domingo, 8 de janeiro de 2017

São João Maria Vianney - O Cura d'Ars

Olá!!!
Paz e benção!!!

Vamos a mais um bom filme para assistirmos em família nesse ano novo que Deus nos permitiu. Hoje trago um filme sobre a vida de um grande sacerdote, que transformou a vida de uma pequena comunidade para sempre, vamos aprender um pouco sobre a vida do Santo Cura d'Ars, vamos aprender um pouco mais sobre São João Maria Vianney.

Infância e Juventude
João Maria Batista Vianney nasceu em 8 de maio de 1786, na localidade de Dardilly, a noroeste de Lyon, França. Como de costume na época, foi consagrado a Nossa Senhora e batizado no próprio dia do nascimento. Era de uma família de camponeses, seus pais chamavam-se Mateus e Maria, eram muito humildes e religiosos, Vianney foi o quarto dos sete filhos do casal, desde pequeno ele gostava de frequentar a igreja e dizia que queria ser sacerdote. 
Sua instrução foi precária, a infância de Vianney foi vivida no terror da Revolução Francesa, um período onde por força de lei em dezembro de 1793 as escolas religiosas foram fechadas e as crianças foram obrigadas a frequentar as escolas públicas, sob pena de multa aos pais. No ano seguinte um católico, conseguiu reabrir uma escola, e nela ingressaram João Maria e sua irmã Catarina. Em 1799 a perseguição à Igreja, imposta pela Revolução Francesa ainda continuava intensa e centenas de sacerdotes haviam sidos deportados para a Guiana. O próprio Papa Pio VI tornou-se prisioneiro da Revolução. Foi nesse clima ainda de terror e perseguição que João Maria, aos 13 anos, recebeu a Primeira Comunhão das mãos de um sacerdote refratário (que não havia feito o juramento de fidelidade ao novo regime de governo trazido pela revolução), numa casa particular, com portas e janelas fechadas. 

Início do Sacerdócio
Somente com a chegada de Napoleão e a Concordata com a Santa Sé, foi possível a Vianney iniciar seus estudos eclesiásticos aos 20 anos. Ele era um cristão íntimo de Jesus Cristo, servo de Maria e de grande vida penitencial, tanto assim que, somente graças à vida de piedade é que conseguiu chegar ao sacerdócio, em 1815, aos 29 anos de idade  porque não acompanhava intelectualmente as exigências do estudo do Latim, Filosofia e Teologia da época (curiosamente começou a ler e escrever somente com 18 anos de idade). Foi ordenado padre, mas com um impedimento: não poderia ser confessor. Não era considerado capaz de guiar consciências, conseguindo somente três anos mais tarde a liberação para viver totalmente o seu sacerdócio. A despeito disso, transformou-se num dos mais famosos e competentes confessores que a Igreja Católica já teve.

Chegada a Aldeia de Ars
Em fevereiro de 1818 foi designado para a cidadezinha de Ars, um aglomerado de algumas dezenas de casas, com apenas 230 habitantes, onde o povo era dado aos cabarés, vícios, bebedeiras, bailes, trabalhos aos domingos, blasfêmias e esquecimento das práticas religiosas. Mas o Santo Vianney, não vacilou e decidiu mudar aquela cidade, com o Rosário nas mãos, joelhos dobrados diante do Santíssimo, testemunho de vida, sede pela salvação de todos e enorme disponibilidade para catequizar. Já no dia de sua chegada, o Padre Vianney deu o seu colchão a um pobre e deitou-se sobre uns galhos junto à parede, com um pedaço de madeira como travesseiro. Como a parede e o chão eram úmidos, contraiu de imediato uma nevralgia, que durou 15 anos. Seu jejum era permanente, habitualmente passando três dias sem comer; e quando o fazia, alimentava-se somente de batatas cozidas.

A Transformação de Ars
Passou a visitar as famílias e as convidava para a Santa Missa. Ars começou a transformar-se. Alguns começaram a ir à capela. Então o pároco fundou a Confraria do Rosário para as mulheres, e a Irmandade do Santíssimo Sacramento para os homens. Com o aumento das visitas a capela e esvaziamento dos bares e cabarés, os donos dos bares e organizadores de jogatinas começaram dura perseguição contra o Padre Vianney. Este chegou a dizer, “Ah, se eu soubesse o que é ser vigário, teria entrado num convento de monges”. 
Nas missas dominicais, pregava sobre os deveres de cada um para consigo, para com o próximo e para com Deus. Falava constantemente do inferno e do que precisamos fazer para evitá-lo: “Ó, meus queridos paroquianos, esforcemo-nos para ir para o Céu. Lá havemos de ver a Deus. Como seremos felizes! Que desgraça se algum de vós se perder eternamente!”  Ele exigia a devida compostura e atitude própria a bons católicos na igreja, por respeito à Presença Real de Nosso Senhor Jesus Cristo no Santíssimo Sacramento.
Outra de suas ações transformadoras foi com a juventude, que durante os terríveis anos da Revolução cresceu ignorando as mais simples práticas de piedade e princípios da fé. Por isso começou a atrair todos para o catecismo. Só admitia à Primeira Comunhão quem estivesse devidamente preparado. Insistia com os meninos e adolescentes para que levassem sempre consigo o rosário, e tinha no bolso alguns extras para aqueles que o houvessem perdido. Aos poucos os esforços do santo foram se coroando de êxito, de maneira que os jovens de Ars chegaram a ser os mais bem instruídos da região.

Para Deus o Melhor!
Logo que chegou a Ars mandou devolver os confortáveis móveis que haviam sidos emprestados a igreja, deixando apenas o necessário para a sua estadia. Depois, iniciou a restauração da igreja, que estava caindo aos pedaços, fazendo por suas próprias mãos “o trabalho doméstico de Deus”, e que por respeito ao Santíssimo Sacramento, desejava que fosse a melhor possível, queria o que há de melhor para o culto divino. Em Lyon, onde fazia suas compras, logo se tornou conhecido entre os comerciantes, que comentavam entre si: “No campo há um pároco magro e mal arranjado, com ares de não ter um centavo no bolso, mas que compra para sua igreja tudo o que há de melhor”. Ele queria embelezar a casa de Deus para a glória do Senhor, e também para que fosse atraente para os humildes camponeses que ele tinha de ajudar a irem para o Céu.
Em 1820 chegou, inclusive a escrever ao prefeito, solicitando ajuda para reformar a igreja, disse ele: “Desejaria que a entrada da igreja fosse mais atraente. Isso é absolutamente necessário. Se os palácios dos reis são embelezados pela magnificência das entradas, com maior razão as das igrejas devem ser suntuosas. […] Não quero poupar nada para isso”. E o prefeito o ajudou na reforma, para que a igreja fosse o palácio de Deus e dos pobres.
Mais tarde quis honrar a Virgem Imaculada com uma capela lateral na igreja, e pagou um pintor para orná-la. Depois mandou construir outra capela lateral em louvor de seu patrono, São João Batista. E assim foi reformando ou reconstruindo a igreja toda, embelezando-a com pinturas e imagens. Dizia: “Muitas vezes basta a vista de uma imagem para nos comover e converter. Não raro as imagens nos abalam tão fortemente como as próprias coisas que representam”.

O Santo Confessor
No confessionário viveu intensamente seu apostolado, todo entregue às almas, devorado pela missão, integralmente fiel à vocação, chegando a ficar 18 horas por dia atendendo confissões. Do confessionário seu nome emergiu e transbordou dos estreitos limites Ars para aldeias e cidades vizinhas. Os peregrinos que desejavam confessar-se com ele começaram a chegar. Nos últimos tempos de vida eram mais de 200 por dia que chegavam para confessar com o padre Vianney.

Morte, Beatificação e Canonização do Santo de Ars
Aos 73 anos de idade, depois de consumir-se por 40 anos no seu sacerdócio em função do próximo, em 02 de Agosto de 1859, João Maria Batista Vianney recebeu a Unção dos Enfermos. No dia sguinte, ele assinou seu testamento, deixando seus bens aos missionários e seu corpo à paróquia. E, finalmente, às duas horas do dia 04 de Agosto de 1859, morre placidamente, tomado pela fadiga. Nos dias 04 e 05, trezentos padres mais ou menos e uma incalculável multidão desfilaram diante do seu Corpo, em prantos, para despedir. Quando chegou à cidadezinha ninguém veio recebê-lo, quando morreu a cidade tinha crescido enormemente e multidões de peregrinos o acompanharam à última morada.
Vianney foi beatificado pelo papa São Pio X em 1905, Por ocasião da beatificação, seu corpo foi exumado e encontrado incorrupto, apesar de seco e escurecido. E é assim que permanece até o dia de hoje em Ars. Em 1925 ele foi canonizado pelo papa Pio XI, o mesmo papa que em 1929 o declarou padroeiro de todos os párocos do mundo.

Sua festa litúrgica  é celebrada dia 04 de Agosto.

Bom filme a todos!!!



Fontes Pesquisadas:
Wikipedia, acesso em 07 e 08/01/2017
Canção Nova, acesso em 07 e 08/01/2017
Amor Mariano, acesso em 07 e 08/01/2017
Catolicismo, acesso em 07 e 08/01/2017
Cleofas, acesso em 07 e 08/01/2017
Wiki Canção Nova, acesso em 07 e 08/01/2017

domingo, 18 de dezembro de 2016

São Maximiliano Maria Kolbe - O Cavaleiro da Imaculada

Olá!!!
Paz e Benção!!!
Chegando por aqui com mais um bom filme para assistirmos em família, hoje vou trazer pra vocês a história do santo mártir do campo de concentração de Auschwitz, São Maximiliano Maria Kolbe, um dos fundadores da Milícia da Imaculada, que tinha como ideal conquistar o mundo inteiro para Cristo sob a mediação e proteção de Nossa Senhora. Chama o povo, ajeita o sofá, prepara o suco e a pipoca e vamos lá!!! 

Infância
Ele nasceu Rajmund Kolbe (Raimundo Kolbe), em 8 de janeiro de 1894, na cidade de Zduńska Wola, na Polônia, e recebeu no mesmo dia as águas batismais. Era filho de família pobre, seus pais eram operários humildes e simples, Júlio Kolbe e Maria Dabrowska, porém eram legítimos cristãos e devotos da Virgem Maria. De seus cinco filhos, dois faleceram quando ainda crianças, e os outros três abraçaram a vida religiosa. Sua família era pobre e de operários. Aos 8 anos recebeu a primeira comunhão em Pabianice, para onde havia se transferido com a sua família. 

O Encontro com a Imaculada
Criança muito viva e travessa, Raimundo recebeu certo dia uma repreensão de sua mãe que lhe marcou a vida: "Se aos dez anos você é tão mau menino, briguento e malcriado, como será mais tarde?" disse ela. Essas palavras marcariam profundamente o pequeno Raimundo. Aflito e pensativo, decidiu mudar de vida e recorreu a Nossa Senhora. Ajoelhado aos pés de uma bela imagem da igreja paroquial, durante sua oração, perguntou-Lhe: "Que vai acontecer comigo?".
Após essa oração sua vida vida mudou radicalmente. Ele, que já era religioso, tornou-se muito mais. O que o fez mudar ele só confidenciou a sua mãe, e todos só ficaram sabendo anos mais tarde, após a sua morte, quando sua mãe o revelou aos aos confrades de seu filho depois de sua morte, numa carta de 12 de Outubro de 1941, onde ela revelou uma aparição de Nossa Senhora ao pequeno Raimundo, com então 10 anos de idade: 
“Tremendo de emoção, e com lágrimas nos olhos, ele me contou o segredo: ‘Quando a senhora me perguntou, mamãe, o que iria ser de mim, rezei muito a Nossa Senhora para Ela me dizer o que seria de mim. Em seguida, indo à igreja, rezei novamente. Então Ela me apareceu, tendo nas mãos duas coroas, uma branca e outra vermelha. Olhava-me com afeto, e me perguntou se queria essas coroas. A branca significava que perseveraria na prática da pureza; a vermelha, que eu seria mártir. Respondi que as queria. Então a Virgem me olhou docemente e desapareceu. Desde então, quando vou à igreja com a senhora ou com meu avô, parece-me que não são minha mãe e avô, mas Nossa Senhora e São José".
Início da Vida Religiosa
Sua vocação à vida religiosa nascia ali, por graça da Imaculada. Escolheu ser capuchinho franciscano, e aos 14 anos começou os estudos em Lwóv, no seminário menor dos frades conventuais, junto com seu irmão Francisco. Aos 16 anos, foi admitido no noviciado, escolhendo o nome de Maximiliano, em honra do grande mártir africano. Em 1912, Frei Maximiliano parte para Roma onde permanece 7 anos no Colégio Seraphicum. No dia 1 de Novembro de 1914, depois de 3 anos dos votos temporários, ele faz a sua profissão solene, se tornando então Frei Maximiliano "Maria" Kolbe. Ele acrescenta "Maria" ao nome religioso, exprimindo a característica de sua espiritualidade. Nesse mesmo ano o pai do Frei Maximiliano foi preso e enforcado pelos comunistas russos, durante a ocupação a Czestochowa, pela União Soviética e sua mãe refugiou-se em um convento beneditino.
Em Roma, Frei Maximiliano chocou-se com a insolência com que os inimigos da Igreja a atacavam, sem a proporcionada reação dos católicos. Resolveu então entrar na luta antes mesmo de receber a ordenação sacerdotal. Reunindo em torno de si seis condiscípulos, fundou em 1917 a associação apostólica Milícia de Maria Imaculada, com o objetivo de converter os pecadores, inclusive os inimigos da Igreja, e santificar todos os seus membros, sob a proteção de Maria Imaculada. Em abril de 1918, recebeu o sacramento da ordem, tornando-se sacerdote. No dia seguinte, celebrou a sua primeira missa na Igreja de Sant'Andrea delle Fratte, lugar onde a Virgem apareceu e converteu milagrosamente o judeu Alphonse Ratisbonne, em 1842. Esse milagre era uma prova da eficácia da Medalha Milagrosa.

Padre Kolbe, o Cavaleiro da Imaculada
Em  julho de 1919 o Padre Kolbe recebe o doutorado em teologia, e volta para Polônia, logo ao chegar deseja difundir a Milícia de Maria Imaculada também na Polônia, recebendo rapidamente a aprovação de seus superiores e conseguindo a impressão do estatuto da associação em idioma polonês. Porém entre 1920 e 1921 ficou internado para se tratar da tuberculose. Em Janeiro de 1922, a associação é aprovada como “Piedosa União da Milícia de Maria Imaculada” pelo Cardeal Basílio Pompilii, Vigário Geral da Diocese de Roma. Ainda em 1922, quase sem dinheiro o Padre Kolbe fundou o jornal mensal da sua associação - Cavaleiro da Imaculada - pondo o progresso técnico do seu tempo em matéria gráfica, a serviço da Fé, com 5.000 exemplares já em sua primeira edição.
Em 1927 já eram 60.000 exemplares mensais e já não mais havia espaço para na tipografia para crescer o projeto, foi quando o príncipe João Drucko-Lubecki cedeu ao padre Maximiliano um terreno situado a 40 quilômetros de Varsóvia, Então o Padre Kolbe começou a construir uma Niepokalanów - Cidade da Imaculada (ou "Cidade de Maria" em algumas traduções). Seus planos era construir um enorme convento e novas instalações de sua obra de imprensa, o dinheiro, dizia ele aos que perguntavam: "Maria proverá, este é um negócio dEla e de seu Filho!".
Sua confiança não foi em vão, em 1939, o jornal tinha já a surpreendente tiragem de um milhão de exemplares, e a ele se haviam juntado outros dezessete periódicos de menor porte,como uma revista para crianças e outra para sacerdotes, além de uma emissora de rádio. Sua ação apostólica pelos meios de comunicação chegou até o Japão e a Índia. E sua meta era estender a obra ao mundo inteiro, conquistando almas para Jesus através da Virgem Maria. A Cidade da Imaculada contava então com 762 habitantes, sendo 13 sacerdotes, 18 noviços, 527 irmãos leigos, 122 seminaristas menores e 82 candidatos ao sacerdócio. Nela habitavam também médicos, dentistas, agricultores, mecânicos, alfaiates, construtores, impressores, jardineiros e cozinheiros, além de um corpo de bombeiros.

A Segunda Guerra Mundial e o Martírio Auschwitz
Em 1939 quando estourou a Segunda Guerra Mundial, a Cidade da Imaculada da Polônia ficou muito exposta a riscos, pois era situada nas imediações da estrada de Potsdam a Varsóvia, rota provável de uma eventual invasão das tropas nazistas. Por esse motivo a prefeitura de Varsóvia ordenou sua pronta evacuação. Padre Kolbe conseguiu lugar seguro para todos os irmãos, mas permaneceu ali, com cinquenta de seus colaboradores mais imediatos. Em setembro, as tropas invasoras levaram-nos presos para Amtitz. Mas na festa da Imaculada, dia 8 de dezembro, foram todos libertados e voltaram para sua Niepokalanów, transformando- a em refúgio e hospital para feridos de guerra, prófugos e judeus.
Em fevereiro de 1941, a Gestapo (Polícia Secreta do Estado Nazista) irrompeu na Cidade da Imaculada levou presos o padre Kolbe e outros quatro frades, os mais anciãos. Na prisão de Pawiak, em Varsóvia, foi submetido a injúrias e vexações, e depois trasladado para o campo de extermínio de Auschwitz. Passou a primeira noite numa sala com outros 320 prisioneiros. Na manhã seguinte, foram todos desnudados, lavados com jatos de água gelada e recebendo cada qual uma jaqueta com um número, coube-lhe o 16.670. No final de julho de 1941, foi transferido para o Bloco 14, cujos prisioneiros faziam trabalhos agrícolas. Tendo um deles conseguido fugir, dez outros, escolhidos por sorteio, foram condenados ao "bunker da morte": um subterrâneo onde eles eram jogados desnudos, e permaneciam sem bebida nem alimento, à espera da morte.
Um dos homens selecionados era Franciszek Gajownickek, que gritou: "Minha pobre mulher e meus filhos que não os volto a ver!" Diante disso o Padre Kolbe ofereceu-se si mesmo em vez do outro homem "Sou um padre católico da Polônia, quero morrer em lugar de um destes. Já sou velho e não presto para nada. A minha vida não servirá para grande coisa… Quero morrer por aquele que tem mulher e filhos." disse ele.
Na sua cela, Padre Kolbe celebrou a missa todos os dias e cantava hinos com os prisioneiros. Ele levou os outros condenados em canção e oração e encorajou-os , dizendo-lhes que em breve estariam com Maria no céu. Cada vez que os guardas verificam a cela, ele estava lá em pé ou de joelhos no meio a olhar calmamente para aqueles que entravam. Três semanas depois, restavam vivos apenas quatro pessoas. Julgando que aquela situação se prolongava demasiado, decidiram as autoridades aplicar-lhes uma injeção letal de ácido muriático. Algumas pessoas que estavam presentes na injeção dizem que ele levantou o braço esquerdo de forma espontânea e calmamente esperou que o injetassem a injeção letal. Seus restos foram cremados no dia 15 de agosto, o dia da festa da Assunção de Maria.

Canonização por João Paulo II
No dia 10 de outubro de 1982, na Praça de São Pedro, uma multidão de mais de duzentas mil pessoas testemunhou um Papa, também polonês, declarar mártir o Padre Maximiliano Maria Kolbe, um sacerdote exemplar que não só morreu para salvar uma vida, mas, sobretudo, viveu para salvar muitas almas. Ele que jamais se cansava de dizer: "Não tenham medo de amar demasiado a Imaculada; jamais poderemos igualar o amor que teve por Ela o próprio Jesus: e imitar Jesus é nossa santificação. Quanto mais pertençamos à Imaculada, tanto melhor compreenderemos e amaremos o Coração de Jesus, Deus Pai, a Santíssima Trindade". Pois, como afirmou João Paulo II ao canonizá-lo, "a inspiração de toda a sua vida foi a Imaculada, a quem confiava seu amor a Cristo e seu desejo de martírio".
Na cerimônia em que Padre Kolbe foi canonizado, Francisco Gajowniczek estava presente e testemunhou a coragem e o amor daquele Padre franciscano que se ofereceu para sofrer e morrer em seu lugar, dando a Francisco a chance de cuidar de sua família.
É considerado o patrono da imprensa e padroeiro especial das famílias em dificuldade, dos que lutam pela vida, da luta contra os vícios, da recuperação da droga e do alcoolismo; é considerado também padroeiro dos presos comuns e políticos.

Sua festa litúrgica é celebrada no dia 14 de Agosto.

São Maximiliano Maria Kolbe, Rogai por nós.

Fontes Pesquisadas
Wikipedia, acesso em 17/12/2016
Canção Nova, acesso em 17/12/2016
Arautos do Evangelho, acesso em 17/12/2016
Cruz Terra Santa, acesso em 17/12/2016
Catolicismo, acesso em 17/12/2016

sábado, 26 de novembro de 2016

Santa Clara de Assis - Patrona da Televisão

Olá!!!

Paz e benção!!!

Hoje é dia de aprendermos um pouco mais sobre a maravilhosa história da igreja de Cristo, e para colaborar com isso trago hoje mais um bom filme sobre a vida de Santa Clara de Assis. Reúna a família toda, prepara a sala, e vamos lá que o filme é por minha conta!!!

Nascimento e Juventude de Clara
Chiara d'Offreducci nasceu em 16 de julho de 1193, segundo a tradição, seu nome vem de uma inspiração dada a sua fervorosa mãe, que dizia que sua filha haveria de iluminar o mundo com sua santidade. Clara era de família rica, seu pai, Favarone Scifi, era conde. Sua mãe se chamava Hortolana Fiuni. Clara era neta e filha de fidalgos (pessoas da classe nobre). Sua família vivia em um palácio na cidade, tinha muitas propriedades e até um castelo. Clara tinha dois irmãos e duas irmãs. Suas irmãs Catarina e Beatriz, mais tarde, iriam entrar para o convento junto com sua mãe, após esta ficar viúva. Quando Clara tinha por volta de doze anos, sua família vai morar em Corozano e depois vão para Perugia, refugiando-se de uma revolução. Desde muito nova se mostrava caridosa e respeitava os mais pobres.
Durante sua juventude, por volta dos 16 anos, por várias vezes ouviu as pregações de um frade cuja conversão havia comovido toda a cidade de Assis: São Francisco. No seu coração ardia a vontade de imitar a Francisco de Assis, na santa vida que ele levava. Resolveu, então, tudo abandonar para seguir aquela testemunha viva de Deus. Mas os seus pais tinham outras expectativas, pois juntando a beleza, a nobreza, a riqueza e um temperamento amável traziam à Clara todas as possibilidades de um casamento brilhante e muito proveitoso à família. Começou então para ela uma árdua batalha de palavras e atitudes para convencer seus pais a aceitarem uma decisão já tomada e irrevogável.
Da mesma forma que São Francisco, Clara também enfrentou forte oposição da família, que não aceitava que sua filha abandonasse a vida nobre para viver na completa miséria, mas nada a demoveu de seu ideal. 

Clara Renuncia ao Mundo
No domingo de Ramos de 1212, a jovem Clara, aos 18 anos de idade se lançou numa heroica aventura, fugir de casa com uma amiga, Felipa de Guelfuccio, para encontrar São Francisco de Assis, na Porciúncula, (capelinha de Santa Maria dos Anjos, onde nasceu a ordem dos Franciscanos e, posteriormente, a ordem de Santa Clara). Lá ela era esperada para fazer os primeiros votos e entrar no convento dos franciscanos. Diante da imagem de Santa Maria dos Anjos, a jovem renunciou ao mundo por amor ao Menino Jesus, posto numa pobre manjedoura. Cobriu-se de uma túnica de lã e cingiu-se de uma corda, à maneira dos frades franciscanos, aos quais entregou suas luxuosas vestes. O próprio São Francisco cortou seus lindos cabelos loiros (tal ato era considerado um voto de pobreza e de certa forma uma exigência para a entrada na vida religiosa), ela cobriu a cabeça com um véu negro e calçou sandálias de madeira e pronunciou os votos, firmando a sua união com Jesus Cristo. Clara foi a primeira mulher a aderir aos ideias franciscanos em sua vida.
Seguindo o conselho de São Franciso, Clara ingressou primeiramente no Mosteiro beneditino de São Paulo das Abadessas, com o objetivo de familiarizar-se com a vida religiosa. Em seguida foi para a Ermida de Santo Ângelo de Panço, onde sua irmã de sangue, Catarina, juntou-se a ela. pois também queria seguir a vida monástica junto da irmã. E ali, ela passa a ser chamada de Inês. 
A Família de Clara, que já estava inconformada com sua decisão, ficou ainda mais revoltada com a decisão de Inês, e decidiu uma investida contra a decisão das duas: enviar uma tropa de doze homens fortes e bem armados, comandados pelo tio Monaldo, com ordens do pai para trazer Inês de volta, ainda que por meios violentos, viva ou morta. Diante daquela demonstração de força, as freiras de Santo Ângelo decidiram deixar a jovem partir. Inês, porém, disposta a tudo, reagiu à investida e, arrastada pelos cabelos e espancada com brutalidade gritava pedindo socorro a Clara, que começa a rezar impiedosamente pela irmã e um milagre se instaura: Santa Inês fica tão pesada que torna impossível o ato de arrastá-la no chão. Mesmo assim, Monaldo não se dá por vencido e tenta agredi-la com um golpe, mas imediatamente sente a mão se contrair. Sem saber mais como agir, ele desiste de levar Santa Inês e foge. Algum tempo depois Francisco levou-as para o Convento de São Damião, onde seria sediada a Ordem Segunda Franciscana, das monjas. Primeiramente elas seriam chamadas “Damianitas”, e depois, a escolha de Clara, de “Damas Pobres”, e por último, como são chamadas até hoje, “Irmãs Clarissas”.

Milagres Ainda em Vida
Durante a invasão muçulmana, em 1198, a região de Assis passou necessidades. Tanto que, certa vez, as irmãs, que já eram mais de 50, não tinham o que comer. Então a irmã cozinheira chega desesperada e diz a Santa Clara de Assis que havia somente um pão na cozinha. Clara diz a ela: confie em Deus e divida o pão em 50 pedaços. A irmã cozinheira, mesmo sem entender, obedece. Então, de repente, dezenas de pães aparecem na cozinha e as irmãs conseguem se sustentar por vários dias. Em outra ocasião, e talvez uma das mais expressivas de sua vida, foi durante a tentativa de invasão dos sarracenos (muçulmanos) ao convento das Clarissas, em Assis. Clara pegou o ostensório com o Santíssimo Sacramento e disse aos invasores que Cristo era mais forte que todos eles. Então, inexplicavelmente, todos, tomados de grande medo, fugiram sem saquear o convento. Por isso, Santa Clara é representada com suas vestes marrons segurando o ostensório.

A Aprovação da Regra
São Francisco escreveu uma “Regra de Vida” para as freiras, a qual se resumia na prática da Pobreza Evangélica. E em 1215 obteve para elas a aprovação do Papa Inocêncio III. Nessa ocasião, Clara, por ordem expressa do Santo Fundador, aceitou o encargo de Abadessa. Estava fundada a Ordem das Clarissas. Com a morte do seu pai, Clara herdou uma grande fortuna, da qual nada reteve para o convento. Distribuiu-a totalmente aos pobres. O Papa Gregório IX procurou fazê-la aceitar para si e para o convento alguns bens temporais, argumentando que podia, para esse fim, desligá-la do voto de pobreza. Ela respondeu: — Santo Padre, desligai-me dos meus pecados, mas não da obrigação de seguir Jesus Cristo!

O Milagre da Missa Projetada
Por volta de 1224, Clara foi acometida de uma enfermidade e aos poucos foi enfraquecendo. Em 1252, já bem doente, ela queria muito ir a uma missa na Igreja de São Francisco (já falecido). Não tendo condições de ir por estar doente, ela entrou em oração e conseguiu assistir toda a celebração de sua cama em seu quarto no convento. Segundo seus relatos, a Missa aparecia para ela como que projetada na parede de seu humilde quarto. Santa Clara conseguiu ver e ouvir toda a celebração sem sair de sua cama. O fato foi confirmado quando Santa clara de Assis contou fatos acontecidos na missa, detalhando palavras do sermão do celebrante. Mais tarde, várias pessoas que estiveram na missa confirmaram que o que Santa Clara narrou, de fato aconteceram.

Morte e Canonização
Santa Clara de Assis morreu em Assis no dia 11 de agosto de 1253, aos 60 anos de idade, 41 deles dedicados a vida monástica. Um dia antes de sua morte ela recebeu a visita do Papa Inocêncio IV, que lhe entregou a Regra escrita por ela, aprovada e aplicada a todas as monjas. Na hora de sua morte ela disse: "Vá segura, minha alma, porque você tem uma boa escolha para o caminho. Vá, porque Aquele que a criou também a santificou. E, guardando-a sempre como uma mãe guarda o filho, amou-a com eterno amor. E Bendito sejais Vós, Senhor que me criastes".
O Papa mandou enterrá-la na Igreja de São Jorge, onde São Francisco estava enterrado. Em 1260 depois de construída a Basílica de Santa Clara, ao lado da Igreja de São Jorge seu corpo foi transladado com todas as honras para lá. Dois anos após a sua morte foi proclamada santa Clara de Assis, pelo Papa Alexandre IV, e em 1958, o Papa Pio XII proclamou oficialmente Santa Clara de Assis como a padroeira da televisão.

Sua festa litúrgica é celebrada no dia 11 de Agosto.

Santa Clara de Assis, Rogai por nós!!!

Bom filme a todos!!!


Fontes Pesquisadas: 
Wikipédia, acesso em 26/11/2016
Cruz Terra Santa, acesso em 26/11/2016
Arautos do Evangelho, acesso em 26/11/2016
Nossa Sagrada Família, acesso em 26/11/2016
Info Escola, acesso em 26/11/2016

sábado, 12 de novembro de 2016

Santa Joana D'Arc - A Virgem de Orleans

Olá!!!
Paz e Benção!!!

Chegando mais um bom filme aqui no blog, corre lá prepare o lanche, chama a família toda, que o filme é por nossa conta! Hoje vamos trazer uma surpreendente história de vida e coragem vinda das bandas da França, vamos aprender um pouco sobre a vida da valente Santa Joana D'Arc.

Infância e Chamado
Joana nasceu em Domrémy, na região de Lorena na França, a data de seu nascimento, porém, é incerta, o ano de seu nascimento é baseado na sua declaração durante o seu interrogatório em 24 de fevereiro de 1431, onde Joana declarou uma vez, quando perguntada sobre sua idade: "tenho 19 anos, mais ou menos". Portanto teria provavelmente nascido em 1412.  Ela era filha de Jacques d'Arc e Isabelle Romée, tinha mais quatro irmãos: Jacques, Catherine, Jean e Pierre, ela era a mais nova dos irmãos e não foi alfabetizada. Seus pais eram agricultores e de vez em quando artesãos. Joana também era muito religiosa, ia muito à igreja e frequentemente fugia do campo para ir orar na igreja de sua cidade. Ainda criança presenciou o assassinato de membros de sua família por soldados ingleses que invadiram a vila em que morava. Aos 13 anos de idade teve a primeira de uma série de visões de São Miguel, onde ele lhe aparecia trajando armadura e montando um cavalo. Teve também visões de Santa Catarina e Santa Margarida. Nestas primeiras visões ela era exortada a orar muito e se preparar para uma difícil missão: salvar a França e coroar o rei.

Joana Atende o Chamado
A França atravessava um dos períodos mais sangrentos de sua história : "a Guerra dos Cem Anos", um conflito entre França e Inglaterra, que durou na verdade 116 anos, e que provocou milhões de mortes e a destruição de quase toda a França setentrional. Três anos após começar a ouvir as vozes, em 1428, Joana resolveu atender aos apelos celestes, ela foi levada por um tio à presença do capitão Robert de Baudricourt, delegado do rei em Vancouleurs. Ao vê-la, o oficial desprezou-a, e a devolveu a seu pai; Joana insistiu e voltou a procurar o capitão, conseguindo impressioná-lo com sua energia. Robert mandou-a ao rei Carlos VII, acompanhada por uma escolta de seis homens. Joana pediu e conseguiu também um cavalo e trajes masculinos (mais adaptados à missão militar que ela empreendia). Chegando em Chinon aos 6 de março de 1429, Joana identificou o rei escondido e disfarçado entre os seus cortesões. Logo lhe pediu soldados para ir levantar o cerco de Orleans. Entretanto aquela jovem de 17 anos, vestida de trajes masculinos, não inspirava confiança. Tendo insistido, Joana foi interrogada e examinada sobre a fé, sua moral e até sua virgindade, pelo espaço de três semanas; o laudo de tal investigação lhe resultou favorável, e Carlos VII reconheceu o possível valor do empreendimento de Joana. Convencido do discurso de Joana, o rei entregou-lhe uma espada, um estandarte e a autorizou a acompanhar as tropas francesas que seguiam rumo à libertação da cidade de Orleans, que havia sido invadida e cercada pelos ingleses havia oito meses. 

As Batalhas de Joana
Chegando a Orleans, Joana intimou o inimigo a render-se. O entusiasmo dos combatentes franceses, estimulado pela estranha figura da aldeã-soldado, fez com que os ingleses levantassem o sítio da cidade. Em lembrança desse feito glorioso Joana d’Arc foi cognominada a ‘Virgem de Orleans’, e então com 17 anos passou a ser saudada como heroína em todo o país. Joana também dirigiu-se a vários pontos fortificados sobre pontes do rio Loire. Em 11 e 12 de junho de 1429 participou da vitória francesa na batalha de Jargeau. No dia 15 de junho foi a vez da batalha de Meung-sur-Loire. A terceira vitória foi em Beaugency, nos dias 16 e 17 de junho do mesmo ano. Depois se dirigiu a Patay, onde sua participação foi pouca. A luta na região, única batalha em campo aberto, já se desenrolava sem a presença de Joana d'Arc. Outra cidade importante Reims, também voltou ao poder dos franceses. Carlos VII, agora reconhecido legítimo rei da França foi coroado e consagrado em 17 de julho de 1429, na Catedral de Reims, cumprindo assim a missão recebida por Joana. A esta ocasião Joana falou: “Nobre Rei, assim é cumprida a vontade de Deus, que desejava que eu liberasse a França e vos trouxesse a Reims, para receberdes esta sagrada missão e provar à França que sois o verdadeiro Rei”. Joana dava por finda a sua missão, quando na primavera de 1430 o rei lhe pediu continuasse a guerra. Ela muito se empenhou pela reconquista de Paris, mas aos 23 de maio de 1430, perto de Compiégne, foi presa pelo exército borgonhês, aliado dos ingleses. Estes a compraram pelo preço de 10.000 francos-ouro, e a levaram para Ruão, onde Joana deveria ser julgada, o rei francês não a ajudou em nada. Aos ingleses interessava não apenas manter Joana encarcerada, mas também destruir o seu prestígio aos olhos do público. – Este plano haveria de ser executado mediante pretextos religiosos que, para os homens da época, eram os mais persuasivos.  Em novembro de 1430 Joana é levada para a cidade de Ruão, que ainda era controlada pelos ingleses e é iniciado um processo contra ela. foi presa em uma cela escura e vigiada por cinco homens, Joana agora vivia seus piores tempos. 

O Julgamento Pelo Tribunal da Inquisição
Visando desmoralizar Joana, os ingleses escolheram julgá-la em um tribunal de inquisição falso, que agiu sem o aval de Roma. O processo contra Joana teve início no dia 9 de janeiro de 1431, sendo chefiado pelo bispo de Beauvais, Pierre Cauchon, devoto à causa dos invasores e, por isto, havia sido expulso de sua diocese e se refugiado em Ruão, território possuído pelos ingleses. Foram realizadas dez sessões sem a presença da acusada, apenas com a apresentação de provas contra ela. Joana só foi ouvida pela primeira vez em 21 de fevereiro, a princípio ela se negou a fazer o juramento da verdade, mas logo o fez. Joana foi interrogada sobre as vozes que ouvia, sobre a igreja militante, sobre seus trajes masculinos. Joana sofreu maus tratos físicos e morais; foi submetida a interrogatórios capciosos, que visavam arrancar-lhe a confissão de heresia e superstição, respondeu sempre com simplicidade e nobreza; chegou a apelar para o Santo Padre: “Peço que me leveis à presença do Senhor nosso, o Papa: diante dele responderei tudo o que tiver que responder Tudo que eu disse, seja levado a Roma e entregue ao Sumo Pontífice, para o qual dirijo o meu apelo!” Em vão, porém, apelou. Ao fim do julgamento Joana foi considerada culpada por heresia e bruxaria, suas vitórias foram consideradas resultado de um pacto com o demônio, e como era costume entre as condenadas por bruxaria, sua pena foi a morte pelo fogo. 

Joana é Condenada e Morta 
No dia 30 de maio de 1431 Joana, com apenas 19 anos, foi amarrada em uma estaca na praça central do velho mercado de Ruão, os soldados ingleses atearam fogo à sua volta. Pouco antes de morrer foi oferecido a Joana a possibilidade de renegar a sua fé e ser livre, mas ela recusou-se. Sua única atitude foi pedir aos soldados uma cruz, que ela beijou pouco antes de morrer na fogueira. Enquanto era consumida pelas chamas, Joana era chamada de bruxa, mentirosa e blasfema pela população que acompanhava o acontecimento. Para comprovar sua morte e evitar boatos de fuga, os soldados cumpriram ordens de abrir a fogueira e expor o corpo carbonizado, e ao final quando foram recolher as cinzas foram surpreendidos por um acontecimento milagroso: o coração de Joana não havia sido consumido pelo fogo e estava intacto. Com medo do povo os soldados receberam ordens de lançá-lo juntamente com as cinzas no leito do rio Sena.

Reabilitação, Beatificação e Canonização 
Em 1456, o Papa Calisto III, iniciou a revisão do processo que condenou Joana, alguns historiadores creditam essa revisão a uma solicitação dos pais de Joana, mas não há fontes seguras. Com a revisão, o processo foi considerado nulo por vício de forma e de conteúdo, Joana passou a ser considerada inocente, teve sua honra reabilitada, e os nomes de feiticeira e bruxa foram apagados para que ela fosse reconhecida por suas virtudes heroicas, provenientes de uma missão divina. Em 1909 Joana foi beatificada pelo Papa São Pio X . Em 1920, Joana d'Arc foi canonizada pelo Papa Bento XV.

Joana D'Arc foi proclamada padroeira da França junto com Santa Teresinha.

Sua festa litúrgica é celebrada no dia 30 de maio.

Santa Joana D'Arc, rogai por nós!



Fontes Pesquisadas:

Wikipedia, acesso em 12/11/2016
UOL Educação, acesso em 12/11/2016
E-Biografias, acesso em 12/11/2016
Arautos do Evangelho, acesso em 12/11/2016
Blog Canção Nova, acesso em 12/11/2016
Professor Felipe Aquino, acesso em 12/11/2016
Editora Cléofas, acesso em 12/11/2016
Gaudium Press, acesso em 12/11/2016
Presente Pra Você, acesso em 12/11/2016
Só História, acesso em 12/11/2016

domingo, 30 de outubro de 2016

Santa Teresa Benedita da Cruz - Copadroeira da Europa

Olá!!!
Paz e Benção!!!
Chegando com mais um bom filme para conhecermos um pouco sobre a história de pessoas que conseguiram alcançar em vida a santidade em Jesus Cristo, e que nos são modelos de vida. Hoje trago a inspiradora história de uma Freira Carmelita Descalça, a Santa Tereza Benedita da Cruz, uma das patronas da Europa. 

Início da Vida de Edith Stein
Edith Stein nasceu em 12 de outubro de 1891, quando se celebrava a grande festa judaica do Yom Kippur, o "Dia da Reconciliação", na cidade de Wroclaw (Breslau), Alemanha (cidade incorporada a Polônia, desde a Segunda Guerra Mundial). 
Filha de uma próspera família de comerciantes de madeira, Siegfried e Augusta Courant Stein, era a caçula de 11 irmãos. Seu pai faleceu quando tinha dois anos, numa viagem de negócios e sua mãe, uma mulher muito religiosa, solícita e voluntariosa, teve que assumir todo o cuidado dos negócios e da família. A pequena Edith era de temperamento forte, vivaz e independente. Ademais, demonstrava uma inteligência muito precoce, que lhe proporcionou o primeiro lugar da classe durante toda a sua vida escolar. Cresceu numa família praticante da religião judaica, ela acreditava em Deus e a Ele dirigia suas preces.

A Busca pela verdade e a Primeira Guerra Mundial
Ao atingir a adolescência, perdeu a fé na existência de Deus, parou de rezar e abandonou os estudos e passou alguns meses na casa de sua irmã Else e família em Hamburgo. Ela própria relatou mais tarde: “Com plena consciência e por livre decisão, deixei de rezar. Meus anseios de conhecer a Verdade eram minha única oração.” Aos 14 anos, decidiu retomar os estudos colegiais, para ingressar na universidade. E em 1911 começa então a cursar a Universidade em sua cidade de Breslau : alemão, história, psicologia e filosofia. Interessa-se pelos estudos realizados por Edmund Husserl criador da Fenomenologia, e parte para estudar com ele em 1913, na Universidade de Gotinga. Faz estudos de filosofia alemã e história. Faz grandes amigos, do grupo de filosofia de Gotinga. Graduou-se em janeiro de 1915. No início da Primeira Guerra Mundial Edith trabalhou como voluntária, enfermeira da Cruz Vermelha alemã, no hospital militar de Mährisch-Weisskirchen, e entregou-se ao cuidado dos soldados doentes e feridos de corpo e alma. Recebeu por este trabalho uma medalha de honra.
Em 1916 voltou a Breslau e trabalhou como professora suplente na escola Viktoria, onde estudou, nesse mesmo ano cursou doutorado em Freiburg, onde conseguiu aprovação com summa cum laude, com a tese "Sobre o Problema da Empatia"que é publicada em 1917. Entre 1916-1918 trabalhou como assistente do seu mestre Husserl, em Freiburg, e trabalhou em escritos diversos. Apesar de fazer várias tentativas de obter um cargo em diversas universidades, como de Gotinga, Freiburg e Kiel, não é aceita por ser mulher. 

A Conversão ao Cristianismo
Por volta de 1918, Edith leu os Exercícios Espirituais de Santo Inácio de Loyola, apenas por interesse acadêmico. Mas, ao perceber a densa espiritualidade contida na obra, fez os trinta dias de meditações, no fim dos quais desejou ardentemente se tornar católica. Mas ainda precisava vencer algumas batalhas interiores antes de chegar à conversão definitiva.
Em 1921, Edith visita a viúva de seu amigo Adolf Reinach - amigo que, como ela, estava à busca da Verdade, e na biblioteca da casa ela encontra a autobiografia de Santa Teresa de Ávila, chamada "O livro da Vida". Edith lê o livro durante toda a noite. “Quando fechei o livro, disse para mim própria: é esta a verdade”, declarou ela mais tarde. Em Janeiro de 1922, Stein é batizada e em fevereiro desse mesmo ano é crismada na capela privada do bispo de Speyer. Sua mãe e os irmãos nunca compreenderam ou aceitaram sua adesão ao Cristo.

Conferencista e Catedrática
Entre 1923-1931 trabalhou como professora no liceu para moças e no instituto para formação de professoras das irmãs dominicanas de Santa Madalena, em Speyer. Participou de conferências, simpósios e congressos pedagógicos realizados em Praga, Viena, Salzbourg, Bâle, Paris, Munster, Nuremberg, Speyer, Bendorf, Heildelberg, sobre temas como a "educação católica" e "o papel da mulher católica na família e na sociedade", apresentando como modelo Maria, a Virgem Mãe. Fez várias traduções e outros trabalhos, como "O Diário" e "As Cartas" do cardeal John Henry Newman, "De Veritate", de Tomás de Aquino. Em 1931, ela tentou novamente uma cátedra universitária, mas não obteve sucesso. Em 1932 Edith conseguiu uma posição como docente no Instituto Alemão de Pedagogia Científica, em Münster, e continuou a proferir diversas conferências pela Alemanha e Suiça. Participou do importante Congresso Internacional Tomista de Juvisy e publicou o segundo volume da sua tradução de Tomás de Aquino, Questiones Disputatae de Veritate.

Morre Edith Stein, Nasce Irmã Teresa
Em 1933, com a chegada de Adolf Hitler e o Partido Nacional Socialista dos Trabalhadores Alemães (partido nazista) ao poder, foi publicada a lei que proibia a presença de judeus em cargos públicos. Edith Stein foi então demitida do posto de docente do Instituto. Em outubro de 1933 ela ingressou no Carmelo de Colônia. Recebeu o hábito carmelita em abril de 1934, Edith Stein morreu para este mundo, e nasceu uma nova esposa de Cristo: Irmã Teresa Benedita da Cruz. Sua vida no noviciado não foi fácil, Irmã Teresa já tinha seus 43 anos, e entre as freiras sua ciência filosófica pouco valia. O trabalho manual era parte importante da vida monástica e Irmã Teresa era muito desajeitada, a mestra de noviças não deixava de repreendêla nas ocasiões oportunas, mas ela nunca se mostrou ressentida. Pelo contrário, sabia que esses pequenos sacrifícios faziam parte de sua caminhada rumo à santificação, e aceitava tudo com serenidade. Com a permissão de sua superiora, pode continuar seu estudo Ser Finito e Ser Eterno. Publicou vários textos inclusive o estudo sobre Teresa d'Avila. No domingo de páscoa de 1935, fez seus votos religiosos temporários. Em 1936, após a morte de sua mãe, a Irmã de Teresa, Rosa Stein também converteu-se ao Catolicismo e queria seguir a vida monástica, ela foi acolhida como terciária carmelita no mesmo mosteiro de Colônia, e as duas irmãs permanecerão unidas até a morte. Em abril de 1938 Irmã Teresa fez seus votos definitivos.

A Perseguição Nazista
Na Segunda metade da década de 1930 Adolf Hitler e o Partido Nazista acentuou ainda mais o cerco com os Judeus, e a oposição aos ensinamentos católicos na Alemanha. O governo encabeçado por Hitler perseguia disfarçadamente a Igreja. Em 1937, o Papa Pio XI condenou de maneira contundente o nacional- socialismo através da Encíclica Mit brennender Sorge (Com ardente preocupação), causando uma aversão ainda maior do governo à igreja, então acentuou-se a campanha anticlerical, muitos bispos foram agredidos em público e milhares de fiéis foram deportados para os campos de concentração. Para evitar que o Carmelo de Colônia corresse perigo por sua presença, Irmã Teresa Benedita pediu transferência para algum convento fora da Alemanha. Em Novembro de 1938, teve início a explosão de violência contra os judeus, conhecida como "A Noite dos Cristais" onde além das agressões físicas, os judeus tiveram seus templos, casas, e comércios destruídos. Delegados do governo nazista violaram a clausura do mosteiro, à procura da Irmã Teresa, com isso, ela foi transferida às pressas para o Carmelo de Echt, na Holanda. Um ano e meio depois, sua irmã Rosa foi se juntar a ela. Em 1939 a Alemanha invadiu a Polônia dando inicio a Segunda Guerra Mundial. Alguns familiares de Edith fugiram para os Estados Unidos e para a Colômbia. Foi durante esse período que a Irmã teresa iniciou sua obra mais importante: A Ciência da Cruz. Em 1940, os nazistas ocuparam a Holanda.

Morte em Auschwitz
Em julho de 1942, os Bispos holandeses tomaram posição formal contra os nazistas, em defesa dos judeus injustamente perseguidos. O revide do regime nazista não demorou. No dia 2 de agosto, agentes da Gestapo (Polícia Nazista) arrancaram do convento as duas irmãs, e as deportaram para o campo de concentração de Westerbork, norte da Holanda, juntamente com outros 242 judeus católicos. Esse ato foi reconhecido publicamente como retaliação à corajosa atitude do Episcopado, pelo comissário geral Schmidt, que afirmou: "Como o clero católico não se deixa dissuadir por nenhuma negociação, vemo-nos forçados a considerar os judeus católicos como os nossos piores inimigos e, por essa razão, a deportá-los para o Leste o mais depressa possível".
No dia 7 de agosto, Irmã Teresa Benedita da Cruz e sua irmã Rosa - juntamente com centenas de outros judeus - foram embarcados em um trem rumo ao campo de extermínio de Auschwitz-Birkenau. Uma longa viagem, sem água e sem alimentos. Logo na chegada, no dia 9 de agosto de 1942, elas foram mortas na câmara de gás e em seguida seus corpos foram cremados e as cinzas espalhadas pelos campos. Santa Teresa Benedita da Cruz morreu aos 51 anos. 
Somente em 1947 as carmelitas de Echt e Colônia tiveram notícia segura a respeito da morte de Santa Teresa Benedita da Cruz, e puderam transmiti- la às demais casas da Ordem:"Não mais a procuremos sobre a terra, mas junto de Deus a quem foi agradável o seu sacrifício, fazendo-o frutificar em favor do povo pelo qual rezou, sofreu e morreu"

Beatificação e Canonização
Reconhecendo o seu heroísmo cristão o Papa João Paulo II beatificou a Irmã Teresa no dia 1 de maio de 1987, em Colônia e, em 11 de Outubro de 1998 a canonizou sob o nome de Santa Teresa Benedita da Cruz. No dia 1 de outubro de 1999, o Papa João Paulo II, numa carta apostólica em forma de motu próprio intitulado "Spes aedificandi", proclamou Santa Teresa Benedita da Cruz, juntamente com Santa Brígida da Suécia e Santa Catarina de Siena, copadroeira da Europa pela particular contribuição cristã que outorgou não só à Igreja Católica, mas especialmente à mesma sociedade europeia através do seu pensamento filosófico.

Sua Festa Litúrgica é celebrada no dia 9 de Agosto.

Santa Teresa Benedita da Cruz, rogai por nós!!!

Bom filme a todos


Fontes Pesquisadas:
Wikipedia, acesso em 29 e 30/10/2016
Evangelho Quotidiano, acesso em 29 e 30/10/2016
Santuário Virtual, acesso em 29 e 30/10/2016
Canção Nova, acesso em 29 e 30/10/2016
Arautos do Evangelho, acesso em 29 e 30/10/2016

sábado, 22 de outubro de 2016

São João Paulo II - O Grande

Olá!!!
Paz e Benção!!!
Chegando mais um bom filme pra gente assistir em família e hoje com um velho amigo nosso, pra nós que temos entre 30 e 40 anos, o primeiro Papa que nós conhecemos, odono do terceiro maior papado da história da santa igreja, um dos líderes mais influentes do século XX e um santo que pudemos ver com nossos olhos: São João Paulo II.

Do Nascimento até os 21 anos
Karol Józef Wojtyła nasceu no dia 18 de maio de 1920, em Wadowice, uma pequena localidade ao sul da Polônia, a 50 km da Cracóvia; era o mais novo dos três filhos de Karol Wojtyła, um suboficial do exército, e de Emilia Kaczorowska. Sua irmã mais velha, Olga, já havia morrido antes de seu nascimento, foi batizado com menos de um mês de vida, sua mãe morreu em 1929, aos 45 anos, quando Karol tinha 8 anos de idade.  Aos 9 anos fez a Primeira Comunhão, aos 12 anos seu irmão Edmund, 14 anos mais velho e a quem Karol era muito próximo, faleceu deixando-o muito abalado e, aos 18, recebeu o sacramento do Crisma. Desde garoto, Karol demonstrou interesse pelos esportes, geralmente jogando futebol na posição de goleiro. Em 1938 Karol e seu pai deixaram Wadowice e se mudaram para Cracóvia, onde ele se matriculou na Universidade Jaguelônica. Dedicou-se ao estudo de tópicos como filologia e diversas línguas na universidade, se tornou voluntário na biblioteca e foi obrigado a participar do alistamento obrigatório, e serviu na "Legião Acadêmica". Contudo, ele se recusou a atirar. Ele ainda participou de diversos grupos teatrais, atuando principalmente como dramaturgo. Foi nesta época que o seu talento para as línguas floresceu e ele aprendeu 12 línguas diferentes, nove das quais ele usaria extensivamente no futuro como papa. Quando as forças de ocupação nazistas fecharam a universidade em 1939, no início da segunda guerra mundial, Todos os homens capazes foram obrigados a trabalhar e assim, de 1940 até 1944, Karol trabalhou como mensageiro em um restaurante, operário em uma mina de calcário e em uma indústria química (Solvay) para se sustentar e para não ser deportado para a Alemanha. Seu pai morreu em 1941 vítima de um ataque cardíaco, Karol tinha apenas 21 anos. 

Desafios da Vida Religiosa
A partir de 1942, sentindo a vocação para o sacerdócio, começou a estudar no seminário clandestino na cidade de Cracóvia, dirigido pelo arcebispo Adam Stefan Sapieha. Em 29 de fevereiro de 1944, Karol foi atropelado por um caminhão da Wehrmacht, ficou internado duas semanas se recuperando de seus graves ferimentos, para ele, o acidente e a sua sobrevivência foram a confirmação de sua vocação. Em 6 de agosto de 1944, conseguiu sobreviver ao chamado "Domingo Negro", mais de oito mil homens e rapazes foram levados presos naquele dia, mas Karol conseguiu escapar, se econdendo no porão da casa de um tio, e depois fugir para o palácio do arcebispo, onde ele permaneceria até a retirada dos alemães.
Após a II Guerra Mundial, continuou seus estudos no seminário maior de Cracóvia, novamente aberto, e na faculdade de teologia da universidade Jagellonica. Foi ordenado padre em 1 de novembro de 1946, pelo arcebispo de Cracóvia Adam Sapieha. Foi estudar Teologia em Roma, na Pontifícia Universidade Santo Tomás de Aquino, onde conseguiu a sua licenciatura e, depois, o seu primeiro doutorado em Teologia, com a tese A Doutrina da Fé segundo São João da Cruz.
Em 1948 retornou para a Polônia e em sua chegada foi se ajoelhar e beijar o chão. Este gesto, que ele adaptou do santo francês São João Maria Vianey se tornaria sua "marca registrada" durante o seu papado. Foi vigário em diversas paróquias na Cracóvia e, em 1953, passou a lecionar Teologia Moral e também Ética Social, ambos na faculdade de Teologia de Lublin. Em 1954 Karol Wojtyła obteve o seu segundo doutorado, desta vez em Filosofia, com uma tese avaliando a viabilidade de uma ética católica baseada no sistema ético do fenomenologista Max Scheler. Porém, a intervenção das autoridades comunistas impediu que ele recebesse o grau até 1957.
Em 4 de julho de 1958 foi nomeado bispo titular de Olmie, também, auxiliar de Cracóvia. Assim, recebeu a consagração episcopal no dia 28 de setembro de 1958. Com a idade de 38 anos, Karol se tornara o mais jovem bispo da Polônia. Em 13 de janeiro de 1964, o papa Paulo VI o elevou a arcebispo da Cracóvia. Em 26 de junho de 1967 foi criado Cardeal pelo Papa Paulo VI, Wojtyła foi nomeado cardeal-padre do titulus de San Cesareo in Palatio. Em 1967 teve grande colaboração na formulação da encíclica Humanae Vitae, que trata das mesmas questões que impedem o aborto e o controle de natalidade por meios não-naturais. Até esse ano, 1967, Karol já tinha publicado mais de 300 ensaios em revistas e livros.
Um ano antes de ser eleito papa, Wojtyła abriu e consagrou a Igreja de Nossa Senhora Rainha da Polônia, em Nowa Huta, após mais de vinte anos de esforços contra o governo comunista polonês, que negou inúmeras vezes o pedido dos fiéis para a construção de uma igreja naquela região, inicialmente Karol persistiu para ganhar licenças, mas que com o passar do tempo foram somando em pequenos ganhos, como a ampliação de uma capela improvisada, até que em 1977, Wojtyła consagrou a igreja. Esse templo se tornou um símbolo de luta contra o comunismo, tanto que em 1979, o governo proibiu o então papa de ir até aquela igreja. Mas, quatro anos mais tarde o papa foi até aquele lugar com mais de 300 mil apoiantes.

Eleição e Pontificado
Karol Wojtyla foi eleito papa, no dia 16 de outubro de 1978 e escolheu o nome papal João Paulo II. Ele foi o 264º sucessor de São Pedro, O lema escolhido para seu pontificado foi “Totus Tuus”,  é o simbolo da consagração do Santo Padre a Nossa Senhora e significa “Todo Teu”. João Paulo II dispensou a tradicional coroação papal e, em vez disso, recebeu a investidura eclesiástica que simplificou a cerimônia de posse papal, em 23 de outubro de 1978.  Ele foi o primeiro Pontífice eslavo da história e o primeiro papa não-italiano em 455 anos, o mais jovem papa eleito desde Pio IX em 1846, que tinha 54 anos (ele tinha 58 anos), o terceiro mais longo pontificado até hoje (26 anos) e um dos líderes que mais viajaram na história, tendo visitado 129 países durante o seu pontificado.
Desde o início trabalhou para dar voz à chamada Igreja do silêncio. A insistência sobre os temas dos direitos do homem e da liberdade religiosa tornou-se assim uma constante do seu magistério. João Paulo II sempre buscou manter o diálogo inter-religioso e constantemente tentou encontrar afinidades, doutrinárias e dogmáticas. 
No dia 27 de Outubro de 1986, em Assis, na Itália, o Papa João Paulo II se reuniu com vários líderes religiosos em um dia de jejum e oração, mais de 120 representantes de diferentes religiões e denominações cristãs passaram o dia em jejum e oração. Além disso ele sempre manteve diálogo com o anglicanismo, luteranismo, judaísmo, igreja ortodoxa, budismo e com o islã, onde, de forma especial, em 6 de maio de 2001, o papa João Paulo II se tornou o primeiro papa católico da história a entrar e rezar numa mesquita. Respeitosamente removendo os seus sapatos, ele entrou na Mesquita dos Omíadas, uma antiga igreja cristã bizantina dedicada a São João Batista (que, acredita-se, está enterrado lá), em Damasco, na Síria, e ali deu um discurso que incluía a seguinte afirmação: "Por todas as vezes que os cristãos e os muçulmanos se ofenderam entre si, precisamos buscar o perdão do Todo Poderoso e oferecer uns aos outros o perdão". Ele beijou o Corão nesta mesma viagem, um ato que o tornou popular entre os muçulmanos, mas que perturbou muitos católicos. O papa também praticou o jejum ao último dia do Ramadã.

João Paulo II e a Jornada Mundial da Juventude
Em dezembro de 1985 foi instituída pelo Papa João Paulo II a Jornada Mundial da Juventude (JMJ) um evento que reúne milhões de católicos de todo o mundo, sobretudo jovens. Com duração de cerca de uma semana, para celebrar e aprender sobre a fé católica, para conhecer melhor a doutrina católica e para construir pontes de amizade e esperança entre continentes, povos e culturas, além de compartilhar entre si a vivência da espiritualidade. Ela foi criada como um evento anual (que passou depois a ser com intervalos de dois ou três anos) com o objetivo de alcançar novas gerações de católicos, propagando assim os ensinamentos da Igreja, ficando a escolha do local de sua realização à escolha do Papa.

João Paulo II - O Diplomata da Paz
Sempre diplomático buscando o bem comum, ele influenciou positivamente nos conflitos: entre Chile e Argentina (1978); entre Argentina e Grã-Bretanha (Guerra das Malvinas, em 1982); entre Cuba e a Igreja Católica ( um mês antes desta visita, em dezembro de 1997, foi instituído o Natal em Cuba e declarado a partir de então como feriado nacional, já durante esta visita a Cuba, em Janeiro de 1998, foi condenado o embargo feito pelos EUA a Cuba e ainda, ressaltado pelo Papa a importância do respeito aos direitos humanos, a liberdade de expressão, do direito de participar de um debate público de forma igualitária, da liberdade religiosa, também, fez uma solicitação de que fossem libertados os presos políticos, ação que foi colocada em curso quando foram libertados mais de duzentos presos políticos, no mês seguinte a visita do Papa). O Papa João Paulo II também influenciou na queda dos seguintes regimes ditadores: Augusto Pinochet no Chile, em 1988; Jean-Claude "Baby Doc" Duvalier, no Haiti em 1986; General Stroessner, no Paraguai em 1989.

João Paulo II - Contra o Comunismo 
Mesmo antes de ser papa, Wojtyła já tinha uma posição inflexível contra o regime comunista, e a primeira metade do seu pontificado ficou marcada pela luta contra o comunismo na Polônia e restantes países da Europa de Leste e do mundo. Seu discurso em Varsóvia, para mais de meio milhão de pessoas, no dia 2 de junho de 1979, é considerado por muitos como o marco da derrocada comunista, que culminaria nas eleições democráticas para o senado, no dia 4 de junho de 1989, depois de mais de meio século de ditadura comunista. O resultado das urnas foi que das 262 cadeiras do senado, 261 ficaram para o partido de oposição, o Solidariedade, um movimento social inicialmente liderado por Lech Wałęsa, que creditou a João Paulo II a coragem dos poloneses de se levantarem. O governo comunista cairia dois meses depois, era o fim do comunismo na Polônia. "A culpa é da Igreja", disse o ditador derrotado, general Wojciech Jaruzelski. O primeiro ato do líder do Solidariedade, foi ir para Roma, para agradecer a João Paulo II.
Em dezembro de 1989, João Paulo II reuniu-se com o líder soviético Mikhail Gorbachev no Vaticano, no encontro o papa condenou o comunismo e criticou alguns pontos do capitalismo, pediu para o líder soviético que trabalhasse para uma maior integração da Europa e o fim da Guerra Fria. Gorbachev certa vez disse ‘O colapso da Cortina de Ferro teria sido impossível sem João Paulo II’. 

João Paulo II - E a Teologia da Libertação
João Paulo II criticou fortemente a aproximação da Igreja com o marxismo nos países em desenvolvimento, e em especial a Teologia da Libertação. Em 1984 e 1986, através do Cardeal Ratzinger, líder da Congregação para a Doutrina da Fé, João Paulo II oficialmente condenou vários aspectos da Teologia da libertação, especialmente proeminente na América do Sul. A tentativa de Óscar Romero, durante a visita de João Paulo II à Europa, de obter uma condenação para o regime de El Salvador, denunciado por violações dos direitos humanos e por sustentar o Esquadrão da Morte, foi um fracasso. Em sua viagem para Manágua, Nicarágua em 1983, João Paulo II duramente condenou o que ele apelidou de "Igreja popular" (i.e. "comunidades eclesiais de base" (CEBs) apoiado pelo CELAM), e tendências do clero nicaraguense, para apoiar a esquerda Sandinista, lembrando o clero das suas funções de obediência para com a Santa Sé. Durante essa visita Ernesto Cardenal, um padre e ministro no governo sandinista, ajoelhou-se para beijar a mão do Papa, João Paulo II levantou-o, lhe apontou o dedo, e disse: "Você deve endireitar a sua posição com a Igreja". Sua posição contra a Teologia da Libertação fez que o frei Leonardo Boff que defendia a Teologia deixasse de exercer suas funções de padre na Igreja.

Atentado Contra Sua Vida
No dia 13 de maio de 1981, ao entrar na Praça de São Pedro para discursar para uma audiência João Paulo II foi baleado e gravemente ferido por Mehmet Ali Agca, um perito atirador turco que era membro do grupo militante fascista Lobos Cinzentos. O assassino usou uma pistola semi-automática 9 mm atingindo-o no abdômen e perfurando seu cólone intestino delgado várias vezes. João Paulo II foi levado às pressas para a Policlínica Gemelli. No caminho para o hospital, ele perdeu a consciência. Ele passou por cinco horas de cirurgia para tratar sua perda maciça de sangue e feridas abdominais. Quando ele ganhou rapidamente a consciência antes de ser operado, ele instruiu os médicos para não remover o seu Escapulário de Nossa Senhora do Carmo durante a operação. O Papa afirmou que Nossa Senhora de Fátima ajudou a mantê-lo vivo durante todo o seu calvário foram 22 dias de internamento. 
Ali Agca foi detido imediatamente pela polícia italiana e condenado à prisão perpétua. Dois dias depois do Natal em 1983, João Paulo II visitou a prisão onde Ali Agca estava sendo mantido. Os dois conversaram privadamente por 20 minutos e depois disso João Paulo II o perdoou. Agca passou 19 anos em prisões italianas, sendo depois extraditado para a Turquia, onde foi condenado a prisão perpétua pelo assalto a um banco nos anos 1970 e pelo assassinato de um jornalista em 1979, pena depois comutada para dez anos de prisão.

A Saúde de João Paulo II
Em 1992 retirou um tumor benigno e 15 centímetros do intestino. Em 1993 ele escorregou em um pedaço de carpete, caiu vários degraus e quebrou o ombro direito. Em 1994 ele caiu em sua banheira, quebrando o fêmur. Após esse período ele começou a ter a fala arrastada e dificuldade em ouvir. Suspeitava-se que o pontífice estivesse com a doença de Parkinson, embora tenha sido revelado apenas em 2001. A administração do Vaticano finalmente confirmou a doença de Parkinson que em 2003, depois de mantê-la em segredo por 12 anos. Em fevereiro de 2005, o pontífice foi novamente levado para a Policlínica Gemelli com inflamação e espasmos da laringe, resultado da gripe. 
Já com a doença de Parkinson muito avançada, no dia 30 de março de 2005, surgiu à janela do seu escritório para tranquilizar os católicos, e já era muito evidente o seu estado extremamente debilitado. No último Domingo de Páscoa, o Papa ainda abençoou os fiéis, mas pela primeira vez no seu pontificado não conseguiu pronunciar a tradicional 'Urbi et Orbi'.

Morte, Beatificação e Canonização
Era o dia 2 de abril de 2005, João Paulo II estava perto de completar os 85 anos de idade, ele estava em um quadro de choque séptico causado por uma infecção do trato urinário, quando falou em polaco para seus assessores as suas palavras finais: "Deixe-me partir para a casa do Pai", e entrou em coma, cerca de quatro horas depois ele morreu em seu apartamento privado, de choque séptico e de um colapso cardiovascular circulatório irreversível. Apesar de, em seu testamento, João Paulo II pedir para ser sepultado na Polônia, o colégio de cardeais decidiu por sepultá-lo na Basílica de São Pedro, mas desde o dia 2 de maio de 2011, seu corpo repousa na Capela de São Sebastião no Vaticano..
Na missa celebrada durante seu funeral em 8 de abril, aconteceu o maior encontro único de chefes de Estado na história, estiveram presentes: quatro reis, cinco rainhas, pelo menos 70 presidentes e primeiros-ministros, e mais de 14 líderes de outras religiões participaram juntamente com os fiéis. É provável que tenha sido a maior peregrinação do Cristianismo, com números estimados em mais de quatro milhões enlutados em Roma. Entre 250 000 e 300 000 pessoas assistiram ao evento de dentro dos muros do Vaticano.
O seu processo de beatificação foi aberto em 28 de Junho de 2006, no dia 1° de maio de 2011 , sua beatificação foi proclamada pelo Papa Bento XVI. Foi relatado que a Irmã Marie-Simon-Pierre vivenciou uma "cura completa e duradoura do mal de Parkinson, depois que membros de sua comunidade rezaram pela intercessão do Papa João Paulo II". Em maio de 2008, Irmã Marie-Simon-Pierre, então com 46 anos, voltou a trabalhar novamente em um hospital maternidade que é regido pela ordem religiosa à qual ela pertence.
Em abril de 2013, uma comissão de médicos consultada pela Congregação para as Causas dos Santos aprovou o segundo milagre atribuído ao beato João Paulo II, necessário no processo de canonização: a cura de Floribeth Mora que foi curada de um aneurisma cerebral por um milagre atribuído a intercessão do papa João Paulo II. O milagre aconteceu em maio de 2011, quando após Floribeth ter acordado e ter visto uma revista com uma notícia sobre a beatificação de João Paulo II, ela ouviu uma voz que disse "Levanta-te, não tenhas medo" e a partir daí ela se sentiu curada.
A cerimonia de canonização deu-se dia 27 de Abril de 2014, dia em que foi comemorada a festa da Divina Misericórdia, estabelecida por João Paulo II. Neste mesmo dia, também foi canonizado o Papa João XXIII, numa cerimônia conjunta celebrada pelo Papa Francisco e concelebrada pelo Papa Emérito Bento XVI.

Sua festa litúrgica é celebrada no dia 22 de Outubro.

São João Paulo II, rogai por nós!!!



Fontes Pesquisadas:
Wikipedia, acesso em 22/10/2016
Wikipedia,  acesso em 22/10/2016
Cruz Terra Santa, acesso em 22/10/2016
E-biografias, acesso em 22/10/2016
Todo de Maria, acesso em 22/10/2016
Info Escola, acesso em 22/10/2016
La Santa Sede, acesso em 22/10/2016
A12 Formação, acesso em 22/10/2016