sábado, 26 de novembro de 2016

Santa Clara de Assis - Patrona da Televisão

Olá!!!

Paz e benção!!!

Hoje é dia de aprendermos um pouco mais sobre a maravilhosa história da igreja de Cristo, e para colaborar com isso trago hoje mais um bom filme sobre a vida de Santa Clara de Assis. Reúna a família toda, prepara a sala, e vamos lá que o filme é por minha conta!!!

Nascimento e Juventude de Clara
Chiara d'Offreducci nasceu em 16 de julho de 1193, segundo a tradição, seu nome vem de uma inspiração dada a sua fervorosa mãe, que dizia que sua filha haveria de iluminar o mundo com sua santidade. Clara era de família rica, seu pai, Favarone Scifi, era conde. Sua mãe se chamava Hortolana Fiuni. Clara era neta e filha de fidalgos (pessoas da classe nobre). Sua família vivia em um palácio na cidade, tinha muitas propriedades e até um castelo. Clara tinha dois irmãos e duas irmãs. Suas irmãs Catarina e Beatriz, mais tarde, iriam entrar para o convento junto com sua mãe, após esta ficar viúva. Quando Clara tinha por volta de doze anos, sua família vai morar em Corozano e depois vão para Perugia, refugiando-se de uma revolução. Desde muito nova se mostrava caridosa e respeitava os mais pobres.
Durante sua juventude, por volta dos 16 anos, por várias vezes ouviu as pregações de um frade cuja conversão havia comovido toda a cidade de Assis: São Francisco. No seu coração ardia a vontade de imitar a Francisco de Assis, na santa vida que ele levava. Resolveu, então, tudo abandonar para seguir aquela testemunha viva de Deus. Mas os seus pais tinham outras expectativas, pois juntando a beleza, a nobreza, a riqueza e um temperamento amável traziam à Clara todas as possibilidades de um casamento brilhante e muito proveitoso à família. Começou então para ela uma árdua batalha de palavras e atitudes para convencer seus pais a aceitarem uma decisão já tomada e irrevogável.
Da mesma forma que São Francisco, Clara também enfrentou forte oposição da família, que não aceitava que sua filha abandonasse a vida nobre para viver na completa miséria, mas nada a demoveu de seu ideal. 

Clara Renuncia ao Mundo
No domingo de Ramos de 1212, a jovem Clara, aos 18 anos de idade se lançou numa heroica aventura, fugir de casa com uma amiga, Felipa de Guelfuccio, para encontrar São Francisco de Assis, na Porciúncula, (capelinha de Santa Maria dos Anjos, onde nasceu a ordem dos Franciscanos e, posteriormente, a ordem de Santa Clara). Lá ela era esperada para fazer os primeiros votos e entrar no convento dos franciscanos. Diante da imagem de Santa Maria dos Anjos, a jovem renunciou ao mundo por amor ao Menino Jesus, posto numa pobre manjedoura. Cobriu-se de uma túnica de lã e cingiu-se de uma corda, à maneira dos frades franciscanos, aos quais entregou suas luxuosas vestes. O próprio São Francisco cortou seus lindos cabelos loiros (tal ato era considerado um voto de pobreza e de certa forma uma exigência para a entrada na vida religiosa), ela cobriu a cabeça com um véu negro e calçou sandálias de madeira e pronunciou os votos, firmando a sua união com Jesus Cristo. Clara foi a primeira mulher a aderir aos ideias franciscanos em sua vida.
Seguindo o conselho de São Franciso, Clara ingressou primeiramente no Mosteiro beneditino de São Paulo das Abadessas, com o objetivo de familiarizar-se com a vida religiosa. Em seguida foi para a Ermida de Santo Ângelo de Panço, onde sua irmã de sangue, Catarina, juntou-se a ela. pois também queria seguir a vida monástica junto da irmã. E ali, ela passa a ser chamada de Inês. 
A Família de Clara, que já estava inconformada com sua decisão, ficou ainda mais revoltada com a decisão de Inês, e decidiu uma investida contra a decisão das duas: enviar uma tropa de doze homens fortes e bem armados, comandados pelo tio Monaldo, com ordens do pai para trazer Inês de volta, ainda que por meios violentos, viva ou morta. Diante daquela demonstração de força, as freiras de Santo Ângelo decidiram deixar a jovem partir. Inês, porém, disposta a tudo, reagiu à investida e, arrastada pelos cabelos e espancada com brutalidade gritava pedindo socorro a Clara, que começa a rezar impiedosamente pela irmã e um milagre se instaura: Santa Inês fica tão pesada que torna impossível o ato de arrastá-la no chão. Mesmo assim, Monaldo não se dá por vencido e tenta agredi-la com um golpe, mas imediatamente sente a mão se contrair. Sem saber mais como agir, ele desiste de levar Santa Inês e foge. Algum tempo depois Francisco levou-as para o Convento de São Damião, onde seria sediada a Ordem Segunda Franciscana, das monjas. Primeiramente elas seriam chamadas “Damianitas”, e depois, a escolha de Clara, de “Damas Pobres”, e por último, como são chamadas até hoje, “Irmãs Clarissas”.

Milagres Ainda em Vida
Durante a invasão muçulmana, em 1198, a região de Assis passou necessidades. Tanto que, certa vez, as irmãs, que já eram mais de 50, não tinham o que comer. Então a irmã cozinheira chega desesperada e diz a Santa Clara de Assis que havia somente um pão na cozinha. Clara diz a ela: confie em Deus e divida o pão em 50 pedaços. A irmã cozinheira, mesmo sem entender, obedece. Então, de repente, dezenas de pães aparecem na cozinha e as irmãs conseguem se sustentar por vários dias. Em outra ocasião, e talvez uma das mais expressivas de sua vida, foi durante a tentativa de invasão dos sarracenos (muçulmanos) ao convento das Clarissas, em Assis. Clara pegou o ostensório com o Santíssimo Sacramento e disse aos invasores que Cristo era mais forte que todos eles. Então, inexplicavelmente, todos, tomados de grande medo, fugiram sem saquear o convento. Por isso, Santa Clara é representada com suas vestes marrons segurando o ostensório.

A Aprovação da Regra
São Francisco escreveu uma “Regra de Vida” para as freiras, a qual se resumia na prática da Pobreza Evangélica. E em 1215 obteve para elas a aprovação do Papa Inocêncio III. Nessa ocasião, Clara, por ordem expressa do Santo Fundador, aceitou o encargo de Abadessa. Estava fundada a Ordem das Clarissas. Com a morte do seu pai, Clara herdou uma grande fortuna, da qual nada reteve para o convento. Distribuiu-a totalmente aos pobres. O Papa Gregório IX procurou fazê-la aceitar para si e para o convento alguns bens temporais, argumentando que podia, para esse fim, desligá-la do voto de pobreza. Ela respondeu: — Santo Padre, desligai-me dos meus pecados, mas não da obrigação de seguir Jesus Cristo!

O Milagre da Missa Projetada
Por volta de 1224, Clara foi acometida de uma enfermidade e aos poucos foi enfraquecendo. Em 1252, já bem doente, ela queria muito ir a uma missa na Igreja de São Francisco (já falecido). Não tendo condições de ir por estar doente, ela entrou em oração e conseguiu assistir toda a celebração de sua cama em seu quarto no convento. Segundo seus relatos, a Missa aparecia para ela como que projetada na parede de seu humilde quarto. Santa Clara conseguiu ver e ouvir toda a celebração sem sair de sua cama. O fato foi confirmado quando Santa clara de Assis contou fatos acontecidos na missa, detalhando palavras do sermão do celebrante. Mais tarde, várias pessoas que estiveram na missa confirmaram que o que Santa Clara narrou, de fato aconteceram.

Morte e Canonização
Santa Clara de Assis morreu em Assis no dia 11 de agosto de 1253, aos 60 anos de idade, 41 deles dedicados a vida monástica. Um dia antes de sua morte ela recebeu a visita do Papa Inocêncio IV, que lhe entregou a Regra escrita por ela, aprovada e aplicada a todas as monjas. Na hora de sua morte ela disse: "Vá segura, minha alma, porque você tem uma boa escolha para o caminho. Vá, porque Aquele que a criou também a santificou. E, guardando-a sempre como uma mãe guarda o filho, amou-a com eterno amor. E Bendito sejais Vós, Senhor que me criastes".
O Papa mandou enterrá-la na Igreja de São Jorge, onde São Francisco estava enterrado. Em 1260 depois de construída a Basílica de Santa Clara, ao lado da Igreja de São Jorge seu corpo foi transladado com todas as honras para lá. Dois anos após a sua morte foi proclamada santa Clara de Assis, pelo Papa Alexandre IV, e em 1958, o Papa Pio XII proclamou oficialmente Santa Clara de Assis como a padroeira da televisão.

Sua festa litúrgica é celebrada no dia 11 de Agosto.

Santa Clara de Assis, Rogai por nós!!!

Bom filme a todos!!!


Fontes Pesquisadas: 
Wikipédia, acesso em 26/11/2016
Cruz Terra Santa, acesso em 26/11/2016
Arautos do Evangelho, acesso em 26/11/2016
Nossa Sagrada Família, acesso em 26/11/2016
Info Escola, acesso em 26/11/2016

sábado, 12 de novembro de 2016

Santa Joana D'Arc - A Virgem de Orleans

Olá!!!
Paz e Benção!!!

Chegando mais um bom filme aqui no blog, corre lá prepare o lanche, chama a família toda, que o filme é por nossa conta! Hoje vamos trazer uma surpreendente história de vida e coragem vinda das bandas da França, vamos aprender um pouco sobre a vida da valente Santa Joana D'Arc.

Infância e Chamado
Joana nasceu em Domrémy, na região de Lorena na França, a data de seu nascimento, porém, é incerta, o ano de seu nascimento é baseado na sua declaração durante o seu interrogatório em 24 de fevereiro de 1431, onde Joana declarou uma vez, quando perguntada sobre sua idade: "tenho 19 anos, mais ou menos". Portanto teria provavelmente nascido em 1412.  Ela era filha de Jacques d'Arc e Isabelle Romée, tinha mais quatro irmãos: Jacques, Catherine, Jean e Pierre, ela era a mais nova dos irmãos e não foi alfabetizada. Seus pais eram agricultores e de vez em quando artesãos. Joana também era muito religiosa, ia muito à igreja e frequentemente fugia do campo para ir orar na igreja de sua cidade. Ainda criança presenciou o assassinato de membros de sua família por soldados ingleses que invadiram a vila em que morava. Aos 13 anos de idade teve a primeira de uma série de visões de São Miguel, onde ele lhe aparecia trajando armadura e montando um cavalo. Teve também visões de Santa Catarina e Santa Margarida. Nestas primeiras visões ela era exortada a orar muito e se preparar para uma difícil missão: salvar a França e coroar o rei.

Joana Atende o Chamado
A França atravessava um dos períodos mais sangrentos de sua história : "a Guerra dos Cem Anos", um conflito entre França e Inglaterra, que durou na verdade 116 anos, e que provocou milhões de mortes e a destruição de quase toda a França setentrional. Três anos após começar a ouvir as vozes, em 1428, Joana resolveu atender aos apelos celestes, ela foi levada por um tio à presença do capitão Robert de Baudricourt, delegado do rei em Vancouleurs. Ao vê-la, o oficial desprezou-a, e a devolveu a seu pai; Joana insistiu e voltou a procurar o capitão, conseguindo impressioná-lo com sua energia. Robert mandou-a ao rei Carlos VII, acompanhada por uma escolta de seis homens. Joana pediu e conseguiu também um cavalo e trajes masculinos (mais adaptados à missão militar que ela empreendia). Chegando em Chinon aos 6 de março de 1429, Joana identificou o rei escondido e disfarçado entre os seus cortesões. Logo lhe pediu soldados para ir levantar o cerco de Orleans. Entretanto aquela jovem de 17 anos, vestida de trajes masculinos, não inspirava confiança. Tendo insistido, Joana foi interrogada e examinada sobre a fé, sua moral e até sua virgindade, pelo espaço de três semanas; o laudo de tal investigação lhe resultou favorável, e Carlos VII reconheceu o possível valor do empreendimento de Joana. Convencido do discurso de Joana, o rei entregou-lhe uma espada, um estandarte e a autorizou a acompanhar as tropas francesas que seguiam rumo à libertação da cidade de Orleans, que havia sido invadida e cercada pelos ingleses havia oito meses. 

As Batalhas de Joana
Chegando a Orleans, Joana intimou o inimigo a render-se. O entusiasmo dos combatentes franceses, estimulado pela estranha figura da aldeã-soldado, fez com que os ingleses levantassem o sítio da cidade. Em lembrança desse feito glorioso Joana d’Arc foi cognominada a ‘Virgem de Orleans’, e então com 17 anos passou a ser saudada como heroína em todo o país. Joana também dirigiu-se a vários pontos fortificados sobre pontes do rio Loire. Em 11 e 12 de junho de 1429 participou da vitória francesa na batalha de Jargeau. No dia 15 de junho foi a vez da batalha de Meung-sur-Loire. A terceira vitória foi em Beaugency, nos dias 16 e 17 de junho do mesmo ano. Depois se dirigiu a Patay, onde sua participação foi pouca. A luta na região, única batalha em campo aberto, já se desenrolava sem a presença de Joana d'Arc. Outra cidade importante Reims, também voltou ao poder dos franceses. Carlos VII, agora reconhecido legítimo rei da França foi coroado e consagrado em 17 de julho de 1429, na Catedral de Reims, cumprindo assim a missão recebida por Joana. A esta ocasião Joana falou: “Nobre Rei, assim é cumprida a vontade de Deus, que desejava que eu liberasse a França e vos trouxesse a Reims, para receberdes esta sagrada missão e provar à França que sois o verdadeiro Rei”. Joana dava por finda a sua missão, quando na primavera de 1430 o rei lhe pediu continuasse a guerra. Ela muito se empenhou pela reconquista de Paris, mas aos 23 de maio de 1430, perto de Compiégne, foi presa pelo exército borgonhês, aliado dos ingleses. Estes a compraram pelo preço de 10.000 francos-ouro, e a levaram para Ruão, onde Joana deveria ser julgada, o rei francês não a ajudou em nada. Aos ingleses interessava não apenas manter Joana encarcerada, mas também destruir o seu prestígio aos olhos do público. – Este plano haveria de ser executado mediante pretextos religiosos que, para os homens da época, eram os mais persuasivos.  Em novembro de 1430 Joana é levada para a cidade de Ruão, que ainda era controlada pelos ingleses e é iniciado um processo contra ela. foi presa em uma cela escura e vigiada por cinco homens, Joana agora vivia seus piores tempos. 

O Julgamento Pelo Tribunal da Inquisição
Visando desmoralizar Joana, os ingleses escolheram julgá-la em um tribunal de inquisição falso, que agiu sem o aval de Roma. O processo contra Joana teve início no dia 9 de janeiro de 1431, sendo chefiado pelo bispo de Beauvais, Pierre Cauchon, devoto à causa dos invasores e, por isto, havia sido expulso de sua diocese e se refugiado em Ruão, território possuído pelos ingleses. Foram realizadas dez sessões sem a presença da acusada, apenas com a apresentação de provas contra ela. Joana só foi ouvida pela primeira vez em 21 de fevereiro, a princípio ela se negou a fazer o juramento da verdade, mas logo o fez. Joana foi interrogada sobre as vozes que ouvia, sobre a igreja militante, sobre seus trajes masculinos. Joana sofreu maus tratos físicos e morais; foi submetida a interrogatórios capciosos, que visavam arrancar-lhe a confissão de heresia e superstição, respondeu sempre com simplicidade e nobreza; chegou a apelar para o Santo Padre: “Peço que me leveis à presença do Senhor nosso, o Papa: diante dele responderei tudo o que tiver que responder Tudo que eu disse, seja levado a Roma e entregue ao Sumo Pontífice, para o qual dirijo o meu apelo!” Em vão, porém, apelou. Ao fim do julgamento Joana foi considerada culpada por heresia e bruxaria, suas vitórias foram consideradas resultado de um pacto com o demônio, e como era costume entre as condenadas por bruxaria, sua pena foi a morte pelo fogo. 

Joana é Condenada e Morta 
No dia 30 de maio de 1431 Joana, com apenas 19 anos, foi amarrada em uma estaca na praça central do velho mercado de Ruão, os soldados ingleses atearam fogo à sua volta. Pouco antes de morrer foi oferecido a Joana a possibilidade de renegar a sua fé e ser livre, mas ela recusou-se. Sua única atitude foi pedir aos soldados uma cruz, que ela beijou pouco antes de morrer na fogueira. Enquanto era consumida pelas chamas, Joana era chamada de bruxa, mentirosa e blasfema pela população que acompanhava o acontecimento. Para comprovar sua morte e evitar boatos de fuga, os soldados cumpriram ordens de abrir a fogueira e expor o corpo carbonizado, e ao final quando foram recolher as cinzas foram surpreendidos por um acontecimento milagroso: o coração de Joana não havia sido consumido pelo fogo e estava intacto. Com medo do povo os soldados receberam ordens de lançá-lo juntamente com as cinzas no leito do rio Sena.

Reabilitação, Beatificação e Canonização 
Em 1456, o Papa Calisto III, iniciou a revisão do processo que condenou Joana, alguns historiadores creditam essa revisão a uma solicitação dos pais de Joana, mas não há fontes seguras. Com a revisão, o processo foi considerado nulo por vício de forma e de conteúdo, Joana passou a ser considerada inocente, teve sua honra reabilitada, e os nomes de feiticeira e bruxa foram apagados para que ela fosse reconhecida por suas virtudes heroicas, provenientes de uma missão divina. Em 1909 Joana foi beatificada pelo Papa São Pio X . Em 1920, Joana d'Arc foi canonizada pelo Papa Bento XV.

Joana D'Arc foi proclamada padroeira da França junto com Santa Teresinha.

Sua festa litúrgica é celebrada no dia 30 de maio.

Santa Joana D'Arc, rogai por nós!



Fontes Pesquisadas:

Wikipedia, acesso em 12/11/2016
UOL Educação, acesso em 12/11/2016
E-Biografias, acesso em 12/11/2016
Arautos do Evangelho, acesso em 12/11/2016
Blog Canção Nova, acesso em 12/11/2016
Professor Felipe Aquino, acesso em 12/11/2016
Editora Cléofas, acesso em 12/11/2016
Gaudium Press, acesso em 12/11/2016
Presente Pra Você, acesso em 12/11/2016
Só História, acesso em 12/11/2016

domingo, 30 de outubro de 2016

Santa Teresa Benedita da Cruz - Copadroeira da Europa

Olá!!!
Paz e Benção!!!
Chegando com mais um bom filme para conhecermos um pouco sobre a história de pessoas que conseguiram alcançar em vida a santidade em Jesus Cristo, e que nos são modelos de vida. Hoje trago a inspiradora história de uma Freira Carmelita Descalça, a Santa Tereza Benedita da Cruz, uma das patronas da Europa. 

Início da Vida de Edith Stein
Edith Stein nasceu em 12 de outubro de 1891, quando se celebrava a grande festa judaica do Yom Kippur, o "Dia da Reconciliação", na cidade de Wroclaw (Breslau), Alemanha (cidade incorporada a Polônia, desde a Segunda Guerra Mundial). 
Filha de uma próspera família de comerciantes de madeira, Siegfried e Augusta Courant Stein, era a caçula de 11 irmãos. Seu pai faleceu quando tinha dois anos, numa viagem de negócios e sua mãe, uma mulher muito religiosa, solícita e voluntariosa, teve que assumir todo o cuidado dos negócios e da família. A pequena Edith era de temperamento forte, vivaz e independente. Ademais, demonstrava uma inteligência muito precoce, que lhe proporcionou o primeiro lugar da classe durante toda a sua vida escolar. Cresceu numa família praticante da religião judaica, ela acreditava em Deus e a Ele dirigia suas preces.

A Busca pela verdade e a Primeira Guerra Mundial
Ao atingir a adolescência, perdeu a fé na existência de Deus, parou de rezar e abandonou os estudos e passou alguns meses na casa de sua irmã Else e família em Hamburgo. Ela própria relatou mais tarde: “Com plena consciência e por livre decisão, deixei de rezar. Meus anseios de conhecer a Verdade eram minha única oração.” Aos 14 anos, decidiu retomar os estudos colegiais, para ingressar na universidade. E em 1911 começa então a cursar a Universidade em sua cidade de Breslau : alemão, história, psicologia e filosofia. Interessa-se pelos estudos realizados por Edmund Husserl criador da Fenomenologia, e parte para estudar com ele em 1913, na Universidade de Gotinga. Faz estudos de filosofia alemã e história. Faz grandes amigos, do grupo de filosofia de Gotinga. Graduou-se em janeiro de 1915. No início da Primeira Guerra Mundial Edith trabalhou como voluntária, enfermeira da Cruz Vermelha alemã, no hospital militar de Mährisch-Weisskirchen, e entregou-se ao cuidado dos soldados doentes e feridos de corpo e alma. Recebeu por este trabalho uma medalha de honra.
Em 1916 voltou a Breslau e trabalhou como professora suplente na escola Viktoria, onde estudou, nesse mesmo ano cursou doutorado em Freiburg, onde conseguiu aprovação com summa cum laude, com a tese "Sobre o Problema da Empatia"que é publicada em 1917. Entre 1916-1918 trabalhou como assistente do seu mestre Husserl, em Freiburg, e trabalhou em escritos diversos. Apesar de fazer várias tentativas de obter um cargo em diversas universidades, como de Gotinga, Freiburg e Kiel, não é aceita por ser mulher. 

A Conversão ao Cristianismo
Por volta de 1918, Edith leu os Exercícios Espirituais de Santo Inácio de Loyola, apenas por interesse acadêmico. Mas, ao perceber a densa espiritualidade contida na obra, fez os trinta dias de meditações, no fim dos quais desejou ardentemente se tornar católica. Mas ainda precisava vencer algumas batalhas interiores antes de chegar à conversão definitiva.
Em 1921, Edith visita a viúva de seu amigo Adolf Reinach - amigo que, como ela, estava à busca da Verdade, e na biblioteca da casa ela encontra a autobiografia de Santa Teresa de Ávila, chamada "O livro da Vida". Edith lê o livro durante toda a noite. “Quando fechei o livro, disse para mim própria: é esta a verdade”, declarou ela mais tarde. Em Janeiro de 1922, Stein é batizada e em fevereiro desse mesmo ano é crismada na capela privada do bispo de Speyer. Sua mãe e os irmãos nunca compreenderam ou aceitaram sua adesão ao Cristo.

Conferencista e Catedrática
Entre 1923-1931 trabalhou como professora no liceu para moças e no instituto para formação de professoras das irmãs dominicanas de Santa Madalena, em Speyer. Participou de conferências, simpósios e congressos pedagógicos realizados em Praga, Viena, Salzbourg, Bâle, Paris, Munster, Nuremberg, Speyer, Bendorf, Heildelberg, sobre temas como a "educação católica" e "o papel da mulher católica na família e na sociedade", apresentando como modelo Maria, a Virgem Mãe. Fez várias traduções e outros trabalhos, como "O Diário" e "As Cartas" do cardeal John Henry Newman, "De Veritate", de Tomás de Aquino. Em 1931, ela tentou novamente uma cátedra universitária, mas não obteve sucesso. Em 1932 Edith conseguiu uma posição como docente no Instituto Alemão de Pedagogia Científica, em Münster, e continuou a proferir diversas conferências pela Alemanha e Suiça. Participou do importante Congresso Internacional Tomista de Juvisy e publicou o segundo volume da sua tradução de Tomás de Aquino, Questiones Disputatae de Veritate.

Morre Edith Stein, Nasce Irmã Teresa
Em 1933, com a chegada de Adolf Hitler e o Partido Nacional Socialista dos Trabalhadores Alemães (partido nazista) ao poder, foi publicada a lei que proibia a presença de judeus em cargos públicos. Edith Stein foi então demitida do posto de docente do Instituto. Em outubro de 1933 ela ingressou no Carmelo de Colônia. Recebeu o hábito carmelita em abril de 1934, Edith Stein morreu para este mundo, e nasceu uma nova esposa de Cristo: Irmã Teresa Benedita da Cruz. Sua vida no noviciado não foi fácil, Irmã Teresa já tinha seus 43 anos, e entre as freiras sua ciência filosófica pouco valia. O trabalho manual era parte importante da vida monástica e Irmã Teresa era muito desajeitada, a mestra de noviças não deixava de repreendêla nas ocasiões oportunas, mas ela nunca se mostrou ressentida. Pelo contrário, sabia que esses pequenos sacrifícios faziam parte de sua caminhada rumo à santificação, e aceitava tudo com serenidade. Com a permissão de sua superiora, pode continuar seu estudo Ser Finito e Ser Eterno. Publicou vários textos inclusive o estudo sobre Teresa d'Avila. No domingo de páscoa de 1935, fez seus votos religiosos temporários. Em 1936, após a morte de sua mãe, a Irmã de Teresa, Rosa Stein também converteu-se ao Catolicismo e queria seguir a vida monástica, ela foi acolhida como terciária carmelita no mesmo mosteiro de Colônia, e as duas irmãs permanecerão unidas até a morte. Em abril de 1938 Irmã Teresa fez seus votos definitivos.

A Perseguição Nazista
Na Segunda metade da década de 1930 Adolf Hitler e o Partido Nazista acentuou ainda mais o cerco com os Judeus, e a oposição aos ensinamentos católicos na Alemanha. O governo encabeçado por Hitler perseguia disfarçadamente a Igreja. Em 1937, o Papa Pio XI condenou de maneira contundente o nacional- socialismo através da Encíclica Mit brennender Sorge (Com ardente preocupação), causando uma aversão ainda maior do governo à igreja, então acentuou-se a campanha anticlerical, muitos bispos foram agredidos em público e milhares de fiéis foram deportados para os campos de concentração. Para evitar que o Carmelo de Colônia corresse perigo por sua presença, Irmã Teresa Benedita pediu transferência para algum convento fora da Alemanha. Em Novembro de 1938, teve início a explosão de violência contra os judeus, conhecida como "A Noite dos Cristais" onde além das agressões físicas, os judeus tiveram seus templos, casas, e comércios destruídos. Delegados do governo nazista violaram a clausura do mosteiro, à procura da Irmã Teresa, com isso, ela foi transferida às pressas para o Carmelo de Echt, na Holanda. Um ano e meio depois, sua irmã Rosa foi se juntar a ela. Em 1939 a Alemanha invadiu a Polônia dando inicio a Segunda Guerra Mundial. Alguns familiares de Edith fugiram para os Estados Unidos e para a Colômbia. Foi durante esse período que a Irmã teresa iniciou sua obra mais importante: A Ciência da Cruz. Em 1940, os nazistas ocuparam a Holanda.

Morte em Auschwitz
Em julho de 1942, os Bispos holandeses tomaram posição formal contra os nazistas, em defesa dos judeus injustamente perseguidos. O revide do regime nazista não demorou. No dia 2 de agosto, agentes da Gestapo (Polícia Nazista) arrancaram do convento as duas irmãs, e as deportaram para o campo de concentração de Westerbork, norte da Holanda, juntamente com outros 242 judeus católicos. Esse ato foi reconhecido publicamente como retaliação à corajosa atitude do Episcopado, pelo comissário geral Schmidt, que afirmou: "Como o clero católico não se deixa dissuadir por nenhuma negociação, vemo-nos forçados a considerar os judeus católicos como os nossos piores inimigos e, por essa razão, a deportá-los para o Leste o mais depressa possível".
No dia 7 de agosto, Irmã Teresa Benedita da Cruz e sua irmã Rosa - juntamente com centenas de outros judeus - foram embarcados em um trem rumo ao campo de extermínio de Auschwitz-Birkenau. Uma longa viagem, sem água e sem alimentos. Logo na chegada, no dia 9 de agosto de 1942, elas foram mortas na câmara de gás e em seguida seus corpos foram cremados e as cinzas espalhadas pelos campos. Santa Teresa Benedita da Cruz morreu aos 51 anos. 
Somente em 1947 as carmelitas de Echt e Colônia tiveram notícia segura a respeito da morte de Santa Teresa Benedita da Cruz, e puderam transmiti- la às demais casas da Ordem:"Não mais a procuremos sobre a terra, mas junto de Deus a quem foi agradável o seu sacrifício, fazendo-o frutificar em favor do povo pelo qual rezou, sofreu e morreu"

Beatificação e Canonização
Reconhecendo o seu heroísmo cristão o Papa João Paulo II beatificou a Irmã Teresa no dia 1 de maio de 1987, em Colônia e, em 11 de Outubro de 1998 a canonizou sob o nome de Santa Teresa Benedita da Cruz. No dia 1 de outubro de 1999, o Papa João Paulo II, numa carta apostólica em forma de motu próprio intitulado "Spes aedificandi", proclamou Santa Teresa Benedita da Cruz, juntamente com Santa Brígida da Suécia e Santa Catarina de Siena, copadroeira da Europa pela particular contribuição cristã que outorgou não só à Igreja Católica, mas especialmente à mesma sociedade europeia através do seu pensamento filosófico.

Sua Festa Litúrgica é celebrada no dia 9 de Agosto.

Santa Teresa Benedita da Cruz, rogai por nós!!!

Bom filme a todos


Fontes Pesquisadas:
Wikipedia, acesso em 29 e 30/10/2016
Evangelho Quotidiano, acesso em 29 e 30/10/2016
Santuário Virtual, acesso em 29 e 30/10/2016
Canção Nova, acesso em 29 e 30/10/2016
Arautos do Evangelho, acesso em 29 e 30/10/2016