festa litúrgica é celebrada no dia 22 de Outubro.