sábado, 1 de outubro de 2016

Santa Terezinha do Menino Jesus - A Intercessora dos Missionários

Olá!!!
Paz e Benção!!!
Chegando mais um bom filme para curtirmos em família. Hoje trazemos a história de Maria Francisca, a pequena menina de saúde frágil que sempre queria ser carmelita, que viajou da França até a Itália para pedir autorização ao Papa e finalmente conseguiu se tornar uma freira, mas acabou se tornando a maior santa dos tempos modernos”, como dizia o papa Pio X.

Nasce Maria Francisca Tereza Martin
Marie Françoise Thérèse Martin (Maria Francisca Tereza Martin) nasceu no dia 2 de janeiro de 1873 em Alençom, baixa Normandia, na França. Filha de Louis Martim, relojoeiro e joalheiro, e Zélie Guérin, uma excelente bordadeira. Caçula entre os 09 filhos deste magnífico casal (Sim, dedicarei um espaço aqui para eles), tinha saúde frágil que inspirava cuidados, pois havia contraído a enterite, doença inflamatória do estômago, que já lhe havia levado quatro irmãos e suas chances de sobreviver eram poucas. Ainda bebê foi entregue aos cuidados de Rose Taillé, enfermeira que já havia tratado antes duas crianças dos Martin. Ela tinha seus próprios filhos e não podia viver com a família e, por isso, Tereza foi morar com ela num bosque em Semallé, até que aos 15 meses de vida e recuperada pôde voltar para casa.

A Família Martin 
Os pais de Tereza são um capítulo especial nessa história, o pai, Louis Martim tentou ser monge na ordem de São Bernardo de Claraval. Zélie. Sua mãe também desejava dedicar-se à vida consagrada, mas a prioresa das clérigas regulares do Hôtel-Dieu (a "Santa Casa") de Alençon ignorou seu pedido. Louis e Zélie se conheceram no início de 1858 e casaram-se em 13 de julho do mesmo ano na Basílica de Notre Dame de Alençon. De início queriam viver um casamento Josefino, onde ambos, decidem cessar a atividade sexual, mas foram desencorajados por seu confessor e acabaram tendo 9 filhos (7 meninas e 2 meninos), dos quais 4 morreram ainda crianças, chegando a vida adulta somente 5 meninas. Levavam uma vida confortável e piedosa.
Eles criaram em sua casa um ambiente profundamente católico, eram devotos e apegados  a Virgem Maria, suas rotinas incluíam missas diárias às 5:30h, estrita observância de jejuns e orações que seguiam o ritmo ditado pelo ano litúrgico, praticavam também a caridade, visitando doentes e idosos e ocasionalmente recebendo mendigos à mesa do jantar.
Zélie Martin morreu de câncer de mama em 28 de agosto de 1877, com apenas 45 anos de idade (Tereza tinha 04 anos), após a morte de Zélie, Louis Martin deixou Alençon e mudou-se para Lisieux, onde o irmão farmacêutico de Zélie, Isidore Guérin vivia com sua família. As filhas do casal, todas elas, desejavam ser freiras e viver uma vida consagrada e o Sr. Martin aceitou tudo com piedade e alegria de coração. Em 1894, o Sr. Martin faleceu com 71 anos, no dia 29 de julho, após sofrer durante, aproximadamente 7 anos com arteriosclerose cerebral (nesta ocasião Isidore Guérin transferiu o jazigo da família para Lisieux).
Em 26 de março de 1994, o Papa João Paulo II reconheceu a heroicidade das virtudes do casal e eles foram declarados Veneráveis pelo papa . Em 19 de outubro de 2008, na basílica de Lisieux, eles foram beatificados após o Arcebispo de Milão aceitar a cura inesperada do italiano Pietro Schilirò, nascido em 25 de maio de 2002 com grave má-formação pulmonar, que segundo todos os médicos que o examinaram inevitavelmente o levaria à morte. A família e amigos dos pais do menino fizeram duas novenas a Zélia e Luís Martin. No dia 27 de julho, o menino deixou o hospital, inexplicavelmente curado. Zélia e Luís são os primeiros pais de um santo a serem beatificados e o segundo casal a ser elevado à honra dos altares, Foi estabelecido pela Igreja que a festa em honra dos esposos seja no dia do seu matrimônio, 13 de julho.

A Infância de Tereza
Em Lisieux, Tereza apegou-se a sua irmã Paulina, adotando-a como sua mãe. Mas quando Teresa tinha nove anos sua “segunda mãe” entrou para o Carmelo, fato que lhe deixou desolada e que intensificou a dor da ainda não cicatrizada da perda da mãe. Frágil emocional e fisicamente, aos 10 anos de idade Tereza é acometida de uma doença de diagnóstico incerto e que lhe causava muitos tremores. Certa noite, após um passeio com o tio em que ele lhe falou sobre sua mãe, Tereza começou a ter tremores que se agravaram até que ficou sem poder falar. Os médicos não conseguiam nem mesmo fazer um diagnóstico de sua enfermidade. No entanto, ela foi instantaneamente curada após um sorriso de uma imagem de Maria Santíssima, a quem a família invocava sob o título de Nossa Senhora das Vitórias, que se encontrava em seu quarto –­ daí a origem da devoção à “Virgem do Sorriso”, era o dia 13 de maio de 1883 , mais de 30 anos antes da primeira aparição de Nossa Senhora em Fátima em 1917.

Nasce Terezinha do Menino Jesus e da Sagrada Face
Tereza estava decidida a entrar para a ordem das carmelitas descalças, mas como tinha apenas 14 anos, uma série de provações se seguiu à esta determinação. Para começar, o tio materno, que ajudava o Sr. Martin na criação das filhas, proibiu Tereza de falar de sua vocação antes dos 17 anos. Mas cerca de 15 dias depois, em um sábado ­– dia consagrado a Nossa Senhora ­–, conversando novamente com o tio, deparou com uma outra pessoa, que mostrou entender sua vocação e afirmou que a ela não faria oposição.
Depois em uma visita à irmã Paulina soube que o superior eclesiástico do Carmelo de Lisieux só lhe permitiria entrar para o claustro aos 21 anos. Dirigiu-se então ao prelado, com o firme intuito de demonstrar-lhe a firmeza de sua vocação; mas nesse encontro também não obteve resposta favorável.
Durante um peregrinação a Roma, com o pai e a irmã Celina, feita por ocasião do áureo jubileu sacerdotal do Papa Leão XIII, teve uma audiência com o Sumo Pontífice, onde pediu ao Santo Padre uma grande graça: a permissão de entrar para o Carmelo aos 15 anos de idade, e como resposta Leão XIII disse a Teresa: “Vamos lá… Vamos lá…Entrareis, se o Bom Deus o quiser!”.
E finalmente, após inúmeros obstáculos, Tereza foi autorizada a ingressar para o Carmelo pelo bispo de Bayeux, no dia 28 de dezembro de 1887. Porém a priora do Carmelo de Lisieux, madre Maria de Gonzaga, determinou que o ingresso se desse somente depois da Quaresma. Assim, em 9 de abril de 1888, quando era celebrada a festa da Anunciação, Tereza finalmente realizou o seu sonho. A escolha de seu nome religioso foi considerada por Teresa uma delicadeza do Menino Jesus.
No dia 10 de janeiro de 1889, Tereza recebeu o hábito da Ordem e escreveu pela primeira vez num santinho: “Irmã Teresa do Menino Jesus e da Sagrada Face”. O seu pai, sr. Martin, já apresentava graves problemas de saúde, mas pôde participar da solenidade "formoso e imponente" como ela mesma o descreveu, foi nessa ocasião que Tereza o abraçou pela última vez. No dia 24 de setembro de 1890 ocorreu a cerimônia de sua tomada de véu, à qual já não pôde comparecer o sr. Martin, pois já estava internado e muito debilitado. No dia 9 de junho de 1895, na festa da Santíssima Trindade, Tereza se oferece como vítima de holocausto ao Amor misericordioso de Deus, para salvação das almas. Nas várias ocupações que assumiu no Carmelo – rouparia, refeitório, sacristia, instrução de noviças, Tereza sempre procurou fazer suas tarefas com humildade e obediência.
Tereza ficava feliz quando jogava pétalas de rosas ao ver passar o Santíssimo Sacramento no ostensório, e também gostava de jogar flores no grande crucifixo que ficava no jardim do Carmelo. Disse antes de morrer: "Vou fazer chover sobre o mundo uma chuva de rosas", dizendo assim que iria interceder, sempre por todos os povos. 

Santa Terezinha Vai Para o Céu
Desde 1894 que Tereza sofria com a tuberculose, doença para qual não havia cura naquela época. Chegou a dizer que jamais pensou que fosse capaz de sofrer tanto, mas teve paciência e fez tudo por amor, sem jamais reclamar nem murmurar. Em 8 de julho de 1897, com o agravamento da doença, Tereza passou à enfermaria do convento e foi somente aí que parou de escrever os textos que futuramente comporiam o Manuscrito de História de uma alma. Era o dia 30 de Setembro de 1897, hora do Ângelus, quando Tereza fixou o olhar na imagem da Virgem do Sorriso e segurou firmemente o crucifixo do qual não se separava e para o qual, pouco antes de morrer, olhou, dizendo: “Meu Deus, eu vos amo, eu vos amo”. Depois dessas últimas palavras, seu semblante voltou à expressão de saúde ao olhar para um ponto abaixo da estátua da Virgem do Sorriso; ela parecia estar em êxtase. Logo em seguida, fechou os olhos e faleceu aos 24 anos. Tereza foi enterrada no mesmo cemitério em que estavam sepultados seus pais, mas em março de 1923 seu corpo retornou ao Carmelo de Lisieux.

Os Milagres, Beatificação e Canonização
Tereza afirmava que desejava passar o Céu fazendo o bem na Terra e isso não demorou muito para começar, incansável como ela só, logo após o seu falecimento começaram a surgir relatos de milagres ocorridos por sua intercessão. No processo de beatificação de Teresa, foram apresentadas à então Sagrada Congregação dos Ritos (hoje Congregação para as Causas dos Santos) duas curas prodigiosas. A primeira foi a da irmã Luísa de São Germano, da Congregação das Filhas da Cruz, que padecia de grave úlcera hemorrágica no estômago; a segunda, do seminarista Charles Anne, que estava com tuberculose pulmonar cavitária. Ambos foram instantaneamente curados após recorrer à intercessão de Santa Teresinha. Analisadas com todo o rigor estabelecido pela Igreja para atestar a autenticidade de um milagre, as curas foram declaradas inexplicáveis e prodigiosas.
Teresa foi beatificada em 29 de abril de 1923 e canonizada em 17 de maio de 1925 por Pio XI, apenas 28 anos depois de sua morte. Sua festa foi incluída no Calendário Geral Romano em 1927 na data de 3 de outubro. Em 1969, o papa Paulo VI moveu a festa para 1 de outubro, o dia de seu dies natalis ("nascimento celeste"). 
Ela é padroeira dos aviadores, das floristas e padroeira universal das missões. É considerada também padroeira da Rússia pelos católicos (a Igreja Ortodoxa Russa não reconhece nem sua santidade e nem o padroado). Em 1927, Pio XI nomeou Teresa padroeira das missões e, em 1944, Pio XII proclamou-a padroeira da França junto com Santa Joana d'Arc.
Através da carta apostólica Divini Amoris Scientia ("A Ciência do Amor Divino"), de 19 de outubro de 1997, São João Paulo II proclamou Teresa uma Doutora da Igreja, uma das quatro mulheres a terem recebido a honra até então (as outras eram Santa Teresa de Ávila, Santa Catarina de Siena e Santa Hildegarda de Bingen).
Santa Terezinha ainda deixou escrito um livro intitulado "História de Uma Alma", uma autobiografia que ela começou a escrever em 1895 como um livro de memórias de sua infância, incentivada por sua irmã Pauline, conhecida como Madre Agnes de Jesus.

Sua festa litúrgica é celebrada no dia 01 de Outubro.

Bom filme a todos!!

Santa Terezinha do Menino Jesus e da Sagrada Face, Rogai por Nós.


Filme Completo Dublado em Português


Filme Completo com Legendas em Português

Fontes Pesquisadas:
Wikipedia, acesso em 01/10/2016
Basílica Santa Terezinha do Menino Jesus, acesso em 01/10/2016
Cruz Terra Santa, acesso em 01/10/2016
Canção Nova, acesso em 01/10/2016
Comunidade Católica Pantokrator, acesso em 01/10/2016
Basílica Santa Terezinha do Menino Jesus, acesso em 01/10/2016

sábado, 24 de setembro de 2016

O Evangelho de Jesus Cristo Segundo São Mateus

Olá!!!
Paz e Benção!!!

Chegando mais um bom filme para assistirmos em família, e hoje vamos precisar de um pouco mais de pipoca e suco ( ou refrigerante ) que o normal, pois serão mais de 4h de filme. Traremos hoje "O Evangelho Segundo Mateus", filme lançado em 2008 e dirigido por Regardt Vanden Bergh.

Sobre São Mateus
Ele era filho de Alfeu, recebeu de seu pai o nome Levi e tinha grande fortuna. Trabalhava como cobrador de impostos (rendeiro), atuava na área da contabilidade pública e coletava impostos do povo hebreu para Herodes Antipas, o tetrarca da Galileia. Os Judeus que enriqueciam dessa maneira não eram bem vistos pela sociedade, sendo considerados pecadores públicos (Párias), pois os impostos cobrados eram onerosos e pesavam brutalmente sobre os ombros dos judeus, e essa cobrança era realizada por homens considerados cruéis, sanguessugas, verdadeiros esfoladores do povo e um dos piores rendeiros da época era Levi. Trabalhava e morava em Cafarnaum, uma cidade cortada pelas principais estradas da Palestina,e era o mais instruído e rico de todos os rendeiros.
Em sua peregrinação, Cristo passou diante do Telônio de Levi (lugar onde era realizado o pagamento dos impostos), parou, e disse: "Segue-me!", convidando-o para juntar-se ao grupo dos doze apóstolos. Levi, não hesitou e imediatamente, levantou-se, abandonou seu negócio lucrativo, mudou de vida, de nome e seguiu Jesus. Após o chamado, Levi convidou Jesus para um banquete em sua casa. Ao ver isto, os escribas e os fariseus criticaram Jesus por cear com coletores de impostos e pecadores. A provocação fez Jesus responder: "Não vim chamar os justos, mas os pecadores ao arrependimento."

Após sua conversão, adotou o nome de Mateus, que significa "o dom de Deus”. Mateus foi o primeiro dos quatro evangelistas.  Como discípulo, ele seguiu Cristo e foi uma das testemunhas da Ressurreição e Ascensão de Cristo. Depois, Mateus, Maria, Tiago e outros seguidores próximos a Jesus se recolheram ao cenáculo em Jerusalém. Assim que recebeu o dom da sabedoria, saiu por várias regiões para proclamaram que Jesus, era o Messias prometido nas profecias. Pregou, em primeiro lugar, na própria Palestina. Mais tarde, ele viajaria fora da Palestina, indo a outras províncias romanas. (provavelmente seguindo o ordenamento de Jesus em Mateus 28:16-20) e espalhou os ensinamentos de Jesus entre os etíopes, macedonianos, persas e partos.
Em suas viagens Mateus foi para a Arábia e a Pérsia para evangelizar aqueles povos, mas foi vítima de uma grande perseguição por parte dos sacerdotes locais, que mandaram arrancar-lhe os olhos e o encarceraram para depois ser sacrificado aos deuses. Mas Deus não o abandonou e mandou um anjo que curou seus olhos e o libertou. Mateus seguiu, então, para a Etiópia, onde mais uma vez foi perseguido por feiticeiros que se opunham à evangelização. Porém o príncipe herdeiro morreu e Mateus foi chamado ao palácio. Por uma graça divina fez o filho da rainha Candece ressuscitar, causando grande espanto e admiração entre os presentes. Com esse ato, Mateus conseguiu converter grande parte da população. Na época, a Igreja da Etiópia passou a ser uma das mais ativas e florescentes dos tempos apostólicos.

O Evangelho Segundo Mateus
É o primeiro livro do Novo Testamento e é conhecido como Evangelho sinótico junto com os Evangelhos de São Marcos e de São Lucas, por ter uma grande quantidade de relatos semelhantes entre eles. Esse Evangelho traz um relato da vida, ministério, morte e ressurreição de Jesus de Nazaré. A grande maioria dos estudiosos acredita que o Evangelho de Mateus foi originalmente composto em grego ("primazia grega") ao invés de aramaico ou hebraico.
Tradicionalmente, Mateus era visto como o primeiro Evangelho escrito, porque, segundo Santo Agostinho, era esse o mais antigo (segundo ele, este Evangelho teria sido escrito de 50 a 75). Atualmente, a maioria dos estudiosos aceita a tese que defende que o Evangelho de Marcos é o mais antigo dos Evangelhos Canônicos. Em contrapartida, o Evangelho de Mateus foi o primeiro dos Evangelhos a ser lido publicamente nas comunidades cristãs (o que era sinal de sua aceitação como "literatura sagrada" entre os primeiros cristãos).
O Evangelho de Mateus está muito alinhado com o judaísmo do primeiro século, e tem sido associado aos evangelhos judaico-cristãos. Ele ressalta como Jesus cumpriu as profecias judaicas. Alguns detalhes da vida de Jesus, de sua infância, em particular, estão relacionados somente em Mateus. Também enfatiza a obediência e a preservação da lei bíblica. 
Os principais manuscritos gregos (unciais) trazem sempre os quatro evangelhos presentes. Os manuscritos que trazem apenas os evangelhos são mais numerosos que os que contêm outras partes do Novo Testamento, portanto, temos mais de 1400 manuscritos gregos dos evangelhos, o que torna o livro de Mateus um dos mais belos e bem documentados da Antiguidade.

Morte de Mateus
São Mateus morreu por ordem do rei Hirtaco, sobrinho do rei Egipo, no altar da igreja enquanto celebrava o Santo Ofício da Missa. Isso aconteceu porque não intercedeu em favor do pedido de casamento feito pelo monarca, e recusado pela jovem Efigênia que havia decidido se consagrar a Jesus. Inconformado com a atitude do Santo homem, Hitarco mandou que seus soldados o executassem.
No ano 930, as relíquias mortais do apóstolo são Mateus foram transportadas para Salerno, na Itália, onde, até hoje, é festejado como padroeiro da cidade. São Mateus foi proclamado "Celeste Patrono dos Contabilistas" em 06 de agosto de 1953, por iniciativa dos Colégios de Contabilistas Italianos.

São Mateus Evangelista é simbolizado pela figura de um homem, pois como explica São Gregório Magno: "Mateus é corretamente simbolizado pelo homem porque ele inicia com a geração humana".

Sua festa litúrgica é celebrada no dia 21 de Setembro.

São Mateus Apóstolo e Evangelista, Rogai por nós!!!

Bom filme a todos!!!



Fontes Pesquisadas:
Wikipedia, acesso em 23/09/2016
Wikipedia, acesso em 23/09/2016
Diocese de Amparo, acesso em 24/09/2016
Fundaj, acesso em 24/09/2016
Canção Nova, acesso em 24/09/2016
Só Contabilidade, acesso em 24/09/2016
E-Biografias, acesso em 24/09/2016
Últimas e Derradeiras Graças, acesso em 24/09/2016
Padre Paulo Ricardo, acesso em 24/09/2016

domingo, 18 de setembro de 2016

As Mártires Carmelitas de Compiègne

Olá!!!

Paz e Benção!!!

Vamos a mais um bom filme para evangelizar e assistir em família, hoje trazendo mais um pedido dos nossos amigos e retrata mais um capítulo sangrento da história do cristianismo. O filme "O diálogo das Carmelitas", de 1960, retrata o heroico martírio de dezesseis religiosas do Carmelo de Compiègne assassinadas por revolucionários franceses do Comitê de Salvação Pública que as levaram à guilhotina por ódio à religião, no segundo período do Terror da Revolução Francesa.

A França e o Cristianismo
De acordo com tradições religiosas, Maria, Marta e Lázaro teriam desembarcado na região de Saintes-Maries-de-la-Mer com um grupo de pessoas vindos da Palestina. Lázaro teria se tornado bispo em Marselha e Marta e Maria se dedicaram a ajudar aos pobres, anunciando-lhes a Mensagem de Jesus (essa versão, porém, é contestada por alguns historiadores).
Os primeiros relatos da presença de cristãos na França datam do século II. Nesses escritos São Ireneu de Lyon relata detalhadamente a perseguição aos cristãos de Lyon. Em 496, Clóvis I (primeiro rei dos Francos a unir todas as tribos francas sob um único governante, alterando a forma de liderança de um grupo de chefes reais para um governo de um único rei e assegurando que o reinado era passado para os seus herdeiros. Ele é considerado o fundador da França) se converteu ao cristianismo, tornando-se um verdadeiro aliado do Papado e de todos os cristãos francos. Para aprofundar ainda mais as relações entre os merovíngios e Roma, o Papa Leão III coroou Carlos Magno Imperador do Sacro Império Romano no Natal de 800.
Antes da Revolução, a Igreja Católica Romana era a religião oficial do estado francês desde a coroação de Clóvis. A relação entre o povo francês e a Santa Sé era tão intensa, sendo a França chamada de "A filha mais velha da Igreja" e seu monarca "o mais católico dos reis".

A Revolução Francesa
Na época da revolução a sociedade estava dividida em 3 grupos: O Clero ou Primeiro Estado - Composto pelo alto e baixo clero, e representava cerca de 0,5% da população; A nobreza, ou Segundo Estado, composta por cortesões ( que viviam à custa do Estado), provinciais ( que se mantinham com as rendas dos feudos), e nobres togados ( juízes e altos funcionários burgueses que adquiriram os seus títulos e cargos, transmissíveis aos herdeiros) representando 1,5% dos habitantes; O Terceiro Estado, constituído por burgueses, camponeses sem terra e os "sans-culottes", uma camada composta por artesãos, aprendizes e proletários, que tinham este nome graças às calças simples que usavam, diferentes dos tecidos caros utilizados pelos nobres.
Desde que Luís XIV, o Rei Sol, assumiu o reinado, a França encontrava-se cheia de dívidas advindas de antigos reinados, das guerras de conquista da monarquia e da manutenção da corte, que era bastante luxuosa. Após a participação do país na Guerra de Independência dos EUA e na Guerra dos Sete Anos os gastos aumentaram consideravelmente. O rei detinha o poder absoluto, controlando todas as áreas: economia, justiça, política e até a religião.
Estima-se que a revolução teve início em maio de 1789, quando Luís XVI tentou criar reformas tributárias, mas sofreu muita rejeição dos nobres e cleros. Em busca da manutenção dos seus privilégios, os nobres se juntaram à burguesia no que ficou conhecido como a Revolta da Aristocracia. Luís XVI resolveu convocar a Assembleia dos Estados Gerais em 1789 para tentar evitar a revolução que estava se formando.
Em Julho de 1789, após o terceiro Estado se auto-proclamar Assembleia Nacional Constituinte, a população invadiu a fortaleza de Bastilha em Paris com o objetivo de demonstrar simbolicamente a queda do absolutismo. A Queda da Bastilha foi o evento máximo e decisivo para o início da Revolução Francesa, pois era a prisão para a qual o rei enviava os condenados. 

Liberdade, Igualdade e Fraternidade
O lema dos revolucionários era "Liberdade, Igualdade e Fraternidade" bonitinho não é? Só que não! Em 1790 a Assembléia Nacional Constituinte suprimiu as ordens religiosas; Em junho de 1791 foi aprovada a Lei de Le Chapelier que proibia os sindicatos de trabalhadores e as greves, a punição poderia chegar até à pena de morte. Em abril de 1791, o Estado nacionaliza e passa a administrar todos os bens da Igreja Católica, sendo aprovada em julho a Constituição Civil do Clero separou Igreja e Estado e transformou os clérigos em assalariados do governo, a quem deviam obediência. Determinou-se também que os bispos e padres de paróquias seriam eleitos por todos os eleitores, independentemente de filiação religiosa. Os clérigos foram obrigados a jurar fidelidade à nova Constituição. Os que o fizeram ficaram conhecidos como juramentados; os que se recusaram passaram a ser chamados de refratários e eram considerados contra-revolução; Em 1793 cria-se o Comitê de Salvação Pública e o Comitê de Segurança Geral iniciando-se o reino do Terror. Nesse período a monarquia foi abolida e muitos nobres abandonam o país, a família de Luís XVI é presa e em seguida assassinada por guilhotinamento. Em seus momentos mais cruéis houve, em nome da Revolução, um verdadeiro extermínio, especialmente de católicos no oeste e, sobretudo,em La Vendée, onde foi dada a ordem de eliminar as mulheres para que não pudessem trazer filhos ao mundo e mutilar os meninos para que quando maiores não se tornassem guerrilheiros.

A Revolução Contra o Cristianismo
Buscava-se abolir todo o passado cristão da França. Não mais se falava em “era cristã”, utilizava-se um calendário republicano. O domingo, principal dia de culto para os cristãos, foi abolido. O mês agora teria trinta dias subdividido em três semanas de dez dias. Para se substituir os dias santos, passou-se a denominar cada dia do ano com o nome de um animal, planta ou árvore. O culto religioso foi proibido, e várias vezes o tentaram substituir por um culto revolucionário, como o culto à razão e ao Ser Supremo. Esses cultos exaltavam a vitória da razão e da consciência sobre a dominação da Igreja. Sobre o culto ao Ser Supremo, Maximilien de Robespierre ( advogado e político) aparece como pontífice da religião do Estado na tentativa promover a união entre o sentimento revolucionário e o sentimento religioso.  Igrejas eram apedrejadas, imagens religiosas eram destruídas, profanaram-se as Catedrais e demais igrejas com cultos à “deusa da razão”, muitas igrejas foram transformadas em armazéns ou estrebarias. Os cristãos eram obrigados a amotinar-se em lugares escondidos para a celebração da Missa. Os padres não jurados arriscavam-se a ser presos; os fiéis, por sua vez, temiam pelo que lhes pudesse acontecer se fossem pegos ouvindo a estes “traidores”.
Hospitais, asilos, casas de caridade, albergues e escolas mantidas pela Igreja foram fechadas, milhares de sacerdotes e freiras foram assassinados e é nesse cenário que chegamos às personagens principais do nosso filme: as Carmelitas ou Mártires Carmelitas de Compiègne ou Mártires de Compiègne ( Compienha ), que em 17 de julho de 1794, foram assassinadas por guilhotinamento no local hoje denominado "Place de la Nation" (na época Place du Trône Renversé).

As Mártires de Compiègne
O martírio delas começou em agosto de 1790, quando a Comissão Distrital inventariou o convento e suas possessões, interrogou cada uma das freiras que ali viviam Em 1792 elas foram forçadas a se retirar do convento e obrigadas a se separarem e morar em grupos e endereços diferentes, não podiam usar roupas e nomes religiosos. Em 1794 as freiras foram levadas a prisão Conciergerie de Paris, ali ficaram por alguns dias até serem julgadas diante do Tribunal Revolucionário de Fouquet-Tinville, um julgamento sem advogados, sem testemunhas e sem evidências, onde as freiras foram taxadas como "revolucionárias" e condenadas à morte por atividades contra-revolucionárias (lembremos que elas eram freiras enclausuradas!).

No dia 17 de julho de 1794, antes de serem executadas ajoelharam-se e cantaram o hino Veni Creator, após o que todas renovaram em voz alta os seus compromissos do batismo e os votos religiosos. A execução teve início com a noviça e por último foi executada a Madre Superiora 'Madeleine-Claudine Ledoine (Madre Teresa de Santo Agostinho). Durante as execuções o povo ficou em absoluto silêncio. Os corpos foram levados rapidamente para o antigo convento dos agostinianos do Faubourg de Picpus. Lá foram lançados na fossa comum e cobertos de cal viva. Hoje há ali um gramado cercado de ciprestes, com uma simples cruz de ferro. É um lugar de silêncio e oração. 

O Fim da Perseguição
O quadro de terror e perseguição a Igreja Católica só foi resolvido quando Napoleão Bonaparte, no período do Consulado, e o Papa Pio VI assinaram uma Concordata que redefiniu as relações entre a Igreja e o Estado. Por essa Concordata a Igreja Católica foi reconhecida na sua unidade e estatuto, a liberdade de culto foi garantida e o catolicismo aceito como a religião da maioria dos franceses. A igreja continuava, contudo, subordinada ao Estado, uma vez que a nomeação de bispos era feita pelo Consulado. Os territórios da Igreja, como Avignon, e seus bens também não são restituídos. O último pilar do movimento de ataque a Igreja Católica, o Calendário Republicano, foi extinto por Napoleão no Império, em 1805.

Voltando às freiras, na capelinha anexa ao cemitério, onde seus corpos foram sepultados, há uma lápide que traz o nome das dezesseis mártires. Elas foram beatificadas em 27 de maio de 1906 pelo, então, Papa São Pio X.

Sua festa litúrgica é celebrada no dia 17 de Julho

Bom filme a todos!!!

Mártires de Compiegne, rogai por nós!



Fontes Pesquisadas: 
Wikipedia, acesso em 17/09/2016;
Wikipedia, acesso em 17/09/2016;
Wikipedia, acesso em 17/09/2016;
Wikipedia, acesso em 17/09/2016;
Wikipedia, acesso em 17/09/2016;
Tu Es Petrus, acesso em 17/09/2016;
Província Carmelitana de Santo Elias, acesso em 17/09/2016;
Revolução Francesa-Info, acesso em 17/09/2016;
Comshalom.org, acesso em 17/09/2016;
Sagradas Relíqueas-Veneração, acesso em 17/09/2016 (página no Facebook, sendo necessário estar logado na rede social)