sábado, 22 de outubro de 2016

São João Paulo II - O Grande

Olá!!!
Paz e Benção!!!
Chegando mais um bom filme pra gente assistir em família e hoje com um velho amigo nosso, pra nós que temos entre 30 e 40 anos, o primeiro Papa que nós conhecemos, odono do terceiro maior papado da história da santa igreja, um dos líderes mais influentes do século XX e um santo que pudemos ver com nossos olhos: São João Paulo II.

Do Nascimento até os 21 anos
Karol Józef Wojtyła nasceu no dia 18 de maio de 1920, em Wadowice, uma pequena localidade ao sul da Polônia, a 50 km da Cracóvia; era o mais novo dos três filhos de Karol Wojtyła, um suboficial do exército, e de Emilia Kaczorowska. Sua irmã mais velha, Olga, já havia morrido antes de seu nascimento, foi batizado com menos de um mês de vida, sua mãe morreu em 1929, aos 45 anos, quando Karol tinha 8 anos de idade.  Aos 9 anos fez a Primeira Comunhão, aos 12 anos seu irmão Edmund, 14 anos mais velho e a quem Karol era muito próximo, faleceu deixando-o muito abalado e, aos 18, recebeu o sacramento do Crisma. Desde garoto, Karol demonstrou interesse pelos esportes, geralmente jogando futebol na posição de goleiro. Em 1938 Karol e seu pai deixaram Wadowice e se mudaram para Cracóvia, onde ele se matriculou na Universidade Jaguelônica. Dedicou-se ao estudo de tópicos como filologia e diversas línguas na universidade, se tornou voluntário na biblioteca e foi obrigado a participar do alistamento obrigatório, e serviu na "Legião Acadêmica". Contudo, ele se recusou a atirar. Ele ainda participou de diversos grupos teatrais, atuando principalmente como dramaturgo. Foi nesta época que o seu talento para as línguas floresceu e ele aprendeu 12 línguas diferentes, nove das quais ele usaria extensivamente no futuro como papa. Quando as forças de ocupação nazistas fecharam a universidade em 1939, no início da segunda guerra mundial, Todos os homens capazes foram obrigados a trabalhar e assim, de 1940 até 1944, Karol trabalhou como mensageiro em um restaurante, operário em uma mina de calcário e em uma indústria química (Solvay) para se sustentar e para não ser deportado para a Alemanha. Seu pai morreu em 1941 vítima de um ataque cardíaco, Karol tinha apenas 21 anos. 

Desafios da Vida Religiosa
A partir de 1942, sentindo a vocação para o sacerdócio, começou a estudar no seminário clandestino na cidade de Cracóvia, dirigido pelo arcebispo Adam Stefan Sapieha. Em 29 de fevereiro de 1944, Karol foi atropelado por um caminhão da Wehrmacht, ficou internado duas semanas se recuperando de seus graves ferimentos, para ele, o acidente e a sua sobrevivência foram a confirmação de sua vocação. Em 6 de agosto de 1944, conseguiu sobreviver ao chamado "Domingo Negro", mais de oito mil homens e rapazes foram levados presos naquele dia, mas Karol conseguiu escapar, se econdendo no porão da casa de um tio, e depois fugir para o palácio do arcebispo, onde ele permaneceria até a retirada dos alemães.
Após a II Guerra Mundial, continuou seus estudos no seminário maior de Cracóvia, novamente aberto, e na faculdade de teologia da universidade Jagellonica. Foi ordenado padre em 1 de novembro de 1946, pelo arcebispo de Cracóvia Adam Sapieha. Foi estudar Teologia em Roma, na Pontifícia Universidade Santo Tomás de Aquino, onde conseguiu a sua licenciatura e, depois, o seu primeiro doutorado em Teologia, com a tese A Doutrina da Fé segundo São João da Cruz.
Em 1948 retornou para a Polônia e em sua chegada foi se ajoelhar e beijar o chão. Este gesto, que ele adaptou do santo francês São João Maria Vianey se tornaria sua "marca registrada" durante o seu papado. Foi vigário em diversas paróquias na Cracóvia e, em 1953, passou a lecionar Teologia Moral e também Ética Social, ambos na faculdade de Teologia de Lublin. Em 1954 Karol Wojtyła obteve o seu segundo doutorado, desta vez em Filosofia, com uma tese avaliando a viabilidade de uma ética católica baseada no sistema ético do fenomenologista Max Scheler. Porém, a intervenção das autoridades comunistas impediu que ele recebesse o grau até 1957.
Em 4 de julho de 1958 foi nomeado bispo titular de Olmie, também, auxiliar de Cracóvia. Assim, recebeu a consagração episcopal no dia 28 de setembro de 1958. Com a idade de 38 anos, Karol se tornara o mais jovem bispo da Polônia. Em 13 de janeiro de 1964, o papa Paulo VI o elevou a arcebispo da Cracóvia. Em 26 de junho de 1967 foi criado Cardeal pelo Papa Paulo VI, Wojtyła foi nomeado cardeal-padre do titulus de San Cesareo in Palatio. Em 1967 teve grande colaboração na formulação da encíclica Humanae Vitae, que trata das mesmas questões que impedem o aborto e o controle de natalidade por meios não-naturais. Até esse ano, 1967, Karol já tinha publicado mais de 300 ensaios em revistas e livros.
Um ano antes de ser eleito papa, Wojtyła abriu e consagrou a Igreja de Nossa Senhora Rainha da Polônia, em Nowa Huta, após mais de vinte anos de esforços contra o governo comunista polonês, que negou inúmeras vezes o pedido dos fiéis para a construção de uma igreja naquela região, inicialmente Karol persistiu para ganhar licenças, mas que com o passar do tempo foram somando em pequenos ganhos, como a ampliação de uma capela improvisada, até que em 1977, Wojtyła consagrou a igreja. Esse templo se tornou um símbolo de luta contra o comunismo, tanto que em 1979, o governo proibiu o então papa de ir até aquela igreja. Mas, quatro anos mais tarde o papa foi até aquele lugar com mais de 300 mil apoiantes.

Eleição e Pontificado
Karol Wojtyla foi eleito papa, no dia 16 de outubro de 1978 e escolheu o nome papal João Paulo II. Ele foi o 264º sucessor de São Pedro, O lema escolhido para seu pontificado foi “Totus Tuus”,  é o simbolo da consagração do Santo Padre a Nossa Senhora e significa “Todo Teu”. João Paulo II dispensou a tradicional coroação papal e, em vez disso, recebeu a investidura eclesiástica que simplificou a cerimônia de posse papal, em 23 de outubro de 1978.  Ele foi o primeiro Pontífice eslavo da história e o primeiro papa não-italiano em 455 anos, o mais jovem papa eleito desde Pio IX em 1846, que tinha 54 anos (ele tinha 58 anos), o terceiro mais longo pontificado até hoje (26 anos) e um dos líderes que mais viajaram na história, tendo visitado 129 países durante o seu pontificado.
Desde o início trabalhou para dar voz à chamada Igreja do silêncio. A insistência sobre os temas dos direitos do homem e da liberdade religiosa tornou-se assim uma constante do seu magistério. João Paulo II sempre buscou manter o diálogo inter-religioso e constantemente tentou encontrar afinidades, doutrinárias e dogmáticas. 
No dia 27 de Outubro de 1986, em Assis, na Itália, o Papa João Paulo II se reuniu com vários líderes religiosos em um dia de jejum e oração, mais de 120 representantes de diferentes religiões e denominações cristãs passaram o dia em jejum e oração. Além disso ele sempre manteve diálogo com o anglicanismo, luteranismo, judaísmo, igreja ortodoxa, budismo e com o islã, onde, de forma especial, em 6 de maio de 2001, o papa João Paulo II se tornou o primeiro papa católico da história a entrar e rezar numa mesquita. Respeitosamente removendo os seus sapatos, ele entrou na Mesquita dos Omíadas, uma antiga igreja cristã bizantina dedicada a São João Batista (que, acredita-se, está enterrado lá), em Damasco, na Síria, e ali deu um discurso que incluía a seguinte afirmação: "Por todas as vezes que os cristãos e os muçulmanos se ofenderam entre si, precisamos buscar o perdão do Todo Poderoso e oferecer uns aos outros o perdão". Ele beijou o Corão nesta mesma viagem, um ato que o tornou popular entre os muçulmanos, mas que perturbou muitos católicos. O papa também praticou o jejum ao último dia do Ramadã.

João Paulo II e a Jornada Mundial da Juventude
Em dezembro de 1985 foi instituída pelo Papa João Paulo II a Jornada Mundial da Juventude (JMJ) um evento que reúne milhões de católicos de todo o mundo, sobretudo jovens. Com duração de cerca de uma semana, para celebrar e aprender sobre a fé católica, para conhecer melhor a doutrina católica e para construir pontes de amizade e esperança entre continentes, povos e culturas, além de compartilhar entre si a vivência da espiritualidade. Ela foi criada como um evento anual (que passou depois a ser com intervalos de dois ou três anos) com o objetivo de alcançar novas gerações de católicos, propagando assim os ensinamentos da Igreja, ficando a escolha do local de sua realização à escolha do Papa.

João Paulo II - O Diplomata da Paz
Sempre diplomático buscando o bem comum, ele influenciou positivamente nos conflitos: entre Chile e Argentina (1978); entre Argentina e Grã-Bretanha (Guerra das Malvinas, em 1982); entre Cuba e a Igreja Católica ( um mês antes desta visita, em dezembro de 1997, foi instituído o Natal em Cuba e declarado a partir de então como feriado nacional, já durante esta visita a Cuba, em Janeiro de 1998, foi condenado o embargo feito pelos EUA a Cuba e ainda, ressaltado pelo Papa a importância do respeito aos direitos humanos, a liberdade de expressão, do direito de participar de um debate público de forma igualitária, da liberdade religiosa, também, fez uma solicitação de que fossem libertados os presos políticos, ação que foi colocada em curso quando foram libertados mais de duzentos presos políticos, no mês seguinte a visita do Papa). O Papa João Paulo II também influenciou na queda dos seguintes regimes ditadores: Augusto Pinochet no Chile, em 1988; Jean-Claude "Baby Doc" Duvalier, no Haiti em 1986; General Stroessner, no Paraguai em 1989.

João Paulo II - Contra o Comunismo 
Mesmo antes de ser papa, Wojtyła já tinha uma posição inflexível contra o regime comunista, e a primeira metade do seu pontificado ficou marcada pela luta contra o comunismo na Polônia e restantes países da Europa de Leste e do mundo. Seu discurso em Varsóvia, para mais de meio milhão de pessoas, no dia 2 de junho de 1979, é considerado por muitos como o marco da derrocada comunista, que culminaria nas eleições democráticas para o senado, no dia 4 de junho de 1989, depois de mais de meio século de ditadura comunista. O resultado das urnas foi que das 262 cadeiras do senado, 261 ficaram para o partido de oposição, o Solidariedade, um movimento social inicialmente liderado por Lech Wałęsa, que creditou a João Paulo II a coragem dos poloneses de se levantarem. O governo comunista cairia dois meses depois, era o fim do comunismo na Polônia. "A culpa é da Igreja", disse o ditador derrotado, general Wojciech Jaruzelski. O primeiro ato do líder do Solidariedade, foi ir para Roma, para agradecer a João Paulo II.
Em dezembro de 1989, João Paulo II reuniu-se com o líder soviético Mikhail Gorbachev no Vaticano, no encontro o papa condenou o comunismo e criticou alguns pontos do capitalismo, pediu para o líder soviético que trabalhasse para uma maior integração da Europa e o fim da Guerra Fria. Gorbachev certa vez disse ‘O colapso da Cortina de Ferro teria sido impossível sem João Paulo II’. 

João Paulo II - E a Teologia da Libertação
João Paulo II criticou fortemente a aproximação da Igreja com o marxismo nos países em desenvolvimento, e em especial a Teologia da Libertação. Em 1984 e 1986, através do Cardeal Ratzinger, líder da Congregação para a Doutrina da Fé, João Paulo II oficialmente condenou vários aspectos da Teologia da libertação, especialmente proeminente na América do Sul. A tentativa de Óscar Romero, durante a visita de João Paulo II à Europa, de obter uma condenação para o regime de El Salvador, denunciado por violações dos direitos humanos e por sustentar o Esquadrão da Morte, foi um fracasso. Em sua viagem para Manágua, Nicarágua em 1983, João Paulo II duramente condenou o que ele apelidou de "Igreja popular" (i.e. "comunidades eclesiais de base" (CEBs) apoiado pelo CELAM), e tendências do clero nicaraguense, para apoiar a esquerda Sandinista, lembrando o clero das suas funções de obediência para com a Santa Sé. Durante essa visita Ernesto Cardenal, um padre e ministro no governo sandinista, ajoelhou-se para beijar a mão do Papa, João Paulo II levantou-o, lhe apontou o dedo, e disse: "Você deve endireitar a sua posição com a Igreja". Sua posição contra a Teologia da Libertação fez que o frei Leonardo Boff que defendia a Teologia deixasse de exercer suas funções de padre na Igreja.

Atentado Contra Sua Vida
No dia 13 de maio de 1981, ao entrar na Praça de São Pedro para discursar para uma audiência João Paulo II foi baleado e gravemente ferido por Mehmet Ali Agca, um perito atirador turco que era membro do grupo militante fascista Lobos Cinzentos. O assassino usou uma pistola semi-automática 9 mm atingindo-o no abdômen e perfurando seu cólone intestino delgado várias vezes. João Paulo II foi levado às pressas para a Policlínica Gemelli. No caminho para o hospital, ele perdeu a consciência. Ele passou por cinco horas de cirurgia para tratar sua perda maciça de sangue e feridas abdominais. Quando ele ganhou rapidamente a consciência antes de ser operado, ele instruiu os médicos para não remover o seu Escapulário de Nossa Senhora do Carmo durante a operação. O Papa afirmou que Nossa Senhora de Fátima ajudou a mantê-lo vivo durante todo o seu calvário foram 22 dias de internamento. 
Ali Agca foi detido imediatamente pela polícia italiana e condenado à prisão perpétua. Dois dias depois do Natal em 1983, João Paulo II visitou a prisão onde Ali Agca estava sendo mantido. Os dois conversaram privadamente por 20 minutos e depois disso João Paulo II o perdoou. Agca passou 19 anos em prisões italianas, sendo depois extraditado para a Turquia, onde foi condenado a prisão perpétua pelo assalto a um banco nos anos 1970 e pelo assassinato de um jornalista em 1979, pena depois comutada para dez anos de prisão.

A Saúde de João Paulo II
Em 1992 retirou um tumor benigno e 15 centímetros do intestino. Em 1993 ele escorregou em um pedaço de carpete, caiu vários degraus e quebrou o ombro direito. Em 1994 ele caiu em sua banheira, quebrando o fêmur. Após esse período ele começou a ter a fala arrastada e dificuldade em ouvir. Suspeitava-se que o pontífice estivesse com a doença de Parkinson, embora tenha sido revelado apenas em 2001. A administração do Vaticano finalmente confirmou a doença de Parkinson que em 2003, depois de mantê-la em segredo por 12 anos. Em fevereiro de 2005, o pontífice foi novamente levado para a Policlínica Gemelli com inflamação e espasmos da laringe, resultado da gripe. 
Já com a doença de Parkinson muito avançada, no dia 30 de março de 2005, surgiu à janela do seu escritório para tranquilizar os católicos, e já era muito evidente o seu estado extremamente debilitado. No último Domingo de Páscoa, o Papa ainda abençoou os fiéis, mas pela primeira vez no seu pontificado não conseguiu pronunciar a tradicional 'Urbi et Orbi'.

Morte, Beatificação e Canonização
Era o dia 2 de abril de 2005, João Paulo II estava perto de completar os 85 anos de idade, ele estava em um quadro de choque séptico causado por uma infecção do trato urinário, quando falou em polaco para seus assessores as suas palavras finais: "Deixe-me partir para a casa do Pai", e entrou em coma, cerca de quatro horas depois ele morreu em seu apartamento privado, de choque séptico e de um colapso cardiovascular circulatório irreversível. Apesar de, em seu testamento, João Paulo II pedir para ser sepultado na Polônia, o colégio de cardeais decidiu por sepultá-lo na Basílica de São Pedro, mas desde o dia 2 de maio de 2011, seu corpo repousa na Capela de São Sebastião no Vaticano..
Na missa celebrada durante seu funeral em 8 de abril, aconteceu o maior encontro único de chefes de Estado na história, estiveram presentes: quatro reis, cinco rainhas, pelo menos 70 presidentes e primeiros-ministros, e mais de 14 líderes de outras religiões participaram juntamente com os fiéis. É provável que tenha sido a maior peregrinação do Cristianismo, com números estimados em mais de quatro milhões enlutados em Roma. Entre 250 000 e 300 000 pessoas assistiram ao evento de dentro dos muros do Vaticano.
O seu processo de beatificação foi aberto em 28 de Junho de 2006, no dia 1° de maio de 2011 , sua beatificação foi proclamada pelo Papa Bento XVI. Foi relatado que a Irmã Marie-Simon-Pierre vivenciou uma "cura completa e duradoura do mal de Parkinson, depois que membros de sua comunidade rezaram pela intercessão do Papa João Paulo II". Em maio de 2008, Irmã Marie-Simon-Pierre, então com 46 anos, voltou a trabalhar novamente em um hospital maternidade que é regido pela ordem religiosa à qual ela pertence.
Em abril de 2013, uma comissão de médicos consultada pela Congregação para as Causas dos Santos aprovou o segundo milagre atribuído ao beato João Paulo II, necessário no processo de canonização: a cura de Floribeth Mora que foi curada de um aneurisma cerebral por um milagre atribuído a intercessão do papa João Paulo II. O milagre aconteceu em maio de 2011, quando após Floribeth ter acordado e ter visto uma revista com uma notícia sobre a beatificação de João Paulo II, ela ouviu uma voz que disse "Levanta-te, não tenhas medo" e a partir daí ela se sentiu curada.
A cerimonia de canonização deu-se dia 27 de Abril de 2014, dia em que foi comemorada a festa da Divina Misericórdia, estabelecida por João Paulo II. Neste mesmo dia, também foi canonizado o Papa João XXIII, numa cerimônia conjunta celebrada pelo Papa Francisco e concelebrada pelo Papa Emérito Bento XVI.

Sua festa litúrgica é celebrada no dia 22 de Outubro.

São João Paulo II, rogai por nós!!!



Fontes Pesquisadas:
Wikipedia, acesso em 22/10/2016
Wikipedia,  acesso em 22/10/2016
Cruz Terra Santa, acesso em 22/10/2016
E-biografias, acesso em 22/10/2016
Todo de Maria, acesso em 22/10/2016
Info Escola, acesso em 22/10/2016
La Santa Sede, acesso em 22/10/2016
A12 Formação, acesso em 22/10/2016

sábado, 15 de outubro de 2016

São João XXIII - O Papa Bom

Olá!!!
Paz e Benção!!!
Chegando mais um bom filme pra gente curtir em família evangelizando e aprendendo sobre a nossa fé e a Igreja de Cristo. Trago hoje a história de Angelo Roncalli, o Papa João XXIII, conhecido também como o Papa Bom. Chamem a criançada, chamem todo mundo, tragam a pipoca, o refrigerante, o suco e vamos lá!!!

Nascimento e Início da Vida Religiosa
Angelo Giuseppe Roncalli nasceu e foi batizado em Sotto il Monte (província de Bérgamo, Itália), no dia 25 de novembro de 1881 (isso mesmo, ele nasceu e foi batizado no mesmo dia!), foi o quarto de treze irmãos, nascidos em uma família pobre de camponeses. O clima religioso da família e a fervorosa vida paroquial foram a primeira escola de vida cristã, que marcou a sua fisionomia espiritual, ele mesmo atribuía a seu tio Xavier, a sua primeira e fundamental formação religiosa
Ingressou no Seminário de Bérgamo onde estudou até ao segundo ano de teologia. Ali começou a redigir os seus escritos espirituais, que depois formaram o livro "Diário da alma". Em 1896, foi admitido na ordem franciscana secular, e professou as regras em 1897. Entre 1901 e 1905, através de uma bolsa de estudos da Diocese de Bérgamo, ele conseguiu ser aluno do Pontifício Seminário Romano. Foi ordenado sacerdote no ano de 1904, em Roma, após vários anos de estudo, e com doutorado em teologia. Em 1905 foi nomeado secretário do novo Bispo de Bérgamo, D. Giacomo Maria R. Tedeschi, que o influenciou na sua maneira de lidar com as questões sociais. Em 1915, quando a Itália entrou na Primeira Guerra Mundial, ele foi alistado como sargento do corpo médico e capelão militar dos soldados feridos. Em 1919, foi nomeado diretor espiritual do Seminário de Bérgamo. Em 1921, o Papa Bento XV nomeou-o presidente italiano do "Conselho das Obras Pontifícias para a Propagação da Fé", onde através desse cargo, Roncalli visitou muitas dioceses da Itália, organizou vários círculos missionários, estabeleceu contatos com várias ordens missionárias e compreendeu melhor a dinâmica e situação das missões católicas espalhadas pelo mundo.

Roncalli - O Diplomata
Sua vida diplomática se iniciou em 1925, quando foi nomeado, pelo Papa Pio XI, Visitador Apostólico na Bulgária e elevou-o à dignidade episcopal de Arcebispo titular de Areopolis, sendo sagrado no dia 19 de Março de 1925. Visitava comunidades católicas e cultivava relações respeitosas com as demais comunidades cristãs. Sua atuação solícita e caridosa ajudou a aliviar os sofrimentos causados pelo terremoto de 1928. 
Em 1935 foi nomeado Delegado Apostólico na Turquia e Grécia. A Igreja tinha uma presença ativa em muitos âmbitos da jovem república, que se estava a renovar e a organizar. Mons. Roncalli trabalhou com intensidade ao serviço dos católicos e destacou-se pela sua maneira de dialogar e pelo trato respeitoso com os ortodoxos e os muçulmanos.
Durante a Segunda Guerra Mundial (1939-1945), Mons. Roncalli, estava sediado na Turquia neutra, e conseguiu salvar muitos judeus com a distribuição gratuita de permissões de trânsito fornecidas pela Delegação Apostólica, de certificados de batismo temporários e de certificados de imigração para a Palestina arranjados por organizações judaicas. Além disso, ele também ajudava os refugiados judeus que conseguiram chegar à Turquia a alcançarem a Palestina. Com a ajuda de pessoas como Chaim Barlas (representante da Agência Judaica em Istambul), Rabino Chefe Yitzhak HaLevi Herzog (ou Isaac Herzog) e Ira Hirschmann (delegado norte-americano do "War Refugee Board" em Istambul), ele conseguiu, até o fim do conflito, salvar a vida de milhares de judeus.
Em 1944, o Papa Pio XII nomeou-o Núncio Apostólico em Paris. Nesse período, Mons. Roncalli ajudou os prisioneiros de guerra, incluindo os alemães detidos na França, e contribuiu para normalizar a vida eclesial francesa. Em Paris, tornou-se também o primeiro observador permanente da Santa Sé na UNESCO. 
Em 1953 foi criado Cardeal e enviado a Veneza como Patriarca, realizando ali um pastoreio sábio, empreendedor e totalmente dedicando ao cuidado das almas, seguindo o exemplo dos seus santos predecessores:  São Lourenço Giustiniani, primeiro Patriarca de Veneza, e São Pio X. Em Veneza, ele continuou o seu trabalho ecumênico; convocou um sínodo diocesano; criou cerca de 30 paróquias; e privilegiou o contato com os padres e leigos católicos, realizando por isso várias visitas pastorais. Simples e modesto ele quebrou muitos protocolos e realizou muitas visitas e passeios informais pelas ruas de Veneza, tentava conversar com todos que ele encontrava na rua, frequentemente usava os transportes públicos (gôndolas), além de muitas vezes estar presente nos principais eventos da cidade.

O Conclave 
Com a morte do papa Pio XII, em 1958, realizou-se o conclave que durou quatro dias e onze votações até chegar a eleição do novo papa. Havia vários candidatos favoritos naquela ocasião e, para solucionar o caso, os cardeais decidiram por escolher um papa idoso e de compromisso. O Cardeal Roncalli foi eleito no dia 28 de outubro de 1958, já com 77 anos de idade, e escolheu o nome de Papa João XXIII, o que surpreendeu a todos porque o último João foi um papa francês ainda na Idade Média e, sobretudo, porque havia também na Idade Média um antipapa com o nome de João XXIII. Pela idade avançada, era considerado um papa de transição. Dizem que logo após a sua eleição, como de costume, ele saiu colocar as vestes brancas do Bispo de Roma, mas nenhuma das três batinas previamente preparadas servia para ele, então, ele diante do embaraço de todos e com muito humor disse sorrindo:“está claro que os alfaiates não me queriam como Papa”.

O Pontificado
Seu pontificado teve início no dia 4 de novembro de 1958, data escolhida por ele para coincidir com a festa litúrgica de São Carlos Borromeu, e tinha o lema “Obediência e Paz” escolhido por ele próprio e durou 05 anos. Durante o seu pontificado convocou cinco consistórios, criando ao todo mais de 50 cardeais e quase duplicando o número de membros do Colégio dos Cardeais, no primeiro consistório (1958), ele criou Cardeal o Arcebispo Montini, este o sucederia no trono de Pedro sendo eleito o Papa Paulo VI. João XXIII procurou cooperar e dialogar com outras crenças e religiões, como os protestantes, os ortodoxos, os judeus, os anglicanos e até com os xintoístas. Ele criou em 1960, o "Secretariado para a Promoção da Unidade dos Cristãos", que tinha por função recompor a unidade entre os cristãos separados. Instituiu a Comissão para a revisão do Código de Direito Canônico e convocou, em 1960, o primeiro sínodo da Diocese de Roma. 
Em 1959, através do documento Dubium do Santo Ofício, confirmou o Decreto contra o Comunismo, aprovado pelo Papa Pio XII em 1949 e que proibia os católicos de defenderem o comunismo, votar em candidatos, organizações ou partidos comunistas ou aliados de comunistas, esse proibição permanece efetiva até os dias atuais. Segundo fontes tradicionalistas, foi baseado neste decreto, que João XXIII, no dia 3 de janeiro de 1962, excomungou Fidel Castro, que liderava a implantação do comunismo em Cuba, 
Seu pontificado foi marcado também, pelas diversas visitas pastorais aos doentes, crianças e encarcerados e a muitas paróquias da Diocese de Roma, Estas visitas pastorais tiveram grande valor e significado, pois, desde 1870, nenhum Papa tinha saído do Vaticano para ir visitar a sua diocese (o Papa também é Bispo de Roma). João XXIII preocupou-se também com a condição social dos trabalhadores, dos pobres, dos órfãos e dos marginalizados. Em 1963, dialogou com a filha e o genro de Khrushchev (líder da União Soviética), numa tentativa de diminuir as tensões entre a Igreja Católica e a União Soviética. 

Prêmios e Reconhecimentos
Em reconhecimento pelo seu trabalho em prol da paz e da humanidade, João XXIII foi agraciado com o Prémio Balzan, que lhe foi entregue no dia 10 de Maio de 1963. Em Dezembro de 1963, ele foi também condecorado postumamente com a Medalha Presidencial da Liberdade, atribuída pelo presidente norte-americano Lyndon Johnson. O Papa João XXIII também tornou-se na Pessoa do Ano de 1962. 

O Concílio Vaticano II
Um dos pontos mais importantes do pontificado de João XXIII foi o Concílio Vaticano II, em 1962, com o objetivo de que a Igreja encontrasse um modo mais atual de apresentar ao mundo a verdade de sempre. Nada de mudar a doutrina e a moral, nada de amolecer o Evangelho, mas apresentá-lo de um modo mais compreensível ao mundo de hoje, O Concílio foi realizado em 4 sessões, e só terminou no dia 8 de dezembro de 1965, já sob o papado de Paulo VI. Foram convocados para o concílio mais de 2.000 Prelados de todo o planeta, eles discutiram e regulamentaram vários temas da Igreja Católica. As suas decisões estão expressas em 4 constituições, 9 decretos e 3 declarações elaboradas e aprovadas pelo Concílio. Entre várias decisões conciliares, destacam-se as renovações na constituição e na pastoral da Igreja, que passou a ser mais alicerçada na igual dignidade de todos os fiéis e a ser mais virada e aberta para o mundo. Além disso, reformou-se também a Liturgia, onde a Missa de rito romano foi simplificada e passou a ser celebrada em língua nativa de onde a Igreja está instalada.
E a clarificação da relação entre a Revelação divina e a Tradição e foi também impulsionada a liberdade religiosa, uma nova abordagem ao mundo moderno, o ecumenismo, uma relação de tolerância com os não cristãos e o apostolado dos leigos. O Concílio Vaticano II não proclamou nenhum dogma, mas as suas orientações doutrinais, pastorais e práticas são de extrema importância para a Igreja atual.

Morte, Beatificação e Canonização
João XXIII, o Papa Bom, faleceu em função de um câncer no estômago, no dia 3 de junho de 1963, não chegando por isso a encerrar o Concílio Vaticano II. Foi sucedido pelo Cardeal Giovanni Montini, que escolheu o nome papal de Paulo VI e que concluiu o Concílio Vaticano II. Por ocasião de sua, a revista "Time" constatou e comentou que poucos pontífices conseguiram entusiasmar o mundo como João XXIII o fez.
Já durante o Concílio Vaticano II, o Cardeal Leo Joseph Suenens e vários prelados defenderam a canonização de João XXIII por aclamação conciliar, como se fazia antigamente na Igreja primitiva. Mas, esta proposta foi prontamente rejeitada por prelados mais conservadores e pela Congregação para as Causas dos Santos. Por isso, o seu processo de canonização foi só iniciado em 1965, com a autorização de Paulo VI. Em janeiro de 2000, a Santa Sé reconheceu oficialmente a veracidade da cura milagrosa da freira italiana Caterina Capitani de um tumor no estômago, por intercessão de João XXIII, em 1966. Com esse reconhecimento, ele foi declarado Beato pelo Papa João Paulo II no dia 3 de setembro de 2000, em cerimônia solene na Praça de São Pedro. 
Em 5 de julho de 2013 o Papa Francisco aprovou os votos favoráveis da Sessão Ordinária dos Cardeais e Bispos sobre a canonização do Beato João XXIII e decidiu que iria convocar um Consistório. A canonização de João XXIII reveste-se de uma singularidade: foi aprovado sem o segundo milagre, habitualmente exigido para concluir e confirmar a canonização. No caso de João XXIII, o requisito do segundo milagre foi dispensado pelo Papa Francisco.
João XXIII foi canonizado em 27 de Abril de 2014, domingo da Divina Misericórdia, em Roma, juntamente com o também Papa João Paulo II. A missa de canonização foi presidida pelo Papa Francisco e concelebrada pelo Papa Emérito Bento XVI

Corpo Bem Preservado
Em 2001, o cadáver de João XXIII foi transferido para ser definitivamente exposto ao público no interior da Basílica de São Pedro, mais concretamente numa capela lateral próxima do altar de São Jerónimo. Atualmente, ele está dentro de um caixão de bronze e vidro, à prova de balas e de radiação ultravioleta. Uma vez exposto, as pessoas constataram rapidamente o surpreendente grau de preservação do corpo de João XXIII, que não apresentou nenhum sinal de decomposição ou deformação. Mas, o seu cadáver intacto não é considerado um corpo incorrupto, porque a sua preservação não foi devido a um milagre. Segundo o professor Gennaro Goglia, a causa da sua preservação foi o tratamento especial levado a cabo secretamente por ele antes do funeral de João XXIII. Ele esclareceu que este tratamento não foi uma embalsamação, pelo menos no sentido clássico, e consistiu na aplicação de um líquido especial, que preencheu todos os capilares e eliminou todas as bactérias locais que estavam junto dos tecidos internos destruídos pelo câncer. 

Sua festa litúrgica é celebrada no dia 11 de outubro, dia em que teve início a primeira sessão do Concílio Vaticano II.

São João XXIII, rogai por nós!!!

Bom Filme a todos!!!



Fontes Pesquisadas:

Wikipedia, acesso em 15/10/2016
Aleteia.Org, acesso em 15/10/2016
Wikipedia, acesso em 15/10/2016
Infoescola, acesso em 15/10/2016
Vatican News, acesso em 15/10/2016
Globo.com, acesso em 15/10/2016
Canção Nova Wiki, acesso em 15/10/2016

sábado, 8 de outubro de 2016

São Francisco de Assis - O Terror dos Hereges

Olá!!!
Paz e Benção!!!

O filme de hoje vai nos mostrar a história de um santo que um dia recebeu um pedido de Cristo para reconstruir a sua Igreja, mas ele não entendeu bem e começou a reconstruir um templo. Depois então ele entendeu o pedido de Cristo foi lá, reconstruiu a Igreja e mandou muito bem e, sem querer acabou se tornando um dos santos mais populares da Igreja, vamos descobrir que é ele!

Nascimento de Giovanni
Giovanni di Pietro di Bernardone nasceu em Assis, na Itália, no dia 5 de julho de 1182, era filho do comerciante italiano Pietro di Bernadone dei Moriconi e sua esposa Pica Bourlemont, cuja família tinha raízes francesas. Seus pais faziam parte da burguesia da cidade de Assis, e graças a negócios bem sucedidos na Provença, França, conquistaram riqueza e bem estar. Seu nome, Giovanni (João, em português) foi uma homenagem feita por sua mãe ao profeta São João Batista. Era chamado pela família de “Francesco” nome cuja origem ainda hoje não foi determinada, e recebeu educação voltada para os negócios.

A Juventude de Francisco
Francisco cresceu e se tornou um jovem popular entre seus amigos, conhecido por sua indisciplina e extravagâncias, por sua paixão pelas aventuras, pelas roupas da moda e pela bebida, e por sua liberalidade com o dinheiro, apesar de mostrar índole bondosa. 
Tinha o desejo de ser “herói” e por isso, em 1202, então com 20 anos alistou-se como soldado na guerra de Assis contra a Peruggia. Durante a guerra ele foi  capturado e permaneceu preso por cerca de um ano. Ao ser libertado caiu doente, com episódios de febre que duraram quase todo o ano de 1204. Ali se apresentaram as duas afecções que o acompanharam por toda a sua vida: problemas de visão e no aparelho digestivo.
Depois de recuperado tentou novamente a carreira militar engajando-se, em 1205, no exército papal que lutava contra Frederico II, incentivado por um sonho no qual alguém lhe mostrava muita riqueza, poder, armas e uma bela donzela. Perguntando, no sonho, de quem era tudo aquilo disseram-lhe que tudo aquilo era seu e de seus soldados. Animado com a perspectiva de glória, pôs-se a caminho, mas no trajeto teve outro sonho, ou uma visão, onde ouviu, segundo a versão da Legenda trium sociorum, uma voz a dizer: Quem te pode ser de mais proveito? O senhor ou o servo? Pergunta a qual ele respondeu: O senhor! E ouviu novamente a voz: Então por que deixas o senhor pelo servo e o príncipe pelo vassalo? Confundido, Francisco disse: Que queres que eu faça?, e a voz lhe ordenou: Volta para tua terra, e te será dito o que haverás de fazer, pois deves entender de outro modo a visão que tiveste.

A Conversão de Francisco
Dias depois, já em Assis, recebeu seu chamado durante uma farra com os amigos, onde foi tocado por Deus e desde então começou a perder o interesse pelas farras, dinheiro, riquezas, posses, etc, passando a se preocupar com os mais necessitados e em fazer a vontade de Deus, servindo-o através da doação total e incondicional da sua vida. Certa vez, ao encontrar um leproso, apesar da repulsa natural, venceu sua vontade e beijou o doente. Foi um gesto movido pelo Espírito Santo. A partir desse momento, ele passou a fazer visitas e a servir aos doentes que sem encontravam nos hospitais. Aos pobres, presenteava com suas próprias roupas e também com o dinheiro que tivesse no momento.
Certa vez entrou para orar na capela de São Damião, fora das portas da cidade, e ali, diz a tradição, que ele ouviu pela primeira vez a voz de Cristo, que lhe falou de um crucifixo as seguintes palavras: "Vá Francisco, e restaure a Minha Casa". Obediente ao mandato e imaginando tratar-se de reconstruir a igreja de pedra, Francisco pôs-se logo a trabalhar, voltou em casa, vendeu boa parte dos tecidos do pai, e entregou-se ao serviço de Deus e dos miseráveis. Reconstruiu três pequenas igrejinhas abandonadas: a de São Damião, a de Santa Maria dos Anjos e a de São Pedro.
Seu pai, Pedro Bernardone, ao saber o que seu filho tinha feito, foi busca-lo indignado, levou-o para casa, bateu nele e acorrentou-o pelos pés. A mãe, porém, o libertou na ausência do marido, e o jovem retornou a São Damião. Seu pai foi de novo buscá-lo. Mandou que ele voltasse para casa ou que renunciasse à sua herança. Francisco então renunciou a toda a herança e disse: "As roupas que levo pertencem também a meu pai, tenho que devolvê-las". Em seguida se desnudou e entregou suas roupas a seu pai, dizendo-lhe: “Até agora tu tem sido meu pai na terra, mas agora poderei dizer: ‘Pai nosso, que estais nos céus”.
Algum tempo depois o Espírito Santo lhe revelou que a reforma se tratava, principalmente, da Igreja viva, formada pelas pessoas pelas quais o Senhor derramou o seu sangue. Esta revelação se deu através de um novo encontro: o do Evangelho do envio dos Apóstolos, lido em 1208, na Igreja de Santa Maria dos Anjos, na festa de São Matias, Apóstolo. Foi aí que o Senhor pedia para não levar bastão, túnica, etc. Após a explicação do sacerdote, Francisco disse com entusiasmo: "É isso que eu quero, isso que eu procuro, é isso que eu desejo fazer de todo o coração!" Com um novo mandato do Senhor - o de pregar o Evangelho -, vai lá Francisco, com todo o entusiasmo, e começa a reconstruir a Igreja formada por pessoas. 

As Obras de Francisco de Assis
Francisco começou a anunciar a verdade, no ardor do Espírito de Cristo. Convidou outros a se associarem a ele na busca da perfeita santidade, insistindo para que levassem uma vida de penitência. Alguns começaram a praticar a penitência e em seguida se associaram a ele, partilhando a mesma vida. O humilde São Francisco de Assis decidiu que eles se chamariam Frades Menores. Surgiram assim os primeiros 12 discípulos. O próprio Francisco disse em testamento: “Aqueles que vinham abraçar esta vida, distribuíam aos pobres tudo o que tinham. Contentavam-se só com uma túnica, uma corda e um par de calções, e não queriam mais nada”. Os novos apóstolos reuniram-se em torno da pequena igreja da Porciúncula, ou Santa Maria dos Anjos, que passou a ser o berço da Ordem.
Em 1212 a Ordem foi enriquecida com a primeira mulher, Clara d'Offreducci, a futura Santa Clara, fundadora do ramo feminino dos Frades Menores, as Clarissas, que logo trouxe suas irmãs, a quem foi dado o uso da capela de São Damião.
Em 1215 a Ordem dos Frades Menores recebeu a autorização do papa Inocêncio III e Francisco e onze companheiros tornaram-se pregadores itinerantes, levando Cristo ao povo com simplicidade e humildade. A partir daí, Francisco dedica-se a viagens missionárias: Roma, Chipre, Egito, Síria… Peregrinando até aos Lugares Santos.
Quando voltou à Itália, em 1220, encontrou a Fraternidade dividida. Parte dos Frades não compreendia a simplicidade do Evangelho. Francisco teve de aceitar, com a intervenção papal, várias mudanças importantes, entre elas: a criação do período probatório de um ano para novos candidatos, a eleição de um representante do papa como governador e corregedor da Ordem, enquanto que Francisco permanecia apenas como guia espiritual. Em 1221, tentando tornar a regra o mais clara e inequívoca possível criou a Segunda Regra, também chamada de regra não bulada. Ela Ficou pronta em 1223, com poucas modificações novas, o novo texto foi enviado para Roma para aprovação papal, onde recebeu ainda muitos outros ajustes e cortes do cardeal Ugolino e finalmente foi confirmado pelo papa Honório III, na bula Solet annuere, de 29 de novembro de 1223, e por isso é chamada de a Regra bulada. Em 1224, decepcionado e doente, é obrigado a moderar suas atividades. Nesse mesmo ano renuncia a direção efetiva da irmandade que criara.

Os Estigmas e Morte de Francisco
Depois da renúncia, acompanhado dos discípulos Ange, Rufino e Leão, Francisco parte para floresta. Conta-se que na floresta, em sua presença, os peixes saltavam da água e os pássaros pousavam em seus ombros. Certo dia orando, no alto do rochedo, desceu do céu um serafim de asas resplandecentes, trazendo Nosso Senhor crucificado que, depois de entreter-se com ele em doce colóquio, partiu deixando-lhe impressos no corpo os sagrados estigmas da Paixão. Assim, esse discípulo de Cristo, que tanto desejara assemelhar-se a Ele, obteve mais este traço de similitude com o Divino Salvador, sendo dessa forma, o primeiro cristão a ser estigmatizado. Os Estigmas lhe traziam alegria, sendo um sinal do favor divino, mas também foi-lhe motivo de muito embaraço e sofrimento físico. Sempre tentou ocultar os estigmas com faixas e seu hábito, e poucos irmãos os viram enquanto ele viveu.
Em meados de 1226 pediu para ser levado à Porciúncula, para que pudesse morrer entre os irmãos. Francisco faleceu no dia três de outubro de 1226, com menos de 45 anos, depois de escutar a leitura da Paixão do Senhor. Ele queria ser sepultado no cemitério dos criminosos, mas seus irmãos o levaram em solene procissão à Igreja de São Jorge, em Assis. Ele foi canonizado apenas dois anos depois da morte, em 1228, pelo Papa Gregório IX. Em 1230 foi inaugurada uma nova basílica em Assis, que recebeu seu nome e hoje guarda as suas relíquias e abriga o seu túmulo definitivo.

Sua festa litúrgica é celebrada em 04 de Outubro.

São Francisco de Assis, rogai por nós!

Bom filme a todos!

Fontes pesquisadas:
Wikipedia, acesso em 07/10/2016
Cruz Terra Santa, acesso em 07/10/2016
Pensador UOL, acesso em 08/10/2016
Canção Nova, acesso em 08/10/2016
Angelfire, acesso em 08/10/2016
Info Escola, acesso em 08/10/2016
O Caminho de São Francisco de Assis, acesso em 08/10/2016
E-Biografias, acesso em 08/10/2016

sábado, 1 de outubro de 2016

Santa Terezinha do Menino Jesus - A Intercessora dos Missionários

Olá!!!
Paz e Benção!!!
Chegando mais um bom filme para curtirmos em família. Hoje trazemos a história de Maria Francisca, a pequena menina de saúde frágil que sempre queria ser carmelita, que viajou da França até a Itália para pedir autorização ao Papa e finalmente conseguiu se tornar uma freira, mas acabou se tornando a maior santa dos tempos modernos”, como dizia o papa Pio X.

Nasce Maria Francisca Tereza Martin
Marie Françoise Thérèse Martin (Maria Francisca Tereza Martin) nasceu no dia 2 de janeiro de 1873 em Alençom, baixa Normandia, na França. Filha de Louis Martim, relojoeiro e joalheiro, e Zélie Guérin, uma excelente bordadeira. Caçula entre os 09 filhos deste magnífico casal (Sim, dedicarei um espaço aqui para eles), tinha saúde frágil que inspirava cuidados, pois havia contraído a enterite, doença inflamatória do estômago, que já lhe havia levado quatro irmãos e suas chances de sobreviver eram poucas. Ainda bebê foi entregue aos cuidados de Rose Taillé, enfermeira que já havia tratado antes duas crianças dos Martin. Ela tinha seus próprios filhos e não podia viver com a família e, por isso, Tereza foi morar com ela num bosque em Semallé, até que aos 15 meses de vida e recuperada pôde voltar para casa.

A Família Martin 
Os pais de Tereza são um capítulo especial nessa história, o pai, Louis Martim tentou ser monge na ordem de São Bernardo de Claraval. Zélie. Sua mãe também desejava dedicar-se à vida consagrada, mas a prioresa das clérigas regulares do Hôtel-Dieu (a "Santa Casa") de Alençon ignorou seu pedido. Louis e Zélie se conheceram no início de 1858 e casaram-se em 13 de julho do mesmo ano na Basílica de Notre Dame de Alençon. De início queriam viver um casamento Josefino, onde ambos, decidem cessar a atividade sexual, mas foram desencorajados por seu confessor e acabaram tendo 9 filhos (7 meninas e 2 meninos), dos quais 4 morreram ainda crianças, chegando a vida adulta somente 5 meninas. Levavam uma vida confortável e piedosa.
Eles criaram em sua casa um ambiente profundamente católico, eram devotos e apegados  a Virgem Maria, suas rotinas incluíam missas diárias às 5:30h, estrita observância de jejuns e orações que seguiam o ritmo ditado pelo ano litúrgico, praticavam também a caridade, visitando doentes e idosos e ocasionalmente recebendo mendigos à mesa do jantar.
Zélie Martin morreu de câncer de mama em 28 de agosto de 1877, com apenas 45 anos de idade (Tereza tinha 04 anos), após a morte de Zélie, Louis Martin deixou Alençon e mudou-se para Lisieux, onde o irmão farmacêutico de Zélie, Isidore Guérin vivia com sua família. As filhas do casal, todas elas, desejavam ser freiras e viver uma vida consagrada e o Sr. Martin aceitou tudo com piedade e alegria de coração. Em 1894, o Sr. Martin faleceu com 71 anos, no dia 29 de julho, após sofrer durante, aproximadamente 7 anos com arteriosclerose cerebral (nesta ocasião Isidore Guérin transferiu o jazigo da família para Lisieux).
Em 26 de março de 1994, o Papa João Paulo II reconheceu a heroicidade das virtudes do casal e eles foram declarados Veneráveis pelo papa . Em 19 de outubro de 2008, na basílica de Lisieux, eles foram beatificados após o Arcebispo de Milão aceitar a cura inesperada do italiano Pietro Schilirò, nascido em 25 de maio de 2002 com grave má-formação pulmonar, que segundo todos os médicos que o examinaram inevitavelmente o levaria à morte. A família e amigos dos pais do menino fizeram duas novenas a Zélia e Luís Martin. No dia 27 de julho, o menino deixou o hospital, inexplicavelmente curado. Zélia e Luís são os primeiros pais de um santo a serem beatificados e o segundo casal a ser elevado à honra dos altares, Foi estabelecido pela Igreja que a festa em honra dos esposos seja no dia do seu matrimônio, 13 de julho.

A Infância de Tereza
Em Lisieux, Tereza apegou-se a sua irmã Paulina, adotando-a como sua mãe. Mas quando Teresa tinha nove anos sua “segunda mãe” entrou para o Carmelo, fato que lhe deixou desolada e que intensificou a dor da ainda não cicatrizada da perda da mãe. Frágil emocional e fisicamente, aos 10 anos de idade Tereza é acometida de uma doença de diagnóstico incerto e que lhe causava muitos tremores. Certa noite, após um passeio com o tio em que ele lhe falou sobre sua mãe, Tereza começou a ter tremores que se agravaram até que ficou sem poder falar. Os médicos não conseguiam nem mesmo fazer um diagnóstico de sua enfermidade. No entanto, ela foi instantaneamente curada após um sorriso de uma imagem de Maria Santíssima, a quem a família invocava sob o título de Nossa Senhora das Vitórias, que se encontrava em seu quarto –­ daí a origem da devoção à “Virgem do Sorriso”, era o dia 13 de maio de 1883 , mais de 30 anos antes da primeira aparição de Nossa Senhora em Fátima em 1917.

Nasce Terezinha do Menino Jesus e da Sagrada Face
Tereza estava decidida a entrar para a ordem das carmelitas descalças, mas como tinha apenas 14 anos, uma série de provações se seguiu à esta determinação. Para começar, o tio materno, que ajudava o Sr. Martin na criação das filhas, proibiu Tereza de falar de sua vocação antes dos 17 anos. Mas cerca de 15 dias depois, em um sábado ­– dia consagrado a Nossa Senhora ­–, conversando novamente com o tio, deparou com uma outra pessoa, que mostrou entender sua vocação e afirmou que a ela não faria oposição.
Depois em uma visita à irmã Paulina soube que o superior eclesiástico do Carmelo de Lisieux só lhe permitiria entrar para o claustro aos 21 anos. Dirigiu-se então ao prelado, com o firme intuito de demonstrar-lhe a firmeza de sua vocação; mas nesse encontro também não obteve resposta favorável.
Durante um peregrinação a Roma, com o pai e a irmã Celina, feita por ocasião do áureo jubileu sacerdotal do Papa Leão XIII, teve uma audiência com o Sumo Pontífice, onde pediu ao Santo Padre uma grande graça: a permissão de entrar para o Carmelo aos 15 anos de idade, e como resposta Leão XIII disse a Teresa: “Vamos lá… Vamos lá…Entrareis, se o Bom Deus o quiser!”.
E finalmente, após inúmeros obstáculos, Tereza foi autorizada a ingressar para o Carmelo pelo bispo de Bayeux, no dia 28 de dezembro de 1887. Porém a priora do Carmelo de Lisieux, madre Maria de Gonzaga, determinou que o ingresso se desse somente depois da Quaresma. Assim, em 9 de abril de 1888, quando era celebrada a festa da Anunciação, Tereza finalmente realizou o seu sonho. A escolha de seu nome religioso foi considerada por Teresa uma delicadeza do Menino Jesus.
No dia 10 de janeiro de 1889, Tereza recebeu o hábito da Ordem e escreveu pela primeira vez num santinho: “Irmã Teresa do Menino Jesus e da Sagrada Face”. O seu pai, sr. Martin, já apresentava graves problemas de saúde, mas pôde participar da solenidade "formoso e imponente" como ela mesma o descreveu, foi nessa ocasião que Tereza o abraçou pela última vez. No dia 24 de setembro de 1890 ocorreu a cerimônia de sua tomada de véu, à qual já não pôde comparecer o sr. Martin, pois já estava internado e muito debilitado. No dia 9 de junho de 1895, na festa da Santíssima Trindade, Tereza se oferece como vítima de holocausto ao Amor misericordioso de Deus, para salvação das almas. Nas várias ocupações que assumiu no Carmelo – rouparia, refeitório, sacristia, instrução de noviças, Tereza sempre procurou fazer suas tarefas com humildade e obediência.
Tereza ficava feliz quando jogava pétalas de rosas ao ver passar o Santíssimo Sacramento no ostensório, e também gostava de jogar flores no grande crucifixo que ficava no jardim do Carmelo. Disse antes de morrer: "Vou fazer chover sobre o mundo uma chuva de rosas", dizendo assim que iria interceder, sempre por todos os povos. 

Santa Terezinha Vai Para o Céu
Desde 1894 que Tereza sofria com a tuberculose, doença para qual não havia cura naquela época. Chegou a dizer que jamais pensou que fosse capaz de sofrer tanto, mas teve paciência e fez tudo por amor, sem jamais reclamar nem murmurar. Em 8 de julho de 1897, com o agravamento da doença, Tereza passou à enfermaria do convento e foi somente aí que parou de escrever os textos que futuramente comporiam o Manuscrito de História de uma alma. Era o dia 30 de Setembro de 1897, hora do Ângelus, quando Tereza fixou o olhar na imagem da Virgem do Sorriso e segurou firmemente o crucifixo do qual não se separava e para o qual, pouco antes de morrer, olhou, dizendo: “Meu Deus, eu vos amo, eu vos amo”. Depois dessas últimas palavras, seu semblante voltou à expressão de saúde ao olhar para um ponto abaixo da estátua da Virgem do Sorriso; ela parecia estar em êxtase. Logo em seguida, fechou os olhos e faleceu aos 24 anos. Tereza foi enterrada no mesmo cemitério em que estavam sepultados seus pais, mas em março de 1923 seu corpo retornou ao Carmelo de Lisieux.

Os Milagres, Beatificação e Canonização
Tereza afirmava que desejava passar o Céu fazendo o bem na Terra e isso não demorou muito para começar, incansável como ela só, logo após o seu falecimento começaram a surgir relatos de milagres ocorridos por sua intercessão. No processo de beatificação de Teresa, foram apresentadas à então Sagrada Congregação dos Ritos (hoje Congregação para as Causas dos Santos) duas curas prodigiosas. A primeira foi a da irmã Luísa de São Germano, da Congregação das Filhas da Cruz, que padecia de grave úlcera hemorrágica no estômago; a segunda, do seminarista Charles Anne, que estava com tuberculose pulmonar cavitária. Ambos foram instantaneamente curados após recorrer à intercessão de Santa Teresinha. Analisadas com todo o rigor estabelecido pela Igreja para atestar a autenticidade de um milagre, as curas foram declaradas inexplicáveis e prodigiosas.
Teresa foi beatificada em 29 de abril de 1923 e canonizada em 17 de maio de 1925 por Pio XI, apenas 28 anos depois de sua morte. Sua festa foi incluída no Calendário Geral Romano em 1927 na data de 3 de outubro. Em 1969, o papa Paulo VI moveu a festa para 1 de outubro, o dia de seu dies natalis ("nascimento celeste"). 
Ela é padroeira dos aviadores, das floristas e padroeira universal das missões. É considerada também padroeira da Rússia pelos católicos (a Igreja Ortodoxa Russa não reconhece nem sua santidade e nem o padroado). Em 1927, Pio XI nomeou Teresa padroeira das missões e, em 1944, Pio XII proclamou-a padroeira da França junto com Santa Joana d'Arc.
Através da carta apostólica Divini Amoris Scientia ("A Ciência do Amor Divino"), de 19 de outubro de 1997, São João Paulo II proclamou Teresa uma Doutora da Igreja, uma das quatro mulheres a terem recebido a honra até então (as outras eram Santa Teresa de Ávila, Santa Catarina de Siena e Santa Hildegarda de Bingen).
Santa Terezinha ainda deixou escrito um livro intitulado "História de Uma Alma", uma autobiografia que ela começou a escrever em 1895 como um livro de memórias de sua infância, incentivada por sua irmã Pauline, conhecida como Madre Agnes de Jesus.

Sua festa litúrgica é celebrada no dia 01 de Outubro.

Bom filme a todos!!

Santa Terezinha do Menino Jesus e da Sagrada Face, Rogai por Nós.


Filme Completo Dublado em Português


Filme Completo com Legendas em Português

Fontes Pesquisadas:
Wikipedia, acesso em 01/10/2016
Basílica Santa Terezinha do Menino Jesus, acesso em 01/10/2016
Cruz Terra Santa, acesso em 01/10/2016
Canção Nova, acesso em 01/10/2016
Comunidade Católica Pantokrator, acesso em 01/10/2016
Basílica Santa Terezinha do Menino Jesus, acesso em 01/10/2016

sábado, 24 de setembro de 2016

O Evangelho de Jesus Cristo Segundo São Mateus

Olá!!!
Paz e Benção!!!

Chegando mais um bom filme para assistirmos em família, e hoje vamos precisar de um pouco mais de pipoca e suco ( ou refrigerante ) que o normal, pois serão mais de 4h de filme. Traremos hoje "O Evangelho Segundo Mateus", filme lançado em 2008 e dirigido por Regardt Vanden Bergh.

Sobre São Mateus
Ele era filho de Alfeu, recebeu de seu pai o nome Levi e tinha grande fortuna. Trabalhava como cobrador de impostos (rendeiro), atuava na área da contabilidade pública e coletava impostos do povo hebreu para Herodes Antipas, o tetrarca da Galileia. Os Judeus que enriqueciam dessa maneira não eram bem vistos pela sociedade, sendo considerados pecadores públicos (Párias), pois os impostos cobrados eram onerosos e pesavam brutalmente sobre os ombros dos judeus, e essa cobrança era realizada por homens considerados cruéis, sanguessugas, verdadeiros esfoladores do povo e um dos piores rendeiros da época era Levi. Trabalhava e morava em Cafarnaum, uma cidade cortada pelas principais estradas da Palestina,e era o mais instruído e rico de todos os rendeiros.
Em sua peregrinação, Cristo passou diante do Telônio de Levi (lugar onde era realizado o pagamento dos impostos), parou, e disse: "Segue-me!", convidando-o para juntar-se ao grupo dos doze apóstolos. Levi, não hesitou e imediatamente, levantou-se, abandonou seu negócio lucrativo, mudou de vida, de nome e seguiu Jesus. Após o chamado, Levi convidou Jesus para um banquete em sua casa. Ao ver isto, os escribas e os fariseus criticaram Jesus por cear com coletores de impostos e pecadores. A provocação fez Jesus responder: "Não vim chamar os justos, mas os pecadores ao arrependimento."

Após sua conversão, adotou o nome de Mateus, que significa "o dom de Deus”. Mateus foi o primeiro dos quatro evangelistas.  Como discípulo, ele seguiu Cristo e foi uma das testemunhas da Ressurreição e Ascensão de Cristo. Depois, Mateus, Maria, Tiago e outros seguidores próximos a Jesus se recolheram ao cenáculo em Jerusalém. Assim que recebeu o dom da sabedoria, saiu por várias regiões para proclamaram que Jesus, era o Messias prometido nas profecias. Pregou, em primeiro lugar, na própria Palestina. Mais tarde, ele viajaria fora da Palestina, indo a outras províncias romanas. (provavelmente seguindo o ordenamento de Jesus em Mateus 28:16-20) e espalhou os ensinamentos de Jesus entre os etíopes, macedonianos, persas e partos.
Em suas viagens Mateus foi para a Arábia e a Pérsia para evangelizar aqueles povos, mas foi vítima de uma grande perseguição por parte dos sacerdotes locais, que mandaram arrancar-lhe os olhos e o encarceraram para depois ser sacrificado aos deuses. Mas Deus não o abandonou e mandou um anjo que curou seus olhos e o libertou. Mateus seguiu, então, para a Etiópia, onde mais uma vez foi perseguido por feiticeiros que se opunham à evangelização. Porém o príncipe herdeiro morreu e Mateus foi chamado ao palácio. Por uma graça divina fez o filho da rainha Candece ressuscitar, causando grande espanto e admiração entre os presentes. Com esse ato, Mateus conseguiu converter grande parte da população. Na época, a Igreja da Etiópia passou a ser uma das mais ativas e florescentes dos tempos apostólicos.

O Evangelho Segundo Mateus
É o primeiro livro do Novo Testamento e é conhecido como Evangelho sinótico junto com os Evangelhos de São Marcos e de São Lucas, por ter uma grande quantidade de relatos semelhantes entre eles. Esse Evangelho traz um relato da vida, ministério, morte e ressurreição de Jesus de Nazaré. A grande maioria dos estudiosos acredita que o Evangelho de Mateus foi originalmente composto em grego ("primazia grega") ao invés de aramaico ou hebraico.
Tradicionalmente, Mateus era visto como o primeiro Evangelho escrito, porque, segundo Santo Agostinho, era esse o mais antigo (segundo ele, este Evangelho teria sido escrito de 50 a 75). Atualmente, a maioria dos estudiosos aceita a tese que defende que o Evangelho de Marcos é o mais antigo dos Evangelhos Canônicos. Em contrapartida, o Evangelho de Mateus foi o primeiro dos Evangelhos a ser lido publicamente nas comunidades cristãs (o que era sinal de sua aceitação como "literatura sagrada" entre os primeiros cristãos).
O Evangelho de Mateus está muito alinhado com o judaísmo do primeiro século, e tem sido associado aos evangelhos judaico-cristãos. Ele ressalta como Jesus cumpriu as profecias judaicas. Alguns detalhes da vida de Jesus, de sua infância, em particular, estão relacionados somente em Mateus. Também enfatiza a obediência e a preservação da lei bíblica. 
Os principais manuscritos gregos (unciais) trazem sempre os quatro evangelhos presentes. Os manuscritos que trazem apenas os evangelhos são mais numerosos que os que contêm outras partes do Novo Testamento, portanto, temos mais de 1400 manuscritos gregos dos evangelhos, o que torna o livro de Mateus um dos mais belos e bem documentados da Antiguidade.

Morte de Mateus
São Mateus morreu por ordem do rei Hirtaco, sobrinho do rei Egipo, no altar da igreja enquanto celebrava o Santo Ofício da Missa. Isso aconteceu porque não intercedeu em favor do pedido de casamento feito pelo monarca, e recusado pela jovem Efigênia que havia decidido se consagrar a Jesus. Inconformado com a atitude do Santo homem, Hitarco mandou que seus soldados o executassem.
No ano 930, as relíquias mortais do apóstolo são Mateus foram transportadas para Salerno, na Itália, onde, até hoje, é festejado como padroeiro da cidade. São Mateus foi proclamado "Celeste Patrono dos Contabilistas" em 06 de agosto de 1953, por iniciativa dos Colégios de Contabilistas Italianos.

São Mateus Evangelista é simbolizado pela figura de um homem, pois como explica São Gregório Magno: "Mateus é corretamente simbolizado pelo homem porque ele inicia com a geração humana".

Sua festa litúrgica é celebrada no dia 21 de Setembro.

São Mateus Apóstolo e Evangelista, Rogai por nós!!!

Bom filme a todos!!!



Fontes Pesquisadas:
Wikipedia, acesso em 23/09/2016
Wikipedia, acesso em 23/09/2016
Diocese de Amparo, acesso em 24/09/2016
Fundaj, acesso em 24/09/2016
Canção Nova, acesso em 24/09/2016
Só Contabilidade, acesso em 24/09/2016
E-Biografias, acesso em 24/09/2016
Últimas e Derradeiras Graças, acesso em 24/09/2016
Padre Paulo Ricardo, acesso em 24/09/2016

domingo, 18 de setembro de 2016

As Mártires Carmelitas de Compiègne

Olá!!!

Paz e Benção!!!

Vamos a mais um bom filme para evangelizar e assistir em família, hoje trazendo mais um pedido dos nossos amigos e retrata mais um capítulo sangrento da história do cristianismo. O filme "O diálogo das Carmelitas", de 1960, retrata o heroico martírio de dezesseis religiosas do Carmelo de Compiègne assassinadas por revolucionários franceses do Comitê de Salvação Pública que as levaram à guilhotina por ódio à religião, no segundo período do Terror da Revolução Francesa.

A França e o Cristianismo
De acordo com tradições religiosas, Maria, Marta e Lázaro teriam desembarcado na região de Saintes-Maries-de-la-Mer com um grupo de pessoas vindos da Palestina. Lázaro teria se tornado bispo em Marselha e Marta e Maria se dedicaram a ajudar aos pobres, anunciando-lhes a Mensagem de Jesus (essa versão, porém, é contestada por alguns historiadores).
Os primeiros relatos da presença de cristãos na França datam do século II. Nesses escritos São Ireneu de Lyon relata detalhadamente a perseguição aos cristãos de Lyon. Em 496, Clóvis I (primeiro rei dos Francos a unir todas as tribos francas sob um único governante, alterando a forma de liderança de um grupo de chefes reais para um governo de um único rei e assegurando que o reinado era passado para os seus herdeiros. Ele é considerado o fundador da França) se converteu ao cristianismo, tornando-se um verdadeiro aliado do Papado e de todos os cristãos francos. Para aprofundar ainda mais as relações entre os merovíngios e Roma, o Papa Leão III coroou Carlos Magno Imperador do Sacro Império Romano no Natal de 800.
Antes da Revolução, a Igreja Católica Romana era a religião oficial do estado francês desde a coroação de Clóvis. A relação entre o povo francês e a Santa Sé era tão intensa, sendo a França chamada de "A filha mais velha da Igreja" e seu monarca "o mais católico dos reis".

A Revolução Francesa
Na época da revolução a sociedade estava dividida em 3 grupos: O Clero ou Primeiro Estado - Composto pelo alto e baixo clero, e representava cerca de 0,5% da população; A nobreza, ou Segundo Estado, composta por cortesões ( que viviam à custa do Estado), provinciais ( que se mantinham com as rendas dos feudos), e nobres togados ( juízes e altos funcionários burgueses que adquiriram os seus títulos e cargos, transmissíveis aos herdeiros) representando 1,5% dos habitantes; O Terceiro Estado, constituído por burgueses, camponeses sem terra e os "sans-culottes", uma camada composta por artesãos, aprendizes e proletários, que tinham este nome graças às calças simples que usavam, diferentes dos tecidos caros utilizados pelos nobres.
Desde que Luís XIV, o Rei Sol, assumiu o reinado, a França encontrava-se cheia de dívidas advindas de antigos reinados, das guerras de conquista da monarquia e da manutenção da corte, que era bastante luxuosa. Após a participação do país na Guerra de Independência dos EUA e na Guerra dos Sete Anos os gastos aumentaram consideravelmente. O rei detinha o poder absoluto, controlando todas as áreas: economia, justiça, política e até a religião.
Estima-se que a revolução teve início em maio de 1789, quando Luís XVI tentou criar reformas tributárias, mas sofreu muita rejeição dos nobres e cleros. Em busca da manutenção dos seus privilégios, os nobres se juntaram à burguesia no que ficou conhecido como a Revolta da Aristocracia. Luís XVI resolveu convocar a Assembleia dos Estados Gerais em 1789 para tentar evitar a revolução que estava se formando.
Em Julho de 1789, após o terceiro Estado se auto-proclamar Assembleia Nacional Constituinte, a população invadiu a fortaleza de Bastilha em Paris com o objetivo de demonstrar simbolicamente a queda do absolutismo. A Queda da Bastilha foi o evento máximo e decisivo para o início da Revolução Francesa, pois era a prisão para a qual o rei enviava os condenados. 

Liberdade, Igualdade e Fraternidade
O lema dos revolucionários era "Liberdade, Igualdade e Fraternidade" bonitinho não é? Só que não! Em 1790 a Assembléia Nacional Constituinte suprimiu as ordens religiosas; Em junho de 1791 foi aprovada a Lei de Le Chapelier que proibia os sindicatos de trabalhadores e as greves, a punição poderia chegar até à pena de morte. Em abril de 1791, o Estado nacionaliza e passa a administrar todos os bens da Igreja Católica, sendo aprovada em julho a Constituição Civil do Clero separou Igreja e Estado e transformou os clérigos em assalariados do governo, a quem deviam obediência. Determinou-se também que os bispos e padres de paróquias seriam eleitos por todos os eleitores, independentemente de filiação religiosa. Os clérigos foram obrigados a jurar fidelidade à nova Constituição. Os que o fizeram ficaram conhecidos como juramentados; os que se recusaram passaram a ser chamados de refratários e eram considerados contra-revolução; Em 1793 cria-se o Comitê de Salvação Pública e o Comitê de Segurança Geral iniciando-se o reino do Terror. Nesse período a monarquia foi abolida e muitos nobres abandonam o país, a família de Luís XVI é presa e em seguida assassinada por guilhotinamento. Em seus momentos mais cruéis houve, em nome da Revolução, um verdadeiro extermínio, especialmente de católicos no oeste e, sobretudo,em La Vendée, onde foi dada a ordem de eliminar as mulheres para que não pudessem trazer filhos ao mundo e mutilar os meninos para que quando maiores não se tornassem guerrilheiros.

A Revolução Contra o Cristianismo
Buscava-se abolir todo o passado cristão da França. Não mais se falava em “era cristã”, utilizava-se um calendário republicano. O domingo, principal dia de culto para os cristãos, foi abolido. O mês agora teria trinta dias subdividido em três semanas de dez dias. Para se substituir os dias santos, passou-se a denominar cada dia do ano com o nome de um animal, planta ou árvore. O culto religioso foi proibido, e várias vezes o tentaram substituir por um culto revolucionário, como o culto à razão e ao Ser Supremo. Esses cultos exaltavam a vitória da razão e da consciência sobre a dominação da Igreja. Sobre o culto ao Ser Supremo, Maximilien de Robespierre ( advogado e político) aparece como pontífice da religião do Estado na tentativa promover a união entre o sentimento revolucionário e o sentimento religioso.  Igrejas eram apedrejadas, imagens religiosas eram destruídas, profanaram-se as Catedrais e demais igrejas com cultos à “deusa da razão”, muitas igrejas foram transformadas em armazéns ou estrebarias. Os cristãos eram obrigados a amotinar-se em lugares escondidos para a celebração da Missa. Os padres não jurados arriscavam-se a ser presos; os fiéis, por sua vez, temiam pelo que lhes pudesse acontecer se fossem pegos ouvindo a estes “traidores”.
Hospitais, asilos, casas de caridade, albergues e escolas mantidas pela Igreja foram fechadas, milhares de sacerdotes e freiras foram assassinados e é nesse cenário que chegamos às personagens principais do nosso filme: as Carmelitas ou Mártires Carmelitas de Compiègne ou Mártires de Compiègne ( Compienha ), que em 17 de julho de 1794, foram assassinadas por guilhotinamento no local hoje denominado "Place de la Nation" (na época Place du Trône Renversé).

As Mártires de Compiègne
O martírio delas começou em agosto de 1790, quando a Comissão Distrital inventariou o convento e suas possessões, interrogou cada uma das freiras que ali viviam Em 1792 elas foram forçadas a se retirar do convento e obrigadas a se separarem e morar em grupos e endereços diferentes, não podiam usar roupas e nomes religiosos. Em 1794 as freiras foram levadas a prisão Conciergerie de Paris, ali ficaram por alguns dias até serem julgadas diante do Tribunal Revolucionário de Fouquet-Tinville, um julgamento sem advogados, sem testemunhas e sem evidências, onde as freiras foram taxadas como "revolucionárias" e condenadas à morte por atividades contra-revolucionárias (lembremos que elas eram freiras enclausuradas!).

No dia 17 de julho de 1794, antes de serem executadas ajoelharam-se e cantaram o hino Veni Creator, após o que todas renovaram em voz alta os seus compromissos do batismo e os votos religiosos. A execução teve início com a noviça e por último foi executada a Madre Superiora 'Madeleine-Claudine Ledoine (Madre Teresa de Santo Agostinho). Durante as execuções o povo ficou em absoluto silêncio. Os corpos foram levados rapidamente para o antigo convento dos agostinianos do Faubourg de Picpus. Lá foram lançados na fossa comum e cobertos de cal viva. Hoje há ali um gramado cercado de ciprestes, com uma simples cruz de ferro. É um lugar de silêncio e oração. 

O Fim da Perseguição
O quadro de terror e perseguição a Igreja Católica só foi resolvido quando Napoleão Bonaparte, no período do Consulado, e o Papa Pio VI assinaram uma Concordata que redefiniu as relações entre a Igreja e o Estado. Por essa Concordata a Igreja Católica foi reconhecida na sua unidade e estatuto, a liberdade de culto foi garantida e o catolicismo aceito como a religião da maioria dos franceses. A igreja continuava, contudo, subordinada ao Estado, uma vez que a nomeação de bispos era feita pelo Consulado. Os territórios da Igreja, como Avignon, e seus bens também não são restituídos. O último pilar do movimento de ataque a Igreja Católica, o Calendário Republicano, foi extinto por Napoleão no Império, em 1805.

Voltando às freiras, na capelinha anexa ao cemitério, onde seus corpos foram sepultados, há uma lápide que traz o nome das dezesseis mártires. Elas foram beatificadas em 27 de maio de 1906 pelo, então, Papa São Pio X.

Sua festa litúrgica é celebrada no dia 17 de Julho

Bom filme a todos!!!

Mártires de Compiegne, rogai por nós!



Fontes Pesquisadas: 
Wikipedia, acesso em 17/09/2016;
Wikipedia, acesso em 17/09/2016;
Wikipedia, acesso em 17/09/2016;
Wikipedia, acesso em 17/09/2016;
Wikipedia, acesso em 17/09/2016;
Tu Es Petrus, acesso em 17/09/2016;
Província Carmelitana de Santo Elias, acesso em 17/09/2016;
Revolução Francesa-Info, acesso em 17/09/2016;
Comshalom.org, acesso em 17/09/2016;
Sagradas Relíqueas-Veneração, acesso em 17/09/2016 (página no Facebook, sendo necessário estar logado na rede social)