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sábado, 17 de junho de 2017

São José Sánchez - O Menino Que Queria Ganhar o Céu

Olá!!!
Paz e Benção!!!

Chegando mais um bom filme aqui no Blog para curtirmos em família. Er ..., quer dizer ..., o filme já passou por aqui antes, mas a postagem tinha o foco na guerra que ele retrata, mas hoje vamos mostrar de forma mais detalhada na postagem a vida de São José Sánchez, o pequeno guerreiro de Deus.

O Pequeno José Sánchez
José Luís Sánchez Del Río nasceu no dia 28 de março de 1913, em Sahuayo, Michoacán, México. Estudou em seu povoado natal onde, mais tarde passou a fazer parte do grupo local da ACJM (Associação Católica da Juventude Mexicana) e posteriormente, em Guadalajara - Jalisco.

O Início da Perseguição à Igreja No México
Em 1925 o Papa Pio XI instituiu a festa de Cristo Rei do Universo, e escreveu a Encíclica “Quas Primas” sobre o reinado de Jesus. Ele fez isso porque a pouco tempo havia acontecido a Primeira Guerra Mundial e, em todo o mundo, o socialismo, o nazismo, e outras ideologias se espalhavam pelo mundo, pregando o ódio aos judeus, a luta entre classes sociais, etc. Não imaginaria ele que Longe de Roma, em outro continente, suas palavras cairiam no coração do valente povo do México: os mexicanos. “Viva Cristo Rei!” passou a ser sua saudação e grito de guerra.
Tudo começou quando os comunistas assumiram o governo do México, e decidiram acabar com a fé Católica no país, O pior presidente foi Plutarco Elías Calles, que governou o México entre 1924 e 1928, ele criou leis para fechar todas as igrejas, prender e matar os padres, freiras e até quem trouxesse no peito uma cruz, era a “lei Calles”, com ela os católicos perderam, além do direito de viver a sua fé, direitos civis como utilizar o transporte público, ir ao cinema, até mesmo os professores católicos perderam seu emprego. Nem mesmo a intercessão do Papa Pio XI, que tentou negociar com o governo, conseguiu resolver o impasse com Calles.
A violência era tamanha que os soldados chegavam a invadir igrejas para matar fiéis, sacerdotes e freiras, foi em uma dessas ações que o pequeno José Sánchez, que era coroinha, viu os soldados comunistas entrarem a cavalo na sua igreja e enforcarem o velho sacerdote. Foi nesse cenário que, em Guadalajara, no dia 3 de Agosto de 1926, cerca de 400 católicos armados encerraram-se na igreja de Nossa Senhora de Guadalupe, aos gritos de: “Viva Cristo Rei e a Virgem de Guadalupe!” Iniciando assim o movimento revolucionário de iniciativa popular, em defesa de sua fé, que ficou conhecido como “Cristiada” (em outras fontes, também chamada de "A Guerra dos Cristeros" ou ainda "Guerra Cristera").


Voltando a José Sánchez
Os irmãos de José Sánchez se uniram às forças Cristeras, mas sua mãe não lhe permitiu que se unisse devido a sua idade, 13 anos. O general Prudêncio Mendoza, também o recusou quando tentou alistar-se. O menino insistiu dizendo que queria ter a oportunidade de dar sua vida por Cristo e poder alcançar o Reino dos Céus. As palavras que convenceram sua mãe a deixá-lo ir foram as seguintes: "Nunca terá sido tão fácil alcançar o Céu como agora".
Depois de ingressar Exército Cristero, o caçula da família Sánchez del Río, logo conquistou a simpatia e confiança dos "cristeros". Munido de uma alegria contagiante, desde o início ele foi o encarregado de liderar a recitação do terço com a tropa, no fim de cada dia. Por seu valor e bom comportamento, o general lhe deu o cargo de corneteiro do destacamento. Pouco depois, sendo promovido a porta-estandarte, José Sánchez via realizado seu mais ardente desejo: estar no campo de batalha, como soldado de Cristo.
Em fevereiro de 1928, um ano e cinco meses após sua incorporação ao exército "cristero", travou-se um combate nas proximidades da cidade de Cotija. Depois de várias horas de renhida luta, o jovem porta-estandarte viu o cavalo do general tombar morto por um tiro. Para lá galopando imediatamente, disse com resolução: - Meu general, aqui está meu cavalo, salve-se o senhor. Se eu morrer, não farei falta, mas o senhor, sim. E assim, entregou seu cavalo, pegou um fuzil e combateu com bravura, quando acabou sua munição José Sánchez avançou sobre o inimigo de baioneta em riste, mas não conseguiu resistir por muito tempo e acabou sendo capturado. Foi feito prisioneiro e conduzido ao general inimigo, o qual o repreendeu por estar lutando contra o governo.


Prisão e Martírio de José
Da prisão escreveu à mãe: “Minha querida mãe, fui feito prisioneiro em combate neste dia. Creio que nos momentos atuais vou morrer, mas não importa, nada importa, mãe. Resigna-te à vontade de Deus; eu morro muito feliz porque no fim de tudo isto, morro ao lado de Nosso Senhor. Não te aflijas pela minha morte, que é o que me mortifica. Antes, diz aos meus outros irmãos que sigam o exemplo do mais pequeno, e tu faça a vontade do nosso Deus. Tem coragem e manda-me a tua bênção juntamente com a de meu pai. Saúda a todos pela última vez e receba pela última vez o coração do teu filho que tanto te quer e tanto desejava ver-te antes de morrer”.
Diante da sua valentia e bravura, foi incentivado a ingressar e combater pelo exército inimigo, e assim ele respondeu ao convite: " Jamais, jamais! Prefiro morrer! Nunca me juntarei aos inimigos de Cristo Rei! Mande me fuzilar! ". José Sánchez não foi morto no dia seguinte, como era o costume da época, ele foi levado para a igreja de Sahuayo, que as tropas do general Calles haviam transformado em um abrigo de soldados e animais. Ele ficou preso na sacristia da igreja, a qual também servia agora como abrigo para os galos de briga do deputado anticatólico Rafael Picazo, que ali realizava frequentemente orgias com seus amigos.
Na sexta-feira, 10 de fevereiro, o retiraram da Paróquia e o levaram à hospedaria geral do exército federal. Lá José foi torturado para que negasse sua fé, cortaram-lhe as plantas dos pés e o espancaram, depois o conduziram descalço (mesmo com os pés esfolados) pelas ruas até chegar ao Cemitério Municipal. Enquanto caminhava, José rezava e gritava “Viva Cristo Rei e a Virgem de Guadalupe!”.
Ao chegar ao cemitério foi levado até a beira de uma cova que em breve seria a sua, os soldados lhe apunhalaram várias vezes, mas José continuava vivo, falando de Jesus e Maria. Um oficial chegou perto e perguntou-lhe: Agora, o que queres que diga a seus pais? Respondeu-lhe: Diga que nos veremos nos céus! Viva a Cristo Rei! O oficial deu um tiro em sua cabeça. Eram 23:30h do dia 10 de Fevereiro de 1928, José Sánchez tinha apenas 14 anos.


Funeral, Restos Mortais, Beatificação e Canonização
Quando os policiais federais deixaram o cemitério, o coveiro foi até a casa do Padre Ignacio Sánchez, que era tio de José e pediu-lhe um funeral cristão. Junto com os pais do menino foram ao cemitério, ali limparam suas feridas, e deram-lhe um digno funeral. Ao saber da santidade de sua morte, muitos começaram a rezar por sua memória e pedir-lhe intercessão em seus problemas. Em 1945, o corpo incorrupto de José foi transferido para um altar na Igreja do Sagrado Coração de Jesus, junto com outros mártires cristeiros. Finalmente, em 1996 seus restos mortais foram colocados no batistério da Igreja em que fora mantido preso.
José Luís Sánchez del Rio foi beatificado em 2005 e o Papa Emérito, Bento XVI que esteve rezando junto as suas relíquias. Sua canonização se deu em 16 de outubro de 2016, pelo Papa Francisco, em Roma, na Itália, após o reconhecimento do milagre, atribuído a sua intercessão, que aconteceu em 2008 e a agraciada foi Ximena, uma bebê vítima de meningite, tuberculose, convulsões e um infarto cerebral – para quem, "humanamente, já não havia esperança de vida". O relato do milagre foi feito pela mãe da criança, Paulina Gálvez Ávila.

A festa litúrgica de São José Sánchez é celebrada dia 10 de Fevereiro;
A Solenidade de Cristo Rei do Universo é celebrada no último domingo do Ano Litúrgico;
A Festa litúrgica de Nossa Senhora de Guadalupe é celebrada dia 12 de Dezembro.

São José Sánchez, rogai por nós!!!

Bom Filme a Todos!!!

Atualização 2: O código de incorporação anterior não estava mais funcionando, por isso mudei a forma de acesso ao filme, a partir de hoje 21/04/2018, você clica na imagem abaixo, ela é um link, e vai lhe direcionar para o player de vídeo de uma conta no site 4SHARED onde o filme está armazenado, quando a página abrir o vídeo vai carregar e isso levará alguns segundos (a depender da sua conexão de internet) e em seguida o filme começará a ser exibido. Caso o link volte a falhar, por favor mande um e-mail para filmescristaocatolico@gmail.com me avisando da falha.



Fontes Pesquisadas:
Jovens Conectados, acesso em 17/06/2017;
Tesouros da Igreja Católica, acesso em 17/06/2017;
Acidigital, acesso em 17/06/2017;
Professor Felipe Aquino, acesso em 17/06/2017;
Amigos do Céu, acesso em 17/06/2017;
Wikipedia, acesso em 17/06/2017;
Christo Nihil Praeponere, acesso em 17/06/2017. 

sábado, 22 de abril de 2017

Daniel na Cova dos Leões

Olá!!!
Paz e Benção!!!

Você já teve a sua fé provada? Já foi caluniado? já se sentiu como que no meio de feras prontas a lhe devorar? o que aconteceu, você venceu? você se perdeu? Ou ainda está atravessando esse momento? Pois bem, hoje vou trazer uma história para lhe fortalecer, lhe mostrar um caminho, mostrar que o caminho é a retidão e a fé. Vamos conhecer hoje a história de Daniel, que dos muitos momentos em que teve sua fé provada, em um ele foi jogado em uma cova cheia de leões famintos. Quem foi Daniel? Como terminou essa história? 

Daniel foi um jovem nobre de Jerusalém que foi levado como cativo, junto com outros nobres, para a Babilônia em uma das investidas de Nabucodonosor contra o reino de Judá. Na Babilônia ele passou a ser chamado pelo nome babilônico de Beltessazar, foi educado segundo o costume Caldeu, mas ele perseverou na sua fé e nunca aderiu aos costumes babilônicos, permanecendo fiel a Deus. Pela Sabedoria Divina de Deus, ele interpretou os sonhos e visões do Rei Nabucodonosor, e tornou-se Governador Geral da Babilônia, tornando-se uma figura de destaque na corte. Ele é considerado um dos profetas do velho testamento, e seu livro está entre os quatro livros dos profetas maiores (Assim chamados não pela sua importância, mas pelo tamanho dos livros) e contém 12 capítulos. 

Daniel passou por outras provas de fé, mas hoje conheceremos como se deu a história da cova dos leões, os fatos que fizeram com que ele fosse jogado lá, e como terminou essa história.

Bom filme a todos!!!


Fontes Pesquisadas:
Wikipedia, acesso em 22/04/2017
Cléofas, acesso em 22/04/2017

sábado, 11 de março de 2017

Madre Paulina - A Primeira Santa do Brasil

Olá!!!
Paz e Benção!!!

Chegando mais um bom filme para curtirmos em família. O filme de hoje nos levará a aprender um pouco mais sobre a vida daquela que é conside
rada a primeira santa brasileira, vamos falar daquela que dedicou sua vida aos doentes e mais pobres, o filme de hoje contará a história de Madre Paulina.

Infância de Amábile Lucia
Nascida em 16 de Dezembro de 1865, em Vigolo Vattaro, na região de Trento, à época pertencente ao Império Austríaco ( desde 1918 pertencente à Itália ), recebeu dos pais o nome de Amabile Lucia Visintainer, ela era a segunda filha, dos quatorze, do casal Napoleone Visintainer e Anna Pianezzer. Sua família era pobre e tinha poucas posses, mas eram cristãos muito fervorosos. Durante a infância de Amábile, toda a região passava por uma grave crise econômica e pestes contagiosas. Por isso, quando ela tinha nove anos, seus pais decidiram emigrar para o Brasil.
Amábile chegou ao Brasil em 1875, junto com a família e se instalaram no Estado de Santa Catarina, mais precisamente na região de Nova Trento, a qual já abrigava vários trentinos. Eles foram se estabelecer em um vilarejo recém fundado no meio da mata chamado Vigolo. As famílias procuravam manter-se unidas para sobreviverem, alimentando o sonho de um dia prosperarem, já que naquela época tudo era muito precário e pobre. 

Uma Santa Amizade Pra Toda Vida
No vilarejo de Vigolo, Amábile fez grande amizade com uma menina que a acompanharia por toda a vida: Virgínia Nicolodi. As duas já tinham uma fé sólida e esta afinidade as fez crescer ainda mais na amizade. As duas eram sempre vistas rezando na capelinha de madeira. Elas fizeram a primeira comunhão no mesmo dia. Nessa época, Amábile já tinha doze anos de idade. Em 1887, sua mãe faleceu e Amábile, então com 22 anos, ficou cuidando de sua família, até quando o seu pai casou-se outra vez. Desde pequena ajudava na Paróquia de Nova Trento, especificamente na Capela de Vígolo, como paroquiana engajada na vida pastoral e social.

Início da Missão de Amábile
Com o crescimento do vilarejo de Vigolo, o padre responsável pela região, chamado Servanzi, iniciou um trabalho pastoral ali. E assim que ele percebeu o espírito comprometido e sábio da adolescente Amábile a incumbiu de lecionar o catecismo às crianças, além de ajudar aos doentes e de manter limpa a capelinha do vilarejo, que era dedicada a São Jorge. Amábile assumiu sua missão de corpo e alma, levando sempre consigo sua amiga Virgínia. As duas dedicaram-se totalmente à caridade para com os mais pobres, ajudando aos doentes, conseguindo mantimentos para os necessitados, ajudando aos doentes, idosos, crianças, enfim, a todos que precisassem. Amábile e Virgínia começaram a ser reconhecidas por todo o povo italiano que vivia naquela região distante e abandonada do Brasil.

Os Sonhos Com Nossa Senhora
Em 1888 Amábile teve o primeiro de três sonhos com a Virgem Maria. Nesses sonhos, Nossa Senhora lhe disse: “Amábile, é meu ardente desejo que comeces uma obra: trabalharás pela salvação de minhas filhas.” Amábile responde: “Mas como fazer isso minha Mãe? Não tenho meios, sou tão miserável, ignorante…” Quando acordou após o terceiro sonho, Amábile assim respondeu em oração: “Servir-vos Minha querida Mãe…sou uma pobre criatura, mas para satisfazer o vosso desejo, prometo me esforçar o máximo que eu puder!”

A Congregação das Irmãzinhas da Imaculada Conceição
Em 12 de julho de 1890, com a ajuda de sua amiga, Virginia Rosa Nicolodi, ela deu início à Congregação das Irmãzinhas da Imaculada Conceição, cuidando de Angela Viviani, que estava enfrentando um câncer já em fase terminal, elas se instalaram em um casebre de madeira, cujo terreno havia sido doado por Beniamino Gallotti. Para este projeto ela contou, também, com a ajuda de seu pai que construiu o casebre de madeira para servir de instalação para obra e permitiu que ela deixasse sua casa para se estabelecer ali. Após a morte de Angela, em 1891, juntou-se a ela mais uma entusiasta deste ideal: Teresa Anna Maule.
Em 1894 o trio fundacional da Congregação das Irmãzinhas da Imaculada Conceição transferiu-se para a cidade de Nova Trento. Receberam em doação o terreno e a casa de madeira dos generosos benfeitores: João Valle e Francisco Sgrott, hoje um centro de encontros.
No dia 17 de agosto de 1895 elas escreveram uma carta a Dom José de Camargo Barros, Bispo de Curitiba. As três amigas pediam ao Bispo a aprovação para elas de um estado oficial de vida religiosa, uma irmandade religiosa de vida consagrada, pela qual tanto rezavam e pediam a Deus. A resposta foi imediata: em 25 de agosto Dom José, constatando que o pedido estava de acordo com “os planos divinos”, concedeu aprovação diocesana para a criação e ereção da “Pia União da Imaculada Conceição”. Em 7 de dezembro de 1895, Amábile e suas companheiras pronunciaram os votos religiosos. Nessa ocasião foi que elas assumiram seus nomes religiosos Amábile tomou o nome de Irmã Paulina do Coração Agonizante de Jesus ( Paulina por ter estudado na Faculdade Missionária de São Paulo; Coração como representação do amor; Agonizante pelas dificuldades pelas quais passou; e Jesus em homenagem a Jesus Cristo ); Virgínia passou a chamar-se Irmã Matilde da Imaculada Conceição e Tereza, recebeu o nome de Irmã Inês de São José.
Em 1903 Irmã Paulina, que já era tratada por Madre Paulina, desde a fundação da congregação, foi eleita Superiora Geral no primeiro capítulo da congregação e a escolha foi “ad vitam”, ou seja, ela estava sendo eleita como Superiora Geral da nova Congregação por toda a vida. O governo de Madre Paulina durou 6 anos, nos quais, com o aumento do número das vocações, a Fundadora pôde consolidar a obra e edificar outras Casas. 
Ainda em 1903 Madre Paulina e outras irmãs, mudaram-se de Nova Trento para São Paulo, em uma difícil e perigosa viagem. Fixaram morada no bairro do Ipiranga e logo iniciaram uma importante obra de assistência aos ex-escravos e filhos de ex-escravos, que haviam sido libertos por força da lei áurea em 1888 e que viviam em péssimas condições, nascia a "Obra da Sagrada Família" ou "Asilo da Sagrada Família" como também era chamado. Para essa obra ela pode contar com o apoio do Padre Rossi e a ajuda de Benfeitores, especialmente do conde José Vicente de Azevedo.
Em 1905 Madre Paulina deu início à fundação da Santa Casa da Misericórdia de Bragança Paulista. E, em 1909, as dirigidas de Madre Paulina passam a administrar, ainda em São Paulo, a Casa de Saúde Dr. Homem de Mello, localizada no Bairro das Perdizes. Foi ainda nesse ano que Madre Paulina assumiu a direção da Santa Casa de Misericórdia de São Carlos do Pinhal.

Perseguição, Afastamento e Exílio
Mas nem tudo foram flores no caminho de Madre Paulina e ela foi perseguida e provada, assim como tantos outros Cristãos. Sua agonia começou quando Anna Brotero de Barros, filha de uma família rica de São Paulo, se transformou em benfeitora do Asilo da Sagrada Família, que era administrado pela Congregação. Como tinha prestígio junto à cúpula da Igreja, queria ser consultada sobre todos os assuntos do asilo e até na ordem interna da Congregação. Madre Paulina considerou as intromissões indevidas, e isso acabou afastando Anna do Asilo, o que desagradou bastante o Arcebispo de São Paulo Dom Duarte Leopoldo e Silva, que passou a considerar necessário uma atitude drástica e exemplar de sua parte. Dom Duarte, então, decidiu por afastar Madre Paulina da Congregação, pois passou a achá-la inconveniente demais e insubmissa. E com isso, ordenou a convocação de um novo capítulo na ordem, para eleição de uma outra Superiora Geral para as Irmãs da Imaculada conceição.
No dia 29/08/1909, após o retiro, foi realizada a eleição da nova Superiora Geral, com a presença de Dom Duarte e Dona Anna Brotero de Barros. Madre Vicência Teodora da Imaculada Conceição foi eleita a nova superiora. No dia seguinte, 30 de agosto, Madre Paulina é obrigada a deixar São Paulo e enviada para Santa Casa de Misericórdia em Bragança Paulista, por ordem de Dom Duarte para que vivesse como súdita por toda a vida. Recebeu o título de Veneranda Madre Fundadora, mas devia partir para o exílio. No “exílio”, aos 44 anos, Madre Paulina sujeitou-se aos trabalhos mais humildes e pesados, sem murmurar nem reclamar, mas entregando tudo ao Senhor.
Tiraram-lhe tudo, restando-lhe somente o título de “Veneranda Madre Fundadora”. No lugar de qualquer outra pessoa (digo isso por mim!) ela poderia ter se encolerizado, murmurado e largado tudo, mas não estamos falando de mim, e sim de Madre Paulina, aquela que diante de tudo o que estava lhe acontecendo, reagiu pronunciando a mais bela oração de perdão de sua vida, de joelhos, diante da autoridade de Dom Duarte:  
“Estou pronta para entregar toda a Congregação à nova Superiora Geral. Ofereço-me espontaneamente, para servir na Congregação, como súdita, sob a obediência de qualquer Superiora, até a morte, em qualquer trabalho. Meu desejo é que a Congregação prossiga seu carisma e que, por seu intermédio, Jesus Cristo seja conhecido, amado e adorado por todas as pessoas em todo o mundo.”
Madre Paulina permaneceu no exílio até 1918 quando, por ordem do mesmo Dom Duarte, foi chamada de volta à casa geral da Congregação em São Paulo. Ela passou a ser fundamental na ajuda da elaboração da História e do resgate do Carisma da Congregação. Na Casa Geral de São Paulo pode rejubilar-se com o Decreto de Louvor dado à Congregação pelo Papa Pio XI, em 1933. Ela era quem orientava e abençoava as Irmãs que partiam em missão para novas fundações. Alegrou-se muito com as irmãs que foram enviadas para a catequese dos índios de Mato Grosso, em 1934.

Saúde frágil, Morte, Beatificação e Canonização
A partir de 1938 Madre Paulina iniciou um período de grandes sofrimentos físicos, ela sofria de diabetes, e por causa da doença ela teve seu braço direito teve que ser amputado. Depois disso, ficou cega. Foram quatro anos de sofrimentos físicos e de testemunho de fé. Ela permaneceu firme, louvando ao senhor por tudo e sendo cada vez mais amada e admirada pelas irmãzinhas. Por fim, após quatro anos de dor, ela entregou sua alma a Deus, na casa geral da congregação fundada por ela, no dia 9 de julho de 1942, então com 76 anos. 
O processo de canonização de Madre Paulina teve início em 1965, o primeiro milagre foi registrado em Imbituba (SC), em setembro de 1966, no qual foi reconhecida a cura instantânea, perfeita e duradoura de Eluíza Rosa de Souza, que possuía uma doença complexa: a morte intra-uterina do feto e sua retenção por alguns meses; extração com instrumentos e revisão do útero, seguida de grande hemorragia e choque irreversível. O caso foi discutido e, posteriormente, o Santo Padre ratificou em decreto aprovando as conclusões da Congregação para as Causas dos Santos.
Já o segundo milagre comprovado ocorreu, em junho de 1992, com a menina Iza Bruna Vieira de Souza, de Rio Branco (AC). Ela nasceu com má formação cerebral, diagnosticada como “meningoencefalocele occipital de grande porte”. No 5º dia de vida, foi submetida, embora anêmica, a uma cirurgia e, depois de 24 horas, apresentou crises convulsivas e parada cardiorrespiratória. A avó da menina, Zaira Darub de Oliveira rezou à Madre Paulina durante toda a gestação da filha e também durante o período no Hospital. A menina Iza Bruna foi batizada no próprio Hospital, dentro do balão de oxigênio, e logo se recuperou. A cura foi atestada pelo Santo Padre João Paulo II.
Madre Paulina foi canonizada em 19 de maio de 2002 pelo Papa João Paulo II que reconheceu suas virtudes em grau heroico: humildade, caridade, fé, simplicidade, vida de oração, entre outras e assim, ela passou a ser a primeira santa canonizada no Brasil.

O dia da festa litúrgica de Santa Paulina é 9 de Julho.

Santa Paulina, rogai por nós!!!

Bom filme a todos!!!



Fontes Pesquisadas:
Cruz Terra Santa, acesso em 11/03/2017
Santuário Santa Paulina, acesso em 11/03/2017
Wikipedia, acesso em 11/03/2017
Canção Nova, acesso em 11/03/2017
Editora Cléofas, acesso em 11/03/2017
E-Biografias, acesso em 11/03/2017
Santa Paulina, acesso em 11/03/2017
Catolicismo Romano, acesso em 11/03/2017

sábado, 24 de setembro de 2016

O Evangelho de Jesus Cristo Segundo São Mateus

Olá!!!
Paz e Benção!!!

Chegando mais um bom filme para assistirmos em família, e hoje vamos precisar de um pouco mais de pipoca e suco ( ou refrigerante ) que o normal, pois serão mais de 4h de filme. Traremos hoje "O Evangelho Segundo Mateus", filme lançado em 2008 e dirigido por Regardt Vanden Bergh.

Sobre São Mateus
Ele era filho de Alfeu, recebeu de seu pai o nome Levi e tinha grande fortuna. Trabalhava como cobrador de impostos (rendeiro), atuava na área da contabilidade pública e coletava impostos do povo hebreu para Herodes Antipas, o tetrarca da Galileia. Os Judeus que enriqueciam dessa maneira não eram bem vistos pela sociedade, sendo considerados pecadores públicos (Párias), pois os impostos cobrados eram onerosos e pesavam brutalmente sobre os ombros dos judeus, e essa cobrança era realizada por homens considerados cruéis, sanguessugas, verdadeiros esfoladores do povo e um dos piores rendeiros da época era Levi. Trabalhava e morava em Cafarnaum, uma cidade cortada pelas principais estradas da Palestina,e era o mais instruído e rico de todos os rendeiros.
Em sua peregrinação, Cristo passou diante do Telônio de Levi (lugar onde era realizado o pagamento dos impostos), parou, e disse: "Segue-me!", convidando-o para juntar-se ao grupo dos doze apóstolos. Levi, não hesitou e imediatamente, levantou-se, abandonou seu negócio lucrativo, mudou de vida, de nome e seguiu Jesus. Após o chamado, Levi convidou Jesus para um banquete em sua casa. Ao ver isto, os escribas e os fariseus criticaram Jesus por cear com coletores de impostos e pecadores. A provocação fez Jesus responder: "Não vim chamar os justos, mas os pecadores ao arrependimento."

Após sua conversão, adotou o nome de Mateus, que significa "o dom de Deus”. Mateus foi o primeiro dos quatro evangelistas.  Como discípulo, ele seguiu Cristo e foi uma das testemunhas da Ressurreição e Ascensão de Cristo. Depois, Mateus, Maria, Tiago e outros seguidores próximos a Jesus se recolheram ao cenáculo em Jerusalém. Assim que recebeu o dom da sabedoria, saiu por várias regiões para proclamaram que Jesus, era o Messias prometido nas profecias. Pregou, em primeiro lugar, na própria Palestina. Mais tarde, ele viajaria fora da Palestina, indo a outras províncias romanas. (provavelmente seguindo o ordenamento de Jesus em Mateus 28:16-20) e espalhou os ensinamentos de Jesus entre os etíopes, macedonianos, persas e partos.
Em suas viagens Mateus foi para a Arábia e a Pérsia para evangelizar aqueles povos, mas foi vítima de uma grande perseguição por parte dos sacerdotes locais, que mandaram arrancar-lhe os olhos e o encarceraram para depois ser sacrificado aos deuses. Mas Deus não o abandonou e mandou um anjo que curou seus olhos e o libertou. Mateus seguiu, então, para a Etiópia, onde mais uma vez foi perseguido por feiticeiros que se opunham à evangelização. Porém o príncipe herdeiro morreu e Mateus foi chamado ao palácio. Por uma graça divina fez o filho da rainha Candece ressuscitar, causando grande espanto e admiração entre os presentes. Com esse ato, Mateus conseguiu converter grande parte da população. Na época, a Igreja da Etiópia passou a ser uma das mais ativas e florescentes dos tempos apostólicos.

O Evangelho Segundo Mateus
É o primeiro livro do Novo Testamento e é conhecido como Evangelho sinótico junto com os Evangelhos de São Marcos e de São Lucas, por ter uma grande quantidade de relatos semelhantes entre eles. Esse Evangelho traz um relato da vida, ministério, morte e ressurreição de Jesus de Nazaré. A grande maioria dos estudiosos acredita que o Evangelho de Mateus foi originalmente composto em grego ("primazia grega") ao invés de aramaico ou hebraico.
Tradicionalmente, Mateus era visto como o primeiro Evangelho escrito, porque, segundo Santo Agostinho, era esse o mais antigo (segundo ele, este Evangelho teria sido escrito de 50 a 75). Atualmente, a maioria dos estudiosos aceita a tese que defende que o Evangelho de Marcos é o mais antigo dos Evangelhos Canônicos. Em contrapartida, o Evangelho de Mateus foi o primeiro dos Evangelhos a ser lido publicamente nas comunidades cristãs (o que era sinal de sua aceitação como "literatura sagrada" entre os primeiros cristãos).
O Evangelho de Mateus está muito alinhado com o judaísmo do primeiro século, e tem sido associado aos evangelhos judaico-cristãos. Ele ressalta como Jesus cumpriu as profecias judaicas. Alguns detalhes da vida de Jesus, de sua infância, em particular, estão relacionados somente em Mateus. Também enfatiza a obediência e a preservação da lei bíblica. 
Os principais manuscritos gregos (unciais) trazem sempre os quatro evangelhos presentes. Os manuscritos que trazem apenas os evangelhos são mais numerosos que os que contêm outras partes do Novo Testamento, portanto, temos mais de 1400 manuscritos gregos dos evangelhos, o que torna o livro de Mateus um dos mais belos e bem documentados da Antiguidade.

Morte de Mateus
São Mateus morreu por ordem do rei Hirtaco, sobrinho do rei Egipo, no altar da igreja enquanto celebrava o Santo Ofício da Missa. Isso aconteceu porque não intercedeu em favor do pedido de casamento feito pelo monarca, e recusado pela jovem Efigênia que havia decidido se consagrar a Jesus. Inconformado com a atitude do Santo homem, Hitarco mandou que seus soldados o executassem.
No ano 930, as relíquias mortais do apóstolo são Mateus foram transportadas para Salerno, na Itália, onde, até hoje, é festejado como padroeiro da cidade. São Mateus foi proclamado "Celeste Patrono dos Contabilistas" em 06 de agosto de 1953, por iniciativa dos Colégios de Contabilistas Italianos.

São Mateus Evangelista é simbolizado pela figura de um homem, pois como explica São Gregório Magno: "Mateus é corretamente simbolizado pelo homem porque ele inicia com a geração humana".

Sua festa litúrgica é celebrada no dia 21 de Setembro.

São Mateus Apóstolo e Evangelista, Rogai por nós!!!

Bom filme a todos!!!



Fontes Pesquisadas:
Wikipedia, acesso em 23/09/2016
Wikipedia, acesso em 23/09/2016
Diocese de Amparo, acesso em 24/09/2016
Fundaj, acesso em 24/09/2016
Canção Nova, acesso em 24/09/2016
Só Contabilidade, acesso em 24/09/2016
E-Biografias, acesso em 24/09/2016
Últimas e Derradeiras Graças, acesso em 24/09/2016
Padre Paulo Ricardo, acesso em 24/09/2016

sábado, 23 de julho de 2016

O Apocalipse de São João

Olá!!!
Paz e Benção!!!

Chegando mais um bom filme pra gente assistir em família nesse fim de semana abençoado por Deus, hoje vamos trazer um filme que nos falará sobre o último livro da bíblia: O Apocalipse . O filme Apocalipse é dirigido por Raffaele Mertes, e conta com o ator Richards Harris no papel do apóstolo João.

O Momento das Revelações
No fim do século I, era cada vez mais difícil a situação dos cristãos no Império Romano por causa da terrível perseguição dos imperadores. Tudo começou com o Imperador Nero, no ano 64, e continuou na terrível perseguição de Domiciano (81-96). Muitos cristãos foram martirizados, mas muitos também estavam desanimados, abandonavam a fé (apostasia) e aderiam às práticas pagãs. Isso pode ser notado nas mensagens às sete igrejas da Ásia Menor: Éfeso, Laodiceia, Esmirna, Pérgamo, Tiatira, Filadélfia e Sardes. Foi em tais circunstâncias sombrias que São João escreveu o Apocalipse.

Quem foi João Evangelista
João Evangelista ou Apóstolo João, era pescador e foi um dos doze apóstolos de Jesus (Não o confundir com João Batista). Além do livro do Apocalipse, escreveu também o Evangelho segundo João e as três epístolas de João (1, 2, e 3). Nasceu em Batsaida na Galileia, era filho do pescador Zebedeu e de Maria Salomé, uma das mulheres que auxiliaram os discípulos de Jesus .
confundir com
Entre os 12 discípulos de Jesus, João era o mais novo. Quando foi chamado por Jesus, deveria ter por volta de vinte anos de idade. Jesus o chamava de Filho do Trovão por causa de algumas reações intempestivas do jovem, como querer mandar fogo do céu sobre aqueles que rejeitaram Jesus. Mas Jesus o repreendeu e ensinou. Mais tarde, João foi chamado de o “Discípulo Amado”. João foi o discípulo que acompanhou Jesus quando foi preso no Monte das Oliveiras e levado até à casa de Caifás. Além disso, João acompanhou Jesus até o momento derradeiro junto à cruz. E foi neste momento junto à cruz que Jesus entregou a João a guarda de sua mãe, Maria (João 10, 26ss)
No começo da Igreja, João esteve ligado a Pedro e foi uma das principais colunas da comunidade cristã de Jerusalém, onde Tiago era o líder. Após o martírio de Tiago, São João foi para a Ásia Menor. Lá, ele dirigiu a pujante comunidade cristã de Éfeso. Esta comunidade tinha sido fundada pelo apóstolo São Paulo alguns anos antes. 
Por várias vezes São João foi preso. Ele foi perseguido pelo poder romano, sofreu torturas violentas, mas não renegou a fé em Jesus Cristo. Por fim, ele foi exilado, tendo sido enviado para a Ilha de Patmos, que fica no leste do Mar Egeu. Nesta ilha ele permaneceu até a morte do imperador Domiciano. Pelos escritos de São João, vê-se que ele se tornou um grande teólogo, um pastor cuidadoso e cheio de amor. João foi o único dos apóstolos que faleceu de morte natural, isso no ano 103 d.C., na cidade de Éfeso. 

Sobre o Livro do Apocalipse
Foi durante o exílio na ilha de Patmos que João escreveu o livro do Apocalipse, que quer dizer “revelação”. O Apocalipse quer incutir nos leitores uma confiança inabalável na Providência Divina em tempos difíceis para os cristãos. É uma forma literária, que era usada em Israel, repleta de simbolismos de números, animais, aves, monstros etc., e que não é fácil de ser hoje entendido e que, em resumo, as calamidades que o Apocalipse apresenta não podem ser interpretadas ao pé da letra.
O Professor Felipe Aquino (Canção Nova) em um artigo de formação catequética, assim descreve a mensagem básica do livro do Apocalipse: "A mensagem mais importante é esta: ao padecer as aflições da vida cotidiana, os cristãos não devem desanimar ... os acontecimentos que nos atingem aqui na terra fazem parte da luta vitoriosa do bem sobre o mal; é a prolongação da obra do Cordeiro que foi imolado, mas, atualmente, reina sobre o mundo com as suas chagas glorificadas" e ainda "A mensagem básica do Apocalipse é esta: as desgraças da vida presente, por mais aterradoras que pareçam, estão sujeitas ao sábio plano da Providência Divina, a qual tudo “faz concorrer para o bem daqueles que O amam” (Rm 8,28)."

A festa litúrgica de São João Evangelista é celebrada no dia 27 de Dezembro.

São João, Rogai por nós!!!

Bom filme a todos!!!


Fontes Pesquisadas:
Wikipedia, acesso em 22/072016
A Bíblia.org, acesso em 22/07/2016
E-biografias, acesso em 22/07/2016
Canção Nova, acesso em 23/07/2016
Comunidade Shalom, acesso em 23/07/2016
Cruz Terra Santa, acesso em 23/07/2016
Formação Canção Nova (Artigo Completo sobre o Livro do Professor Felipe Aquino), acesso em 23/07/2016

sábado, 9 de julho de 2016

São Paulo - O Pregador Missionário

Olá!!!
Paz e Benção!!!

Vamos conhecer hoje um pouco mais sobre a vida de um grande propagador da fé Cristã, o grande embaixador prisioneiro de Cristo (como ele mesmo se definia), ele que passou de perseguidor de Cristãos a Cristão perseguido, ele Paulo de Tarso.

Nascido Saulo, por volta do ano 5 e 10 dC, na cidade de Tarso da Cilícia (por isso ficou conhecido como Saulo/Paulo de Tarso), situada na Ásia Menor, região que hoje corresponde à Turquia. Era filho de judeus, da tribo de Benjamin e como era o costume foi circuncidado ao oitavo dia. Também cresceu seguindo a mais perfeita tradição judaica. Era artesão fabricante de tendas e cidadão romano de terceira classe( romanos plebeus ) que embora fossem desprezados pelo cidadãos de primeira e segunda classes, por fazer trabalhos braçais, gozavam de alguns poucos privilégios: não poderia ser flagelado, não podia ser crucificado, podia apelar para o Supremo Tribunal em Roma. Ainda jovem foi para Jerusalém e, na escola de Gamaliel, se especializou no conhecimento da sua religião. Tornou-se fariseu, ou seja, especialista rigoroso e irrepreensível no cumprimento de toda a Lei e seus pormenores.

Surge o perseguidor dos cristãos
Voltando a Jerusalém, após passar alguns anos fora, anos esses que coincidiram com o período da vida pública de Jesus. Saulo percebeu uma grande mudança. A Cidade Santa não era a mesma que ele conhecera em seus tempos de estudante: De um lado as autoridades que tentavam a todo custo apagar a imagem da vítima ensanguentada do Gólgota, do outro os discípulos de Cristo que não temiam pregar sua doutrina no próprio Templo, proclamando que esse Jesus a quem haviam matado, ressuscitara dos mortos (cf. Atos 3, 11ss.). 
Esses acontecimentos não passaram despercebido por um fariseu convicto como Saulo. Ele não compreendia que aqueles simples galileus se levantassem contra a religião de seus antepassados, arrastando atrás de si tamanha multidão de seguidores. Sua irritação chegou ao auge quando, estando na sinagoga chamada dos Libertos, onde semanalmente se reuniam judeus de todas as comunidades da Diáspora, deparou- se com um jovem chamado Estêvão, que anunciava corajosamente as glórias do Crucificado. Durante a apresentação de Estêvão ao tribunal do Grande Conselho, Saulo escutou atentamente o longo discurso no qual este demonstrou, por meio de exemplos históricos e de profecias, ser Jesus o Messias esperado. O jovem fariseu sentia-se incomodado: as palavras de Estêvão eram tão inspiradas e convincentes, que não se lhe podia resistir (Conf. Atos 6, 10); de outro lado, a imagem desse Jesus Nazareno, que ele não conhecera, parecia persegui-lo, e constantemente via-se obrigado a ouvir falar a respeito, de tal modo os seus adeptos se espalhavam por Jerusalém. Duro lhe era recalcitrar contra o aguilhão (conf. Atos 26, 14). E, entretanto, Saulo resistia!
Revoltado diante da coragem de Estêvão, aprovou com entusiasmo a sua morte (conf. Atos 8, 1) e considerou como uma honra a missão de custodiar os mantos dos apedrejadores, uma vez que sua idade não lhe permitia levantar a mão contra o condenado.
A partir daquele dia, o exaltado discípulo de Gamaliel não pôs mais freio à sua fúria. Acreditando "que devia fazer a maior oposição ao nome de Jesus de Nazaré" (Conf. Atos 26, 9), entrava nas casas dos fiéis e arrancava delas homens e mulheres para entregá-los à prisão (conf. Atos 8, 3); chegava a maltratá-los para obrigá-los a blasfemar (conf. Atos 26, 11). Não contente com devastar apenas a Igreja de Jerusalém, foi apresentar-se ao príncipe dos sacerdotes, pedindo-lhe cartas para as sinagogas de Damasco, com o fim de prender, nessa cidade, todos os que se proclamassem seguidores da nova doutrina (conf. Atos 9, 2).
Mas Jesus, a quem ele teimava em perseguir, iria a atravessar- Se de novo em seu caminho e com planos bem diferentes.

Surge o Pregador Cristão
Para apoiar o judaísmo, ameaçado pela nova fé, Saulo empreende uma marcha para Jerusalém, perseguindo os fiéis da nova religião, entrando nas casas, arrastando homens e mulheres e entregando-os à prisão. Próximo à cidade de Damasco, Saulo vê uma grande luz, que ele mesmo a descreve como mais brilhante que o sol e ouve uma voz: “Saulo, Saulo, por que me persegues?” 
Ali, caído por terra e cego pelo resplendor daquela luz, o orgulhoso fariseu não pôde mais resistir ao poder de Cristo e declarou-se vencido: "Senhor, que queres que eu faça?" (Conf. Atos 9, 6).
E o Senhor o orienta a ir a Damasco, onde lhe seria dito mais orientações. 
A mando de Jesus, Ananias vai a seu encontro e põe a mão em sua cabeça e no mesmo instante Paulo recobra a visão e converte-se ao cristianismo.
Com a mesma radicalidade com que outrora se apegara ao judaísmo, Saulo abraça agora a Igreja de Cristo, porém, conservando as características próprias de sua personalidade que viriam mais tarde a contribuir na formação da escola paulina de vida espiritual. Após sua conversão Paulo foi para Arábia, depois para Jerusalém encontrar-se com os apóstolos; de lá, retornou para Tarso por onde permaneceu por longos anos até ser chamado por Barnabé para ir à Antioquia da Síria e de lá com Barnabé (Conf. Atos 13,2 ss) é enviado em missão. 

Paulo o Missionário
Durante sua vida, Paulo realiza quatro grandes viagens missionárias, funda comunidades, anima os cristãos, enfrenta muitas dificuldades (cf. 2 Cor 11, 23-28), inclusive dificuldades entre os próprios cristãos, que surgiam conceitos errôneos, como o de querer obrigar os pagãos convertidos a praticar os costumes da Lei Mosaica. A esse respeito Paulo levou sua ousadia até o ponto de discutir com o próprio Apóstolo Pedro, "resistindo-lhe francamente, porque era censurável" (Conf. Gálatas 2, 11).

Em sua primeira viagem missionária, que durou aproximadamente 02 anos, junto com Barnabé ele saiu de Antioquia (Conf, Atos 14) e fez o roteiro conforme a ilustração abaixo, promovendo o Cristianismo entre os pagãos:



Na sua segunda viagem, que durou cerca de 03 anos, Paulo saiu com Silas para a Grécia levando o Cristianismo para Europa, seguindo o roteiro como no quadro abaixo: 






Na terceira viagem, que durou cerca de 03 anos, parte com Silas da Antioquia da Síria, e leva a palavra de Cristo aos habitantes da Ásia, judeus e gregos, percorrendo o seguinte caminho:


A Quarta e última viagem de Paulo o levou a Roma, e durou cerca de 10 anos, com isso ele levou a palavra do Senhor aos confins da terra, seguindo o roteiro:

Prisão e Morte de Paulo
Por volta do ano 58, em Jerusalém, Paulo foi acusado de haver pregado contra a Lei e além de ter introduzido um gentio, no templo. Preso é enviado para Roma, onde seria julgado por um tribunal de César, mas um naufrágio interrompe a viagem. Paulo consegue permissão para ficar em prisão domiciliar. Até o ano de 62, Paulo escreveu suas epístolas, das quais treze conseguiram sobreviver: 1ª e 2ª aos Tessalonicenses, aos Gálatas, aos Filipenses, 1ª e 2ª aos Coríntios, aos Romanos, a Filemon, aos Colossenses, aos Efésios, 1ª e 2ª aos Timóteo e aos Hebreus. Nas epístolas, trata da doutrina, da ética cristã e da organização da Igreja. (Na Bíblia, as Epístolas seguem-se aos Evangelhos e aos Atos doa Apóstolos).
Estando preso em Roma, o incansável Apóstolo não deixou de pregar, e obteve a conversão de incontáveis almas. Posto em liberdade no início do ano 64, dirigiu-se à Espanha e à Ásia. Retornando a Roma, foi preso novamente, desta vez com São Pedro.
Após o grande incêndio que ocorreu em Roma, no reinado de Nero, a culpa caiu sobre os cristãos. Paulo, que havia voltado para Roma, para dar assistência aos cristãos martirizados, foi preso novamente e por ser cidadão Romano foi decapitado pela espada, por volta do ano 67, fora dos limites da cidade de Roma.
Segundo a tradição Cristã, quando Paulo foi decapitado, sua cabeça pulou três vezes e nos três lugares onde a cabeça do apóstolo pulou, brotaram fontes.
O túmulo do Apóstolo Paulo está na Basílica de São Paulo Fora dos Muros, na via d'Ostia, em Roma.

A sua festa litúrgica é comemorada em 29 de junho.

São Paulo, Rogai por nós!!!

Bom filme a todos!!!


Fontes pesquisadas: 
Wikipedia, acesso em 07/07/2016
E-Biografias, acesso em 07/07/2016
Pensador, acesso em 08/07/2016
Arautos do Evangelho, acesso em 08/07/2016
Nos Passos de São Paulo, acesso em 09/07/2016
Nos Passos de Paulo, acesso em 09/07/2016
Arqueologia e Teologia, acesso em 09/07/2016
Vivos! , acesso em 09/07/2016
Terra Santa Viagens, acesso em 09/07/2016
Bíblia Ave Maria Online, acesso entre 07 e 09/07/2016

sábado, 2 de julho de 2016

São Pedro - O Pescador de Homens

Olá!!!
Paz e Benção!!!


Essa semana comemoramos as festas litúrgicas de dois grandes santos, que muito contribuíram para o Cristianismo estamos falando de São Pedro e São Paulo, ambos celebrados no dia 29 de junho. No filme de hoje conheceremos um pouco da vida de São Pedro.

Simão - O Pescador

Simão nasceu em Betsaida, um pequeno vilarejo às margens do lago de Genesaré, ou Mar da Galiléia, no norte de Israel, por volta do século 1 A.C (não há data ou ano definidos). Seu nome foi mudado para Pedro, por Jesus (Conf. Mateus, 16; 17-18). Simão era casado ou viúvo, (os Evangelhos falam da cura da sogra de Pedro, mas não falam de sua esposa) e morava em Cafarnaum, importante cidade às margens do lago de Genesaré. Era filho de Jonas e tinha um irmão, chamado André. Simão era pescador e possuía uma pequena frota de barcos pesqueiros, em sociedade com seu irmão André e, também,  com Tiago, João e o pai destes, Zebedeu. Ambos trabalhavam no Mar da Galiléia, um lago de água doce formado pelo Rio Jordão.

Pedro - O Pescador de Homens
O Evangelho de Lucas, durante o capítulo 5, nos conta que Simão teria conhecido Jesus quando este lhe pediu que utilizasse uma das suas barcas, de forma a poder pregar a uma multidão que o queria ouvir. Simão, que estava a lavar redes com Tiago e João, seus sócios e filhos de Zebedeu, concedeu-lhe o lugar na barca, que foi afastada um pouco da margem. No final da pregação, Jesus disse a Simão que fosse pescar de novo com as redes em águas mais profundas. Simão disse-lhe que havia tentado em vão pescar durante toda a noite e nada conseguiu mas, em atenção ao seu pedido, tentaria novamente. O resultado foi uma pescaria tão grandiosa que as redes arrebentavam, sendo necessária a ajuda da barca dos seus dois sócios, que também quase se afundava puxando os peixes. Numa atitude de humildade e espanto Simão prostrou-se perante Jesus e disse para que se afastasse dele, já que era um pecador. Jesus encorajou-o, então, a segui-lo, dizendo a ele uma frase que mudaria sua vida: "Não temas; Doravante você será pescador de homens!". A partir daí, Simão começou seguir Jesus. Em um outro momento (Conf. Mateus, 16; 18-19), Simão confessou a Jesus: Tu és o Messias, o Filho de Deus. Por isso, Jesus disse: E eu te declaro tu és Pedro, (que significa pedra) e sobre essa pedra Eu edificarei a minha Igreja.

Pedro Nega a Jesus, Mas Jesus o Perdoa
Quando Jesus foi preso no Horto das Oliveiras, pediu que seus discípulos fossem liberados. Pedro foi liberado, mas seguiu Jesus de longe, às escondidas. Levaram Jesus preso ao Palácio de Caifás. Pedro e João entraram no pátio palácio e ficaram ali esperando o desfecho de tudo. No pátio, alguns reconheceram Pedro e perguntaram se ele era um dos discípulos de Jesus. Por três vezes, porém, Pedro negou e o galo cantou, como Jesus havia profetizado: Antes que o galo cante, tu me negarás três vezes. Pedro chorou amargamente, arrependido (Conf Marcos 14; 66-72). Quando Jesus ressuscitou e apareceu aos discípulos às margens do Mar da Galiléia, ele se dirigiu a Pedro e perguntou se Pedro o amava. Jesus perguntou isso por três vezes. Pedro respondeu que sim as três vezes. Foi uma forma de Jesus curar o remorso no coração de Pedro por causa das três negações que tinha feito de seu Mestre. Jesus o perdoou e, em seguida disse-lhe: Apascenta as minhas ovelhas (Conf João 21; 15-17)

Pedro - O Bispo de Roma
Depois de Pentecostes, Pedro passou a ser um evangelizador por todos os lugares onde passava. Sua autoridade como o líder da Igreja nascente sempre foi respeitada e atestada por vários documentos da Igreja. Nunca foi questionada. De fato, Pedro assumiu as chaves da Igreja e seus sucessores, os Papas, são continuadores de sua autoridade e de sua missão dada pelo próprio Jesus cristo. A comunidade de Roma foi fundada pelos apóstolos Pedro e Paulo e é considerada a única comunidade cristã do mundo fundada por mais de um apóstolo e a única do Ocidente instituída por um deles. Por esta razão desde a antiguidade a comunidade de Roma (chamada atualmente de Santa Sé) teve o primado sobre todas as outras comunidades locais (dioceses); nessa visão o ministério de Pedro continua sendo exercido até hoje pelo Bispo de Roma (segundo o catolicismo romano), assim como o ministério dos outros apóstolos é cumprido pelos outros Bispos unidos a ele, que é a cabeça do colégio apostólico, do colégio episcopal. A sucessão papal (de Pedro) começou com São Lino (67 d.C.) e, atualmente é exercida pelo Papa Francisco. 

Prisão e Morte de Pedro
Por pregar o Evangelho destemidamente, Pedro foi preso várias vezes. Uma vez, em Jerusalém, um anjo de Deus o libertou da prisão passando por vários guardas (Conf. Atos 12; 1-11). Depois de evangelizar e animar a Igreja em vários lugares, Pedro foi para Roma. Lá, liderou a Igreja que sempre crescia, apesar das perseguições. Assim, os romanos descobriram seu paradeiro. Por volta do ano 64 (ou 67), Pedro estava preso condenado a morrer crucificado por ser o líder da Igreja de Cristo. Pouco antes do momento da crucificação, ele conseguiu convencer seus carrascos a crucificá-lo de cabeça para baixo, porque não se achava digno de ser tratado como Jesus. Seu pedido foi atendido e ele foi morto na região onde hoje é o Vaticano. 
Seus restos mortais estão sob o altar da Basílica de São Pedro, em Roma, o maior e mais importante templo católico do mundo. 

A Sua festa litúrgica é celebrada no dia 29 de junho

São Pedro, rogai por nós!!!

Bom filme a todos!!


Fontes Pesquisadas

Wikipedia,  acesso em 27/06/2016
Wikipedia, acesso em 27/06/2016
Cruz Terra Santa, acesso em 29/06/2016
Igreja Paraty, acesso em 29/06/2016
E-biografias, acesso em 30/06/2016
Canção Nova, acesso em 01/07/2016
Bíblia Católica, acesso nos dias 27/06 a 02/07/2016

sábado, 25 de junho de 2016

São João Batista - O Precursor

Olá!!!
Paz e Benção!!!

Hoje o nordeste do Brasil está em festa, muita festa, muita comida de milho e amendoim, muita alegria, muita fé e muita devoção, é que estamos comemorando o ciclo junino, onde comemoramos os Santos Antônio, Pedro e João Batista, do qual nós vamos falar com o filme de hoje, ou melhor, com o desenho de hoje. 

O Nascimento Milagroso
Nascido na cidade de Aim Karim, cidade de Israel que fica a 6 quilômetros do centro de Jerusalém. Seu pai era um sacerdote do templo de Jerusalém chamado Zacarias. Sua mãe chamava-se Isabel, e era prima de Maria Mãe de Jesus. 
Mas é preciso voltar um pouquinho mais e falar de coisas antes do seu nascimento. Segundo o evangelho de São Lucas, a mãe de João Batista já era idosa e considerada estéril, seu pai Zacarias também já era idoso, porém um anjo apareceu a Zacarias e lhe avisou que eles teriam um filho e que deveria se chamar João (quer dizer Deus é propício). Como não acreditou no que dizia o anjo, Zacarias ficou mudo e surdo durante todo o período de gestação de Isabel. Depois que o menino nasceu, durante a sua circuncisão, todos perguntavam como se chamaria o menino, quando Isabel disse que se chamaria João, todos ficaram espantados, pois não havia ninguém com esse nome, e foram questionar Zacarias, como se chamaria o menino, ele então escreveu o nome "João" em uma tábua e apresentou a todos e nesse momento sua fala foi restabelecida.

A Vida Adulta
Estudiosos mostram que possivelmente depois de idade adequada, João teria participado da vida monástica de uma comunidade rigorista, na qual, à beira do Rio Jordão ou Mar Morto, vivia em profunda penitência e oração. Ao atingir a vida adulta João foi morar no deserto para rezar, fazer sacrifícios e pregar para que as pessoas se arrependessem. Vivendo uma vida extremamente difícil e com muita oração, passou a ser conhecido como profeta, homem enviado por Deus. Ele sempre anunciava a vinda do Messias e batizava (daí o nome Batista) a todos que se arrependiam e multidões sempre iam ver suas pregações no rio Jordão. Segundo nos fala o Evangelho de Mateus no capítulo 3, versículo 4, João trajava veste de pelos de camelo, um cinto de couro em torno de seus lombos e alimentava-se de "gafanhotos e mel silvestre" .

O Batismo de Jesus
Por causa de sua pregação, algumas vezes o povo pensava que João Batista era o Messias. Mas, como podemos ver no Evangelho de São João (apóstolo), ele sempre dizia: Eu não sou o Cristo, eu não sou digno de desatar nem a correia de suas sandálias. Em outra passagem, ele disse: Eis o Cordeiro de Deus, que tira o pecado do mundo. (Jo.1-29) Quando o próprio Jesus, o verdadeiro Salvador, foi ao encontro de João Batista para ser batizado, São João disse: Eu é que devo ser batizado por ti, e tu vens a mim? (Mt3-14). Mas Jesus confirmou e São João Batista batizou Jesus. Este evento termina com o céu se abrindo, a descida do Espírito Santo na forma de uma pomba e a voz divina anunciando: "Tu és o meu Filho dileto, em ti me agrado." 

Prisão e Martírio
Nas pregações de São João ele não poupava o rei local, Herodes Antipas, Rei de Roma na Peréia e na Galileia. João denunciava a vida adultera do rei, que havia se unido a Herodíades, sua cunhada. João Batista denunciava também a vida desregrada de Herodes em seu governo, e sua prisão ocorreu na Pereia, a mando do Rei Herodes Antipas I no 6º mês do ano 26 d.C. Ele foi levado para a fortaleza de Macaeros (Maqueronte), onde foi mantido por dez meses até ao dia de sua morte. O motivo desse aprisionamento apontava para a liderança de uma revolução. 
Segundo o Evangelho de São Marcos, Salomé, filha de Herodíades, dançou para Herodes, deixando o rei deslumbrado com ela e disse que daria tudo o que lhe pedisse. Então Salomé fala com sua mãe e pede a cabeça de São João Batista numa bandeja. Herodes, triste, fez como havia prometido diante dos convivas. (Mar 6.14-29).
Desta forma, através do martírio, o Santo Precursor deu sua vida e recebeu em recompensa a Vida Eterna reservada àqueles que vivem com amor e fidelidade os mandamentos de Deus.

São João Batista é o primeiro mártir da Igreja, o último dos profetas e um dos poucos santos da que a Igreja Católica celebra a sua Natividade e seu Martírio. Sua festa é celebrada desde o começo da igreja, no dia 24 de junho. Ele é venerado como profeta, santo, mártir, precursor do Messias e arauto da verdade, custe o que custar. Sua representação é mostrada batizando Jesus e segurando um bastão em forma de cruz.

A festa litúrgica de sua natividade é celebrada no dia 24 de junho e a festa litúrgica de seu martírio é celebrada no dia 29 de Agosto. 

São João Batista, Rogai por nós!!!


Fontes pesquisadas:
Wikipedia, acesso em 25/06/2016
Wikipedia, acesso em 25/06/2016
Canção Nova, acesso em 25/06/2016
Canção Nova, acesso em 25/06/2016
Cruz Terra Santa, acesso em 25/06/2016

sábado, 14 de maio de 2016

Nossa Senhora de Fátima - A Senhora Mais Brilhante que o Sol

Olá!!!
Paz e Benção!!!

O nosso filme de hoje traz a emocionante história das aparições de Nossa Senhora, a mãe de Jesus, em Fátima, Portugal, aos três pastores Jacinta, Francisco e Lúcia, durante 6 meses, acontecendo a primeira em 13 de maio de 1917 e a última em 13 de outubro do mesmo ano.

O Início das aparições
Por volta do meio-dia, do dia 13 de maio de 1917, depois de rezarem o terço, enquanto pastoravam um pequeno rebanho de ovelhas, em um lugar conhecido como Cova da Iria, as crianças viram uma luz brilhante; julgando ser um relâmpago, decidiram ir embora, mas, logo depois, outro clarão teria iluminado o espaço. Nessa altura, teriam visto, em cima de uma pequena azinheira (onde agora se encontra a Capelinha das Aparições), uma "Senhora mais brilhante que o sol". A senhora disse às três crianças que era necessário rezar muito e que aprendessem a ler. Convidou-as a voltarem ao mesmo sítio no dia 13 dos próximos cinco meses à mesma hora. 
As crianças descreveram assim a visão: Parecia ter uns 18 anos a Senhora, rodeada de claridade fulgurante, seu vestido era de uma alvura puríssima, assim como o manto ornado de ouro, que lhe cobria a cabeça e grande parte do corpo. O rosto sobrenatural e divino, estava sereno e grave, com uma sombra de tristeza. Em suas mãos, uma cruz de ouro com um terço em contas que pareciam pérolas, e de seu corpo, especialmente do rosto irradiavam feixes de luz, incomparavelmente superior a qualquer beleza humana. Em uma das aparições, Nossa Senhora ensinou esta oração aos meninos. Ela foi acrescentada na reza do Rosário: Quando rezarem o terço, digam após cada mistério; ó meu Jesus, perdoai-nos, livrai-nos do fogo do inferno, levai as almas todas para o Céu, principalmente aquelas que mais precisarem.

Perseguição às Crianças
Ninguém acreditava nas crianças. Na segunda aparição, somente 50 pessoas estavam presentes para tentar ver alguma coisa. Depois, as crianças sofreram grandes perseguições por parte dos poderes públicos, chegando até serem presas na delegacia de Fátima, mas nunca negaram as aparições. Em agosto, a aparição ocorreu no dia 19, no sítio dos Valinhos, a uns 500 metros do lugar de Aljustrel, porque as crianças tinham sido presas e levadas para Vila Nova de Ourém pelo administrador do Concelho no dia 13 de agosto.  Após a terceira aparição o povo começou a acreditar, e cada vez mais se aglomeravam mais pessoas, chegando a mais de trinta mil na última aparição.

Milagre do Sol
Na sexta aparição, Nossa Senhora disse às crianças: "Eu sou a Senhora do Rosário".
Maria Santíssima disse a Lucia que naquele local, com o dinheiro das doações, deveria ser construída uma capela com o nome de Nossa Senhora do Rosário. E quando ela se levantava suavemente para ir embora, o sol apareceu entre as nuvens como um grande disco prateado, brilhando muito, mas sem cegar as pessoas. Começou a girar vertiginosamente e suas bordas se tornaram avermelhadas espalhando raios de fogo, de modo que sua luz refletia nas pessoas nas árvores, e foi vista até quarenta quilômetros de distância do local das aparições.
Por três vezes o sol girou e se precipitou sobre a terra, e todos com medo pediam perdão para Deus. O milagre durou cerca de dez minutos. A partir desses acontecimentos, a devoção a Nossa Senhora de Fátima, Nossa Senhora do Rosário, aumentou, se difundiu para o mundo todo, e hoje, em seu enorme santuário, todos os peregrinos vão fazer seus pedidos, agradecimentos e orações. 

Os últimos dias de vida de Francisco e Jacinta
Pouco mais de um ano, após as aparições na Cova da Iria, Francisco e Jacinta adoeceram gravemente, atacados de bronco-pneumonia. Continuavam com os sacrifícios e penitências, fervorosamente. E percebiam que aquela doença devia conduzi-los ao Céu.
Foi, então, que lhes apareceu a Virgem e lhes declarou que, em breve, viria buscar Francisco. E que não demoraria muito em vir buscar também Jacinta. Francisco faleceu no dia 04 de abril de 1919 e Jacinta no dia 20 de fevereiro de 1920. 
Jacinta foi sepultada três dias depois no cemitério de Vila Nova de Ourém. Em setembro de 1935, seus restos mortais foram depositados num sepulcro novo, de pedra branca, em Fátima, com o singelo epitáfio: "Aqui repousam os restos mortais de Francisco e Jacinta, a quem Nossa Senhora apareceu". Em 1951, os veneráveis restos mortais de Jacinta foram para a Basílica de Fátima, onde atualmente repousam. Em 1952, para lá também foram os despojos de Francisco.

O longo e sofrido itinerário de Lúcia
A única sobrevivente dos 3 pastorinhos, passou pela Casa das Irmãs Dorotéias, em Pontevedra, na Espanha e percorreu longo e sofrido caminho até se tornar Carmelita Descalça, no Carmelo de São José, em Coimbra. 
A Irmã Lúcia de Jesus e do Coração Imaculado permaneceu durante 58 anos no Carmelo, vindo a falecer em 13 de fevereiro de 2005, aos 97 anos de idade. Foi trasladada do Carmelo Santa Tereza, em Coimbra, onde ficou sepultada um ano, para a Basílica de Fátima, em 19 de fevereiro de 2006. Seus restos mortais repousam ao lado de Jacinta. Seus dois primos, Jacinta e Francisco, foram beatificados em 13 de maio de 2000. A lápide da Irmã Lúcia contém a frase, abaixo de seu nome: "A quem Nossa Senhora apareceu".

A festa litúrgica de Nossa Senhora de Fátima é celebrada no dia 13 de maio

Nossa Senhora de Fátima, Rogai por nós!!!




Fontes Pesquisadas: 
Associação Católica Nossa Senhora de Fátima, acesso em 13/05/2016
Wikipedia, acesso em 13/05/2016
Cruz Terra Santa, acesso em 14/05/2016

sábado, 30 de abril de 2016

Padre Pio - O Apóstolo do Sacramento da Confissão

Olá!!!
Graça e Paz!!!

Hoje vamos mostrar a história de um homem que foi considerado pelo Papa Bento XV como: um daqueles homens extraordinários que Deus envia de vez em quando à terra para converter os homens. Sim! estamos falando dele, Padre Pio de Pietrelcina!

De Francesco Forgione a Frei Pio
Nascido no dia 25 de maio de 1887 em Pietrelcina (Itália), sendo um dos sete filhos de Grazio Forgione e Maria Giuseppa De Nunzio. Foi batizado com o nome de Francesco Forgione, e mais tarde se tornaria um grande seguidor de são Francisco de Assis. Desde criança manifestou interesse pelas coisas de Deus. Não faltava às Missas e orações. Ainda menino mostrava grande admiração por Nossa Senhora e Jesus, tornando-se também amigo do seu Anjo da Guarda. Francesco recorria a ele muitas vezes pedindo ajuda no seu caminho de viver o Evangelho. Não é à toa que, mais tarde, Padre Pio exortava os fiéis a pedirem ajuda ao anjo da guarda. Ele sabia que o que os anjos mais querem é conduzir seus “guardados” para Deus. Por isso, dizia, a intimidade de cada um com seu anjo da guarda é de grande importância. Aos doze anos, recebeu os sacramentos da primeira comunhão e do crisma.
Com quinze anos de idade entrou no noviciado em Morcone adotando o nome de "frei Pio"; concluído o ano de noviciado, formulou os votos simples em 1904; em 1907 formulou a profissão dos votos solenes. Frequentou estudos clássicos e filosofia. Foi ordenado padre em 10 de agosto de 1910 no Duomo de Benevento. Após a ordenação, Padre Pio precisou ficar com sua família até 1916, por motivos de saúde e, em setembro desse mesmo ano, foi enviado para o convento de São Giovanni Rotondo, onde permaneceu até o dia de sua morte. 

Padre Pio o Apóstolo da Confissão
Padre Pio de Pietrelcina entregou-se inteiramente ao Ministério da Confissão. Ele sabia que esta é uma das maneiras mais eficientes e maravilhosas que Jesus Cristo deixou para aliviar os sofrimentos do coração e libertar das garras do Demônio. Por isso, Padre Pio passava até 14 horas por dia no confessionário. Em muitos casos, quando o fiel não tinha coragem de confessar um pecado grave, Padre Pio o revelava por inspiração divina. Isso ajudava muito dos fiéis se libertarem de seus males. Aliás, por isso, Padre Pio sofreu ataques terríveis do maligno: foi torturado, tentado e testado muitas vezes, mas não esmoreceu. 

Alívio para Alma e para o Corpo
Percebendo que não somente deveria aliviar o sofrimento espiritual, recebeu de Deus a inspiração de construir um grande hospital, o tão conhecido "Casa Alívio do Sofrimento", inaugurada em 05 de maio de 1956, que viria a ser o referência em toda a Europa. 
Trata-se de um dos hospitais mais importantes da Itália. Era a realização de um sonho por ele cultivado, desde há muito tempo, depois de ter visto a triste situação de tantos doentes que, naqueles anos dolorosos da guerra e de pós-guerra, não tinham assistência adequada. No dia da inauguração, ao fim de um longo caminho de obstáculos de diversos gêneros, ele, visivelmente comovido e feliz, dizia ao grande número de pessoas que estavam presentes: "Senhores e irmãos em Cristo, a Casa Alívio do Sofrimento está pronta. Agradeço aos benfeitores que, de diversas parte do mundo, colaboraram. Esta é uma criatura que a Divina Providência, com a ajuda de vocês, criou."
O padre de Pietrelcina quis colocar no hospital os melhores materiais de construção. As paredes todas são decoradas com mosaicos manuais feitos um a um pelas mulheres da região. Há pilares de mármore com diversas cores, imagens sacras, capelas, flores e quadros. Este conjunto artístico gera a sensação de bem-estar, tornando-o, de fato, uma casa para o doente em tratamento.
Há relatos que afirmam que Padre Pio já tinha pensado em criar um hospital em 1940, chamando-o, na época de seu projeto, de “Casa Alívio do Sofrimento”, mas a declaração de guerra de 10 de junho de 1940 impediu tudo. Só em 1946 ele pôde constituir a sociedade encarregada de iniciar os trabalhos. A princípio, foi inaugurada com 300 leitos.
Hoje, o hospital já possui 1000 leitos e, a cada dia, surgem outras necessidades, o hospital atende cerca de 50 mil pacientes de diversas partes da Itália em busca do alívio de suas dores. Eles recebem não apenas o atendimento médico, mas a atenção e o amor de todos aqueles que lá trabalham.

Os Estigmas
Padre Pio recebeu seu primeiro estigma aos 23 anos durante um período de convalescença em casa. Desejando não chamar atenção para si próprio, ele suplicou a Deus para lhe tirar os sinais das chagas de Cristo. Deus respondeu à sua oração. Os sinais externos do estigma sumiram.
Em setembro de 1918, contudo, depois de ser transferido para um convento muito pobre e distante, o Monastério de Nossa Senhora da Graça em San Giovanni Rotondo, Padre Pio recebeu os sinais físicos dos estigmas novamente.
Por 50 anos, ele carregou aquelas dolorosas chagas que causavam não somente agonia física, mas também sofrimento psicológico e espiritual. Padre Pio, um humilde frei que desejava permanecer oculto e que uma vez referiu-se a si próprio como insosso "macarrão sem sal", de repente tornou-se o centro das atenções.

Bilocação
Segundo relatos diversos Padre Pio tinha a capacidade de estar em dois lugares ao mesmo tempo, segundo um desses relatos o de Padre Alberto que conheceu Padre Pio em 1917 contou: "Eu vi Padre Pio que se levantou em frente a uma janela enquanto eu estava olhando para a montanha. Eu cheguei para beijar a mão dele, mas ele notou minha presença. Eu notei que o braço dele estava rígido. Naquele momento eu ouvi que ele estava concedendo a absolvição a alguém. Depois de um tempo ele se sacudiu como se ele estivesse saindo de um sono. Ele me viu e me falou: "Você estava aqui, e eu não o notei!" Alguns dias depois um telegrama foi recebido de Torino (Itália). Naquele telegrama alguém agradeceu o superior do convento porque ele tinha enviado Padre Pio a Torino para ajudar uma pessoa que estava morrendo. Eu percebi que o homem estava morrendo no mesmo momento no qual Padre Pio estava o abençoando em San Giovanni Rotondo". Obviamente o superior do convento não tinha enviado Padre Pio a Torino.

Tentativas de desmoralizá-lo
Além de sofrer com as perseguições que lhe eram impostas pelo demônio, Padre Pio sofria com as perseguições dos homens como as acusações de fraude. Doutores, especialistas, e até mesmo um bispo o acusaram de fraude. Eles diziam que ele utilizava ácido para criar as chagas. E afirmavam que o odor da santidade que emanava de seus estigmas era gerado por perfume. 
Como resultado, entre os anos de 1922-1933, o Vaticano publicou cinco decretos alertando o público sobre o Padre Pio. A Santa Sé o restringiu de ouvir confissões e de celebrar a Missa em público. O diretor espiritual de Padre Pio, Padre Augustino de San Marco disse que o santo às vezes chorava durante este tempo. Ele não podia entender porque as autoridades da Igreja estavam punindo-o. Ainda assim, o humilde padre permaneceu obediente à Cruz. Não protestou nenhuma vez. Ao invés disse, ele ofereceu seu sofrimento em favor dos outros. E rezava.

Morte e Canonização de Padre Pio 
Na madrugada do dia 23 de setembro de 1968, no seu quarto conventual com o terço entre os dedos repetindo o nome de Jesus e Maria, descansa em paz aquele que tinha abraçado a Cruz de Cristo, fazendo desta a ponte de ligação entre a terra e o céu.
A fama de santidade de Padre Pio tornou-se cada vez maior após sua morte e muitos fiéis testemunharam terem alcançado graças pela intercessão de Padre Pio, Entre os tantos milagres atribuídos à sua intercessão está a cura de uma criança chamada Matteo Pio Colella. Sobre ele se desenrolou todo processo de canonização do Padre Pio. 
O processo de canonização do Padre Pio começou em 1982, ele foi beatificado no dia 2 de maio de 1999 pelo Papa João Paulo II e canonizado no dia 16 de junho de 2002 também pelo saudoso Pontífice. Padre Pio dizia: “Ficarei na porta do Paraíso até o último dos meus filhos entrar!”

Sua festa litúrgica é celebrada no dia 23 de Setembro.

Bom filme a todos!!!

São Pio de Pietrelcina, Rogai por nós!!!

Filme Dublado em Português


Filme Legendado

Fontes Pesquisadas:
Wikipedia, acesso em 29/04/2016
Canção Nova, acesso em 29/04/2016
Cruz Terra Santa, acesso em 29/04/2016
Comunidade Padre Pio, acesso em 30/04/2016