sábado, 11 de março de 2017

Madre Paulina - A Primeira Santa do Brasil

Olá!!!
Paz e Benção!!!

Chegando mais um bom filme para curtirmos em família. O filme de hoje nos levará a aprender um pouco mais sobre a vida daquela que é conside
rada a primeira santa brasileira, vamos falar daquela que dedicou sua vida aos doentes e mais pobres, o filme de hoje contará a história de Madre Paulina.

Infância de Amábile Lucia
Nascida em 16 de Dezembro de 1865, em Vigolo Vattaro, na região de Trento, à época pertencente ao Império Austríaco ( desde 1918 pertencente à Itália ), recebeu dos pais o nome de Amabile Lucia Visintainer, ela era a segunda filha, dos quatorze, do casal Napoleone Visintainer e Anna Pianezzer. Sua família era pobre e tinha poucas posses, mas eram cristãos muito fervorosos. Durante a infância de Amábile, toda a região passava por uma grave crise econômica e pestes contagiosas. Por isso, quando ela tinha nove anos, seus pais decidiram emigrar para o Brasil.
Amábile chegou ao Brasil em 1875, junto com a família e se instalaram no Estado de Santa Catarina, mais precisamente na região de Nova Trento, a qual já abrigava vários trentinos. Eles foram se estabelecer em um vilarejo recém fundado no meio da mata chamado Vigolo. As famílias procuravam manter-se unidas para sobreviverem, alimentando o sonho de um dia prosperarem, já que naquela época tudo era muito precário e pobre. 

Uma Santa Amizade Pra Toda Vida
No vilarejo de Vigolo, Amábile fez grande amizade com uma menina que a acompanharia por toda a vida: Virgínia Nicolodi. As duas já tinham uma fé sólida e esta afinidade as fez crescer ainda mais na amizade. As duas eram sempre vistas rezando na capelinha de madeira. Elas fizeram a primeira comunhão no mesmo dia. Nessa época, Amábile já tinha doze anos de idade. Em 1887, sua mãe faleceu e Amábile, então com 22 anos, ficou cuidando de sua família, até quando o seu pai casou-se outra vez. Desde pequena ajudava na Paróquia de Nova Trento, especificamente na Capela de Vígolo, como paroquiana engajada na vida pastoral e social.

Início da Missão de Amábile
Com o crescimento do vilarejo de Vigolo, o padre responsável pela região, chamado Servanzi, iniciou um trabalho pastoral ali. E assim que ele percebeu o espírito comprometido e sábio da adolescente Amábile a incumbiu de lecionar o catecismo às crianças, além de ajudar aos doentes e de manter limpa a capelinha do vilarejo, que era dedicada a São Jorge. Amábile assumiu sua missão de corpo e alma, levando sempre consigo sua amiga Virgínia. As duas dedicaram-se totalmente à caridade para com os mais pobres, ajudando aos doentes, conseguindo mantimentos para os necessitados, ajudando aos doentes, idosos, crianças, enfim, a todos que precisassem. Amábile e Virgínia começaram a ser reconhecidas por todo o povo italiano que vivia naquela região distante e abandonada do Brasil.

Os Sonhos Com Nossa Senhora
Em 1888 Amábile teve o primeiro de três sonhos com a Virgem Maria. Nesses sonhos, Nossa Senhora lhe disse: “Amábile, é meu ardente desejo que comeces uma obra: trabalharás pela salvação de minhas filhas.” Amábile responde: “Mas como fazer isso minha Mãe? Não tenho meios, sou tão miserável, ignorante…” Quando acordou após o terceiro sonho, Amábile assim respondeu em oração: “Servir-vos Minha querida Mãe…sou uma pobre criatura, mas para satisfazer o vosso desejo, prometo me esforçar o máximo que eu puder!”

A Congregação das Irmãzinhas da Imaculada Conceição
Em 12 de julho de 1890, com a ajuda de sua amiga, Virginia Rosa Nicolodi, ela deu início à Congregação das Irmãzinhas da Imaculada Conceição, cuidando de Angela Viviani, que estava enfrentando um câncer já em fase terminal, elas se instalaram em um casebre de madeira, cujo terreno havia sido doado por Beniamino Gallotti. Para este projeto ela contou, também, com a ajuda de seu pai que construiu o casebre de madeira para servir de instalação para obra e permitiu que ela deixasse sua casa para se estabelecer ali. Após a morte de Angela, em 1891, juntou-se a ela mais uma entusiasta deste ideal: Teresa Anna Maule.
Em 1894 o trio fundacional da Congregação das Irmãzinhas da Imaculada Conceição transferiu-se para a cidade de Nova Trento. Receberam em doação o terreno e a casa de madeira dos generosos benfeitores: João Valle e Francisco Sgrott, hoje um centro de encontros.
No dia 17 de agosto de 1895 elas escreveram uma carta a Dom José de Camargo Barros, Bispo de Curitiba. As três amigas pediam ao Bispo a aprovação para elas de um estado oficial de vida religiosa, uma irmandade religiosa de vida consagrada, pela qual tanto rezavam e pediam a Deus. A resposta foi imediata: em 25 de agosto Dom José, constatando que o pedido estava de acordo com “os planos divinos”, concedeu aprovação diocesana para a criação e ereção da “Pia União da Imaculada Conceição”. Em 7 de dezembro de 1895, Amábile e suas companheiras pronunciaram os votos religiosos. Nessa ocasião foi que elas assumiram seus nomes religiosos Amábile tomou o nome de Irmã Paulina do Coração Agonizante de Jesus ( Paulina por ter estudado na Faculdade Missionária de São Paulo; Coração como representação do amor; Agonizante pelas dificuldades pelas quais passou; e Jesus em homenagem a Jesus Cristo ); Virgínia passou a chamar-se Irmã Matilde da Imaculada Conceição e Tereza, recebeu o nome de Irmã Inês de São José.
Em 1903 Irmã Paulina, que já era tratada por Madre Paulina, desde a fundação da congregação, foi eleita Superiora Geral no primeiro capítulo da congregação e a escolha foi “ad vitam”, ou seja, ela estava sendo eleita como Superiora Geral da nova Congregação por toda a vida. O governo de Madre Paulina durou 6 anos, nos quais, com o aumento do número das vocações, a Fundadora pôde consolidar a obra e edificar outras Casas. 
Ainda em 1903 Madre Paulina e outras irmãs, mudaram-se de Nova Trento para São Paulo, em uma difícil e perigosa viagem. Fixaram morada no bairro do Ipiranga e logo iniciaram uma importante obra de assistência aos ex-escravos e filhos de ex-escravos, que haviam sido libertos por força da lei áurea em 1888 e que viviam em péssimas condições, nascia a "Obra da Sagrada Família" ou "Asilo da Sagrada Família" como também era chamado. Para essa obra ela pode contar com o apoio do Padre Rossi e a ajuda de Benfeitores, especialmente do conde José Vicente de Azevedo.
Em 1905 Madre Paulina deu início à fundação da Santa Casa da Misericórdia de Bragança Paulista. E, em 1909, as dirigidas de Madre Paulina passam a administrar, ainda em São Paulo, a Casa de Saúde Dr. Homem de Mello, localizada no Bairro das Perdizes. Foi ainda nesse ano que Madre Paulina assumiu a direção da Santa Casa de Misericórdia de São Carlos do Pinhal.

Perseguição, Afastamento e Exílio
Mas nem tudo foram flores no caminho de Madre Paulina e ela foi perseguida e provada, assim como tantos outros Cristãos. Sua agonia começou quando Anna Brotero de Barros, filha de uma família rica de São Paulo, se transformou em benfeitora do Asilo da Sagrada Família, que era administrado pela Congregação. Como tinha prestígio junto à cúpula da Igreja, queria ser consultada sobre todos os assuntos do asilo e até na ordem interna da Congregação. Madre Paulina considerou as intromissões indevidas, e isso acabou afastando Anna do Asilo, o que desagradou bastante o Arcebispo de São Paulo Dom Duarte Leopoldo e Silva, que passou a considerar necessário uma atitude drástica e exemplar de sua parte. Dom Duarte, então, decidiu por afastar Madre Paulina da Congregação, pois passou a achá-la inconveniente demais e insubmissa. E com isso, ordenou a convocação de um novo capítulo na ordem, para eleição de uma outra Superiora Geral para as Irmãs da Imaculada conceição.
No dia 29/08/1909, após o retiro, foi realizada a eleição da nova Superiora Geral, com a presença de Dom Duarte e Dona Anna Brotero de Barros. Madre Vicência Teodora da Imaculada Conceição foi eleita a nova superiora. No dia seguinte, 30 de agosto, Madre Paulina é obrigada a deixar São Paulo e enviada para Santa Casa de Misericórdia em Bragança Paulista, por ordem de Dom Duarte para que vivesse como súdita por toda a vida. Recebeu o título de Veneranda Madre Fundadora, mas devia partir para o exílio. No “exílio”, aos 44 anos, Madre Paulina sujeitou-se aos trabalhos mais humildes e pesados, sem murmurar nem reclamar, mas entregando tudo ao Senhor.
Tiraram-lhe tudo, restando-lhe somente o título de “Veneranda Madre Fundadora”. No lugar de qualquer outra pessoa (digo isso por mim!) ela poderia ter se encolerizado, murmurado e largado tudo, mas não estamos falando de mim, e sim de Madre Paulina, aquela que diante de tudo o que estava lhe acontecendo, reagiu pronunciando a mais bela oração de perdão de sua vida, de joelhos, diante da autoridade de Dom Duarte:  
“Estou pronta para entregar toda a Congregação à nova Superiora Geral. Ofereço-me espontaneamente, para servir na Congregação, como súdita, sob a obediência de qualquer Superiora, até a morte, em qualquer trabalho. Meu desejo é que a Congregação prossiga seu carisma e que, por seu intermédio, Jesus Cristo seja conhecido, amado e adorado por todas as pessoas em todo o mundo.”
Madre Paulina permaneceu no exílio até 1918 quando, por ordem do mesmo Dom Duarte, foi chamada de volta à casa geral da Congregação em São Paulo. Ela passou a ser fundamental na ajuda da elaboração da História e do resgate do Carisma da Congregação. Na Casa Geral de São Paulo pode rejubilar-se com o Decreto de Louvor dado à Congregação pelo Papa Pio XI, em 1933. Ela era quem orientava e abençoava as Irmãs que partiam em missão para novas fundações. Alegrou-se muito com as irmãs que foram enviadas para a catequese dos índios de Mato Grosso, em 1934.

Saúde frágil, Morte, Beatificação e Canonização
A partir de 1938 Madre Paulina iniciou um período de grandes sofrimentos físicos, ela sofria de diabetes, e por causa da doença ela teve seu braço direito teve que ser amputado. Depois disso, ficou cega. Foram quatro anos de sofrimentos físicos e de testemunho de fé. Ela permaneceu firme, louvando ao senhor por tudo e sendo cada vez mais amada e admirada pelas irmãzinhas. Por fim, após quatro anos de dor, ela entregou sua alma a Deus, na casa geral da congregação fundada por ela, no dia 9 de julho de 1942, então com 76 anos. 
O processo de canonização de Madre Paulina teve início em 1965, o primeiro milagre foi registrado em Imbituba (SC), em setembro de 1966, no qual foi reconhecida a cura instantânea, perfeita e duradoura de Eluíza Rosa de Souza, que possuía uma doença complexa: a morte intra-uterina do feto e sua retenção por alguns meses; extração com instrumentos e revisão do útero, seguida de grande hemorragia e choque irreversível. O caso foi discutido e, posteriormente, o Santo Padre ratificou em decreto aprovando as conclusões da Congregação para as Causas dos Santos.
Já o segundo milagre comprovado ocorreu, em junho de 1992, com a menina Iza Bruna Vieira de Souza, de Rio Branco (AC). Ela nasceu com má formação cerebral, diagnosticada como “meningoencefalocele occipital de grande porte”. No 5º dia de vida, foi submetida, embora anêmica, a uma cirurgia e, depois de 24 horas, apresentou crises convulsivas e parada cardiorrespiratória. A avó da menina, Zaira Darub de Oliveira rezou à Madre Paulina durante toda a gestação da filha e também durante o período no Hospital. A menina Iza Bruna foi batizada no próprio Hospital, dentro do balão de oxigênio, e logo se recuperou. A cura foi atestada pelo Santo Padre João Paulo II.
Madre Paulina foi canonizada em 19 de maio de 2002 pelo Papa João Paulo II que reconheceu suas virtudes em grau heroico: humildade, caridade, fé, simplicidade, vida de oração, entre outras e assim, ela passou a ser a primeira santa canonizada no Brasil.

O dia da festa litúrgica de Santa Paulina é 9 de Julho.

Santa Paulina, rogai por nós!!!

Bom filme a todos!!!



Fontes Pesquisadas:
Cruz Terra Santa, acesso em 11/03/2017
Santuário Santa Paulina, acesso em 11/03/2017
Wikipedia, acesso em 11/03/2017
Canção Nova, acesso em 11/03/2017
Editora Cléofas, acesso em 11/03/2017
E-Biografias, acesso em 11/03/2017
Santa Paulina, acesso em 11/03/2017
Catolicismo Romano, acesso em 11/03/2017

sábado, 11 de fevereiro de 2017

Irmã Dulce - O Anjo Bom da Bahia

Olá!!!
Paz e Benção!!!

Chegando hoje mais um bom filme para assistirmos em família, hoje contaremos a história de uma mulher que dedicou a sua vida aos pobres e ficou conhecida como "O Anjo bom da Bahia". Vamos conhecer hoje um pouco mais sobre a vida e a obra de Irmã Dulce.
Nascida Maria Rita de Sousa Brito Lopes Pontes, na cidade de Salvador, no dia 26 de maio de 1914, foi a segunda filha filha do casal Dulce Maria de Souza Brito Lopes Pontes e Augusto Lopes Pontes, seu pai era dentista e professor da Universidade Federal da Bahia. Maria Rita era uma menina alegre, gostava de bonecas, de empinar pipa e de futebol. Torcia pelo Esporte Clube Ypiranga, time dos trabalhadores e dos pobres.

De Maria Rita À Irmã Dulce
Em 1921 Dona Dulce Maria, com 26 anos a época faleceu, deixando Maria Rita órfã de mãe aos 7 anos de idade. Em 1922, juntamente com os irmãos Augusto e Dulcinha, recebeu pela primeira vez o Sacramento da Eucaristia, na paróquia de Santo Antônio.
A vocação para trabalhar em benefício dos pobres e doentes teve a influência direta da família, uma herança do pai que ela levou adiante, com o apoio decisivo da irmã, Dulcinha. Aos 13 anos, graças a seu coragem e senso de justiça, Maria Rita passou a acolher mendigos e doentes em sua casa, transformando a residência da família em um centro de acolhimento que chegou ficou conhecido como "A portaria de São Francisco" devido a quantidade de pessoas que se aglomeravam em sua porta, foi nessa época que ela começou a manifestar a vontade de seguir a vida religiosa. Porém ao procurar o convento de Santa Clara do Desterro, em Salvador, não foi aceita por ser jovem demais e, assim voltou a estudar.
Em 08 de fevereiro de 1933, logo após a sua formatura como professora, Maria Rita entra então para a Congregação das Irmãs Missionárias da Imaculada Conceição da Mãe de Deus, na cidade de São Cristóvão, em Sergipe. Em 13 de agosto de 1933, recebe o hábito de freira das Irmãs Missionárias e adota, em homenagem a sua mãe, o nome de Irmã Dulce. 

O Início da Vida Religiosa
Em 1934 Irmã Dulce voltou para Salvador e assumiu sua primeira missão como freira: Lecionar em um colégio mantido pela sua congregação, na Cidade Baixa, em Salvador. Mas o que a inquietava mesmo, aquilo que ela queria mesmo era trabalhar com os mais pobres. Por isso, em 1935, Irmã Dulce começou a trabalhar com os pobres de Alagados, uma comunidade muito pobre que vivia em palafitas, em Itapagipe, um bairro da cidade de Salvador. Em seguida ela começou a dar assistência aos operários do bairro, criando e organizando um posto médico. Assim, em 1936, Irmã Dulce fundou a União Operária São Francisco, a primeira organização de operários da igreja católica do Estado. Depois, ainda no mesmo ano, nasceu o Círculo Operário da Bahia, também fundado pela Irmã Dulce, em parceria com o Frei Hildebrando Kruthaup. O grupo se mantinha com doações e com a verba arrecadada dos cinemas Roma, Plataforma e São Caetano. 
No mês de maio de 1939, ela inaugurou o Colégio Santo Antônio, um colégio feito para os operários e seus filhos, região onde também dava assistência às comunidades pobres e onde viria a concentrar as principais atividades das Obras Sociais Irmã Dulce. Ainda em 1939, a necessidade fez com que Irmã Dulce invadisse cinco casas na Ilha dos Ratos, em Salvador, para abrigar os doentes que ela recolhia nas ruas. Mas ao ser expulsa do lugar, teve que peregrinar durante uma década, instalando os doentes em vários lugares, até conseguir, em 1949, a autorização para transformar em albergue o galinheiro do Convento Santo Antônio, que mais tarde deu origem ao Hospital Santo Antônio, centro de um complexo médico, social e educacional que continua atendendo aos pobres. Por esse gesto, ela ficou conhecida pelos baianos como a freira que construiu o maior hospital do Estado da Bahia a partir de um pequeno galinheiro.

A Incansável Irmã Dulce e o Papa João II
Em em 1959, já com saúde frágil, Irmã Dulce funda oficialmente a Associação Obras Sociais Irmã Dulce, uma das maiores e mais respeitadas instituições filantrópicas do País. No ano seguinte é inaugurado o Albergue Santo Antônio. Os baianos, os brasileiros de outros estados e até personalidades de outros países deram força para que Irmã Dulce construísse suas obras. Em julho de 1980, durante a primeira visita do Papa João Paulo II ao Brasil, Irmã Dulce foi convidada a subir ao altar para receber uma benção especial, o Papa, então, retirou do bolso um Rosário e a ofereceu dizendo: "Continue, Irmã Dulce, continue",  uma forma de incentivá-la a continuar os seus trabalhos. Em 1988 ela foi indicada ao Prêmio Nobel da Paz pelo então presidente do Brasil José Sarney, com o apoio da rainha Silvia da Suécia. 
Irmã Dulce se encontrou com o Papa João Paulo II, ainda mais uma vez, no dia 20 de outubro de 1991, durante sua segunda visita ao Brasil. O Papa quebrou os protocolos e foi visitar irmã Dulce no Convento Santo Antônio, onde ela já se encontrava bastante doente. Nessa ocasião o Papa lhe ministrou o sacramento da Extrema Unção ( ou Unção dos Enfermos ).

Morte e Beatificação de Irmã Dulce
Depois de mais de cinquenta anos de entrega total à caridade e amor ao próximo, no dia 11 de novembro de 1990, Irmã Dulce começou a apresentar problemas respiratórios, sendo internada no Hospital Português da Bahia, depois transferida à UTI do Hospital Aliança e finalmente ao Hospital Santo Antônio (onde aconteceu o segundo encontro com o Papa João Paulo II). Nos últimos 30 anos de sua vida, ela tinha 70% da capacidade respiratória comprometida.
O "anjo bom da Bahia" faleceu em seu quarto, de causas naturais, aos setenta e sete anos, no dia 13 de março de 1992. Seu corpo foi sepultado no alto do Santo Cristo, na Basílica de Nossa Senhora da Conceição da Praia e depois transferido para a Capela do Hospital Santo Antônio, centro das Obras Sociais Irmã Dulce. O Brasil ( e de forma especial, o povo baiano) chorou a despedida do Anjo Bom da Bahia, como ela era conhecida. Seu velório aconteceu na Igreja de Nossa Senhora da Conceição da Praia. Uma multidão incontável compareceu à sua despedida.

No dia 21 de janeiro de 2009, a Congregação para as Causas dos Santos no Vaticano anunciou o voto favorável que reconheceu Irmã Dulce como venerável. Em 3 de abril de 2009, o Papa Bento XVI aprovou o decreto de reconhecimento de suas virtudes heroicas. No dia 9 de junho de 2010, o corpo de Irmã Dulce foi desenterrado, exumado, velado e sepultado pela segunda vez, sendo este o último estágio do processo de beatificação. No dia 27 de outubro de 2010, foi anunciada a beatificação de Irmã Dulce, pelo cardeal arcebispo de Salvador e primaz do Brasil, Dom Geraldo Majella Agnelo, em coletiva de imprensa realizada na sede das Obras Sociais Irmã Dulce, tornando-a a primeira bem-aventurada da Bahia. O anúncio foi sucedido pelo decreto em 10 de dezembro de 2010 e aconteceu após o reconhecimento de um milagre pela intercessão da religiosa na recuperação de uma mulher sergipana, que havia sido desenganada pelos médicos após sofrer uma hemorragia durante o parto.
No dia 22 de maio de 2011, Irmã Dulce foi beatificada em Salvador, e passou a ser reconhecida como "Bem-Aventurada Dulce dos Pobres". A Solene Eucaristia de Beatificação foi presidida pelo enviado especial do Papa Bento XVI, Dom Geraldo Majella Agnelo, arcebispo emérito de Salvador.

Atualização 16 de Agosto de 2020.

Canonização
No dia 13 de maio de 2019 o segundo milagre por intercessão de Irmã Dulce foi reconhecido pelo Vaticano: A cura de José Maurício Moreira, que durante 14 anos conviveu com a cegueira e, em 2014, foi curado após rezar pedindo a intercessão de Irmã Dulce e, no dia seguinte, amanheceu enxergando normalmente e a graça permanece até os dias atuais. Com isso dois meses depois foi anunciada a sua canonização, que ocorreu na celebração dominical do dia 13 de Outubro de 2019 no Vaticano pelo Papa Francisco. Na ocasião ela recebeu o título Canônico de Santa Dulce dos Pobres.

Sobre o Filme
O filme que assistiremos hoje se Chama "Irmã Dulce", é uma produção brasileira de 2013, dirigida por Vicente Amorim. O filme conta com Bianca Comparato e Regina Braga no papel de Irmã Dulce.

Sua festa litúrgica é celebrada no dia 13 de Agosto.

Se você quiser colaborar com a Associação Obras Sociais Irmã Dulce pode entrar em contato com ela clicando aqui!


Fontes Pesquisadas:
Wikipedia, acesso em 11/02/2017
E-Biorafias, acesso em 11/02/2017
Cruz Terra Santa, acesso em 11/02/2017
Salve Maria Imaculada!, acesso em 11/02/2017
Franciscanos, acesso em 11/02/2017
Obras Sociais Irmã Dulce, acesso em 11/02/2017
Folha de São Paulo, acesso em 16/08/2020

sábado, 4 de fevereiro de 2017

A Canção de Bernadete - 1943

Olá!!!

Paz e Benção!!!

Chegando mais um bom filme pra gente curtir em família, para aprendermos um pouco sobre a história da Igreja Católica, conhecermos um pouco mais sobre a vida dos santos, para evangelizarmos e sermos evangelizados, além, claro, de podermos apreciar um bom filme.

Hoje trago mais um filme bem antigo, mas muito bom, ele ainda é em preto e branco, foi lançado em 1943, foi dirigido por Henry King e baseado no romance homônimo de Franz Werfel e foi ganhador de 4 Oscars. O filme de hoje é "A canção de Bernadette"  e mostra a história das aparições de Nossa Senhora à Bernadette Soubirous, em Lourdes, na França. 

Santa Bernadette nasceu em 07 de Janeiro de 1844, na região do moinho Boly, perto de Lourdes na França. Ela já é conhecida nossa aqui no blog, já postamos um outro filme sobre sua história e você pode curtir clicando AQUI.

Festa Litúrgica de Santa Bernadette: Dia 18 de Fevereiro na França, em outros lugares comemora-se no dia 16 de Abril.

Festa litúrgica de Nossa Senhora de Lourdes: Dia 11 de Fevereiro.

Nossa Senhora de Lourdes, rogai por nós!!!

Santa Bernadete, rogai por nós!!!

Bom filme a todos.


Fonte Pesquisada:

Wikipedia, acesso em 04/02/2017

sábado, 28 de janeiro de 2017

Jesus de Nazaré - de Franco Zefirelli

Olá!!!
Paz e Benção!!!

Vamos a mais um bom filme para assistir em família! Vai lá, chama todo mundo, reúne a família,
prepare o lanche, o suco, a pipoca, e muuuuuita pipoca, pois o filme de hoje vai ser um pouquinho longo, mas vai valer a pena!
O filme que vou trazer é um clássico do cinema, ganhou vários prêmios entre eles o de Melhor Fotografia, Figurino e Desenho de Produção, é do grande e renomado cineasta Italiano Franco Zefirelli e tem mais de quatro horas de duração. Sim o filme que trago hoje é Jesus de Nazaré.
Lançado em 1977, o filme narra a história de Nosso Senhor Jesus Cristo desde o seu nascimento até a ressurreição, passando por suas peregrinações ainda enquanto criança e o seu batismo por João Batista. Relata ainda, inúmeros milagres durante o seu percurso, tudo isso misturando as narrativas contidas nos quatro evangelhos. 

Por hoje é só, não vai ter textão. Bom filme a todos!

Sagrado Coração de Jesus. Temos confiança em vós!!!



domingo, 8 de janeiro de 2017

São João Maria Vianney - O Cura d'Ars

Olá!!!
Paz e benção!!!

Vamos a mais um bom filme para assistirmos em família nesse ano novo que Deus nos permitiu. Hoje trago um filme sobre a vida de um grande sacerdote, que transformou a vida de uma pequena comunidade para sempre, vamos aprender um pouco sobre a vida do Santo Cura d'Ars, vamos aprender um pouco mais sobre São João Maria Vianney.

Infância e Juventude
João Maria Batista Vianney nasceu em 8 de maio de 1786, na localidade de Dardilly, a noroeste de Lyon, França. Como de costume na época, foi consagrado a Nossa Senhora e batizado no próprio dia do nascimento. Era de uma família de camponeses, seus pais chamavam-se Mateus e Maria, eram muito humildes e religiosos, Vianney foi o quarto dos sete filhos do casal, desde pequeno ele gostava de frequentar a igreja e dizia que queria ser sacerdote. 
Sua instrução foi precária, a infância de Vianney foi vivida no terror da Revolução Francesa, um período onde por força de lei em dezembro de 1793 as escolas religiosas foram fechadas e as crianças foram obrigadas a frequentar as escolas públicas, sob pena de multa aos pais. No ano seguinte um católico, conseguiu reabrir uma escola, e nela ingressaram João Maria e sua irmã Catarina. Em 1799 a perseguição à Igreja, imposta pela Revolução Francesa ainda continuava intensa e centenas de sacerdotes haviam sidos deportados para a Guiana. O próprio Papa Pio VI tornou-se prisioneiro da Revolução. Foi nesse clima ainda de terror e perseguição que João Maria, aos 13 anos, recebeu a Primeira Comunhão das mãos de um sacerdote refratário (que não havia feito o juramento de fidelidade ao novo regime de governo trazido pela revolução), numa casa particular, com portas e janelas fechadas. 

Início do Sacerdócio
Somente com a chegada de Napoleão e a Concordata com a Santa Sé, foi possível a Vianney iniciar seus estudos eclesiásticos aos 20 anos. Ele era um cristão íntimo de Jesus Cristo, servo de Maria e de grande vida penitencial, tanto assim que, somente graças à vida de piedade é que conseguiu chegar ao sacerdócio, em 1815, aos 29 anos de idade  porque não acompanhava intelectualmente as exigências do estudo do Latim, Filosofia e Teologia da época (curiosamente começou a ler e escrever somente com 18 anos de idade). Foi ordenado padre, mas com um impedimento: não poderia ser confessor. Não era considerado capaz de guiar consciências, conseguindo somente três anos mais tarde a liberação para viver totalmente o seu sacerdócio. A despeito disso, transformou-se num dos mais famosos e competentes confessores que a Igreja Católica já teve.

Chegada a Aldeia de Ars
Em fevereiro de 1818 foi designado para a cidadezinha de Ars, um aglomerado de algumas dezenas de casas, com apenas 230 habitantes, onde o povo era dado aos cabarés, vícios, bebedeiras, bailes, trabalhos aos domingos, blasfêmias e esquecimento das práticas religiosas. Mas o Santo Vianney, não vacilou e decidiu mudar aquela cidade, com o Rosário nas mãos, joelhos dobrados diante do Santíssimo, testemunho de vida, sede pela salvação de todos e enorme disponibilidade para catequizar. Já no dia de sua chegada, o Padre Vianney deu o seu colchão a um pobre e deitou-se sobre uns galhos junto à parede, com um pedaço de madeira como travesseiro. Como a parede e o chão eram úmidos, contraiu de imediato uma nevralgia, que durou 15 anos. Seu jejum era permanente, habitualmente passando três dias sem comer; e quando o fazia, alimentava-se somente de batatas cozidas.

A Transformação de Ars
Passou a visitar as famílias e as convidava para a Santa Missa. Ars começou a transformar-se. Alguns começaram a ir à capela. Então o pároco fundou a Confraria do Rosário para as mulheres, e a Irmandade do Santíssimo Sacramento para os homens. Com o aumento das visitas a capela e esvaziamento dos bares e cabarés, os donos dos bares e organizadores de jogatinas começaram dura perseguição contra o Padre Vianney. Este chegou a dizer, “Ah, se eu soubesse o que é ser vigário, teria entrado num convento de monges”. 
Nas missas dominicais, pregava sobre os deveres de cada um para consigo, para com o próximo e para com Deus. Falava constantemente do inferno e do que precisamos fazer para evitá-lo: “Ó, meus queridos paroquianos, esforcemo-nos para ir para o Céu. Lá havemos de ver a Deus. Como seremos felizes! Que desgraça se algum de vós se perder eternamente!”  Ele exigia a devida compostura e atitude própria a bons católicos na igreja, por respeito à Presença Real de Nosso Senhor Jesus Cristo no Santíssimo Sacramento.
Outra de suas ações transformadoras foi com a juventude, que durante os terríveis anos da Revolução cresceu ignorando as mais simples práticas de piedade e princípios da fé. Por isso começou a atrair todos para o catecismo. Só admitia à Primeira Comunhão quem estivesse devidamente preparado. Insistia com os meninos e adolescentes para que levassem sempre consigo o rosário, e tinha no bolso alguns extras para aqueles que o houvessem perdido. Aos poucos os esforços do santo foram se coroando de êxito, de maneira que os jovens de Ars chegaram a ser os mais bem instruídos da região.

Para Deus o Melhor!
Logo que chegou a Ars mandou devolver os confortáveis móveis que haviam sidos emprestados a igreja, deixando apenas o necessário para a sua estadia. Depois, iniciou a restauração da igreja, que estava caindo aos pedaços, fazendo por suas próprias mãos “o trabalho doméstico de Deus”, e que por respeito ao Santíssimo Sacramento, desejava que fosse a melhor possível, queria o que há de melhor para o culto divino. Em Lyon, onde fazia suas compras, logo se tornou conhecido entre os comerciantes, que comentavam entre si: “No campo há um pároco magro e mal arranjado, com ares de não ter um centavo no bolso, mas que compra para sua igreja tudo o que há de melhor”. Ele queria embelezar a casa de Deus para a glória do Senhor, e também para que fosse atraente para os humildes camponeses que ele tinha de ajudar a irem para o Céu.
Em 1820 chegou, inclusive a escrever ao prefeito, solicitando ajuda para reformar a igreja, disse ele: “Desejaria que a entrada da igreja fosse mais atraente. Isso é absolutamente necessário. Se os palácios dos reis são embelezados pela magnificência das entradas, com maior razão as das igrejas devem ser suntuosas. […] Não quero poupar nada para isso”. E o prefeito o ajudou na reforma, para que a igreja fosse o palácio de Deus e dos pobres.
Mais tarde quis honrar a Virgem Imaculada com uma capela lateral na igreja, e pagou um pintor para orná-la. Depois mandou construir outra capela lateral em louvor de seu patrono, São João Batista. E assim foi reformando ou reconstruindo a igreja toda, embelezando-a com pinturas e imagens. Dizia: “Muitas vezes basta a vista de uma imagem para nos comover e converter. Não raro as imagens nos abalam tão fortemente como as próprias coisas que representam”.

O Santo Confessor
No confessionário viveu intensamente seu apostolado, todo entregue às almas, devorado pela missão, integralmente fiel à vocação, chegando a ficar 18 horas por dia atendendo confissões. Do confessionário seu nome emergiu e transbordou dos estreitos limites Ars para aldeias e cidades vizinhas. Os peregrinos que desejavam confessar-se com ele começaram a chegar. Nos últimos tempos de vida eram mais de 200 por dia que chegavam para confessar com o padre Vianney.

Morte, Beatificação e Canonização do Santo de Ars
Aos 73 anos de idade, depois de consumir-se por 40 anos no seu sacerdócio em função do próximo, em 02 de Agosto de 1859, João Maria Batista Vianney recebeu a Unção dos Enfermos. No dia sguinte, ele assinou seu testamento, deixando seus bens aos missionários e seu corpo à paróquia. E, finalmente, às duas horas do dia 04 de Agosto de 1859, morre placidamente, tomado pela fadiga. Nos dias 04 e 05, trezentos padres mais ou menos e uma incalculável multidão desfilaram diante do seu Corpo, em prantos, para despedir. Quando chegou à cidadezinha ninguém veio recebê-lo, quando morreu a cidade tinha crescido enormemente e multidões de peregrinos o acompanharam à última morada.
Vianney foi beatificado pelo papa São Pio X em 1905, Por ocasião da beatificação, seu corpo foi exumado e encontrado incorrupto, apesar de seco e escurecido. E é assim que permanece até o dia de hoje em Ars. Em 1925 ele foi canonizado pelo papa Pio XI, o mesmo papa que em 1929 o declarou padroeiro de todos os párocos do mundo.

Sua festa litúrgica  é celebrada dia 04 de Agosto.

Bom filme a todos!!!



Fontes Pesquisadas:
Wikipedia, acesso em 07 e 08/01/2017
Canção Nova, acesso em 07 e 08/01/2017
Amor Mariano, acesso em 07 e 08/01/2017
Catolicismo, acesso em 07 e 08/01/2017
Cleofas, acesso em 07 e 08/01/2017
Wiki Canção Nova, acesso em 07 e 08/01/2017

domingo, 18 de dezembro de 2016

São Maximiliano Maria Kolbe - O Cavaleiro da Imaculada

Olá!!!
Paz e Benção!!!
Chegando por aqui com mais um bom filme para assistirmos em família, hoje vou trazer pra vocês a história do santo mártir do campo de concentração de Auschwitz, São Maximiliano Maria Kolbe, um dos fundadores da Milícia da Imaculada, que tinha como ideal conquistar o mundo inteiro para Cristo sob a mediação e proteção de Nossa Senhora. Chama o povo, ajeita o sofá, prepara o suco e a pipoca e vamos lá!!! 

Infância
Ele nasceu Rajmund Kolbe (Raimundo Kolbe), em 8 de janeiro de 1894, na cidade de Zduńska Wola, na Polônia, e recebeu no mesmo dia as águas batismais. Era filho de família pobre, seus pais eram operários humildes e simples, Júlio Kolbe e Maria Dabrowska, porém eram legítimos cristãos e devotos da Virgem Maria. De seus cinco filhos, dois faleceram quando ainda crianças, e os outros três abraçaram a vida religiosa. Sua família era pobre e de operários. Aos 8 anos recebeu a primeira comunhão em Pabianice, para onde havia se transferido com a sua família. 

O Encontro com a Imaculada
Criança muito viva e travessa, Raimundo recebeu certo dia uma repreensão de sua mãe que lhe marcou a vida: "Se aos dez anos você é tão mau menino, briguento e malcriado, como será mais tarde?" disse ela. Essas palavras marcariam profundamente o pequeno Raimundo. Aflito e pensativo, decidiu mudar de vida e recorreu a Nossa Senhora. Ajoelhado aos pés de uma bela imagem da igreja paroquial, durante sua oração, perguntou-Lhe: "Que vai acontecer comigo?".
Após essa oração sua vida vida mudou radicalmente. Ele, que já era religioso, tornou-se muito mais. O que o fez mudar ele só confidenciou a sua mãe, e todos só ficaram sabendo anos mais tarde, após a sua morte, quando sua mãe o revelou aos aos confrades de seu filho depois de sua morte, numa carta de 12 de Outubro de 1941, onde ela revelou uma aparição de Nossa Senhora ao pequeno Raimundo, com então 10 anos de idade: 
“Tremendo de emoção, e com lágrimas nos olhos, ele me contou o segredo: ‘Quando a senhora me perguntou, mamãe, o que iria ser de mim, rezei muito a Nossa Senhora para Ela me dizer o que seria de mim. Em seguida, indo à igreja, rezei novamente. Então Ela me apareceu, tendo nas mãos duas coroas, uma branca e outra vermelha. Olhava-me com afeto, e me perguntou se queria essas coroas. A branca significava que perseveraria na prática da pureza; a vermelha, que eu seria mártir. Respondi que as queria. Então a Virgem me olhou docemente e desapareceu. Desde então, quando vou à igreja com a senhora ou com meu avô, parece-me que não são minha mãe e avô, mas Nossa Senhora e São José".
Início da Vida Religiosa
Sua vocação à vida religiosa nascia ali, por graça da Imaculada. Escolheu ser capuchinho franciscano, e aos 14 anos começou os estudos em Lwóv, no seminário menor dos frades conventuais, junto com seu irmão Francisco. Aos 16 anos, foi admitido no noviciado, escolhendo o nome de Maximiliano, em honra do grande mártir africano. Em 1912, Frei Maximiliano parte para Roma onde permanece 7 anos no Colégio Seraphicum. No dia 1 de Novembro de 1914, depois de 3 anos dos votos temporários, ele faz a sua profissão solene, se tornando então Frei Maximiliano "Maria" Kolbe. Ele acrescenta "Maria" ao nome religioso, exprimindo a característica de sua espiritualidade. Nesse mesmo ano o pai do Frei Maximiliano foi preso e enforcado pelos comunistas russos, durante a ocupação a Czestochowa, pela União Soviética e sua mãe refugiou-se em um convento beneditino.
Em Roma, Frei Maximiliano chocou-se com a insolência com que os inimigos da Igreja a atacavam, sem a proporcionada reação dos católicos. Resolveu então entrar na luta antes mesmo de receber a ordenação sacerdotal. Reunindo em torno de si seis condiscípulos, fundou em 1917 a associação apostólica Milícia de Maria Imaculada, com o objetivo de converter os pecadores, inclusive os inimigos da Igreja, e santificar todos os seus membros, sob a proteção de Maria Imaculada. Em abril de 1918, recebeu o sacramento da ordem, tornando-se sacerdote. No dia seguinte, celebrou a sua primeira missa na Igreja de Sant'Andrea delle Fratte, lugar onde a Virgem apareceu e converteu milagrosamente o judeu Alphonse Ratisbonne, em 1842. Esse milagre era uma prova da eficácia da Medalha Milagrosa.

Padre Kolbe, o Cavaleiro da Imaculada
Em  julho de 1919 o Padre Kolbe recebe o doutorado em teologia, e volta para Polônia, logo ao chegar deseja difundir a Milícia de Maria Imaculada também na Polônia, recebendo rapidamente a aprovação de seus superiores e conseguindo a impressão do estatuto da associação em idioma polonês. Porém entre 1920 e 1921 ficou internado para se tratar da tuberculose. Em Janeiro de 1922, a associação é aprovada como “Piedosa União da Milícia de Maria Imaculada” pelo Cardeal Basílio Pompilii, Vigário Geral da Diocese de Roma. Ainda em 1922, quase sem dinheiro o Padre Kolbe fundou o jornal mensal da sua associação - Cavaleiro da Imaculada - pondo o progresso técnico do seu tempo em matéria gráfica, a serviço da Fé, com 5.000 exemplares já em sua primeira edição.
Em 1927 já eram 60.000 exemplares mensais e já não mais havia espaço para na tipografia para crescer o projeto, foi quando o príncipe João Drucko-Lubecki cedeu ao padre Maximiliano um terreno situado a 40 quilômetros de Varsóvia, Então o Padre Kolbe começou a construir uma Niepokalanów - Cidade da Imaculada (ou "Cidade de Maria" em algumas traduções). Seus planos era construir um enorme convento e novas instalações de sua obra de imprensa, o dinheiro, dizia ele aos que perguntavam: "Maria proverá, este é um negócio dEla e de seu Filho!".
Sua confiança não foi em vão, em 1939, o jornal tinha já a surpreendente tiragem de um milhão de exemplares, e a ele se haviam juntado outros dezessete periódicos de menor porte,como uma revista para crianças e outra para sacerdotes, além de uma emissora de rádio. Sua ação apostólica pelos meios de comunicação chegou até o Japão e a Índia. E sua meta era estender a obra ao mundo inteiro, conquistando almas para Jesus através da Virgem Maria. A Cidade da Imaculada contava então com 762 habitantes, sendo 13 sacerdotes, 18 noviços, 527 irmãos leigos, 122 seminaristas menores e 82 candidatos ao sacerdócio. Nela habitavam também médicos, dentistas, agricultores, mecânicos, alfaiates, construtores, impressores, jardineiros e cozinheiros, além de um corpo de bombeiros.

A Segunda Guerra Mundial e o Martírio Auschwitz
Em 1939 quando estourou a Segunda Guerra Mundial, a Cidade da Imaculada da Polônia ficou muito exposta a riscos, pois era situada nas imediações da estrada de Potsdam a Varsóvia, rota provável de uma eventual invasão das tropas nazistas. Por esse motivo a prefeitura de Varsóvia ordenou sua pronta evacuação. Padre Kolbe conseguiu lugar seguro para todos os irmãos, mas permaneceu ali, com cinquenta de seus colaboradores mais imediatos. Em setembro, as tropas invasoras levaram-nos presos para Amtitz. Mas na festa da Imaculada, dia 8 de dezembro, foram todos libertados e voltaram para sua Niepokalanów, transformando- a em refúgio e hospital para feridos de guerra, prófugos e judeus.
Em fevereiro de 1941, a Gestapo (Polícia Secreta do Estado Nazista) irrompeu na Cidade da Imaculada levou presos o padre Kolbe e outros quatro frades, os mais anciãos. Na prisão de Pawiak, em Varsóvia, foi submetido a injúrias e vexações, e depois trasladado para o campo de extermínio de Auschwitz. Passou a primeira noite numa sala com outros 320 prisioneiros. Na manhã seguinte, foram todos desnudados, lavados com jatos de água gelada e recebendo cada qual uma jaqueta com um número, coube-lhe o 16.670. No final de julho de 1941, foi transferido para o Bloco 14, cujos prisioneiros faziam trabalhos agrícolas. Tendo um deles conseguido fugir, dez outros, escolhidos por sorteio, foram condenados ao "bunker da morte": um subterrâneo onde eles eram jogados desnudos, e permaneciam sem bebida nem alimento, à espera da morte.
Um dos homens selecionados era Franciszek Gajownickek, que gritou: "Minha pobre mulher e meus filhos que não os volto a ver!" Diante disso o Padre Kolbe ofereceu-se si mesmo em vez do outro homem "Sou um padre católico da Polônia, quero morrer em lugar de um destes. Já sou velho e não presto para nada. A minha vida não servirá para grande coisa… Quero morrer por aquele que tem mulher e filhos." disse ele.
Na sua cela, Padre Kolbe celebrou a missa todos os dias e cantava hinos com os prisioneiros. Ele levou os outros condenados em canção e oração e encorajou-os , dizendo-lhes que em breve estariam com Maria no céu. Cada vez que os guardas verificam a cela, ele estava lá em pé ou de joelhos no meio a olhar calmamente para aqueles que entravam. Três semanas depois, restavam vivos apenas quatro pessoas. Julgando que aquela situação se prolongava demasiado, decidiram as autoridades aplicar-lhes uma injeção letal de ácido muriático. Algumas pessoas que estavam presentes na injeção dizem que ele levantou o braço esquerdo de forma espontânea e calmamente esperou que o injetassem a injeção letal. Seus restos foram cremados no dia 15 de agosto, o dia da festa da Assunção de Maria.

Canonização por João Paulo II
No dia 10 de outubro de 1982, na Praça de São Pedro, uma multidão de mais de duzentas mil pessoas testemunhou um Papa, também polonês, declarar mártir o Padre Maximiliano Maria Kolbe, um sacerdote exemplar que não só morreu para salvar uma vida, mas, sobretudo, viveu para salvar muitas almas. Ele que jamais se cansava de dizer: "Não tenham medo de amar demasiado a Imaculada; jamais poderemos igualar o amor que teve por Ela o próprio Jesus: e imitar Jesus é nossa santificação. Quanto mais pertençamos à Imaculada, tanto melhor compreenderemos e amaremos o Coração de Jesus, Deus Pai, a Santíssima Trindade". Pois, como afirmou João Paulo II ao canonizá-lo, "a inspiração de toda a sua vida foi a Imaculada, a quem confiava seu amor a Cristo e seu desejo de martírio".
Na cerimônia em que Padre Kolbe foi canonizado, Francisco Gajowniczek estava presente e testemunhou a coragem e o amor daquele Padre franciscano que se ofereceu para sofrer e morrer em seu lugar, dando a Francisco a chance de cuidar de sua família.
É considerado o patrono da imprensa e padroeiro especial das famílias em dificuldade, dos que lutam pela vida, da luta contra os vícios, da recuperação da droga e do alcoolismo; é considerado também padroeiro dos presos comuns e políticos.

Sua festa litúrgica é celebrada no dia 14 de Agosto.

São Maximiliano Maria Kolbe, Rogai por nós.

Fontes Pesquisadas
Wikipedia, acesso em 17/12/2016
Canção Nova, acesso em 17/12/2016
Arautos do Evangelho, acesso em 17/12/2016
Cruz Terra Santa, acesso em 17/12/2016
Catolicismo, acesso em 17/12/2016