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sábado, 18 de julho de 2020

Geraldo Magela - O Santo dos Partos Felizes

Olá!!!
Paz e Benção!!!

Chegando mais um filme para curtirmos em família, dessa vez vamos conhecer um pouco sobre a vida de São Geraldo Magela, um homem simples, de família pobre, que desejou em sua vida servir a Deus e fazer, somente, a vontade de Deus. 

Antes de iniciar o texto, é necessário dizer que as informações disponíveis sobre o santo são inexatas, variando alguns dados e, principalmente, datas, entre algumas fontes, mas vamos ao texto.

Nascimento e Juventude
Nascido em 6 de Abril (em algumas fontes 23 de abril) de 1726, em Muro Lucano, Nápoles, Itália, Gerardo Majella era filho de um alfaiate (não consegui encontrar o nome), sua mãe Benedita, mulher piedosa e temente a Deus, ensinou-lhe sobre o amor de Deus. Quando Geraldo tinha 12 anos (14 anos em algumas fontes) o seu pai morreu deixando a família em extrema pobreza. Para ajudar a sua família Geraldo tentou trabalhar em uma alfaiataria, mas era maltratado por seu patrão, chegando até a ser agredido fisicamente, el continuou nesse emprego durante 4 anos. Após sair da alfaiataria, foi trabalhar para o Bispo de Lacedônia, onde ficou por 3 anos até a morte do Bispo.   
Em 1745, então com 19 anos, voltou para Muro Lucano e montou uma alfaiataria. Apesar de ter prosperado nos negócios, Geraldo não ganhou muito dinheiro, pois sempre ajudava os pobres com o dinheiro da alfaiataria, guardava somente o suficiente para cuidar de sua família, o resto era dedicado aos pobres.

Ingresso na Congregação do Santíssimo Redentor
Em 1747, durante a quaresma, resolveu ser completamente semelhante a Cristo. Desde muito jovem nutria o desejo de ingressar na Ordem dos Capuchinhos, mas não foi aceito por conta de sua frágil saúde, sendo aceito na Congregação do Santíssimo Redentor, ou Redentoristas. Geraldo sentiu-se absolutamente satisfeito com o modo de vida traçado por Santo Afonso Maria de Ligório, fundador dos redentoristas, para os seus religiosos. Geraldo ficava radiante em ver como era central o amor a Jesus sacramentado e como era essencial o amor à Maria, Mãe de Jesus. Professou os primeiros votos em 16 de julho de 1752, no dia da festa do Santíssimo Redentor. Passou a viver na comunidade redentorista de Iliceto, na Itália.
Devido a sua frágil saúde havia ganhado o título de "inútil", porém esse rótulo logo se desfez, Geraldo se tornou um excelente trabalhador, desempenhando diferentes tarefas, como: jardineiro, sacristão, alfaiate, porteiro, cozinheiro, carpinteiro e encarregado de obras da nova casa de Caposele. Tinha grande facilidade em aprender, logo aprendeu a fazer crucifixos, pois visitava sempre a oficina de um escultor. Mas a sua maior ambição era "Amar muito a Deus; Estar sempre unido com Deus; Sofrer muito por Deus; Minha única ocupação é fazer a vontade de Deus" como escreveu ele a seu diretor espiritual em 1754, quando este lhe pediu para que escrevesse qual era o seu maior desejo.

A Grande Calúnia
Em 1754 Geraldo teve sua fé e santidade fortemente provadas por uma calúnia. Geraldo era responsável por encorajar e assistir as moças que desejassem ingressar no convento. Néria Caggiano era uma dessas moças assistidas por Geraldo, mas ela não gostou da vida dentro do convento e, depois de três semanas, voltou para sua casa. Para tentar justificar sua saída do convento Néria começou a espalhar calúnias sobre a vida das freiras. Em seu desejo de caluniar ela resolveu também difamar a Geraldo, enviando uma carta a Afonso de Ligório, superior de Geraldo, acusando Geraldo de pecados de impureza com a jovem de uma família onde Geraldo ficava muitas vezes em sua viagens missionárias (Em algumas fontes, a jovem era a própria Néria e ela estaria grávida de Geraldo). Chamado e interrogado por Afonso de Ligório, Geraldo preferiu não se defender e ficou em silêncio. Diante do silêncio, Afonso de Ligório decidiu impor uma severa penitência a Geraldo: Lhe foi tirado o direito de receber a Santa Comunhão e proibido todo o contato com as pessoas de fora do convento. Essa penitência estendia-se até aos trabalhos desenvolvidos por Geraldo fora do convento.
Passado algum tempo Néria adoeceu gravemente e, novamente escreveu a Afonso de Ligório, dessa vez porém, desfazendo suas calúnias e inocentando Geraldo, afirmando que tudo não teria passado de uma invenções e mentiras. Inocentado Geraldo ficou feliz, pois sentiu em tudo a vontade de Deus se cumprindo e isto lhe bastava.

Os Dons Extraordinários de Geraldo Magela
Ainda em vida São Geraldo foi agraciado por Deus com dons extraordinários como o da bilocação (estar presente em dois lugares ao mesmo tempo), o de visões proféticas e levitações em êxtase. Houve relatos de que, por intercessão de Geraldo, um garoto ressuscitou após cair de alto rochedo, de que Geraldo abençoou uma fraca provisão de trigo de uma família e ela durou até a colheita seguinte, várias vezes multiplicou o pão que distribuía aos pobres, e também que ele chegou a caminhar sobre as águas para levar um barco de pescadores, em segurança, até a praia durante uma tempestade.

Morte, Beatificação e Canonização
Em 1755 a frágil saúde de Geraldo ficou ainda mais frágil, passou a ter sangramentos e constantes disenterias, também sofria de tuberculose. Na tarde do dia 15 de outubro, Geraldo recebeu a visita de seu irmão Estevam Sperduto, a quem confidenciou que morreria naquela noite. Geraldo, então com 19 anos, faleceu na madrugada do dia 16 de outubro de 1755, como havia predito. Ao saber da morte do santo, o sacristão tocou os sinos da igreja e muitas pessoas vieram ver o corpo do santo.
Logo após a sua morte vários milagres atribuídos a intercessão de São Geraldo foram relatados em diversas regiões da Itália, sendo 4 deles comprovados e servindo em seu processo de canonização, foram eles: Cura de José Santorelli, curado de febre tifóide em 1826; Cura de Úrsula Solito, de câncer, em 1850; Cura de Tereza Deheheffe, de uma ferida grave em 1852 e a cura de Lourenço Riola, vítima de hidropisia em 1867. Foi Beatificado em 1893 pelo Papa Leão XIII. Em 11 de Dezembro de 1904 foi canonizado pelo Papa Pio X.

São Geraldo Magela Padroeiro
Durante seu processo de beatificação, uma das testemunhas afirmou que ele era conhecido como o santo dos partos felizes e muitas maternidades pelo mundo dedicam sua ala de maternidade a São Geraldo Magela. Por causa dos milagres operados por Deus, por meio da intercessão de São Geraldo, em favor das mães, tornou-se o padroeiro das gestantes, das crianças, dos nascituros, das maternidades, do movimento pró-vida e do parto. É também o padroeiro dos alfaiates, das boas confissões, das pessoas falsamente acusadas, dos irmãos leigos, dos porteiros e de Muro Lucano, cidade onde ele nasceu.

Sua festa litúrgica é celebrada no dia 16 de Outubro.

São Geraldo Magela rogai por nós!



Fontes pesquisadas:
Paróquia São Geraldo Magela, acesso em 17/07/2020;
Wikipedia, acesso em 17/07/2020;
Portal São Francisco, acesso em 17/07/2020;
Cruz Terra Santa, acesso em 17/07/2020.

sábado, 19 de maio de 2018

Santo Afonso Maria de Ligório, Fundador dos Redentoristas

Olá!!!
Paz e Benção!!!
Que tal aprendermos hoje sobre um grande santo e doutor da igreja, que foi grande estudioso, jurista, escritor, músico e fundador da Congregação dos Redentoristas? Pois bem, junta a família toda e vamos conhecer um pouco da vida de Santo Afonso Maria de Ligório.

Afonso de Ligório, o Grande Estudioso
Nascido Alphonsus Maria de' Liguori, no dia 27 de Setembro de 1696, em em Marianella, perto de Nápoles, que na época era território do Reino de Nápoles. Foi o primogênito de sete irmãos nascidos numa das mais antigas e nobres famílias de Nápoles. Seu pai, Joseph de Ligório, era Capitão da Marinha Real e sua mãe Ana Cavalieri era uma católica fervorosa. Seus pais perceberam logo que Afonso tinha uma inteligência privilegiada. Por isso, fizeram questão de dar a ele as condições para ele estudar nas melhores escolas e universidades. Seu pai dedicava-se a prepara-lo nos estudos e sua mãe ocupava-se em formá-lo na fé cristã. E, de fato, sua mãe fez dele um cristão fervoroso. Além disso, Afonso destacou-se como escritor, poeta e músico. Aos 12 anos ingressou na faculdade de direito onde se formou doutor direito civil e eclesiástico aos 16 anos e começou seu trabalho como advogado no fórum de Nápoles.

Afonso de Ligório, o Grande Advogado 
Em pouco tempo Afonso tornou-se um advogado renomado por toda Itália, em sua carreira ele decidiu não advogar em favor da corte, por enxergar a corrupção entre os detentores do poder, e fazia questão de atender aos pobres que não poderiam pagar pelos honorários advocatícios. Há um bom tempo ele já estudava abandonar a carreira jurídica, refletia e escrevia sobre isso, porém aos 27 anos, então, com 10 anos de carreira, ele recebeu uma causa de grande importância do Duque Orsini contra o grão-duque de Toscana. Afonso havia estudado o processo cuidadosamente, reviu os autos, conferiu documentos, fez uma brilhante defesa no foro. A vitória parecia mais que garantida, mas uma jogada política o fez perder a primeira causa em sua carreira, gerando uma grande repercussão e prejudicando uma classe menos favorecida. Esse acontecimento determinou a reviravolta mais profunda de sua vida: o jovem e brilhante advogado Afonso abandonou definitivamente a advocacia para dedicar-se à vida religiosa.

De Advogado a Religioso
Afonso renunciou de nobreza e à rica herança e ingressou como noviço no Oratório de São Filipe Néri, para completar seus estudos em teologia. Essas mudanças lhe causaram grandes desavenças com seu pai, que não se conformava com as escolhas de seu filho, mas ao ver a alegria do filho logo essas desavenças se extinguiram. Afonso foi ordenado sacerdote aos trinta anos, no dia 21 de dezembro de 1726, nessa ocasião, acrescentou o nome de Maria ao seu sobrenome, como forma de prestar homenagem a Jesus Cristo, através de Nossa Senhora. Em seus primeiros anos de sacerdócio viveu entre os mendigos e marginalizados de Nápoles. Logo destacou-se sua caridade e bondade para com os pobres. Tinha especial apreço em levar conforto espiritual a todos. Tornou-se também um grande pregador, suas homilias e pregações eram uma mistura da ciência da oratória e do poder de Deus, e eram capaz de reconciliar inimigos, consolava os aflitos, orientava os desnorteados e curava os corações. Em 1729 uma epidemia o levou a trabalhar no Hospital dos Incuráveis dedicando-se aos doentes de Nápoles.

A Congregação Redentorista
Em 1731 Afonso estava doente e precisando de repouso, ele foi levado para um convento de irmãs em Scala, perto de Amalfi, nesse convento uma irmã chamada Irmã Maria Celeste Crostarosa o revelou a visão que tivera no dia 3 de outubro de 1731: "Afonso estava designado por Deus para fundar uma Congregação". Com efeito, em 9 de novembro de 1732 foi fundada por Afonso a "Congregação do Santíssimo Redentor" cujo carisma era muito claro e pertinente: trabalhar especialmente junto dos mais abandonados. A nova congregação ensinava e pregava nas favelas das cidades maiores e em regiões empobrecidas. Além disso, os redentoristas se dedicavam a combater o jansenismo, uma heresia que, por seu excessivo rigor moral, impedia muitos católicos de receberem a Eucaristia. O próprio Afonso dedicou-se de corpo e alma à nova missão e, para ajudá-lo, irmã Maria Celeste fundou simultaneamente a ordem das irmãs redentoristas, tendo como diretor espiritual Afonso Maria. Em 1749 o Papa Bento XIV aprovou as Regras da nova congregação. 

Afonso é Sagrado Bispo
Em 1762 foi nomeado Bispo de Santa Ágata dos Godos, perto de Nápoles. Ele tentou recusar a nomeação, alegando que sua idade e saúde não permitiriam que fizesse um bom trabalho, sem sucesso. Durante seu episcopado, escreveu sermões, livros e artigos para encorajar a devoção ao Santíssimo Sacramento e à Virgem Maria, fez das visitas pastorais um ato contínuo em sua diocese, pregando em todas as paróquias, reformando o clero, convertendo pecadores, reformando costumes, santificando as famílias. Ele continuou a dirigir seu Instituto e o das religiosas que tinha fundado para servir de apoio, por sua oração contemplativa, a seus filhos missionários. 

O Grande Escritor
Em 1775, recebeu permissão para se aposentar e foi viver numa comunidade redentorista em Pagani, foi acometido por uma artrite degenerativa deformante, mas mesmo assim não parou, no convento, já quase cego, e paralítico, completou sua obra literária, extensa e importantíssima. Ele escreveu nada menos que cento e vinte livros e tratados. Entre os mais conhecidos, destacam-se: "Glórias de Maria", "Teologia moral"; "Visitas ao Santíssimo Sacramento" e o "Tratado sobre a oração". 

Morte, Beatificação e Canonização
Santo Afonso Maria de Ligório viveu ainda doze anos, passando por muito sofrimento físico e no dia 1 de Agosto de 1787, na cidade de Salerno, Itália, aos 91 anos, entregou sua alma ao Senhor. Ele foi beatificado em 15 de setembro de 1816 pelo papa Pio VII e canonizado em 26 de maio de 1839 por Gregório XVI. Pio IX o declarou Doutor da Igreja e o Papa Pio XII declarou-o santo padroeiro dos confessores e moralistas em 26 de abril de 1950 e escreveu a encíclica Haurietis Aquas sobre ele. 
Santo Afonso é, também, padroeiro de Nápoles e dos doentes de artrite.

Sua festa litúrgica é celebrada no dia 1 de agosto.

Santo Afonso Maria de Ligório, rogai por nós





Fontes Pesquisadas:
Wikipedia, acesso em 19/05/2018;
Cruz Terra Santa,  acesso em 19/05/2018;
E-Biografia,  acesso em 19/05/2018;
A12.com,  acesso em 19/05/2018;
Arautos do Evangelho,  acesso em 19/05/2018.

sábado, 14 de outubro de 2017

Nossa Senhora Aparecida - Rainha e Padroeira do Brasil

Olá!!!
Paz e Benção!!!
Essa semana a Igreja de Cristo está em festa no Brasil, é que foram comemorados os 300 anos do encontro da imagem de Nossa Senhora nas águas do Rio Paraíba (em Guaratinguetá, São Paulo), e nós vamos conhecer um pouco dessa história no filme de hoje.

O Encontro Nas Águas e a Pesca Milagrosa
A história de Nossa Senhora da Conceição Aparecida (popularmente chamada Nossa Senhora Aparecida) começa ainda no Brasil colonial, mais precisamente em outubro de 1717, quando Pedro Miguel de Almeida Portugal e Vasconcelos, o Conde de Assumar, governante da capitania de São Paulo e Minas de Ouro, estava chegando à Vila de Guaratinguetá, no vale do Paraíba, durante uma viagem até Vila Rica. Ao saber da notícia a Câmara quis fazer uma festa para agradá-lo, separando as tarefas coube aos pescadores trazer peixes para servir o conde e sua comitiva, só que havia um problema: Não era época de boa pescaria no rio! Mesmo assim, dentre muitos outros pescadores da região, saíram juntos para cumprir o solicitado os amigos: Domingos Garcia, João Alves e Filipe Pedroso. Eles rezaram a Virgem Maria e pediram a ajuda de Deus, pois sabiam que não seria uma tarefa fácil de ser realizada e precisariam dessa ajuda. Eles desceram o rio e depois de tentar várias vezes sem sucesso, na altura do Porto Itaguaçu, já desistindo da pescaria, João Alves lançou a rede novamente. Não pegou nenhum peixe, mas apanhou a imagem de Nossa Senhora da Conceição. Porém, faltando a cabeça. Emocionado, lançou de novo a rede e, desta vez, pegou a cabeça que se encaixou perfeitamente na pequena imagem. Só este fato, já foi um grande milagre. Mas, após esse achado, eles apanharam tamanha quantidade de peixes que tiveram que retornar ao porto com medo da canoa virar. Os pescadores chegaram a Guaratinguetá eufóricos e emocionados com o que presenciaram e toda a população entendeu o fato como intervenção divina. Assim aconteceu o primeiro de muitos milagres pela ação de Nossa Senhora Aparecida.

A Peregrinação nas Casas e o Primeiro Oratório
Entre 1717 e 1732 a imagem, que havia ficado sob a guarda de Filipe Pedroso, peregrinou pelas regiões de Ribeirão do Sá, Ponte Alta e Itaguassú passando de casa em casa. Por onde passava a imagem as pessoas se reuniam para rezar à Nossa Senhora da Conceição. Graças e mais graças começaram a acontecer e a história se espalhava Brasil a fora. Em 1732 Filipe Pedroso presenteou seu filho com a imagem de Nossa Senhora Aparecida, o qual num gesto de amor à Virgem fez um oratório simples, onde as pessoas passaram a se reunir para rezar aos sábados, Por várias vezes, à noite, ao rezarem junto à imagem, as pessoas viam que as velas se apagavam e depois acendiam misteriosamente. Então, todo o povo da vizinhança passou a rezar aos pés da imagem, a fama dos poderes extraordinários de Nossa Senhora foi se espalhando pelas regiões do Brasil e logo o espaço do oratório ficou pequeno para tanta gente.

A Primeira Capela
Devido ao grande número de fiéis que procuravam o oratório para rezar diante da imagem aparecida nas águas, por volta de 1734, o Vigário de Guaratinguetá, José Alves Vilela, construiu uma Capela onde rezavam o terço e as ladainhas, mas não se celebrava a Santa Eucaristia. Em 1743 Padre Vilela fez um relatório dos milagres e da devoção do povo para com Nossa Senhora Aparecida e enviou ao Bispo do Rio Janeiro, Dom Frei João da Cruz, para que ele aprovasse o culto e autorizasse a construção da primeira igreja para abrigar a imagem que ficou conhecida como Mãe Aparecida. A aprovação aconteceu em 5 de maio em 1743.

A Primeira Igreja, a Matriz Basílica e o Santuário
A igreja foi construída no Morro dos Coqueiros, atual colina onde está localizado o centro da cidade de Aparecida, em terra doada pela viúva Margarida Nunes Rangel, com escritura passada em 6 de maio de 1744. A inauguração da igreja, que deu também origem ao Santuário, aconteceu na festa de Sant'Ana em julho de 1745, no dia 25, a imagem foi levada em solene procissão a nova igreja e colocada no nicho do altar, no dia 26 aconteceu a benção da imagem e a celebração da primeira missa. Nesta ocasião foi inaugurado também, o povoado com o nome de ‘Capela de Aparecida’. 
Em 1834 deu-se início a construção de uma nova igreja, ainda maior, pois o número de fiéis não parava de crescer, esta nova igreja foi consagrada no dia 8 de dezembro do ano de 1888 e ficou conhecida como ‘Igreja de Monte Carmelo’ (Atual Basílica Velha). Essa construção teve como personagem principal Frei Joaquim do Monte Carmelo, pois foi ele quem se dedicou integralmente aos projetos dessa obra. Em 1893 foi criada a Paróquia de Aparecida e a concessão do título de Episcopal Santuário de Nossa Senhora da Conceição Aparecida, assinada por Dom Lino Deodato Rodrigues, Bispo de São Paulo em 28 de novembro.

Visitas e Presentes Imperiais
Em Agosto de 1822, em viagem pelo Vale do Paraíba, o então Príncipe Regente do Brasil, Dom Pedro I e sua comitiva, visitaram a igreja e conheceram a imagem de Nossa Senhora Aparecida. O príncipe regente rezou diante da imagem, e prometeu a Nossa Senhora lhe consagrar o Brasil caso conseguisse resolver a sua situação política, que àquela época, lhe era muito desfavorável. O imperador Dom Pedro II e a imperatriz Teresa Cristina também estiveram, em 1843 e em 1865, na igreja de Aparecida para rezar diante da imagem. 
A festa da Aparecida no ano de 1868, até então celebrada em 8 de dezembro, dia da Imaculada Conceição, foi encerrada com a participação especial da Princesa Isabel, herdeira do trono brasileiro, ela quis participar das celebrações ao lado de seu marido, o Conde d'Eu, na esperança de obterem da Senhora Aparecida a graça de um herdeiro, como forma de manifestar sua devoção, a princesa doou à imagem um manto ornado com 21 brilhantes, representando as 20 Províncias do Império mais a capital. Anos depois, em 1884, a princesa Isabel voltou a Aparecida em reconhecimento pela graça recebida. Feliz, veio acompanhada não só do esposo, mas dos três herdeiros, os príncipes Dom Pedro, Dom Luís e Dom Antonio A princesa novamente quis honrar a imagem da Senhora Aparecida oferecendo-lhe dessa vez, uma coroa de ouro 24 quilates, 300 gramas, cravejada de brilhantes.

Milagres Por Intercessão de Nossa Senhora
Muitos milagres foram atribuídos a intercessão de Nossa Senhora Aparecida durante esses 300 anos, mas alguns se destacaram em sua história, entre eles:
A Menina Cega: Em 1874 Gertrudes Vaz e sua filha, que havia nascido cega, viajaram durante 03 meses, de Jaboticabal a Aparecida (Ambos em São Paulo). A menina tinha ouvido falar da história da “pesca milagrosa” e queria muito visitar Nossa Senhora Aparecida. Ao se aproximarem da igreja, ainda na estrada, a menina olhou o horizonte e exclamou: “Olhe, mamãe, a capela da Santa!”. Dona Gertrudes percebeu que tanto sacrifício tinha valido a pena. Mãe e filha, agora curada, foram rezar agradecidas, ajoelhadas aos pés da Senhora Aparecida.
O Escravo Zacarias: Naquele tempo de escravidão, o escravo Zacarias voltava acorrentado com o seu feitor para a fazenda de onde havia fugido. Ao passar pelo Santuário, pediu para rezar aos pés da Mãe Aparecida. Zacarias, com muita fé, fez suas orações, e o milagre aconteceu: as correntes se soltaram e Zacarias ficou livre.
O Cavaleiro Incrédulo: Há muito tempo, havia em Cuiabá (MT) um cavaleiro que não tinha fé. Zombava dos devotos de Nossa Senhora Aparecida e não acreditava no poder de sua intercessão. Um dia, o cavaleiro, subiu em seu cavalo e quis entrar na igreja de Aparecida e as patas do animal ficaram presas no primeiro degrau da escada.

A Chegada dos Redentoristas
Em 1732, em Scala, na Itália, Santo Afonso Maria de Ligório e outros cinco companheiros fundaram a Congregação do Santíssimo Redentor (Missionários Redentoristas), que tem como carisma a pregação das missões populares para as comunidades mais pobres e abandonadas. Rapidamente ela se expandiu para o norte da Europa e depois Américas, Ásia, África e Oceania.
Em 1894, Dom Eduardo Duarte da Silva, bispo de Goiás viajou a Europa em busca de padres para atender a romaria do Divino Pai Eterno do Barro Preto, realizar as santas missões na região sul da diocese, e cuidar da Paróquia de Nossa Senhora da Conceição de Campininhas de Goiás. Ele visitou diversos superiores de congregações religiosas, dentre eles o superior-geral dos redentoristas, Padre Matias Raus, mas não obteve resposta positiva. Na mesma noite em que conversou com Dom Eduardo, o Padre Matias teve um sonho com o fundador da congregação, Santo Afonso Maria de Ligório. E no dia seguinte, procurou por Dom Eduardo, e recomendou que fosse a Baviera (Alemanha), e lá conversasse com o superior provincial que iria enviar o grupo de missionários para Goiás. Dom Eduardo foi à Alemanha e acertou os detalhes da viagem ao Brasil. Logo tomou conhecimento que metade daquele grupo deveria ficar em São Paulo, para cuidar do Santuário de Nossa Senhora Aparecida, atendendo a um pedido do bispo de São Paulo, Dom Joaquim Arcoverde.
Em 28 de outubro de 1894, chegou a Aparecida um grupo de padres e irmãos dos Missionários Redentoristas, para trabalhar no atendimento aos romeiros que acorriam aos pés da imagem para rezar com a Senhora Aparecida. 

Coroação da Imagem
Em 1904 o Papa Pio X deu ordem para que a imagem fosse coroada de forma solene, o que aconteceu no dia 8 de setembro de 1904. Para a coroação foram utilizados o manto e a coroa doada pela Princesa Isabel símbolos de sua realeza e patrono. A celebração solene foi dirigida por D. José Camargo Barros, com a presença do núncio apostólico, muitos bispos, o presidente da República Rodrigues Alves e numeroso povo. Depois da coroação o papa concedeu ao santuário de Aparecida mais outros favores: ofício e missa própria de Nossa Senhora Aparecida, e indulgências para os romeiros que vêm em peregrinação ao Santuário.

Aparecida: A Basílica e o Novo Município 
Em 29 de abril de 1908, a igreja recebeu o título de Basílica Menor, sagrada a 5 de setembro de 1909 e recebeu os ossos de são Vicente Mártir, trazidos de Roma com permissão do Papa Pio X. No dia 17 de dezembro de 1928, a vila que crescera em volta da Basílica e que pertencia ao município de Guaratinguetá, se tornou independente, formando o município de Aparecida do Norte

Aparecida: Rainha e Padroeira do Brasil
Em 16 de julho de 1930 Nossa Senhora da Conceição Aparecida foi proclamada Rainha do Brasil e sua Padroeira Principal, por decreto do papa Pio XI, com estes objetivos: o bem espiritual do povo e o aumento cada vez maior de devotos à Imaculada Mãe de Deus. Mais tarde, em 30 de junho de 1980, através da Lei nº 6 802, João Figueiredo, então presidente do Brasil, decretou oficialmente feriado o dia 12 de outubro, dedicando-se este dia à devoção. Também nesta lei, a República Federativa do Brasil reconhece oficialmente Nossa Senhora Aparecida como padroeira do Brasil. 

Rosas de Ouro
Em 1967, ao completar-se 250 anos da devoção, o Papa Paulo VI ofereceu ao Santuário a “Rosa de Ouro”, gesto repetido pelo Papa Bento XVI que ofereceu outra rosa, em 2007, em decorrência da sua viagem apostólica ao país nesse mesmo ano, reconhecendo a importância da santa devoção. Recentemente ( 9 de outubro de 2017), o Papa Francisco repetiu o gesto, concedendo a terceira rosa em comemoração aos 300 anos da aparição da imagem.

A Basílica de Nossa Senhora Aparecida
Com o passar do tempo, a devoção a Nossa Senhora da Conceição Aparecida foi crescendo e o número de romeiros foi aumentando cada vez mais. A primeira Basílica tornou-se pequena. Era necessário construir outro templo, bem maior, que pudesse acomodar tantos romeiros. A primeira ideia de construção surgiu em 1917, por ocasião das celebrações do bicentenário do Encontro da Imagem. O projeto tomou forma ainda sob o arcebispado de Dom Duarte Leopoldo e Silva em São Paulo, mas sua realização estava condicionada à conclusão das obras da Catedral da Sé. O projeto da nova Basílica foi encomendado pelo Cardeal Dom Carlos Carmelo de Vasconcelos Motta, em setembro de 1947, ao arquiteto Benedito Calixto de Jesus. A estrutura e os cálculos do concreto armado eram do engenheiro civil Paulo Franco Rocha. A primeira missa no local aconteceu no dia 11 de setembro de 1946, presidida pelo Cardeal Motta. Em agosto de 1954, foi realizado o ato da Bênção da pedra fundamental. O Cardeal Legado Dom Giovani Piazza celebrou missa às 10:30h e, após a missa, O início efetivo da construção ocorreu em 11 de novembro de 1955. O prédio central da Basílica foi construído em estilo Neorromânico e tem o formato de uma cruz grega (possui os 4 braços do mesmo tamanho e forma um quadrado no centro). A Basílica foi consagrada em 4 de julho de 1980 pelo papa João Paulo II, durante sua visita ao Brasil e recebeu o título de Basílica Menor. As atividades no santuário só se iniciaram em 03 de Outubro de 1982, com a entrega oficial do templo pelo Arcebispo de Aparecida, Dom Geraldo Maria de Moraes Penido, ao redentorista e vigário da cidade Padre Elpídio Tabarro DalBó. Nesse dia também foi feito o translado da imagem para a Basílica Nova em um carro do Corpo de Bombeiros e levada em cortejo pela cidade até o altar montado na Esplanada do Santuário, para uma celebração eucarística. Atualmente a Basílica é o maior santuário mariano do mundo, é o maior templo católico do Brasil e o segundo maior templo católico do mundo (menor somente que a catedral de São Pedro, em Roma).

Sobre o filme
O filme se chama "O Milagre das Águas - A História de Nossa Senhora Aparecida". É um filme nacional (em alguns momentos em tom de musical), de 1987 e ambientado em 1904, ocasião da coroação da imagem e mostra a história de um senhor paraplégico, em consequência de um acidente, que é levado por seu filho João, a Aparecida do Norte. A contra gosto por já não ter fé, Pai José, como é chamado pelo menino, consente na viagem; e no caminho vai contando a história da Santa nascida nas águas.

Nossa Senhora da Conceição Aparecida é considerada a padroeira, entre outras coisas, das grávidas e recém-nascidos, rios e mares, do ouro, do mel, da beleza, dos rodeios e dos peões.

Sua festa litúrgica é celebrada no dia 12 de Outubro.

Nossa Senhora Aparecida, rogai por nós!!!



Fontes Pesquisadas: 
Santuário Nacional Aparecida, acesso entre 12 e 14/10/2017;
Wikipedia, acesso entre 12 e 14/10/2017;
Cultura Brasileira, acesso entre 12 e 14/10/2017;
Canção Nova, acesso entre 12 e 14/10/2017;
Cruz Terra Santa, acesso entre 12 e 14/10/2017;
Redentoristas, Província de Goiás, acesso entre 12 e 14/10/2017.