Hoje vamos assistir uma animação mexicana, de 2011, que nos falará sobre a importância da Santa Missa, além de explicar parte a parte a celebração eucarística.
A animação é baseada a partir do Testemunho da Missionária Leiga do Coração Misericordioso de Jesus, Catalina Rivas, transcrito no livro "A Santa Missa", que tem o "Imprima-se!" do Bispo Ordinário Mons. José Oscar Barahona C., Bispo de San Vicente (El Salvador).
A história da animação mostra três pessoas: uma mãe viúva que tem de lidar com a árdua tarefa de criar o filho pequeno, um motorista que recebe a notícia da doença do filho e uma idosa cansada da dependência no final da vida. As diferentes situações dos três personagens acabam convergindo na igreja que fica no centro da cidade. A ajuda surge de onde menos essas três pessoas esperam: do menino do sinal de trânsito, de um adolescente que esquece da vida no ônibus ou de um faxineiro de igreja. A ajuda prestada a essas três pessoas que sofrem poderia ser resumida na frase: "às vezes a dor tem que ser compartilhada para ser compreendida". Possivelmente para mostrar que Deus está à nossa espera, em qualquer paróquia vivo e real na eucaristia, ainda que nem sempre enxerguemos bem essa verdade.
Apesar de estar em espanhol, a animação é muito clara para crianças, porém a ajuda de um adulto para explicar a ela os diálogos que vão ocorrendo vai ser muito boa. Minha filha assistiu esse filme pela primeira vez aos 5 anos de idade e conseguiu compreendê-lo, mesmo sem entender o idioma, é um filme muito bom para toda a família.
Gostei muito desse filme por mostrar algumas realidades nas nossas igrejas antes e durante as celebrações: pessoas desatentas, conversando, chegando em cima da hora ou às vezes até atrasadas, aproveitando alguns momentos da celebração (como o ofertório) para conversar ou dar aquela olhadinha nas redes sociais pelo celular, e o quanto perdemos da Santa Missa com essas atitudes.
A mensagem que fica, é, sem dúvida, a de que a Missa é um mistério que transcende em muito nosso entendimento. É um convite a ir além, a não contemplar esse mistério de longe, com estranhamento, mas entrar nele e adorar a Deus de forma mais intensa - "em espírito e em verdade" (Jo 4).
Só para finalizar esse post e irmos ao filme, deixo aqui uma palavra do nosso Papa Emérito Bento XVI: “A felicidade que vocês procuram, a felicidade que têm o direito de saborear tem um nome, um rosto: o de Jesus de Nazaré, oculto na Eucaristia. Só Ele dá a plenitude de vida à humanidade”.(BENTO XVI, palavra dirigida aos jovens reunidos em Colônia logo na festa de acolhimento, junto ao rio Reno)
Mais sobre o testemunho de Catalina Rivas sobre a Santa Missa, clique aqui ou aqui.
O filme de hoje vai mostrar para nós a história Margherita Lotti, que nasceu em Roccaporena, perto de Cássia, Itália, no ano de 1381. Mais conhecida como Santa Rita de Cássia, a santa das causas impossíveis.
Nascimento
Filha única de Antônio Mancini e Amata Ferri, eram católicos praticantes, já eram de idade provavelmente casaram em 1339 e só tiveram sua filha depois de mais de 40 anos de casados. Seu nascimento foi um grande milagre. Foi batizada, e recebeu a primeira Eucaristia na Igreja de Santa Maria dos Pobres, em Cássia. Seus pais não sabiam ler nem escrever, mas ensinaram à filha tudo sobre a fé em Jesus e Nossa Senhora. Eles contavam a ela também histórias de vida de muitos santos e santas, o que muito contribuiu para sua formação.
O Casamento Forçado
Desde jovem, Margherita tinha intenção de ser religiosa, mas seus pais, temendo que ela ficasse sozinha resolveram casá-la. Seu temor a Deus e a obediência que mostrava ter aos seus pais a obrigaram renunciar ao seu desejo de se entregar a religião e se fechar em um convento, para aceitar abraçar o matrimônio com Paolo Ferdinando, um jovem tido como violento daqueles que “não levava desaforo pra casa” e com quem ela teve dois filhos.
Paolo era infiel ao matrimônio e tinha o hábito de beber demais. Por causa dele, Margherita sofreu durante os 18 anos de seu matrimônio. Durante o tempo de casada, foram muitas as vezes em que ela não foi à igreja porque Paolo a impediu de ir. Porém ela demonstrou muita paciência e resignação por tudo que sofreu, e nunca deixou de rezar pela conversão dele.
Por fim, a mansidão e o amor de Margherita transformaram aquele homem rude e bruto. Paolo se converteu e mudou sua vida conjugal de tal forma que suas amigas e as mulheres da cidade vinham aconselhar-se com ela. Mas o rastro de violência e rixas com alguns grupos da cidade que Paolo havia deixado não foi esquecido pelos homens, e fez com que ele fosse assassinado à noite, ao voltar do trabalho para casa.
Seus dois filhos, que já eram jovens, juraram vingar a morte do pai. Margherita pediu a Deus que não deixasse eles cometerem esse pecado mortal. Logo os dois ficaram muito doentes, de forma incurável. Antes que eles morressem, porém, sua mãe ajudou os dois a se converterem, ao amor de Deus e ao perdão. A graça foi tão grande que os dois conseguiram perdoar o assassino do pai, e morreram.
Vida Religiosa
Após morte do marido e dos filhos, quis recolher-se ao convento das Agostinianas de Cássia, chamado que sentia desde sua juventude, mas não foi aceita, pois as irmãs tinham dúvidas sobre sua vocação. Uma noite durante suas orações ela ouviu um chamado: "Rita! Rita!". Ela, então, abriu a porta, eram três homens que foram à sua casa. Ao acolhe-los, ela os reconheceu. Eram seus santos de devoção: São João Batista, Santo Agostinho e São Nicolau de Tolentino. Eles pediram que ela os seguisse, a porta do convento estava fortemente trancada. Eles então a levaram no interior do mosteiro das agostinianas, em Cássia. Ao amanhecer, as religiosas agostinianas ficaram estupefatas ao verem Rita, na capela do convento, rezando, sendo que a porta estava fechada.
Vendo que era Deus que destinava à vida religiosa, e convencidas do prodígio e do seu sorriso, a acolheram e lá Rita permaneceu por 40 anos submersa na oração. Mesmo depois de tal acontecimento, sua fé e devoção ainda foram provados, quando a superiora mandou-a regar um pedaço de madeira seca que estava no jardim do convento. Ela deveria fazer aquilo por um ano. Rita obedeceu com paciência e amor e depois de um ano, para a surpresa de todos, mais um milagre aconteceu: o galho se transformou numa videira que dá uvas até hoje.
O Milagre do Espinho
Era sexta-feira Santa de 1432, orando aos pés da cruz Santa Rita de Cássia pediu a Jesus que pudesse sentir um pouco das dores que ele sentiu na sua crucificação. Então, um dos espinhos da coroa de Jesus cravou-se em sua cabeça e Santa Rita sentiu um pouco daquela dor terrível que Jesus passou. O espinho fez em Santa Rita uma grande ferida, tornando-se uma ferida purulenta e fétida, de tal forma que ela tinha que ficar isolada de suas irmãs. Assim, ela fazia mais orações e jejuns para Deus. Santa Rita de Cássia ficou com a ferida por 15 anos.
A Morte de Santa Rita
Aos poucos a saúde de Rita foi se debilitando cada vez mais, até que já não mais se alimentava, vivendo apenas da Eucaristia, até que no dia 22 de maio de 1457, ela entrega seu Espírito. Com o acontecimento o sino do convento começou a tocar sozinho. Santa Rita estava com 76 anos. Sua ferida cicatrizou-se e seu corpo começou a exalar um perfume de rosas. Uma freira chamada Catarina Mancini, que tinha um braço paralítico, ao abraçar Santa Rita de Cássia em seu leito de morte, ficou curada.
Na cela onde ela faleceu, apareceu uma luz de grande esplendor, no lugar da ferida apareceu uma mancha vermelha que exalava um perfume celestial que encantou a todos. Logo apareceu uma multidão para vê-la. Então, tiveram que levar seu corpo para a igreja e lá está até hoje, exalando suave perfume, que a todos impressiona.
O Milagre das Rosas
Ainda no leito de morte uma parente de Rita a visitou, era inverno, e tudo estava coberto pela neve. Ao se despedir, a parente perguntou se Rita queria algo. Ela disse que sim, e pediu uma rosa do jardim de sua antiga casa, em Roccaporena. A parente julgou que ela estava delirando; desde quando havia rosas no inverno? Para atender o pedido foi em sua antiga casa e chegando em sua vila, a surpresa: Milagrosamente em meio à neve, havia uma rosa magnífica! A parente a colheu e levou para Rita, que agradeceu a Deus por Sua bondade.
Canonização e Corpo Incorrupto
Santa Rita de Cássia foi beatifica no ano 1627, em Roma, pelo Papa Urbano VIII. Sua canonização foi no ano de 1900, no dia 24 de maio, pelo Papa Leão XIII. O corpo de Santa Rita de Cássia continua conservado intacto até hoje. Qualquer pessoa pode contemplá-la na Igreja do Convento de Cássia, dentro de um relicário de cristal. Depois de tantos anos, seus membros ainda têm flexibilidade e pela expressão do rosto, parece estar dormindo.
No Brasil
Dentre várias igrejas dedicadas à Santa Rita, gostaria de destacar uma em especial. Ela fica na cidade de Santa Cruz, distante 122km de Natal, capital do Rio Grande do Norte, no Complexo Turístico Religioso Alto de Santa Rita, construído no Monte Carmelo, onde está a maior imagem católica do mundo. Trata-se da estátua de Santa Rita de Cássia, a "Madrinha dos Sertões, que mede 50 metros de altura, Santa Rita é maior até que a imagem do Cristo Redentor, no Rio, que tem 38 metros.
O complexo do turístico possui, além da imagem da padroeira de Santa Cruz, capela, sala de promessas, praça do romeiro, auditório, restaurante, espaço comercial e mirante.
Sua festa litúrgica é celebrada no dia 22 de maio, e ela é considerada a santa das causas impossíveis.
O nosso filme de hoje traz a emocionante história das aparições de Nossa Senhora, a mãe de Jesus, em Fátima, Portugal, aos três pastores Jacinta, Francisco e Lúcia, durante 6 meses, acontecendo a primeira em 13 de maio de 1917 e a última em 13 de outubro do mesmo ano.
O Início das aparições
Por volta do meio-dia, do dia 13 de maio de 1917, depois de rezarem o terço, enquanto pastoravam um pequeno rebanho de ovelhas, em um lugar conhecido como Cova da Iria, as crianças viram uma luz brilhante; julgando ser um relâmpago, decidiram ir embora, mas, logo depois, outro clarão teria iluminado o espaço. Nessa altura, teriam visto, em cima de uma pequena azinheira (onde agora se encontra a Capelinha das Aparições), uma "Senhora mais brilhante que o sol". A senhora disse às três crianças que era necessário rezar muito e que aprendessem a ler. Convidou-as a voltarem ao mesmo sítio no dia 13 dos próximos cinco meses à mesma hora.
As crianças descreveram assim a visão: Parecia ter uns 18 anos a Senhora, rodeada de claridade fulgurante, seu vestido era de uma alvura puríssima, assim como o manto ornado de ouro, que lhe cobria a cabeça e grande parte do corpo. O rosto sobrenatural e divino, estava sereno e grave, com uma sombra de tristeza. Em suas mãos, uma cruz de ouro com um terço em contas que pareciam pérolas, e de seu corpo, especialmente do rosto irradiavam feixes de luz, incomparavelmente superior a qualquer beleza humana. Em uma das aparições, Nossa Senhora ensinou esta oração aos meninos. Ela foi acrescentada na reza do Rosário: Quando rezarem o terço, digam após cada mistério; ó meu Jesus, perdoai-nos, livrai-nos do fogo do inferno, levai as almas todas para o Céu, principalmente aquelas que mais precisarem.
Perseguição às Crianças
Ninguém acreditava nas crianças. Na segunda aparição, somente 50 pessoas estavam presentes para tentar ver alguma coisa. Depois, as crianças sofreram grandes perseguições por parte dos poderes públicos, chegando até serem presas na delegacia de Fátima, mas nunca negaram as aparições. Em agosto, a aparição ocorreu no dia 19, no sítio dos Valinhos, a uns 500 metros do lugar de Aljustrel, porque as crianças tinham sido presas e levadas para Vila Nova de Ourém pelo administrador do Concelho no dia 13 de agosto. Após a terceira aparição o povo começou a acreditar, e cada vez mais se aglomeravam mais pessoas, chegando a mais de trinta mil na última aparição.
Milagre do Sol
Na sexta aparição, Nossa Senhora disse às crianças: "Eu sou a Senhora do Rosário".
Maria Santíssima disse a Lucia que naquele local, com o dinheiro das doações, deveria ser construída uma capela com o nome de Nossa Senhora do Rosário. E quando ela se levantava suavemente para ir embora, o sol apareceu entre as nuvens como um grande disco prateado, brilhando muito, mas sem cegar as pessoas. Começou a girar vertiginosamente e suas bordas se tornaram avermelhadas espalhando raios de fogo, de modo que sua luz refletia nas pessoas nas árvores, e foi vista até quarenta quilômetros de distância do local das aparições.
Por três vezes o sol girou e se precipitou sobre a terra, e todos com medo pediam perdão para Deus. O milagre durou cerca de dez minutos. A partir desses acontecimentos, a devoção a Nossa Senhora de Fátima, Nossa Senhora do Rosário, aumentou, se difundiu para o mundo todo, e hoje, em seu enorme santuário, todos os peregrinos vão fazer seus pedidos, agradecimentos e orações.
Os últimos dias de vida de Francisco e Jacinta
Pouco mais de um ano, após as aparições na Cova da Iria, Francisco e Jacinta adoeceram gravemente, atacados de bronco-pneumonia. Continuavam com os sacrifícios e penitências, fervorosamente. E percebiam que aquela doença devia conduzi-los ao Céu.
Foi, então, que lhes apareceu a Virgem e lhes declarou que, em breve, viria buscar Francisco. E que não demoraria muito em vir buscar também Jacinta. Francisco faleceu no dia 04 de abril de 1919 e Jacinta no dia 20 de fevereiro de 1920.
Jacinta foi sepultada três dias depois no cemitério de Vila Nova de Ourém. Em setembro de 1935, seus restos mortais foram depositados num sepulcro novo, de pedra branca, em Fátima, com o singelo epitáfio: "Aqui repousam os restos mortais de Francisco e Jacinta, a quem Nossa Senhora apareceu". Em 1951, os veneráveis restos mortais de Jacinta foram para a Basílica de Fátima, onde atualmente repousam. Em 1952, para lá também foram os despojos de Francisco.
O longo e sofrido itinerário de Lúcia
A única sobrevivente dos 3 pastorinhos, passou pela Casa das Irmãs Dorotéias, em Pontevedra, na Espanha e percorreu longo e sofrido caminho até se tornar Carmelita Descalça, no Carmelo de São José, em Coimbra.
A Irmã Lúcia de Jesus e do Coração Imaculado permaneceu durante 58 anos no Carmelo, vindo a falecer em 13 de fevereiro de 2005, aos 97 anos de idade. Foi trasladada do Carmelo Santa Tereza, em Coimbra, onde ficou sepultada um ano, para a Basílica de Fátima, em 19 de fevereiro de 2006. Seus restos mortais repousam ao lado de Jacinta. Seus dois primos, Jacinta e Francisco, foram beatificados em 13 de maio de 2000. A lápide da Irmã Lúcia contém a frase, abaixo de seu nome: "A quem Nossa Senhora apareceu".
A festa litúrgica de Nossa Senhora de Fátima é celebrada no dia 13 de maio
Hoje vamos mostrar a história de um homem que foi considerado pelo Papa Bento XV como: um daqueles homens extraordinários que Deus envia de vez em quando à terra para converter os homens. Sim! estamos falando dele, Padre Pio de Pietrelcina!
De Francesco Forgione a Frei Pio
Nascido no dia 25 de maio de 1887 em Pietrelcina (Itália), sendo um dos sete filhos de Grazio Forgione e Maria Giuseppa De Nunzio. Foi batizado com o nome de Francesco Forgione, e mais tarde se tornaria um grande seguidor de são Francisco de Assis. Desde criança manifestou interesse pelas coisas de Deus. Não faltava às Missas e orações. Ainda menino mostrava grande admiração por Nossa Senhora e Jesus, tornando-se também amigo do seu Anjo da Guarda. Francesco recorria a ele muitas vezes pedindo ajuda no seu caminho de viver o Evangelho. Não é à toa que, mais tarde, Padre Pio exortava os fiéis a pedirem ajuda ao anjo da guarda. Ele sabia que o que os anjos mais querem é conduzir seus “guardados” para Deus. Por isso, dizia, a intimidade de cada um com seu anjo da guarda é de grande importância. Aos doze anos, recebeu os sacramentos da primeira comunhão e do crisma.
Com quinze anos de idade entrou no noviciado em Morcone adotando o nome de "frei Pio"; concluído o ano de noviciado, formulou os votos simples em 1904; em 1907 formulou a profissão dos votos solenes. Frequentou estudos clássicos e filosofia. Foi ordenado padre em 10 de agosto de 1910 no Duomo de Benevento. Após a ordenação, Padre Pio precisou ficar com sua família até 1916, por motivos de saúde e, em setembro desse mesmo ano, foi enviado para o convento de São Giovanni Rotondo, onde permaneceu até o dia de sua morte.
Padre Pio o Apóstolo da Confissão
Padre Pio de Pietrelcina entregou-se inteiramente ao Ministério da Confissão. Ele sabia que esta é uma das maneiras mais eficientes e maravilhosas que Jesus Cristo deixou para aliviar os sofrimentos do coração e libertar das garras do Demônio. Por isso, Padre Pio passava até 14 horas por dia no confessionário. Em muitos casos, quando o fiel não tinha coragem de confessar um pecado grave, Padre Pio o revelava por inspiração divina. Isso ajudava muito dos fiéis se libertarem de seus males. Aliás, por isso, Padre Pio sofreu ataques terríveis do maligno: foi torturado, tentado e testado muitas vezes, mas não esmoreceu.
Alívio para Alma e para o Corpo
Percebendo que não somente deveria aliviar o sofrimento espiritual, recebeu de Deus a inspiração de construir um grande hospital, o tão conhecido "Casa Alívio do Sofrimento", inaugurada em 05 de maio de 1956, que viria a ser o referência em toda a Europa.
Trata-se de um dos hospitais mais importantes da Itália. Era a realização de um sonho por ele cultivado, desde há muito tempo, depois de ter visto a triste situação de tantos doentes que, naqueles anos dolorosos da guerra e de pós-guerra, não tinham assistência adequada. No dia da inauguração, ao fim de um longo caminho de obstáculos de diversos gêneros, ele, visivelmente comovido e feliz, dizia ao grande número de pessoas que estavam presentes: "Senhores e irmãos em Cristo, a Casa Alívio do Sofrimento está pronta. Agradeço aos benfeitores que, de diversas parte do mundo, colaboraram. Esta é uma criatura que a Divina Providência, com a ajuda de vocês, criou."
O padre de Pietrelcina quis colocar no hospital os melhores materiais de construção. As paredes todas são decoradas com mosaicos manuais feitos um a um pelas mulheres da região. Há pilares de mármore com diversas cores, imagens sacras, capelas, flores e quadros. Este conjunto artístico gera a sensação de bem-estar, tornando-o, de fato, uma casa para o doente em tratamento.
Há relatos que afirmam que Padre Pio já tinha pensado em criar um hospital em 1940, chamando-o, na época de seu projeto, de “Casa Alívio do Sofrimento”, mas a declaração de guerra de 10 de junho de 1940 impediu tudo. Só em 1946 ele pôde constituir a sociedade encarregada de iniciar os trabalhos. A princípio, foi inaugurada com 300 leitos.
Hoje, o hospital já possui 1000 leitos e, a cada dia, surgem outras necessidades, o hospital atende cerca de 50 mil pacientes de diversas partes da Itália em busca do alívio de suas dores. Eles recebem não apenas o atendimento médico, mas a atenção e o amor de todos aqueles que lá trabalham.
Os Estigmas
Padre Pio recebeu seu primeiro estigma aos 23 anos durante um período de convalescença em casa. Desejando não chamar atenção para si próprio, ele suplicou a Deus para lhe tirar os sinais das chagas de Cristo. Deus respondeu à sua oração. Os sinais externos do estigma sumiram.
Em setembro de 1918, contudo, depois de ser transferido para um convento muito pobre e distante, o Monastério de Nossa Senhora da Graça em San Giovanni Rotondo, Padre Pio recebeu os sinais físicos dos estigmas novamente.
Por 50 anos, ele carregou aquelas dolorosas chagas que causavam não somente agonia física, mas também sofrimento psicológico e espiritual. Padre Pio, um humilde frei que desejava permanecer oculto e que uma vez referiu-se a si próprio como insosso "macarrão sem sal", de repente tornou-se o centro das atenções.
Bilocação
Segundo relatos diversos Padre Pio tinha a capacidade de estar em dois lugares ao mesmo tempo, segundo um desses relatos o de Padre Alberto que conheceu Padre Pio em 1917 contou: "Eu vi Padre Pio que se levantou em frente a uma janela enquanto eu estava olhando para a montanha. Eu cheguei para beijar a mão dele, mas ele notou minha presença. Eu notei que o braço dele estava rígido. Naquele momento eu ouvi que ele estava concedendo a absolvição a alguém. Depois de um tempo ele se sacudiu como se ele estivesse saindo de um sono. Ele me viu e me falou: "Você estava aqui, e eu não o notei!" Alguns dias depois um telegrama foi recebido de Torino (Itália). Naquele telegrama alguém agradeceu o superior do convento porque ele tinha enviado Padre Pio a Torino para ajudar uma pessoa que estava morrendo. Eu percebi que o homem estava morrendo no mesmo momento no qual Padre Pio estava o abençoando em San Giovanni Rotondo". Obviamente o superior do convento não tinha enviado Padre Pio a Torino.
Tentativas de desmoralizá-lo
Além de sofrer com as perseguições que lhe eram impostas pelo demônio, Padre Pio sofria com as perseguições dos homens como as acusações de fraude. Doutores, especialistas, e até mesmo um bispo o acusaram de fraude. Eles diziam que ele utilizava ácido para criar as chagas. E afirmavam que o odor da santidade que emanava de seus estigmas era gerado por perfume.
Como resultado, entre os anos de 1922-1933, o Vaticano publicou cinco decretos alertando o público sobre o Padre Pio. A Santa Sé o restringiu de ouvir confissões e de celebrar a Missa em público. O diretor espiritual de Padre Pio, Padre Augustino de San Marco disse que o santo às vezes chorava durante este tempo. Ele não podia entender porque as autoridades da Igreja estavam punindo-o. Ainda assim, o humilde padre permaneceu obediente à Cruz. Não protestou nenhuma vez. Ao invés disse, ele ofereceu seu sofrimento em favor dos outros. E rezava.
Morte e Canonização de Padre Pio
Na madrugada do dia 23 de setembro de 1968, no seu quarto conventual com o terço entre os dedos repetindo o nome de Jesus e Maria, descansa em paz aquele que tinha abraçado a Cruz de Cristo, fazendo desta a ponte de ligação entre a terra e o céu.
A fama de santidade de Padre Pio tornou-se cada vez maior após sua morte e muitos fiéis testemunharam terem alcançado graças pela intercessão de Padre Pio, Entre os tantos milagres atribuídos à sua intercessão está a cura de uma criança chamada Matteo Pio Colella. Sobre ele se desenrolou todo processo de canonização do Padre Pio.
O processo de canonização do Padre Pio começou em 1982, ele foi beatificado no dia 2 de maio de 1999 pelo Papa João Paulo II e canonizado no dia 16 de junho de 2002 também pelo saudoso Pontífice. Padre Pio dizia: “Ficarei na porta do Paraíso até o último dos meus filhos entrar!”
Sua festa litúrgica é celebrada no dia 23 de Setembro.
Hoje trago mais um documentário agora sobre os Santos e Mártires católicos. O documentário produzido pela Discovery mostra um pouco da vida de bravos homens e mulheres que guardaram sua fé, resistiram até a morte e que, em alguns casos, morreram cantando, louvando e dando glória a Jesus!
Entre os episódios estão os Cristãos que foram lançados aos leões e outros animais selvagens nas arenas romanas, as diversas acusações, o martírio pelo fogo preso a posts para servir de iluminação para soldados romanos e várias outras formas de torturas como apedrejamento, decapitações, crucificações, falsos julgamentos, queimados e fritados vivos, martírios de mulheres gestantes e crianças cristãs.
Hoje trazemos um documentário que conta um pouco sobre a vida e a obra de um grande santo: São Bento de Núrsia, monge italiano, fundador da Ordem dos Beneditinos, uma das maiores ordens monásticas do mundo. Foi o criador da Regra de São Bento, um dos mais importantes e utilizados regulamentos de vida monástica, inspiração de muitas outras comunidades religiosas. E irmão gêmeo de Santa Escolástica.
A Vida de São Bento
Filho de nobres romanos, nascido Benedetto, em Nórcia, no ano de 480, em uma nobre família que o enviou para estudar na Cidade Eterna (Roma), no período de decadência do Império.
Diante da decadência – também moral e espiritual – o jovem Bento abandonou todos os projetos humanos para se retirar nas montanhas da Úmbria, onde dedicou-se à vida de oração, meditação e aos diversos exercícios para a santidade. Depois de três anos numa retirada gruta, passou a atrair outros que se tornaram discípulos de Cristo pelos passos traçados por ele, que buscou nas Regras de São Pacômio e de São Basílio uma maneira ocidental e romana de vida monástica. Foi assim que nasceu o famoso mosteiro de Monte Cassino.
Tentativas contra sua vida
Por causa de sua fama de santidade, São Bento foi chamado para ser o abade (superior) do convento de Vicovaro. Ele aceitou, desejando prestar um serviço. Porém, não combinou com a vida que os monges viviam, porque não era incondicional como ele achava que deveria ser o seguimento de Cristo.
Foi se formando entre os religiosos uma antipatia contra o santo, chegando ao cúmulo de tentarem matá-lo com veneno, mas, abençoando a taça de vinho envenenada, como fazia com todos os alimentos que comia, ela se quebrou. Assim, bento disse em seguida que Deus perdoe a vocês, meus irmãos. Com isso, São Bento resolve deixar a comunidade e retornando à vida solitária.
Em 503 recebe grande quantidade de discípulos e funda doze pequenos mosteiros. Em 529, por causa da inveja do sacerdote Florêncio, tem de se mudar para Monte Cassino, onde funda o mosteiro que viria a ser o fundamento da expansão da Ordem Beneditina. É nesse episódio que Florêncio lhe envia de presente um pão envenenado, mas Bento dá o pão a um corvo que todos os dias vinha comer de suas mãos e ordena à ave que o leve para longe, onde não pudesse ser encontrado.
Fim da vida terrena de São Bento
Em 534 começa a escrever a Regula Monasteriorum (Regra dos Mosteiros), cujo espírito resume-se em dois pontos: o lema da Ordem de São Bento (pax - «paz»), que nasceria séculos mais tarde, como resultado da agremiação de vários mosteiros que partilhavam a mesma regra; e ainda o tradicional "ora et labora" («reza e trabalha»), súmula da vida que cada monge deve levar.
São Bento morreu em 21 de março de 547, aos 67 anos, tendo antes anunciado a alguns monges que iria morrer e seis dias antes mandado abrir sua sepultura. Sua irmã gêmea Escolástica havia falecido em 10 de fevereiro do mesmo ano. As representações de São Bento geralmente mostram, junto com o santo, o livro da Regra, um cálice quebrado e um corvo com um pão na boca, em memória ao pão envenenado que recebeu do sacerdote invejoso. As relíquias de São Bento estão conservadas na cripta da Abadia de Saint-Benoît-sur-Loire (Fleury), próximo a Orleáns e Germigny-des-Prés, no centro da França.
Santificação
De acordo com a tradição, São Bento foi santificado por ter vencido duas ciladas armadas pelo Diabo, nas quais lhe é oferecido um cálice de vinho envenenado e um pedaço de pão, também envenenado. Além disso, em inúmeras vezes fora tentado efetivamente pelo Inimigo, além de ser ofendido e insultado de tal maneira que os irmãos de hábito que estavam ao seu redor podiam escutar as ofensas que ele recebia. O Santo Varão, como também é chamado, vencia o Tentador utilizando-se do Sinal da Cruz e da oração contida na Cruz Medalha que fora esculpida nas paredes de um mosteiro.
A Medalha de São Bento
A origem da Cruz-Medalha de São Bento é incerta, sabe-se que ela foi redescoberta em 1647, em Nattremberg, na Baviera, por ocasião da condenação de algumas bruxas, que afirmaram não conseguir praticar qualquer tipo de feitiçaria ou encanto contra lugares em que houvesse a imagem da Cruz, em especial, a abadia de São Miguel em Metten. Intrigados com o fato, as autoridades foram averiguar o que existia no mosteiro. Ao entrarem em uma das dependências, observaram entalhadas nas paredes imagens da cruz tal como estão representadas nas Medalhas utilizadas hoje. Na biblioteca dessa mesma abadia, encontraram um manuscrito do ano de 1415, o qual continha, além de textos, ilustrações, sendo uma delas a de São Bento, com uma cruz e uma flâmula, com os versos da medalha:
CSPB - Crux Sancti Patris Benedicti - (cruz do Santo Pai Bento)
CSSML - Crux Sacra Sit Mihi Lux - (a Cruz Sagrada Seja a minha Luz)
NDSMD - Non Draco Sit Mihi Dux - (não seja o Dragão o meu guia)
SMQL - Sunt Mola Quae Libas - (são coisas más que brindas)
IVB - Ipse Venana Bibas - (Bebas do mesmo veneno)
Na parte da frente da medalha temos a seguinte inscrição: Ejus in ibitu nostro praesentia muniamur. Sejamos protegidos pela sua presença na hora da nossa morte.
Ficando assim a oração a São Bento: A Cruz sagrada seja a minha Luz. Não seja o dragão o meu guia. Retira-te satanás. Nunca me aconselhe coisas vãs. É do mal o que tu me oferece. Beba tu mesmo do teu veneno. Rogai por nós Bem Aventurado São Bento, para que sejamos dignos das promessas de Cristo.